Doença do Refluxo Gastrico Esofágico + Barret + Hernia Hiato Flashcards

1
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

O que é?

A

O refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago é fisiológico em alguns momentos do dia como na eructação.

DRGE a presença de sintomas ou alterações endoscópicas relacionadas ao refluxo patológico.

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Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Epidemiologia

A

Alterações na endoscopia ocorrem apenas em 50% dos pacientes

Risco de desenvolver Esofago de Barret e Adenocarcinoma no Esofago

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3
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Fisiopatologia

A

Paciente perdeu mecanismos antirrefluxo

Relaxamentos transitórios frequentes do EEI

Hipotonia do esfíncter esofagiano inferior
- Esclerose

Desestruturação anatômica
- Hérnia de hiato

Aumento da pressão abdominal

Clareamento esofágico

  • Menor esvaziamento gástrico
  • Menor produção de saliva = Síndrome de Sjogren
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4
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Clinica

A

Sintomas no mínimo 2 vezes por semana, por cerca de 4 a 8 semanas.

Sintomas típicos

  • Pirose (queimação retro esternal) = mais comum
  • Regurgitação (gosto amargo na garganta)
  • Azia (queimação epigástrica)
  • Sensação de bola na garganta
  • Piora com decúbito
  • Alivia com antiácidos.

Agravada por alimentos condimentados, gordurosos, café, chocolate, álcool, refeição copiosa

Quadros atípicos

  • Tosse
  • Rouquidão
  • Laringite
  • Broncoaspiração
  • Pneumonia recorrente
  • Asma
  • Sibilância
  • Sinusite crônica
  • Aftas
  • Pigarro
  • Mucosa orofaríngea inflamada
  • Desgaste do esmalte dentário
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5
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Diagnóstico

A

Clínico = Pirose + Regurgitação

Dúvida diagnóstica

Prova terapêutica com IBP

  • Alta sensibilidade
  • Se melhorar quer dizer que tinha a doença
  • Barata

EDA

  • Baixa sensibilidade
  • Em metade dos pacientes não encontramos alterações
  • Alta especificidade

Phmetria de 24 horas

  • Positivo quando refluxo acido
  • pH < 4 em mais de 7% das medidas
  • DeMeester > 14.7
  • Necessário suspender IBP
  • Indicado no pré operatório

Esofagomanometria

  • Indicado no pré operatório avaliação da motilidade do esofago para indicar válvula completa ou PARCIAL (em casos de alteração da motilidade do corpo do esôfago)
  • Descartar distúrbios motores associados e localizar o EEI para a PHmetria.
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6
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Quando realizar endoscopia?

DESCARTAR COMPLICAÇÕES

A

Idade maior que 40-45 anos

Sinais de alarme

  • Perda de peso
  • Anemia
  • Disfagia
  • Odinofagia
  • Dor durante a deglutição
  • Vômitos
  • Historia familiar de cancer gastrico ou esofágico

Refratariedade ao tratamento

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7
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Phmetria de 24h + Impedanciometria esofágica

Quando solicitar?

A

Padrão ouro

Sintomas tipos refratários a terapia 
EDA normal ou duvidosa 
Sintomas atípicos que não responderam a prova terapêutica por 2 a 3 meses
Confirmação da DRGE antes da cirurgia
Pacientes sintomáticos após a cirurgia

Phmetria de 24 avalia
- Quantas vezes o ph vai para baixo de 4

Impedanciometria
- Detecta quando o refluxo não é ácido

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8
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Encontrei H. pylori na EDA, trato?

A

Nao ha indicação

  • Mais sintomatico para DRGE
  • H pylori faz o estômago ficar mais básico, quando matamos ele, transformamos o estômago em acido
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9
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Classificação de Savary Miller

A

Grau 1 - Erosão exsudativa única

Grau 2 - Mais de uma erosão exsudativa

Grau 3 - Erosões circunferenciais

Grau 4 - Acometimento de mucosa e muscular da mucosa
Aguda = úlcera péptica
Crônica = fibrose

Grau 5 - Metaplasia
Esofago de Barret
Aumento do risco de desenvolvimento de CA esofago
Confirmação por biópsia = Encontrar células caliciforme
- Corante alcian blue
- Áreas de vermelho salmão
Padrão cilíndrico colunar com células caliciformes

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10
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Classificação de Los Angeles

A

A = Uma ou mais erosões até 5 mm

B = Uma ou mais erosões > 5 mm em sua maior extensão, ano contínuas entre os ápices de duas pregas esofágicas

C = Erosões contínuas ou convergentes entre os ápices de pelo menos duas pregas
- Envolvendo menos do que 75% do órgão

D = Erosões ocupando pelo menos 75% da circunferência do órgão

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11
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Complicações da DRGE

A

Esofagite de refluxo 40 a 50%

Estenose péptica de esofago 10%

Úlcera esofágica

Esofago de Barret 4 - 10%
Sintomas respiratórios severos

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12
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Rastreio Esofago de Barret

Aumento do Risco de Adenocarcinoma
- 0,5% ao ano, quanto maior o Barrett maior a chance de neoplasia.

A

Sem displasia
- EDA de 2/2 anos

Displasia leve
- EDA de 6/6 meses

Displasia de Alto Grau

  • Sempre deve ser confirmada por 2 patologistas
  • Esofagectomia ou ablação endoscópica ou mucosectomia
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13
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Tratamento clinico

A

Comportamental e dietético

  • Perder peso
  • Parar tabagismo
  • Não comer e deitar
  • Evitar os alimentos que pioram o refluxo (gordura, café, álcool, bebidas gasosas, condimentos, chocolate)
  • Fracionar a dieta
  • Cuidados com medicamentos

Medicamentoso = IBP dose plena pela manhã em jejum por 8 semanas; dose dobrada para as esofagites mais graves e casos que não responderam.

  • Omeprazol 20mg
  • Rabeprazol 20mg
  • lansoprazol 30mg
  • Pantoprazol 40mg
  • Esomeprazol 40mg)
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14
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Tratamento cirúrgico

Cirurgia anti refluxo é capaz de controlar a progressão do esôfago de barrett

Válvula anti refluxo de nissen é capaz de regredir a displasia

A

Pacientes jovens que respondem bem ao tratamento clínico e se tornam dependentes da medicação

Pacientes refratários ao tratamento com IBP com refluxo comprovado (provável refluxo não ácido)

Complicações (úlcera e estenose péptica)

Hernioplastia + fundoplicatura

Válvula total = Nissen 360°
- Risco de induzir acalasia no pós operatório

Válvulas parciais = Manometria com dismotilidade (Menos de 60% da atividade peristáltica + Pressão do EEI < 30 mmHg)

  • Posterior Lind e Toupet 270°
  • Anterior Dor e Thal 180°
  • Valvula via torácica Belsey Mark IV.
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15
Q

Doença do Refluxo Gastrico Esofágico

Complicações uso cronico IBP

A
Baixa absorção de elementos 
- Anemia ferropriva
- Anemia megaloblástica 
- Queda do fator intrínseco , com diminuição da absorção da vitamina B12
Quadro demencial crônico 
Osteoporose
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16
Q

Hernia de Hiato

O que é?

A

Protusão do estômago ou parte dele para uma região acima do diafragma

Nao é sinonimo de DRGE, pode ou nao existir

17
Q

Hernia de Hiato

Tipos

A

Tipo 1 = Por deslizamento
Tanto a JEG, como o fundo gástrico herniam para o tórax
Mais comum

Tipo 2 = Paraesofágica
Apenas fundo gástrico hernia para o tórax
Tipo 3 = Mista
Apenas a JEG hernia para o tórax

Tipo 4
Além do estômago, outros órgãos herniam para o tórax

18
Q

Esofago de baret

O que é?

A

Substituição do epitélio escamoso estratificado do esôfago pelo epitélio colunar com células intestinalizadas (metaplasia intestinal)

EDA - “projeções digitiformes”

EDA com magnificação de imagem = cromoendoscopia com corantes
Orientam o local adequado de biópsia
1- azul de metileno (absorvido pelas células com metaplasia)
2- índigo-carmin e ácido acético (realça a superfície do epitélio)

10% dos portadores de EB desenvolvem adenocarcinoma no terço inferior do esôfago