CLM - Dispneia Flashcards
TEP - definição | clínica | exames complementares | escore de Wells | algoritmo diagnóstico | manejo
Definição: obstrução da circulação pulmonar por êmbolos venosos
Clínica: início súbito de taquidispneia (principal sinal), dispneia (principal sintoma), dor torácica, hemoptise, sibilos, hipoxemia
Exames complementares
- ECG: taquicardia sinusal (mais comum), padrão S1, Q3, T3 (mais específico)
- RX: sinal de Westermark (oligoemia localizada), corcova de Hampton (hipotransparência pulmonar periférica)
- Ecocardiograma: disfunção de VD
- Marcadores: BNP e troponina; D-dímeros
Escore de Wells
- Clínica de TVP
- Diagnóstico mais provável é TEP
- FC > 100 bpm
- Imobilização/cx recentes
- Episódio prévio de TVP/TEP
- Hemoptise
- Malignidade
Algoritmo diagnóstico
- Baixa suspeita (escore de Wells < 4): avaliar d-dímeros
* Valor normal: exclui TEP
* Valor aumentado: imagem
- Alta suspeita (escore de Wells > 4): avaliar imagem
* Imagem: angio-TC (escolha), cintilografia, doppler de MMII, arteriografia (padrão-ouro)
* Iniciar manejo a partir da alta suspeita, antes de realizar imagem
Manejo
- Se instabilidade hemodinâmica, trombolítico em até 14 dias (rtPA, estreptoquinase)
- Anticoagulação por 3 meses
* Heparina + warfarina 5 mg/dia
* Heparina por 5 dias + dabigatrana 150 mg 2x/dia
* Rivaroxabana 15 mg 2x/dia
- Filtro de VCI: se contraindicação ou falha da anticoagulação
EMBOLIA GORDUROSA - fisiopatologia | clínica | manejo | prevenção
Fisiopatologia: fratura de ossos longos e da pelve -> micropartículas de gordura na circulação -> obstrução + vasculite 12-24h após
Clínica: hipoxemia + rebaixamento de sensório + rash petequial
Manejo: suporte (corticoide pode ser usado, sem evidências)
Prevenção: imobilização precoce da fratura
ESPIROMETRIA - parâmetros | padrões
Parâmetros importantes
- VEF1: volume expirado em 1 segundo
- CVF: volume total exalado
- Índice de Tiffeneau: VEF1/CVF
Padrões
- Obstrutivo: VEF1 muito reduzido, CVF reduzido e Tiffeneau < 70%
* Asma e DPOC -> asma apresenta melhora após prova broncodilatadora
~ Asma: VEF1 aumenta > 200 ml e Tiffeneau aumenta > 12%
- Restritivo: redução proporcional de VEF1 e CVF e Tiffeneau variável
* Pneumopatias intersticiais
DPOC - definição | FR | clínica | classificação | manejo ambulatorial
Definição: obstrução crônica e irreversível de vias aéreas
FR: tabagismo, deficiência de alfa-1 anti-tripsina
Clínica
- Obstrução ao fluxo expiratório: hiperinsuflação
- Hipoventilação alveolar: hipoxemia (dispneia e cianose) e hipercapnia (retentor crônico)
- Cor pulmonale: hipoxemia crônica, hipertensão da art pulmonar e IVD
Classificação
- VEF1: estágio I > 80% | estágio II 50-79% | estágio III 30-49% | estágio IV < 30%
- Gold: A, B ou E (A é o mais controlado e E o menos)
Manejo ambulatorial
- Medidas gerais
* Aderência, cessação de tabagismo, atividade física, reabilitação pulmonar
* Vacinação: gripe, zoster, pneumococo, coqueluche, COVID
* Avaliar O2 domiciliar: PaO2 < 55 mmHg ou satO2 < 88% em repouso OU PaO2 56-59 + policitemia ou cor pulmonale
- Gold A: broncodilatador (LABA ou LAMA)
- Gold B: broncodilatadores de longa (LABA + LAMA)
- Gold E: broncodilatadores de longa +
* CI se eosinofilia > 300
* Roflumilast se VEF1 < 50% e bronquítico
* AZT por 1 ano se ex-tabagista
DPOC EXACERBADO - tríade | agentes | manejo
Tríade: piora da dispneia, aumento da secreção e alteração da coloração da secreção
Agentes: h. influenzae, s. pneumoniae, moraxella catharralis
Manejo
- Suporte respiratório
* Oxigênio (alvo satO2 entre 88-92%)
* VNI se acidose resp., hipoxemia persistente ou fadiga respiratória
* IOT se rebaixamento de sensório ou falha na VNI
- ATB se escarro purulento, VNI ou IOT
- Broncodilatador de curta duração: beta-2 agonita ou anti-muscarínico
- Corticoide sistêmico por 5-7 dias
- Vacinação pneumocócica
ASMA - definição | clínica | manejo (geral e steps) | avaliação do controle
Definição: inflamação crônica + obstrução reversível (hiperreatividade na crise)
Clínica: tosse, dispneia, sibilos e dor torácica
Manejo
- Geral: aderência ao tto, controle de ambiente, cessação de tabagismo e atividade física; vacinação
- Steps
* > 12 anos: CI dose baixa + LABA de resgate; step 3 adiciona budesonida + formoterol fixo; step 5 adiciona tiotrópio fixo e encaminha para especialista
* 6-11 anos: CI dose baixa + SABA de resgate; step 2 deixa budesonida fixo; step 3 adiciona LABA; depois aumenta dose budesonida e encaminha para especialista
* < 5 anos: SABA de resgate; step 2 adiciona CI fixo; depois aumenta dose e encaminha para especialista
Avaliação do controle
- Nas últimas 4 semanas: limitação de atividades; SABA > 2x/sem; despertares noturnos; sintomas diurnos > 2x/sem
- Para < 5 anos: limitação de atividades; uso de SABA > 1x/semana; despertares OU tosse noturna; sintomas diurnos > 1x/semana
- Classificação
* Controlada: nenhuma resposta sim
~ Se controlada por 2-3 meses: tentar reduzir passo
* Parcialmente controlada: até 2 respostas sim
* Descontrolada: 3-4 respostas sim OU internação com crise
ASMA EXACERBADA - classificação X manejo | orientações de alta
Classificação
- Moderada: fala frases completas; PF > 50%
* SABA 20/20min por 1h
* Corticoide VO ou IV
* O2 suplementar SN → satO2 93-95% em adultos e 94-98% em criança
- Grave: fala só palavras; PF < 50%; ausência de melhora; FC > 120, FR > 30, satO2 < 90%
* SABA + corticoide + O2
* Ipratrópio (LAMA)
* Considerar: sulfato de Mg IV e/ou CI em dose alta
- Muito grave: sonolento, confuso, acidose respiratória, tórax silencioso
* SABA + corticoide + O2 + ipratrópio
* Sulfato de Mg IV e/ou CI em dose alta
* Preparar IOT + UTI
Orientações pós-alta
- Iniciar tto de manutenção OU aumentar o passo
- Corticoide VO por 5-7 dias (3-5 dias para crianças)
- Nova consulta em 2-7 dias (1-2 dias para crianças)