CX - Oncologia Flashcards

1
Q

Nódulo pulmonar solitário - definição | avaliação

CÂNCER DE PULMÃO - tipos histológicos | clínica | diagnóstico | rastreio | estadiamento | manejo

A

Nódulo pulmonar solitário
- Definição: lesão única < 3 cm
- Avaliação: clínica + RX
* Características de malignidade: > 35 anos, tabagismo, tamanho > 2 cm (0,8 cm de acordo com algumas referências), presença de crescimento, borda irregular, ausência de calcificação ou calcificação excêntrica/salpicada
* Aspecto benigno: acompanhar por 2 anos
* Aspecto maligno: biópsia ou ressecção da lesão

Tipos histológicos
- Não pequenas células
* Adenocarcinoma: mais comum
~ Perfil: mulher, jovem, não tabagista
~ Localização periférica
~ Variante: carcinoma bronquíolo-alveolar -> melhor prognóstico, RX em vidro-fosco
* Epidermoide
~ Perfil: idoso, tabagista
~ Localização central
~ Sd. compressiva e hemoptise
* Grandes células
- Pequenas células = oat cells –> neuroendócrino

Clínica
- Inespecífica: perda de peso, anorexia, mal-estar, fadiga, anemia
- Específica: tosse crônica, hemoptise, dispneia, dor torácica
- Síndromes compressivas
* Pancoast
~ Clínica: dor torácica, parestesia de membro superior, sd. de Horner
* Sd. de Horner (parassimpático): ptose, miose, anidrose
* Sd. da VCS
~ Subtipo mais envolvido: oat-cell
~ Clínica: edema de face, pletora, turgência jugular, varizes torácicas

Diagnóstico: biópsia
- Periférica: bx percutânea (core biopsy), toracotomia, videotoracoscopia
- Central: broncoscopia, escarro/lavado brônquico, US endoscópica

Rastreio: MS não preconiza
- Indicações: tabagistas, ex-tabagistas recentes ou com carga tabágica de 20 maços/ano
- Método: TC de baixa dose anual (sem contraste)

Estadiamento
- Não pequenas células: TNM
* T1: nódulo pulmonar solitário (até 3 cm)
* T4: > 7 cm ou lesão que invade estruturas adjacentes ou nódulo satélite em lobo diferente do primário -> irresecável
* N1: LFN hilar ipsilateral
* N2: LFN mediastinal ipsilateral
* N3: LFN contralateral ou supraclavicular > irressecável
- Pequenas células: limitado (um único hemitórax) ou extenso (ambos hemitórax)

Manejo
- Não pequenas células
* Estádio IA (nódulo solitário): ressecção cx
* Estádio IB ou II: ressecção + QT adjuvante
* Estádio III: pode fazer ressecção, mas geralmente apenas QT+RT
* Estádio IV: QT paliativa
- Pequenas células: mau prognóstico
* Limitada: QT + RT
* Extensa: paliação

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Q

CÂNCER DE TIREOIDE

Papilífero - perfil | FR | histologia | diagnóstico | manejo

Folicular - perfil | FR | diagnóstico | manejo | Hurtle

Medular - diagnóstico | apresentações | manejo | seguimento

Anaplásico - perfil | diagnóstico | clínica | manejo

Seguimento pós-tireoidectomia

Nódulos de tireoide - critérios de malignidade | fluxograma | PAAF - Bethesda

A

Papilífero: mais comum e melhor prognóstico
- Perfil: mulher 20-40 anos
- FR: história de radiação prévia em região do pescoço
- Histologia: corpos psamomatosos, acúmulos concêntricos de cálcio
- Diagnóstico: PAAF
- Manejo
* < 1 cm e sem LFN: tireoidectomia parcial
* > 1 cm, < 15 anos e/ou irradiação prévia: tireoidectomia total

Folicular
- Perfil: mulher 40-60 anos
- FR: deficiência de iodo
- Diagnóstico: biópsia
* PAAF não confirma
- Manejo
* < 2 cm: tireoidectomia parcial para bx
~ Se adenoma: sem mais intervenções
~ Se carcinoma folicular: tireoidectomia total
* > 2 cm: tireoidectomia total
- Carcinoma de cél de Hurtle: variante mais agressiva –> tireoidectomia total

Medular
- Diagnóstico: PAAF + aumento de calcitonina
- Apresentações: esporádico ou familiar
* Buscar RET em familiares de 1º grau -> se presente, tireoidectomia profilática
* Investigar feocromocitoma e hiperparatireoidismo
* NEM 2: CMT + feocromocitoma
~ A: + hiperpara primário
~ B: + neuromas + Marfan
- Manejo: tireoidectomia total + linfadenectomia
- Seguimento: calcitonina

Anaplásico: mais raro, pior prognóstico
- Perfil: idosos
- Diagnóstico: PAAF + P53
- Clínica: sintomas compressivos
- Manejo: paliação -> traqueostomia, QT+RT

Seguimento pós-tireoidec
- Levotiroxina: reposição e supressão de TSH
- Tireoglobulina sérica + USG seriada -> se alteradas, cintilo de corpo inteiro e/ou ablação com radio-iodo

Nódulo de tireoide
- Critérios de malignidade: homem, extremos de idade, história de radiação, crescimento rápido, HF+, palpação suspeita, sintomas compressivos –> USG
- Fluxograma
1) Dosagem de TSH
* TSH baixo: cintilografia
~ Nódulo quente: adenoma tóxico -> cirurgia
~ Nódulo frio: USG
* TSH alto ou suspeita forte de malignidade: USG
~ Malignidade ao USG: hipoecoico, mais alto do que largo, bordas irregulares, microcalficicações, extensão extra-tireoideana, vascularização central
~ < 1 cm: seguimento
~ > 1 cm + critérios de malignidade ao USG: PAAF
- Análise da PAAF: Bethesda
* I: insatisfatória -> repetir
* II: benigno -> seguimento
* III: indeterminado ou folicular -> repetir PAAF ou teste molecular
* IV: folicular -> teste molecular e cx
* V: suspeito -> cx
* VI: maligno -> cx

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Q

CÂNCER DE PRÓSTATA - epidemio | FR | clínica | diagnóstico | rastreio | estadiamento | manejo

A

Epidemio: Ca mais comum em homens, baixa letalidade

FR: idade avançada, raça negra, HF, alimentação gordurosa

Clínica
- Irritativos: noctúria, incontinência, urgência
- Obstrutivos: jato fraco/ intermitente, gotejamento
- Invasivos: hematúria, dor lombar, dor óssea

Diagnóstico: biópsia

Rastreio: não preconizado pelo MS
- Indicações: > 50 anos sem FR; > 45 anos se HF ou negro
- TR + dosagem de PSA
* Se TR+ ou PSA > 4 -> biópsia por USG transretal

Estadiamento
- Gleason: quanto maior o número, mais agressivo
- RM e cintilo óssea

Manejo
- Doença localizada: prostatectomia radical, RT ou vigilância ativa (se PSA < 10 e Gleason < 6)
- Doença MTX: terapia de deprivação androgênica OU QT (docetaxel) se resistentes
* Deprivação androgênica: orquiectomia bilateral ou agonista de GnRH

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Q

CÂNCER DE BEXIGA/ UROTÉLIO - clínica | FR | diagnóstico | estadiamento | manejo

A

Clínica: hematúria macroscópica em > 40 anos

FR: tabagismo, idade > 40 anos, sexo masculino, história de irradiação, ciclofosfamida, exposição ocupacional (hidrocarboneto - indústria petroquímica)

Diagnóstico: citologia + citoscopia com biópsia

Estadiamento: T2 - invade camada muscular

Manejo
- < T2: ressecção transuretral da bexiga +/- BCG intravesical adjuvante
- > T2: QT neo + ressecção radical + QT adjuvante
- MTX: QT +/- ressecção de doença residual

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4
Q

CÂNCER DE ESÔFAGO - FR | clínica | diagnóstico | estadiamento | manejo

A

FR
- Escamoso (proximal): tabagismo, etilismo, HPV, acalásia e tilose (quemose palmo-plantar)
- Adenocarcinoma (distal): DRGE e Barrett

Clínica: disfagia + perda de peso

Diagnóstico: EDA + biópsia

Estadiamento
- USG endoscópica: detecta Ca de esôfago precoce
- T1A: mucosa
- T4B: adjacentes irressecáveis

Manejo
- T1A: mucosectomia EDA
- Resto: neoadjuvância + esofagectomia
- T4B ou M1: paliação

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5
Q

CÂNCER DE ESTÔMAGO - FR | clínica | diagnóstico | classificação (Bormann e Lauren) | estadiamento | manejo

A

FR: dieta (ultraprocessados - nitrogenados), tabagismo e etilismo, h. pylori (gastrite atrófica ou gastrectomia prévia), anemia perniciosa

Clínica: dispepsia + perda de peso ou outro sinal de alarme
- Acometimento LFN
* Virchow: supraclavicular
* Irish: axilar
* Irmã Maria José: umbilical
* Krukenberg: ovário
* Blummer: fundo de saco

Diagnóstico: EDA + biópsia
- EDA: Bormann
* I: polipoide
* II: ulcerada
* III: ulcero-infiltrativo
* IV: infiltrante
- Bx: Lauren
* Intestinal: melhor prognóstico; homem idoso; FR: gastrite atrófica; bem diferenciado; distal
* Difuso: mulher jovem; hereditário; FR: sangue tipo A; indiferenciado (anel de sinete); proximal

Estadiamento
- Tumor precoce: USG endoscópica -> padrão-ouro
* Ca gástrico precoce = só mucosa e/ou submucosa (independe do N)
- Tumor irressecável: VLP

Manejo
- T1A: mucosectomia EDA
* Pré-requisitos: Bormann não ulcerado, Lauren intestinal, tamanho < 2 cm, sem linfonodomegalia
- Resto: gastrectomia + linfadenectomia a D2
* Gastrectomia total: proximal + médio
* Gastrectomia subtotal: distal
- M1: paliação

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6
Q

CÂNCER COLORRETAL - FR | clínica | diagnóstico | rastreio | estadiamento | manejo

A

FR: idade, DII (Crohn e RCU), sd. hereditárias

Clínica
- Cólon direito: anemia, melena e massa palpável
- Cólon esquerdo: alteração do hábito intestinal
- Reto: hematoquezia e fezes em fita

Diagnóstico: colono + biópsia +/- CEA

Rastreio: colono a cada 10 anos, a partir dos 50 anos
- Se HF, a partir dos 40 anos ou a partir de 10 anos antes do Ca surgir na família
- Sd. de Lynch: a partir dos 20 anos, a cada 2 anos
- PAF: a partir dos 10 anos, anual

Estadiamento: TC tórax + abdômen
- Tórax se faz se CEA > 10

Manejo
- Cólon e reto alto: cirurgia
- Reto baixo: neoadjuvância
* Ressecção anterior do reto OU cx de Miles (amputação) + excisão total do mesorreto

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7
Q

CA COLORRETAL - sd. hereditárias

PAF - características | clínica | manejo | variantes

Peutz-Jeghers - características | clínica | manejo

Lynch - características | clínica | manejo | Amsterdã

A

TODAS AUTOSSÔMICAS DOMINANTES

PAF
- Características: > 100 pólipos adenomatosos; mutação APC
- Clínica: Ca colorretal em < 20 anos; retinite pigmentosa
- Manejo: proctocolectomia total + bolsa ileal profiláticas
- Variantes: PAF +
* Sd. de Gardner: dentes supranumerários, osteomas e t. desmoides
* Sd. de Turcot: Ca de SNC

Sd. de Peutz-Jeghers
- Características: pólipos hamartomatosos; hiperpigmentação cutânea
- Clínica: hemorragia digestiva + intussuscepção intestinal
- Manejo: colono bienal

Sd. de Lynch / HNPCC
- Características: instabilidade microssatélite
- Clínica: Ca colorretal com < 50 anos +/- endométrio, pâncreas, urológicos
- Manejo: colectomia total e seguimento com retoscopia
- Critérios de Amsterdã (hereditariedade)
* Um caso de Ca com < 50 anos na família
* 2 gerações consecutivas
* 3 familiares acometidos

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8
Q

CÂNCER DE PÂNCREAS - clínica | diagnóstico | estadiamento | manejo

A

Clínica: icterícia, perda de peso, diabetes súbito, dor e sinal de Couvousier

Diagnóstico: TC de abdômen +/- Ca 19.9

Estadiamento: invasão vascular (tronco celíaco ou art. mesentérica superior) ou MTX = irressecáveis

Manejo
- Sem invasão vasc ou MTX
* Cabeça do pâncreas: duodenopancreatectomia (Whipple)
* Corpo do pâncreas: pancreatectomia distal + esplenectomia
- Borderline: < 180º da AMS ou tronco celíaco OU > 180º das veias -> neo + cx
- Invasão vascular ou MTX: paliação

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9
Q

CÂNCER HEPÁTICO

Lesões benignas (características e TC dinâmica) - hemangioma | HNF | adenoma

Hepatocarcinoma - FR | clínica | diagnóstico | manejo

MTX hepática - epidemio | diagnóstico | manejo

A

Lesões benignas
- TODOS MAIS EM MULHER
- Hemangioma: mais comum; TC dinâmica com periférica centrípeta; acompanhar
- HNF: TC dinâmica com cicatriz central; acompanhar
- Adenoma: uso de ACO/ anabolizantes; dor abdominal e hipotensão; ruptura e câncer; TC dinâmica com hipercaptação heterogênea; se < 5, suspender ACO, se > 5, cx

Hepatocarcinoma
- FR: cirrose, hepatite B e C
- Clínica: dor abdominal, icterícia e perda de peso
- Diagnóstico: TC dinâmica (wash-out) +/- AFP
- Manejo
* Child A: hepatectomia
* Não Child A, mas lesão única < 5 cm e até 3 lesões < 3 cm: transplante
* Paliação: ablação, quimioembolização ou sorafenib

Metástase hepática
- Tumor hepático maligno mais comum
- Diagnóstico: TC dinâmica (múltiplos nódulos hipocaptantes)
- Manejo
* Geral: paliação
* Colorretal ou TNE: ressecar MTX aumenta sobrevida

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