Pé Diabético Flashcards
Qual a tríade do pé diabético?
Vasculopatia
Imunopatia
Neuropatia
Explique a fisiopatologia do pé diabético.
Por ser uma doença multifatorial, envolve a interação entre vasculopatia, neuropatia e imunopatia.
A neuropatia causa a perda da sensibilidade na região e ressecamento da pele, tornando-a mais suscetível a traumas. A vasculopatia impede a devida nutrição das extremidades, prejudicando a cicatrização e favorecendo a isquemia e necrose. E a menor resposta imunológica favorece o desenvolvimento de infecções.
Qual a média de idade dos pacientes com pé diabético?
Quinta década de vida
Quais os 4 compartimentos do pé?
Dorsal
Medial
Lateral
Central
Como são delimitados os compartimentos do pé?
Qual as principais complicações dessa delimitação?
Aponeuroses.
Maior vulnerabilidade a infecção e edema.
Em casos de edema nos compartimentos do pé, qual a principal complicação? E o tratamento?
Pode ocorrer síndrome compartimental, pelo fato da fáscia ser inelástica. Causando a compressão de músculo, vasos e nervos.
Tratamento com fasciotomia e debridamento.
Qual a principal característica da vasculopatia diabética?
Calcificação da íntima e disfunção do músculo liso e elastina, diminuindo a complacência da camada média.
Qual a diferença da aterosclerose do paciente diabético e do paciente tabagista?
Diabético: em artérias distais.
Tabagista/HAS: em artérias próximais.
Quando solicitar arteriografia?
Apenas de não houver pulso na palpação.
Qual o tipo de necrose no pé diabético?
Necrose mista (isquemia e infecção).
Quais os objetivos da arteriografia? (3)
Avaliar a presença de estenose ou oclusões.
Avaliar a viabilidade de uma intervenção.
Decidir qual intervenção (bypass, angioplastia ou amputação).
Na arteriografia, o que indica que a obstrução é um problema crônico?
Grande rede de colaterais
Qual a imagem da arteriografia sugere oclusão?
Ponta de lápis / chama de vela
O que dificulta o diagnóstico de insuficiência arterial no paciente diabético?
Pode não apresentar claudicação ou dor em repouso, mascarando a isquemia.
Por que é ideal evitar exames com contraste em pacientes diabéticos?
Para não transformar a insuficiência renal aguda em crônica.
O paciente diabético com DAOP te maior chance de quais complicações?
Lesões coronarianas e carotídeas.
Quais as alterações da microangiopatia diabética? (5)
Alteração do músculo liso e o endotélio dos capilares
Menor migração de leucócitos
Menor resposta hiperêmica
Aumento de radicais livres
Aumento da agregação plaquetária
Como é feito o diagnóstico de microangiopatia diabética?
Pulso Pedroso normal a palpação, mas com sinais de necrose
Arteriografia normal
Qual o tratamento da microangiopatia diabética?
Não há tratamento cirúrgico
Vasodilatadores, anticoagulantes e outras medicações.
Na microangiopatia diabética, o que causa o espessamento da membrana basal?
Hiperglicemia crônica
Quais as principais características da neuropatia diabética? (4)
Desmielinização e destruição axônio pela hiperglicemia crônica
Primeiro alteração sensitiva
Deixa de secretar neuropaptídeos pelo não estímulo das fibras C nociceptivas
Menor vasodilatação e permeabilidade capilar (menor resposta inflamatória periférica)
Qual a ordem da perda na neuropatia diabética?
Primeiro tátil, depois dolorosa e por último a perda motora.
Com é caracterizada a perda sensitiva de fibras finas? (4)
Parestesia
Cãibras
Perda da sensibilidade tátil
Perda da sensibilidade térmica
Com é caracterizada a perda sensitiva de fibras grossas? (1)
Perda da sensibilidade protetorado
Por que não se deve fazer compressas quentes ou frias no paciente diabético?
Pelo risco de queimaduras
Quais as alterações motoras da neuropatia diabética?
Perda da arquitetura do pé (arco plantar)
Deformidades como dedo em martelo
Fraturas patológicas novas áreas de pressão
Autossimpatectomia
Pé de Charcot
Quais as 3 áreas de pressão normais no pé?
Lateral
Calcâneo
Articulação metatársica-falangiana
Quais os músculos responsáveis pelo arco plantar?
Lumbricais e interósseos
O que é autossimpatectomia?
Desnervação de glândulas sudoríparas e sebáceas
O que é o pé de Charcot?
Complicação causada pelo processo de neuropatia periférica e paralisia dos músculos intrínsecos do pé, cursando com deformidades como dedos em martelo e desabamento do arco plantar, promovendo novas zonas de pressão suscetíveis a hiperceratose. Esse processo pode causar fraturas patológicas e processo inflamatório.
Qual o principal diagnóstico diferencial do pé de Charcot?
Osteomielite
O que é o mal perfurante?
A hiperceratose é dura e ao pisar, pressiona os tecidos profundos e causa mais necrose.
Como diferenciar o pé de Charcot e osteomielite?
RNM
Rx após 30 dias
Quais s características na imunopatia diabética? (4)
Maior suscetibilidade a infecções
Menor resposta inflamatória
Redução significativa da fagocitose leucocitária
Ferida aberta com hiperglicemia forma estado catabólico, interferindo na produção de proteínas, fibroblastos e colágeno.
Qual o tratamento do pé diabético? (10)
Multidisciplinar
Controle da glicemia
ATB IV de amplo espectro (ceftriaxona + clindamicina)
Vasodilatadores (AAS e clopidogrel)
Oxigenoterapia hiperbárica
Rx, RM ou TC
Debridamento, amputações e fasciotomia
Cultura e antibiograma
Arteriografia
Angioplastia ou revascularização
Por que não realizar cultura antes do debridamento?
Porque há a diferença entre infecção e contaminação. O pé pode estar contaminado por diversas bactérias. Já o tecido profundo vai apresentar o agente infeccioso.