CLM - Síndromes Ictéricas Flashcards

1
Q

Definição | principais causas (aumento de BI X BD)

A

Definição: bilirrubina > 2,5-3 mg/dL

Aumento de BI
- Hemólise → anemia, aumento de LDH, reticulocitose, redução de haptoglobina
- Metabolismo da bilirrubina (aumento de BI + sem anemia)
* Sd. de Gilbert: bili < 4, gatilhos de estresse, melhora com fenobarbital e dieta hipercalórica
* Sd. de Crigler-Najjar: manifestações neonatais → tx ou fenobarbital

Aumento de BD → acolia, colúria e prurido
- Hepatites → AST e ALT muito altas
- Colestase → FA e GGT muito altas
- Metabolismo da bilirrubina (aumento de BD + enzimas normais) → sd. de Dubin-Johnson ou de Rotor

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2
Q

HEPATITES VIRAIS
Classificação | via de transmissão | complicações

A

Classificação: aguda (< 6 meses) X crônica (> 6 meses) X fulminante (encefalopatia em < 8 semanas)

Via de transmissão
- Fecal-oral: hepatite A e E
- Parenteral: hepatite B, C e D

Complicações
- Colestase: A
- Fulminante: B
- Crônica: B e C
- Autoimune: B e C

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3
Q

HEPATITES VIRAIS
Hepatite A - marcadores | isolamento | manejo | profilaxia)

Hepatite E

A

Hepatite A:
- Marcadores: anti-HAV IgM = infecção aguda
- Isolamento: até 7-14 dias pós-icterícia
- Manejo: suporte
- Profilaxia
* Pré-exposição: vacina (calendário e viagem)
* Pós-exposição: até 2 semanas

Hepatite E: fulmina em 20% das gestantes

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4
Q

HEPATITES VIRAIS
Hepatite B - evolução | manejo | diagnóstico sorológico | manifestações extra-hepáticas | profilaxia pré | profilaxia pós

A

Evolução: autolimitada, fulminante ou crônica (pode evoluir para cirrose ou CHC)

Manejo: antivirais SN

Diagnóstico sorológico
1) Dosar HbsAg
- Positivo: hepatite B aguda ou crônica
- Negativo: não exclui
2) Dosar anti-Hbc
- Negativo: nunca teve hepatite B
- Positivo: avaliar IgM para diferenciar aguda de antiga (curada ou não)
3) Dosar anti-Hbs
- Positivo: hepatite B curada
- Negativo: hepatite B crônica

Manifestações extra-hepáticas: PAN, GN membranosa, Gianotti-Crosti (criança com pápulas eritematosas não pruriginosas)

Profilaxia pré-exposição: 3 doses da vacina (0-1-6 meses) ou 4 se imunodeprimido ou DRC (0-1-2-6 meses)
- Se anti-Hbs negativo após completar esquema: vacina há < 2 meses = novo esquema; vacina há > 2 meses = 1 dose

Profilaxia pós-exposição
- Não vacinados: vacina + Ig até 7-14 dias após exposição
* Para imunodeprimidos vacinados, fazer vacina igual
- Infecção perinatal (RN filho de mãe com hepatite B)
* Vacina + Ig até 12h do nascimento
* Mãe: tenofovir no 3o tri

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5
Q

HEPATITE AUTOIMUNE - suspeita| tipos | manejo

A

Suspeita: vírus, álcool e drogas negativos + hipergamaglobulinemia + doenças autoimunes

Tipos
- Tipo 1: mulher jovem, FAN+, Ac anti-músculo liso (AML)
- Tipo 2: meninas ou homens, Ac anti-LKM1 e anti-citosol hepático-1

Manejo: corticoide +/- azatioprina
- Exceto assintomáticos ou formas leves

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6
Q

DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA - estágios | manifestações | manejo

A

Estágios
- Esteatose alcoólica: após libação
- Hepatite alcoólica: após libação no bebedor crônico
- Cirrose alcoólica: uso crônico

Manifestações
- Hepatite: febre, icterícia, dor, TGO > TGP, transaminases até 400 U/L
- Leucocitose: reação leucemoide

Tratamento
- Grave (índice de Maddrey > 32): corticoide por 28 dias
- Alternativa: pentoxifilina

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7
Q

DOENÇA CALCULOSA BILIAR
Colelitíase - definição | clínica | diagnóstico | manejo

A

Definição: cálculo na vesícula biliar

Clínica: cólica biliar (dor em HD, após libação alimentar gordurosa) por < 6h

Diagnóstico: USG → imagem hiperecoica + sombra acústica

Tratamento: CVL se sintomáticos, > 3 cm, pólipos associados, vesícula em porcelana, anemia hemolítica

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8
Q

DOENÇA CALCULOSA BILIAR
Colecistite aguda - definição | clínica | diagnóstico | manejo | Tokyo guideline | classificação | complicações

A

Definição: inflamação por obstrução de um cálculo na vesícula

Clínica: cólica biliar por > 6h, febre, sinal de Murphy

Diagnóstico: USG → cálculo impactado + parede espessada
- Padrão-ouro: cintilografia biliar

Manejo
- Medidas gerais + ATB-terapia
- CVL precoce (ideal até 72h; seguro até 1 semana)
* Se não tolera CVL, colecistostomia percuntânea (punção)

Tokyo guideline
- Diagnóstico: A + B + C / suspeita se A + B
- A: sinais de inflamação local
- B: sinais de inflamação sistêmica
- C: achados USG

Classificação
- Grau III (grave): disfunção orgânica
- Grau II (moderada): leucocitose > 18000, massa palpável e dolorosa em QSD, evolução > 72h, complicação local
- Grau I (leve): sem critérios

Complicações
- Perfuração
* Livre: peritonite → cx
* Bloqueada: abcesso
* Fístula: íleo biliar → tríade de Rigler (obstrução do delgado + cálculo ectópico + pneumobilia)
- Colecistite enfisematosa → agente: clostridium
* Gás na parede da vesícula
* Melhor exame: TC

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9
Q

DOENÇA CALCULOSA BILIAR
Coledocolitíase - definição | clínica | diagnóstico | investigação |manejo

A

Definição: cálculo no colédoco

Clínica: icterícia flutuante + vesícula impalpável

Diagnóstico
1) USG → dilatação (> 5 mm) + cálculo
2) Confirma: colangioRM ou CPRE
- ColangioRM: não invasiva e sem radiação
- CPRE: feita só se alta probabilidade

Investigação: SEMPRE antes de CVL em pcte com colelitíase
- USG + bilirrubinas + FA + transaminases
- Alto risco (USG com cálculo no colédoco, icterícia flutuante, colestase) → CPRE
- Médio risco → colangioRM
- Baixo risco → colangioRM intra-operatória

Manejo: CPRE + CVL sempre

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10
Q

DOENÇA CALCULOSA BILIAR
Colangite aguda - definição | classificação e manejo

Sd. de Mirizzi - definição | clínica | diagnóstico | manejo

A

Colangite aguda
- Definição: infecção bacteriana das vias biliares
- Classificação
* Não grave: tríade de Charcot (febre + icterícia + dor abdominal) → ATB + drenagem ELETIVA das vias biliares
* Grave - tóxica aguda / supurativa: pêntade de Reynolds (Charcot + hipotensão + queda sensório) → ATB + drenagem IMEDIATA das vias biliares

Síndrome de Mirizzi
- Definição: compressão extrínseca do ducto hepático comum
- Clínica: colecistite + icterícia
- Diagnóstico: CPRE intra-operatória
- Manejo: cx

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11
Q

NEOPLASIAS DE VIAS BILIARES
Tumores periampulares - definição | tipos | clínica |manejo

Tumor de Klastin - definição | clínica | USG

A

Tumores periampulares
- Definição: tumores na região da ampola de Vater
- Tipos: cabeça de pâncreas, colangiocarcinoma distal, duodeno, ampola de Vater (papila)
- Clínica: icterícia progressiva, colúria, acolia, prurido, vesícula de Courvoisier (palpável e indolor)
* Ca ampola de Vater: períodos de atenuação associados a melena
- Manejo: duodenopancreatectomia
* Paliação: endopróteses ou derivação bilio-digestiva

Tumor de Klastin
- Definição: colangiocarcinoma peri-hilar
- Clínica: icterícia progressiva, vesícula impalpável
- USG: vesícula murcha, dilatação intra-hepática

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12
Q

DOENÇA AUTOIMUNE DA VIA BILIAR
Colangite biliar primária - definição | perfil | clínica | diagnóstico | manejo

Colangite esclerosante primária - principais características

A

Colangite biliar primária:
- Definição: agressão aos ductos biliares do espaço porta
- Perfil: mulher 30-60 anos, com DAI (Sjögren, Hashimoto)
- Clínica: colestase + disabsorção
- Diagnóstico: aumento de FA e GGT + USG e CPRE negativos + Ac anti-mitocôndria
- Manejo: UDCA ou transplante

Colangite esclerosante primária
- Lesão de grandes vias biliares
- Perfil: homem, com RCU
- Ac p-ANCA
- Transplante

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