CLM - Sd. Diarreica Flashcards

1
Q

DIARREIA - classificação (duração | topografia | inflamatória)

A

Duração
- Aguda: < 4 semanas
- Crônica: > 4 semanas

Topografia
- Alta: maior volume, menor frequência (restos alimentares)
- Baixa: menor volume, maior frequência (tenesmo)

Inflamatória: presença de sangue, muco ou pús

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2
Q

DIARREIA AGUDA
Gastroenterite - agentes e especificidade (vômitos | diarreia aquosa | diarreia invasiva) | sinais de alarme | investigação (3) | manejo

A

Vômitos
- S. aureus: maionese, pastas, ovos e festas
- Norovírus: agente mais comum em adultos, mariscos

Diarreia aquosa
- E. coli (ETEC): viajantes
- E. coli (EPEC): neonatos
- Campylobacter: apendicite + Guillain-Barrett

Diarreia invasiva
- Shigella: convulsão, artrite reativa
- E. coli (EHEC): SHU (O157:H7)
- Salmonella: cozinheiro disseminador
- C. difficile: ATB e internação

Sinais de alarme → indicam investigação
- Sangue, desidratação e febre
- Ausência de melhora após 48h
- Idosos > 70 anos e imunocomprometidos
- Uso recente de ATB

Investigação: HMG, bioquímica, exame de fezes (lactoferrina, cultura, toxina A/B e EPF)

Manejo
- Hidratação (SRO)
- Ciprofloxacino 3-5 dias se sinais de alarme
- Antidiarreicos (loperamida) se grave e não invasiva
- Probióticos (floratil)

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3
Q

DIARREIA AGUDA
Colite pseudomembranosa - agente | risco | diagnóstico | manejo

A

Agente: c. difficile

Risco: uso prévio de ATB (clindamicina, cefalosporina, quinolona), internação, idade avançada e comorbidades

Diagnóstico: pesquisa de toxinas A/B nas fezes

Manejo
- Vancomicina VO ou fidaxomicina ou metronidazol
- Se colite fulminante: vanco VO + metronidazol IV
- Se > 3 recorrências: tx de fezes

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4
Q

DIARREIA CRÔNICA
Doença celíaca - fisiopatologia | clínica | associações | diagnóstico | manejo

A

Fisiopatologia: autoimunidade ao glúten (trigo, centeio, cevada)
- HLA-DQ2 / HLA-DQ8

Clínica
- Crianças (intestinal): disabsorção + distensão + déficit ponderoestatural + atrofia glútea + atraso motor
- Adultos (extra-intestinal): anemia, osteoporose, amenorreia, neuropsiquiátricas

Associações: dermatite herpetiforme, sd. de Down, maior risco de linfoma

Diagnóstico
- Anti-transglutaminase
- EDA + bx de duodeno distal

Manejo: dieta sem glúten

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5
Q

PARASITOSES
Amebíase - agente | clínica | diagnóstico | manejo | complicação

A

Agente: entamoeba hystolitica

Clínica
- Diarreia baixa invasiva
- Quadro crônico assintomático
- Quadro fulminante

Diagnóstico: EPF → cistos ou trofozoítas
- Entamoeba coli, iodamoeba butschlii, endolimax nana → amebas comensais, não tratar

Manejo
- Assintomático: teclosan 3 dias
- Leve: secnidazol ou tinidazol 2g dose única
- Grave: metronidazol 10 dias

Complicação: abcesso hepático
- Clínica: dor QSD, febre, sinal de Torres-Homem, homem jovem, lesão única, achocolatada e em lobo direito
- Diagnóstico: USG/TC/RM, sorologia (ELISA)
- Manejo: metronidazol + NÃO drenar

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6
Q

PARASITOSES
Giardíase - agente | clínica | diagnóstico | manejo | associação

A

Agente: giardia lamblia

Clínica
- Diarreia alta não invasiva
- Disabsorção → atapetamento dos enterócitos

Diagnóstico: EPF ou aspirado duodenal

Manejo: nidazol dose única
- Alternativa: albendazol 5 dias

Associação: hipogamaglobulinemia por IgA

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7
Q

PARASITOSES - causadores sd. de Loeffler

A

Sd. de Loeffler: ciclo pulmonar dos parasitas

Causadores
- Strongyloides stercoralis
- Ancylostoma duodenale
- Necator americanus
- Toxocara canis
- Ascaris lumbricoides

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8
Q

PARASITOSES
Ascaridíase - agente | clínica | diagnóstico | manejo

A

Agente: ascaris lumbricoides

Clínica
- Intestinal inespecífico / Loeffler
- Cólica biliar, pancreatite e colangite
- Suboclusão intestinal

Diagnóstico: EPF

Manejo: bendazol ou pirantel
- Albendazol dose única
- Nitazoxanida por 3 dias
- Se suboclusão: NÃO usar pirantel
* Suporte: SNG + hidratação
* Piperazina (gastrografin) ou solução salina hipertônica + óleo mineral
* Após eliminação: bendazol

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9
Q

PARASITOSES - agente | clínica | diagnóstico | manejo

Toxocaríase
Ancilostomíase
Estrongiloidíase

A

Toxocaríase
- Agente: toxocara canis
- Clínica
* Intestinal inespecífico / Loeffler
* Hepatomegalia, ascite, febre
* Eosinofilia marcante
- Diagnóstico: sorologia (ELISA)
- Manejo: albendazol 5 dias + corticoide

Ancilostomíase
- Agentes: ancylostoma duodenale ou necator americanus
- Clínica
* Intestinal inespecífico / Loeffler
* Anemia ferropriva
- Diagnóstico: EPF
- Manejo: albendazol dose única

Estrongiloidíase
- Agente: strongyloides stercoralis
- Clínica
* Intestinal inespecífico / Loeffler
* Lesão cutânea
* Sd. ulcerosa → parece DUP
* Autoinfestação: sepse por gram - em imunossupressos
- Diagnóstico: EPF (Baermann-Moraes)
- Manejo: ivermectina por 2 dias ou tiabendazol tópico

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10
Q

PARASITOSES - agente | clínica | diagnóstico | manejo

Enterobíase/oxiuríase
Tricuríase/tricocefalíase

A

Enterobíase/oxiuríase
- Agente: enterobius vermicularis
- Clínica: prurido anal, corrimento vaginal na infância
- Diagnóstico: teste da fita gomada (Graham)
- Manejo: albendazol dose única

Tricuríase/tricocefalíase
- Agente: trichuris trichiura
- Clínica: prolapso retal
- Diagnóstico: EPF
- Manejo: albendazol 3-7 dias

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11
Q

DIARREIA CRÔNICA
DII - fisiopato | fatores associados | diagnóstico | manejo

A

Fisiopato: inflamação crônica do TGI com predisposição genética

Fatores associados
- Risco: HF, ACO, dieta, AINEs
- Protetores: apendicectomia, amamentação
- Tabagismo: protege para RCU, risco para Crohn

Diagnóstico
- Clínica: diarreia + emagrecimento +/- extra-intestinais
- Sorologia: p-ANCA (RCU) e ASCA (Crohn)
- EDA: abcesso em criptas ou úlceras aftoides

Manejo
- Medicamentoso: 5-ASA, ATB, corticoide e infliximab
1) 5-ASA: mesa ou sulfasalazina
2) ATB: cipro + metronidazol
* Apenas na RCU
3) Corticoide: prednisona, hidrocortisona
4) Imunomodulador: azatioprina, mercaptopurina
5) Anti-TNF: infliximab
- Cx: RCU (curativa) e Crohn (complicações)
* RCU: proctocolectomia com IPAA OU colectomia a Hartmann
- Crohn: ressecção segmentar, estenosoplastia

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12
Q

DIARREIA CRÔNICA
DII - RCU X Crohn (localização | profundidade | macro | micro | clínica | complicações | Ca de cólon | extra-intestinal

A

Localização
RCU: do reto ao íleo
Crohn: da boca ao ânus

Profundidade
RCU: superficial (mucosa)
Crohn: transmural

Macro
RCU: úlceras contínuas
Crohn: úlceras salteadas (pedras de calçamento)

Micro
RCU: criptite
Crohn: granuloma

Clínica
RCU: diarreia invasiva
Crohn: diarreia + dor + ânus

Complicações
RCU: colite e megacólon
Crohn: fístula, estenose

Ca de cólon
RCU: alto risco
Crohn: baixo risco

Extra-intestinal
- Independente da atividade da doença
* RCU: colangite esclerosante
* Crohn: espondilite anquilosante
- Depende da atividade da doença
RCU: eritema nodoso
Crohn: artrite e uveíte

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13
Q

DIARREIA CRÔNICA
SII - definição | fisiopato | clínica | diagnóstico | manejo

A

Definição: ausência de alterações estruturais → diagnóstico de exclusão

Fisiopato: alterações de motilidade + hipersensibilidade visceral

Clínica: dor abdominal + diarreia +/- constipação
- Sintomas não acordam a pcte
- Diarreia pode conter muco

Diagnóstico (Roma IV): dor abdominal recorrente 1x/sem há 3 meses + pelo menos 1
- Relação com a defecação
- Mudança na frequência da defecação
- Mudança na consistência das fezes

Manejo: controle dos sintomas + explicar benignidade
- Antidiarreicos (loperamida) e antifiséticos (dimeticona)

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