Úlcera peptica Flashcards

1
Q

Fisiologia da secreção acida

A

Células parietais = Recebem estímulos da acetilcolina, histamina e gastrina e produzem o ácido por ação da bomba H+/K+/ATPase.

Acetilcolina = Estímulo pelo nervo vago

Histamina = Oriunda das células enterocromafins
- Os bloqueadores H2 como a ranitidina, agem por
essa via!

Gastrina = Produzida pelas células G do antro

  • Aumenta gastrina quando não há ácido suficiente no estômago = uso crônico de IBP e produção descontrolada na síndrome de Zollinger Ellison.
  • Cirurgia com antrectomia age nessa via!

Proteção da mucosa gástrica = Muco e bicarbonato, por ação das prostaglandinas.
- Por isso os AINES (inibem a síntese de prostaglandinas), causam úlceras!

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2
Q

Úlcera peptica

Epidemiologia

A

Mais em homens

H. pylori,
AINES
Tabagismo

Ulceras duodenais são mais frequentes que as gástricas, e em mais jovens.

O ácido é o causador da úlcera, mas não quer dizer que todos tenham hipercloridria. O problema pode ser por falta de barreia de defesa. Desbalanço entre fatores protetores e de agressão.

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3
Q

Úlcera peptica

Classificação de Johnson = localização que encontramos as ulceras

  • Em casos de úlceras em outros locais, devemos pensar em câncer gástrico ulcerado.
A
Tipo 1 (hipocloridria) = Na pequena curvatura do antro. 
- É a mais comum

Tipo 2 (hipercloridria) = Úlcera dupla pequena curvatura + duodenal

Tipo 3 (hipercloridria) = Úlcera pré-pilórica
- Mais risco de estenose. 

Tipo 4 (hipocloridria) = Úlcera na pequena curvatura, parte alta, TEG.

Tipo 5 = Não relacionada à acidez mas ao uso de AINES.

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4
Q

Úlcera peptica

Clinica

A

Dor epigástrica, dispepsia, clocking (dor acorda o paciente)

úlcera duodenal = 3 tempos (dói – come – passa)
- A dor é precipitada pelo jejum e melhora
com o alimento.

úlcera gástrica = 4 tempos (não dói – come – dói – passa). A dor é precipitada pelo alimento.

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5
Q

H pylori

características

A

Bactéria gram negativa, flagelada

Vive no estômago de 50- 80% da população brasileira

Transmissão oral-oral/fecal-oral

Maioria assintomático.

Produz urease, que transforma ureia em amônia e CO2 = Alcaliniza o meio
- Aumento compensatório da massa de células parietais e da produção de gastrina para retornar aos níveis de acidez do estômago

Ataca as defesas contra o ácido = Menor produção de muco e bicarbonato

Redução celulas D produtoras de somastotatina

Inibe todas as células da mucosa, levando a uma gastrite atrófica com hipocloridria

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6
Q

H pylori

testes não invasivos (sem necessidade de EDA)

A

Teste de ureia respiratória com carbono marcado (melhor para controle de cura)

Sorologia para H. pylori (NÃO serve para controle de cura)

Antígenos fecais.

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7
Q

H. Pylori

Testes invasivos (necessidade de EDA)

A

Teste da urease (durante a EDA, é o mais realizado)

Teste histológico (avaliação pelo patologista após biópsia, maior acurácia)

Cultura (mais caro e menos disponível), para antibiograma em casos resistentes.

Controle de cura
- Após 4 a 6 semanas da erradicação do H. pylori (o IBP deve ser
suspenso no mínimo por 14 dias)
- Se houver indicação de EDA por outro motivo, realiza-se o controle da erradicação pela EDA (exame histológico)
- Se não houver indicação de EDA, realiza-se o controle de cura pelo teste respiratório da ureia com carbono marcado.

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8
Q

H. Pylori

Indicações de erradicação

A
Úlcera péptica
Linfoma MALT
Lesões pré-malignas (gastrite atrófica e
metaplasia intestinal)
História de neoplasia (pessoal ou familiar de 1° grau)
Uso crônico de AINES, AAS
ou anticoagulantes
Dispepsia funcional

Anemia ferropriva inexplicada
Deficiência
de vit B12
Púrpura trombocitopênica idiopática

NÃO é indicada erradicação para DRGE.

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9
Q

Úlcera peptica

Tratamento clinico

A

Tratamento clínico = IBP em dose dobrada e erradicação do H. pylori.

IBP = Dose plena (omeprazol 20mg, rabeprazol 20mg, lansoprazol 30mg, esomeprazol 40mg, pantoprazol 40mg), 2x ao dia de 4 a 8 semanas.

Erradicar H. pylori = IBP 12/12h + claritromicina 500mg 12/12 + amoxicilina 1g 12/12 por 14 dias
- Em casos de recidiva, o retratamento se faz com IBP 12/12h + levofloxacina 500mg 1x ao dia e amoxicilina 1g 12/12h por mais 10 a 14 dias.

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10
Q

Úlcera peptica

Tratamento cirúrgico

A

Nas complicações (perfuração, úlcera terebrante, hemorragia sem controle endoscópico, estenose como obstrução pilórica); em suspeitas de câncer e nos casos raros de úlceras refratárias ao tratamento clínico.

cirurgia eletiva na úlcera duodenal = Não aborda a úlcera, apenas a produção ácida

  • Vagotomia super seletiva ou gástrica proximal
  • Vagotomia troncular com piloroplastia
  • Vagotomia troncular + antrectomia.

cirurgia eletiva na úlcera gástrica = Sempre gastrectomia com retirada da úlcera
- Associar a vagotomia troncular nos tipos 2 e 3 (hipercloridria).

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11
Q

Dispepsia funcional

O que é?

A

Qualquer dor ou desconforto epigástrico que dure 1 mês
Pode haver azia, náuseas e sensação de plenitude pós-prandial

A causa mais comum de síndrome dispéptica é a dispepsia funcional.

Critérios de Roma IV = Para diagnóstico de dispepsia funcional.

  • dispepsia nos últimos 3 meses = Com início nos últimos 6 meses.
  • Plenitude pós-prandial
  • Saciedade precoce
  • Dor/queimação epigástrica.
  • Ausência de lesão estrutural = Pela endoscopia digestiva alta.
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12
Q

Dispepsia funcional

Conduta = Depende da idade e sinais de alarme.

A

menos de 40 anos sem sinais de alarme

  • 1° investigar H. pylori e erradicar, se negativo fazer IBP
  • Se não melhorar, fazer antidepressivo tricíclico. Se não melhorar, associar pro-cinético. Se nada deu certo, tentamos a psicoterapia.

≥ 40 anos ou sinal de alarme = Fazer EDA, se normal, seguir o tratamento da dispepsia funcional
- Em caso de alteração endoscópica, tratar a alteração.

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13
Q

Sindrome de Zollinger Ellison

A

Gastrinoma = Tumor produtor de gastrina de forma descontrolada levando a múltiplas úlceras gástricas e duodenais associado a DRGE e diarreia. - Triângulo do gastrinoma (região do duodeno, cabeça do pâncreas e colédoco distal).

Ulceras = Múltiplas, refratárias ao tratamento

  • Recidiva após cirurgia
  • Não associadas a H. pylori ou a AINES

Neoplasia endócrina múltipla 1 (NEM1) = O gastrinoma pode fazer parte da NEM 1 quando temos ao
mesmo tempo tumores de paratireoide, pâncreas e hipófise.

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14
Q

Sindrome de Zollinger Ellison

Diagnostico

A

Dosar gastrina sérica e avaliar acidez do estômago.

Gastrina > 1000 com ph < 2 em um paciente com múltiplas úlceras, é praticamente certeza de gastrinoma.

Localização do gastrinoma = Pode ser difícil
- Realizar ecoendoscopia ou cintilografia com receptores de somatostatina (octreoscan).

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15
Q

Sindrome de Zollinger Ellison

Tratamento

A

Cirurgia com ressecção do gastrinoma, pela localização mais típica, a maioria dos casos necessita de duodenopancreatectomia.

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16
Q

Quando solicito EDA = Fatores de risco para malignidade / câncer

A
Idade maior que 45 anos
Sinais de alarme 
- História familiar 
- Cirurgia prévia 
- Hematêmese 
- Disfagia 
- Odinofagia = Dor durante a deglutição 
- Anemia 
- Linfadenopatia 
- Icterícia 
- Vômitos 
- Massa abdominal 
- Perda ponderal 
Não respondem a terapia com IBP 
Recidivaram sintomas após o tratamento