Cancer de Esofago Flashcards
Cancer de Esofago
Anatomia esôfago
Esôfago não tem serosa!
- Risco de disseminação tumoral
- Risco de fístula nas anastomoses!
Vascularização arterial Terço superior = tireoidiana inferior Terço médio = ramos esofágicos da aorta e artérias brônquicas Terço inferior = Ramos da gástrica esquerda e frênica inferior
Disfagia lusória
Disfagia causada pela compressão do esôfago contra a traqueia, por uma artéria subclávia direita anômala saindo da crossa da aorta.
Cancer de Esofago
Tipos
Carcinoma epidermoide ou escamoso
- É o mais comum no mundo e no Brasil
- Ocorre mais no terço médio
- Relacionado ao tabagismo, etilismo, megaesôfago, estenose cáustica, outros tumores de cabeça e pescoço, alimentos quentes.
Adenocarcinoma
- Mais comum no terço distal
- Incidência aumentando, mais em países desenvolvidos.
- Relacionado à doença do refluxo, esôfago de Barrett, obesidade, tabagismo.
- Risco de malignização de 0,5% ao ano no Barrett.
Cancer de Esofago
Clinica
Disfagia rapidamente progressiva para pastosos e líquidos Perda de peso Odinofagia Regurgitação Vômitos HDA Anemia crônica
Doença avançada.
Rouquidão = invasão do nervo laríngeo recorrente
Tosse ao deglutir = presença de fístula esôfago-traqueal
Insuficiência respiratória
Ascite = carcinomatose
Cancer de Esofago
EDA
Visualiza a lesão
Realiza biópsia
Confirma o anátomo-patológico.
Cancer de Esofago
Esofagograma baritado (contrastado).
Irregularidade da mucosa
Súbita transição entre o esôfago normal e o ponto de obstrução = sinal do degrau, sinal da maçã mordida
Mostrar imagem abaixo da lesão quando o aparelho de EDA não a ultrapassa = definir a extensão do tumor
Cancer de Esofago
Estadiamento
O câncer de esôfago dissemina-se rapidamente pelo tórax, pois o esôfago não tem serosa!
TC tórax e abdome = Crescimento local (T), linfonodo (N) e metástase (M).
ecoEDA = Melhor exame para estadiamento local T e N (linfonodos) + guia para biópsias.
T1. Mucosa e submucosa. T2. Muscular.
T3. Adventícia
T4. Órgãos adjacentes.
Broncoscopia = Indicado para tumores de terço médio e superior
- Avaliar invasão da árvore traqueobrônquica.
PET-TC = Metástase a distância e linfonodal
Toracoscopia ou laparoscopia = Inventário das cavidades e biópsias.
Pode contraindicar a cirurgia
quando mostra um tumor disseminado.
Cancer de Esofago
Prognostico
Depende do estadiameno, mas em geral é muito ruim.
Cancer de Esofago
Tratamento Paliativo
Tumor irressecável = avançado, invade órgãos vitais, metástases a distância
Paciente inoperável = sem condições clínicas
- Nutrição = Gastrostomia, sonda, prótese esofágica.
- QT e RT paliativos = Melhora da disfagia.
Cancer de Esofago
Tratamento fistula esofago traqueal
O melhor tratamento é a prótese esofágica
Trata a fístula e mantém
alimentação pela boca.
Na presença de fístula não devemos fazer radioterapia (para não ampliar a fístula).
Cancer de Esofago
Tratamento curativo
Mucosectomia endoscópica = Para tumores muito iniciais que invadem somente a mucosa (T1A).
Quimio e radioterapia neoadjuvante = Realizadas antes da cirurgia (por 5 semanas), geralmente
com suporte nutricional. Para aumentar a ressecabilidade das lesões e diminuir as recidivas.
Cirurgia = De 4 a 6 semanas após a neoadjuvância, em pacientes com bom status clínico (que suportem a cirurgia), que apresentem lesões ressecáveis e na ausência de metástases a distância. Ressecção do esôfago + linfadenectomia e reconstrução como estômago (sempre que possível).
Esofagectomia em 3 campos. Cervicotomia a esquerda + toracotomia a direita + laparotomia mediana supra-umbilical. Pode ter acesso por videotoracoscopia e videolaparoscopia. Realiza a ressecção radical com a linfadenectomia adequada. Reconstrução como estômago.
Esofagectomia transhiatal. Cervicotomia esquerda + laparotomia mediana supra-umbilical (não abre o tórax). Ressecção mediastinal às cegas, maior risco de sangramento, não realiza linfadenectomia adequada no tórax. Vantagem de não realizar a toracotomia.
quimioterapia adjuvante. Realizadas após a cirurgia, na tentativa de eliminar micrometástases.
Cancer de Esofago
Classificação do câncer na junção esôfago gástrica
Siewert 1 = Neoplasia de esofago distal (-5 a -1)
Siewert 2 = Neoplasia de cardia (-1 a +2)
Siewert 3 = Neoplasia de subcardia / gastrica ( +2 a +5)
Cancer de Esofago
Tratamento de acordo com Siewert
Siewert 1 = Esofagectomia transtoracica + Gastrectomia parcial Linfadenectomia a D2
Siewert 2 e 3 = Esofagectomia parcial transabdominal / transhiatal + Gastrectomia total Linfadenectomia a D2
Carcinoma escamoso
Fatores de risco
De fora para dentro
Tabagismo Etilismo Acalasia Estenose cáustica Tilose palmo plantar Hiperproliferação celular Síndrome de Plummer Vinson
Adenocarcinoma
Fatores de risco
De dentro para fora
Doença do Refluxo Gastroesofágico
Obesidade