Isoimunização RH Flashcards
Isoimunização RH
O que é?
Sensibilização materna, mediante a produção inicial de igm, após exposição primária aos antígenos desconhecidos de superfície de hemácia.
Isoimunização RH
Fisiopatologia
Causada pela exposição materna a antígenos eritrocitários incompatíveis, o que pode acontecer por transfusão de sangue incompatível ou por hemorragia fetomaterna.
Isoimunização RH
Tipos de antígenos
Cerca de 98% dos casos de aloimunização ocorrem em razão das incompatibilidades ABO e rh.
Os antígenos atípicos, principalmente Kell, C e E, respondem pelos 2% restantes da sensibilização e da doença fetal.
Isoimunização RH
Formação de anticorpos
Inicialmente ocorre produção de IgM, que não atravessa a barreira placentária por causa de seu grande peso molecular.
Posteriormente, numa 2a exposição ao antígeno desconhecido, ocorre a produção de IgG, que ultrapassa a barreira placentária, adere-se à membrana dos eritrócitos e ativa o sistema reticulo endotelial fetal, principalmente no baço, onde ocorrem a hemólise e a fagocitose dessas hemácias do feto.
Esse processo pode ocorrer a partir da 10a semana de gestação.
Isoimunização RH
Anemia fetal
Estímulo produção celular na medula, no fígado, no baço e na parede intestinal e presença de formas jovens na circulação periférica fetal.
Isoimunização RH
Alterações Hepatica
Anemia ocasiona disfunção celular, oclusão do transporte de substâncias, interrupção dos sistemas enzimáticos e insuficiência hepática.
Ocorrência de hipoalbuminemia, hepatoesplenomegalia, hipertensão portal, ascite, derrame pericárdico, derrame pleural, insuficiência cardíaca, alteração na circulação e na função placentária e, por fim, óbito fetal.
Isoimunização RH
Hemorragia fetomaterna.
Ocorre em cerca de 75% das gestantes e é a principal causa de aloimunização
Representa a passagem de sangue fetal para a circulação materna
Pode ocorrer espontaneamente ou em procedimentos como biópsia de vilo corial, amniocentese, cordocentese, transfusão intrauterina e manipulação obstétrica (versão interna, extração manual da placenta etc.), abortamento induzido ou espontâneo, gestação ectópica e síndromes hemorrágicas (ameaça de abortamento, inserção baixa de placenta, descolamento prematuro de placenta).
Isoimunização RH
Diagnóstico de anemia fetal
Padrão ouro é aferição de velocidade máxima da artéria cerebral média.
Isoimunização RH
Transfusão intrauterina
- Intraperitonial
- Cordocentese guiada pela ultrassonografia quando doppler mostrar indícios de anemia fetal (desvio padrão > 1,5 MOM em artéria cerebral média).
Isoimunização RH
Prevenção
Deve ser administrada imunoglobulina anti-d
- Até 72 horas pós-parto de recém-nascido rh positivo ou DU positivo
- Após abortamento, gestação ectópica ou molar e sangramento vaginal
- Após procedimento invasivo (biópsia de vilo corial, amniocentese, cordocentese) = administrar imunoglobulina no dia do procedimento e repetir a cada 12 semanas, até o parto
- Síndromes hemorrágicas durante a gestação (ameaça de abortamento, placenta prévia), repetir de 12 em 12 semanas, até o parto
- Na rotina pré-natal, entre a 28a e a 34a semanas, se pai da criança for rh positivo ou desconhecido
- Após transfusão de sangue incompatível.
Hidropsia fetal
Eritropoiese extramedular = hepatoesplenomegalia, aumento da pressão portal, aumento da pressão venosa umbilical, disfunção hepática, hipoproteinemia.
Isoimunização RH
Rastreio
Teste de Kleihauer
- Pesquisa de células fetais na circulação materna
Teste Coombs Indireto
- Procura de anticorpos contra antígenos de hemácias
Pesquisa de anticorpos irregulares
- Qual antígeno
< 1:16 poucos anticorpos, continuar titulação mensal
>= 1:16 investigação de anemia fetal
Isoimunização RH
Profilaxia em gestação molar completa
Nas gestações molares completas não há presença de nenhum tecido fetal (inclusive de hemácias). Sendo assim, não existe nenhuma possibilidade de haver sensibilização materna por antígenos presentes em hemácias, o que torna a profilaxia desnecessária.