Direitos e Deveres Individuais e Coletivos 13 Flashcards

1
Q

Provas ilícitas - CF ART 5° LVI Texto

A

LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

“No processo” → cível, penal e administrativo.

Obs: Neste ponto, a CF indicou menos do que deveria, porque existem provas ilícitas e provas ilegítimas (diferenciação doutrinária).

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2
Q

Provas ilícitas e ilegítimas

A

• Diferença entre ilícitas e ilegítimas.

• Ilícitas – violam o direito material. • Ilegítimas – violam o direito processual.

Atenção: em uma prova de direito processual, tal diferença é bastante relevante. Mas, no contexto do constitucional, nem tanto, pois tudo se configura como prova imprestável.

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3
Q

Provas de um processo: Teoria dos frutos da árvore envenenada

A

• Teoria dos frutos da árvore envenenada.

– Direito norte-americano – “Fruit of the poisonous tree”.

– Se a prova está contaminada, aquelas que derivam dela também estarão.
Ou seja, se a árvore está contaminada, os seus frutos serão imprestáveis.

– Direito brasileiro – isso pode aparecer como ilicitude por derivação ou frutos da árvore envenenada.

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4
Q

Provas: Teoria dos frutos da árvore envenenada (exemplo)

A

Exemplo:

Prova A → interceptação telefônica sem autorização judicial – prova ilícita.

A partir dessa interceptação, foi pedido, ao juiz, uma nova quebra de sigilo das comunicações telefônicas. Sendo que, agora, existe a autorização judicial.

Esta segunda prova é válida ou não? Não, porque a segunda prova veio da prova ilícita

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5
Q

Provas: Teoria dos frutos da árvore envenenada (observação)

A

Atenção: o fato de existir uma prova ilícita no processo, por si só, não contamina o processo todo.

Exemplo:

Prova A – ilícita.
Prova B – veio da A, logo não é válida. Prova C – testemunho de várias pessoas, com contraditório e ampla defesa, no devido processo legal.

Ou seja, a prova C é válida. Mais do que isso, a prova C é independente → teoria da fonte ou da prova independente (“independent source”).

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6
Q

Provas: acesso a conversas do WhatsApp

A

Mutação constitucional → mudança na interpretação da norma, sem alterar o texto.

Exemplo: mandado de injunção → mudança da jurisprudência do STF, em relação ao mandado de injunção, em 2007.

– 2012 → STF julgando sobre acessar o celular de um indivíduo.

  • A discussão era se precisava de autorização judicial para acessar o celular. Na época, o Ministro Gilmar Mendes indicou que não. Porém, de 2012 para cá, os celulares mudaram muito.

Atualmente, um celular é, basicamente, um computador e possui todas as informações de um indivíduo → os dados telemáticos.

Sendo assim, o STF e o próprio Gilmar Mendes mudaram de entendimento → é preciso autorização judicial para ter acesso a conversas do WhatsApp. Sem autorização judicial, a prova será ilícita.

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7
Q

Encontro fortuito de provas ou crime achado (fenômeno da serendipidade)

A

Obs.: observe o exemplo: se tem autorização judicial para ouvir o traficante A e o traficante C.

Porém, de repente, entra nas comunicações o indivíduo B. Para o traficante A e C → existe autorização judicial para condená-los.

Mas e o indivíduo B? Não tem autorização judicial, mas também é possível condená-lo.

Perceba que, neste caso, ocorreu uma ampliação no número de investigados/suspeitos. Sendo assim, aconteceu um encontro fortuito subjetivo.

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8
Q

Encontro fortuito de provas ou crime achado: consequências

A

– Ampliação de investigados → encontro fortuito subjetivo.

– Ampliação de crimes → encontro fortuito objetivo.

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9
Q

Gravação clandestina: conceito e (in)admissibilidade da prova

A

Regra: a gravação clandestina é válida, lícita, regular.

Perceba que uma pessoa pode gravar as conversas sem a outra pessoa saber. Agora, é possível usar uma gravação clandestina para acusar alguém?
Em regra, sim.

Exemplo:

Operação Caixa de Pandora em Brasília. Nesta operação, o Durval Barbosa – o relator – gravou diversas figuras envolvidas no escândalo.

Então, definição de gravação clandestina → quando um dos interlocutores grava sem o conhecimento e sem o consentimento do outro.

Exceção: não pode usar gravação clandestina quando for conversa informal do policial com o suspeito.

Lembre-se de que o acusado tem o direito de ficar calado. E tem a hora de falar, se quiser falar – o interrogatório. Sendo assim, não se pode gravar conversa informal para prejudicar o réu.

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10
Q

Espelhamento de WhatsApp

A

Espelhamento de WhatsApp → não pode. Chip no celular do bandido → não pode.

Veja que se a prova derivar do computador da polícia, que está espelhando a conversa, não vale, porque não se sabe de onde a conversa saiu, quem apagou, quem escreveu etc.

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11
Q

Provas Ilícitas: Hipótese de admissão

A

• Meio de defesa.

Ou seja, se for usada na defesa, pode usar a prova ilícita.
Cuidado: não pode usar a prova ilícita se ela for a única para acusar.

• Teoria da descoberta inevitável. Possibilidade de condenar alguém, usando provas ilícitas, se inevitavelmente a polícia chegasse às mesmas provas por meios lícitos.

• Teoria da mancha purgada ou diluída.
• Teoria da fonte ou prova independente.

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