Colecistite Aguda Flashcards
Colecistite Aguda
Epidemiologia
Colecistite aguda litiásica = Maioria dos casos, relacionada à colelitíase, 4F
- Female
- Forty
- Fat
- Fertility
Colecistite aguda alitiásica = Inflamação da vesícula SEM cálculo.
- Quadros de isquemia da vesícula por dificuldade de perfusão - Grandes queimados
- Uso de drogas vasoativas
- Jejum prolongado
- Nutrição parenteral
Colecistite Aguda
Fisiopatologia
Cálculo grande que obstrui a saída da vesícula, levando à distensão e edema, com possibilidade de isquemia, necrose e perfuração.
Colecistite Aguda
Cirurgia Urgencia Idoso
Colecistite
Colecistite Aguda
Diagnostico
Quadro clinico
- Dor em hipocôndrio direito (HCD) de forte intensidade, associada a náuseas e vômitos, pode haver febre
- Sinal de Murphy positivo = Parada da inspiração durante a compressão do HCD.
- Não é comum a presença de icterícia na colecistite aguda, pois quem está obstruída é a saída da vesícula, não o colédoco!
Ultrassonografia = É o melhor exame para avaliação da vesícula.
- Parede espessada ≥ 4mm
- Líquido perivesicular
- Visualização do cálculo impactado e imóvel no infundíbulo.
Colecistite Aguda
Classificação de Tokyo
Grau 1 = Leve
- Ausência de complicações locais ou sistêmicas.
Grau 2 = Moderada
- Complicação local
- Plastrão palpável
- Leucócitos > 18mil
- Mais de 72h de evolução.
Grau 3 = Grave.
- Complicação sistêmica
- Disfunção orgânica (respiratória, renal, hepática, neurológica, cardiovascular) / sepse.
Colecistite Aguda
Tratamento
Videocolecistectomia.
- Quando? Assim que fizer o diagnóstico!
- Não devemos mais “esfriar o processo” e operar futuramente pelo alto risco de complicações!
Em casos graves – Tokyo 3
- O paciente pode não suportar nem mesmo a anestesia geral!
- Realizamos inicialmente uma colecistostomia (drenagem do foco infeccioso), e iniciamos antibiótico de amplo espectro (gram negativos e anaeróbios)
- Após a recuperação clínica do paciente, realizamos a colecistectomia
Colecistite Aguda
Complicações = Sindrome de Mirizzi
Síndrome de Mirizzi = Compressão do ducto hepático comum por um processo inflamatório na vesícula
- Causa de icterícia na colecistite aguda
- Tratamento = É cirúrgico desde uma colecistectomia simples até a necessidade de realização de anastomose biliodigestiva (depende do grau).
Grau 1 = Compressão extrínseca do ducto hepático pela vesícula inflamada, sem fístula;
Grau 2 = Fístula colecistobiliar de até 1/3 do diâmetro do ducto biliar
Grau 3 = Fístula colecistobiliar de até 2/3 do diâmetro do ducto biliar;
Grau 4 = Fístula colecistobiliar envolvendo toda a circunferência do ducto biliar.
Colecistite enfisematosa.
Necrose da parede da vesícula com gás
Ocorre a infecção por germe anaeróbio = Clostridium
- Metabolismo do germe leva a formação de gás
- Presença de gás no interior da vesícula biliar e na parede da vesícula
Comum em homens Idosos , Diabetes e Imunossuprimido
Ileo biliar
Grande cálculo da vesícula é “expulso” para o duodeno através de uma fístula e impacta na
região do íleo distal, causando abdome agudo obstrutivo.
Tríade de Rigler
- Obstrução intestinal
- Pneumobilia
- Presença de um cálculo biliar ectópico
Tratamento = Cirúrgico priorizando-se o tratamento da obstrução.
Sindrome de Bouveret
Causa rara de obstrução da saída gástrica, por impactação de grande cálculo da vesícula no bulbo duodenal/piloro após a migração através de uma fístula bilioduodenal/biliogástrica
Colangite Aguda
Fisiopatologia
Infecção das vias biliares + obstrução. a principal causa da obstrução são os cálculos no colédoco. Outras causas: neoplasia, estenose inflamatória, lesões iatrogênicas.
Colangite Aguda
Diagnostico
Tríade de Charcot = Dor em HCD + icterícia + febre com calafrios
Pêntade de Reynolds = Dor em HCD + icterícia + febre com calafrios + hipotensão + alterações neurológicas.
- Sinais de sepse
Laboratório =
- Leucocitose com desvio a esquerda
- Aumento de bilirrubinas às custas de direta
- Aumento de enzimas canaliculares (fosfatase alcalina e gama GT)
- Acidose metabólica com aumento de lactato.
Ultrassonografia = Deve ser realizado para avaliar se há cálculo na vesícula e provavelmente no colédoco.
Colangiorressonância = Ótimo exame para avaliar a via biliar e confirmar a obstrução por cálculo.
Colangite Aguda
Tratamento
Além de suporte hemodinâmico intensivo e antibiótico de amplo espectro, é importante a desobstrução das vias biliares:
- CPRE = Método de escolha por ser menos invasiva que cirurgia.
- Exploração cirúrgica das vias biliares = Na impossibilidade da CPRE.
- Drenagem percutânea da via biliar (transparieto-hepática) = Na impossibilidade de realização de CPRE, principalmente em obstruções altas da via biliar.
Colecistite Aguda
Diagnóstico diferencial
Pólipo de vesícula
- Imagem hiperecogenica SEM sombra acústica posterior
Fatores de risco para câncer de vesícula
Vesícula em porcelana
Associação de câncer de vesícula com pólipo
Cálculo grande
- Promove irritação da parede da vesícula