fixando 29 Flashcards

1
Q

Defina Jurisdição:

A

A jurisdição é uma técnica de solução de conflitos por heterocomposição, já que
um terceiro imparcial (Estado) substitui a vontade das partes e determina a
solução do litígio apresentado. Trata-se da substitutividade.

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2
Q

Cite as características da jurisdição:

A

substitutividade.
Lide
Inércia
Definitividade
________________________
função criativa
pacificação social
técnicas de tutela de direitos
insuscetibilidade de controle externo: a jurisdição apenas é controlada pela própria jurisdição

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3
Q

Qual o escopo social da jurisdição?

A

pacificação social: sendo
decorrente da satisfação do vencedor e da conformação do perdedor.

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4
Q

Convencionou-se que a arbitragem depende, em verdade, da presença da arbitrabilidade. Explique:

A

arbitragem técnica de solução de conflitos por meio da qual os litigantes buscam em uma terceira pessoa, de sua confiança, a solução amigável e imparcial do litígio.

pode se revestir de duas formas:
(I) cláusula compromissória (convenção realizada, prévia e abstratamente, para
determinar que, caso surjam divergências oriundas de certo negócio jurídico,
haverá resolução por meio da arbitragem);
(II) compromisso arbitral (acordo de
vontades para submeter uma controvérsia concreta, já existente, ao juízo
arbitral, independentemente do Poder judiciário).

depende da presença da arbitrabilidade, que pode ser subjetiva ou objetiva.
A arbitrabilidade subjetiva é relativa a quem pode ser parte num procedimento de arbitragem.
A arbitrabilidade objetiva, por sua vez, se refere à capacidade da parte de poder dispor ou transigir sobre o direito patrimonial discutido.

a Lei nº 9.307/96 (art. 1º, §1º), após alteração da Lei nº 13.129/15, consigna expressamente a possibilidade de instituir-se arbitragem pelo Poder Público. Logo, o argumento de que faltaria arbitrabilidade objetiva ao Estado, tendo
em vista o princípio da indisponibilidade do interesse público, foi superado.

arbitralidade objetiva, haverá se o Poder Público estiver no exercício de atos de gestão, que são disponíveis. Por outro lado, não haverá quando a Administração Pública estiver no exercício de atos de império.

A sentença arbitral contra a Fazenda Pública não está sujeita à remessa necessária (enunciado nº 164 do FPPC).

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5
Q

Quais os elementos para que se efetive a coisa julgada?

A

São exigidos três elementos para que se efetive a coisa julgada:
(I) uma decisão de mérito;
(II) o trânsito em julgado dessa decisão;
(III) decisão com cognição exauriente, que é a única que gera o juízo de certeza.

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6
Q

Explique jurisdição voluntária:

A

A jurisdição voluntária é um procedimento judicial que ocorre quando não há conflito entre as partes envolvidas, sendo que o Estado atua apenas para orientar e concluir o acordo.

A jurisdição voluntária tem as seguintes características:

É um procedimento administrativo, sem litigiosidade

As partes estão de acordo com a situação

O Estado atua de forma administrativa, orientando e concluindo o acordo

Simplifica e formaliza processos importantes

Garante que os interesses das partes sejam protegidos

As ações estão em conformidade com a lei

Um exemplo de jurisdição voluntária é a ação declaratória de direitos.

A jurisdição voluntária é diferente da jurisdição contenciosa, que lida com litígios e disputas entre partes adversas.

Podem ser:
(I) Receptícios, nos quais a atividade se limita a registrar, documentar ou comunicar manifestações de vontade, a exemplo dos protestos;
(II) Probatórios, que são aqueles em que a atividade tem o intuito somente de produção de provas, como a justificação;
(III) Declaratórios, nos quais a atividade
se limita a declarar a existência ou inexistência de uma relação jurídica;
(IV) Constitutivos, que são aqueles em que a atividade é necessária à criação,
modificação ou extinção de uma situação judicial;
(V) Executórios, nos quais a atividade consiste em praticar algo que provoca mudança no mundo exterior;
(VI) Tutelares, nos quais a atividade consiste em proteger interesses de determinadas pessoas, a exemplo dos procedimentos do ECA.

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7
Q

Defina o princípio da sindicabilidade:

A

mais amplo que o princípio da autotutela, podendo ser entendido como a possibilidade jurídica de submeter-se efetivamente
qualquer lesão de direito e, por extensão, as ameaças de lesão de direito a algum
tipo de controle, ainda que não seja o da própria Administração Pública (Poder
Judiciário, por exemplo).

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8
Q

Defina poder constituinte:

A

é o poder capaz de estruturar e organizar o Estado por meio de uma Constituição, definindo seus princípios regentes e os direitos fundamentais dos cidadãos, estipulando poderes e limites estatais, e fixando a
competência das entidades, órgãos e instituições que o compõem.

Brasil, predomina a corrente juspositivista para determinar a natureza do PC: é um poder de fato.

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9
Q

Como se dá a inserção da CF em um Estado?

A

Elaborada a Constituição, ela é inserida no ordenamento jurídico do Estado por meio do fenômeno chamado positivação da constituição, que pode ocorrer por meio de outorga (imposição), promulgação (por uma assembleia constituinte eleita) ou referendo (que ocorre quando a assembleia constituinte não era soberana).

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10
Q

Como se dá a relação da nova constituição com o ordenamento jurídico anterior?

A

RELAÇÕES DA NOVA CONSTITUIÇÃO COM A CONSTITUIÇÃO ANTERIOR:
a) desconstitucionalização (a regra é que a constituição antiga seja integralmente revogada pela nova. A desconstitucionalização é uma exceção a essa regra. Exige previsão expressa); e
b) prorrogação ou recepção material das normas constitucionais anteriores.

RELAÇÕES DA NOVA CONSTITUIÇÃO COM A LEGISLAÇÃO ANTERIOR:
a) recepção
e não-recepção; e
b) repristinação.

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11
Q

Os municípios manifestam um poder normativo de terceiro grau. Explique:

A

Os municípios, no Brasil, não possuem poder constituinte derivado decorrente, pois esse tipo de poder é atribuído apenas aos Estados-membros da federação. O poder constituinte derivado decorrente permite aos Estados a capacidade de organizar suas constituições, desde que respeitem os princípios da Constituição Federal.

Os municípios, por sua vez, manifestam um poder normativo de terceiro grau, ou seja, têm competência para elaborar suas Leis Orgânicas, que são equivalentes a uma “constituição municipal”. No entanto, essas Leis Orgânicas devem estar subordinadas tanto à Constituição Federal quanto à Constituição Estadual.

O poder dos municípios no que tange à organização de sua própria estrutura jurídica é limitado, devendo seguir os ditames das constituições em níveis superiores, o que diferencia sua autonomia da dos Estados, que, através do poder constituinte derivado, possuem mais liberdade de organização.

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12
Q

Fale sobre conceito de orçamento:

A

sofreu uma evolução conceitual.

Orçamento tradicional: orçamento público é uma lei de meios que se limita à previsão de receitas e despesas, e na qual INexiste compromisso com as necessidades públicas.
Desvinculação de planejamento;
Foco em aspectos contábeis.

Orçamento de desempenho: passou a associar aos gastos públicos ações a realizar, não apenas
objetos a adquirir. inicia-se a atuação
governamental por meio de programas de trabalho.
Ênfase no desempenho organizacional;
Desvinculação entre planejamento e orçamento

Orçamento base zero: Necessidade de se justificar todo programa no início de cada ciclo
orçamentário;
Ausência de vinculação ao exercício anterior como parâmetro para o valor inicial mínimo do gasto.

Orçamento programa: modelo adotado no Brasil a partir da Lei 4.320/64. Consiste em
modalidade na qual os recursos se relacionam a objetivos, metas e projetos de um plano de governo: a um programa.
Vinculação ao planejamento;
Foco no aspecto administrativo da gestão;
Valoriza aspectos gerenciais e o alcance de resultados.

Orçamento participativo: consulta prévia feita aos cidadãos acerca dos gastos públicos que devem ser realizados, quando da elaboração das leis orçamentárias;
É mera opinião, os poderes públicos não precisam acatar as decisões populares.

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13
Q

Cite os princípios orçamentários:

A

legalidade orçamentária
exclusividade
unidade/totalidade
universalidade
anualidade
equilíbrio orçamentário
orçamento bruto
não afetação/vinculação dos impostos
especificação ou especialidade
proibição de estorno/da não
transposição
unidade de tesouraria
transparência orçamentária

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14
Q

Princípio da não afetação/vinculação dos impostos:

A

é da natureza do imposto não ter a sua receita vinculada a nenhum órgão, fundo ou despesa, isso porque devem ter os recursos livres para a aplicação, pelo ente estatal, do seu programa
de governo.
A vedação à vinculação da receita de impostos é dada pela Constituição.
Portanto, apenas por emenda constitucional se cria outras vinculações ou se exclui as vinculações existentes.

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15
Q

Princípios de boa governança orçamentária da OCDE, Em publicação de 2015:

A

1 - Gerenciar orçamentos dentro de limites claros, críveis e previsíveis para a política fiscal.

2 - Alinhar os orçamentos com as prioridades estratégicas de MÉDIO PRAZO do governo.

3 - Elaborar orçamento de capital voltado a suprir as necessidades de desenvolvimento nacional de modo coerente e custo-efetivo.

4 - Garantir documentos e dados orçamentários abertos, transparentes e acessíveis.

5 - Propiciar debate inclusivo, participativo e realista sobre as escolhas orçamentárias.

6 - Prestar contas das finanças públicas de modo abrangente, acurado e confiável.

7 - Planejar, gerenciar e monitorar ativamente a execução do orçamento.

8 - Integrar avaliações de desempenho e de custo-efetividade ao processo orçamentário.

9 - Identificar, aferir e gerenciar prudencialmente a sustentabilidade fiscal e outros riscos fiscais.

10 - Promover a integridade e a qualidade das estimativas orçamentárias, dos planos fiscais e da implementação do orçamento por meio de controles de qualidade, incluindo auditorias independentes

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16
Q

Defina jurisprudência para o Dto do trabalho:

A

Meio de integração de lacunas (falta de disposição legais ou contratuais) nas normas de Dto do Trabalho. Interpretação do Art. 8, caput, CLT.

17
Q

Defina Vigência Tributária:

A

Vigência é o atributo da norma jurídica que, em um determinado tempo e espaço, é destinada a produzir efeitos no mundo jurídico, de modo cogente. É uma qualidade temporal da norma: enquanto vigente, irradia efeitos e produz resultados, desde que válida e eficaz.

Atenção: Na área jurídica, cogente faz referência às regras que devem ser integralmente cumpridas, mesmo que as partes tenham argumentos contrários diante de um fato.

18
Q

Cite as hipóteses em que a lei tributária será interpretada literalmente:

A

1) suspensão do crédito tributário;
2) exclusão do crédito tributário;
3) outorga de isenção; e
4) dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

19
Q

Defina intervenção federal:

A

INTERVENÇÃO FEDERAL é a suspensão temporária da autonomia do ente federativo em virtude de atos considerados lesivos à federação. Sua decretação é sempre pelo Chefe do Executivo Federal, o Presidente da República.

Poderá ser do tipo:
1 - INTERVENÇÃO ESPONTÂNEA: Defesa da unidade nacional; Defesa da ordem pública; Defesa das finanças públicas

  1. INTERVENÇÃO PROVOCADA, por:
    SOLICITAÇÃO – há discricionariedade: Defesa do Legislativo ou Executivo local.

REQUISIÇÃO – é vinculada:
Defesa do Judiciário local
Para cumprimento de ordem/decisão
judicial
Execução de lei federal
Proteção aos princípios sensíveis

20
Q

fale sobre extromissão de parte:

A

A extromissão de parte é um conceito jurídico utilizado no processo civil e refere-se à retirada de uma das partes do processo, geralmente porque essa parte não tem mais interesse ou legitimidade para atuar no litígio. A extromissão pode ocorrer em diferentes situações, como quando há a perda da legitimidade ou quando a parte celebra um acordo fora dos autos, retirando-se do processo.

Situações de extromissão:
Perda de Legitimidade: A parte originalmente legitimada para atuar no processo perde essa qualidade, e portanto, não pode mais seguir no litígio.

Cessão de Direitos: Ocorre quando uma das partes cede seus direitos a terceiros e, com isso, deixa de ter interesse no processo.

Sucessão Processual: Quando há uma mudança na titularidade da relação jurídica, como na morte de uma das partes, onde o herdeiro assume o lugar do falecido.

A extromissão pode ocorrer tanto na posição do autor quanto do réu, e é regulamentada pelo Código de Processo Civil.

O artigo 313 do CPC, por exemplo, trata da suspensão do processo em situações que podem levar à extromissão, como a morte de uma das partes ou a perda de sua capacidade processual.

Se o juiz reconhecer a legitimidade da extromissão, o processo segue sem a parte extromitida, seja substituindo-a ou apenas excluindo-a do polo processual.

Essas situações são comuns em litígios que envolvem várias partes, ou quando há mudanças nas relações jurídicas durante o andamento do processo.

21
Q

defina direito potestativo:

A

O direito potestativo é um tipo de direito que confere a uma pessoa o poder de modificar, criar ou extinguir uma relação jurídica unilateralmente, ou seja, sem que o outro sujeito da relação possa impedir ou contestar essa mudança. O titular do direito potestativo tem o poder de produzir efeitos jurídicos independentemente da concordância da outra parte, que está em uma posição de sujeição.

Características principais:
Unilateralidade: Apenas o titular do direito potestativo pode exercer a ação que afeta a relação jurídica.
Sujeição: A outra parte da relação jurídica não tem o poder de impedir o exercício do direito potestativo, estando em uma situação de sujeição.
Exemplo: Um dos exemplos clássicos é o direito de rescisão de contrato (direito de uma das partes de rescindir unilateralmente um contrato, como no caso de um empregador que demite um funcionário). Outro exemplo é o direito de desquite, onde uma das partes decide terminar o casamento.

Ao contrário de um direito de crédito, no qual o devedor tem a obrigação de cumprir, o direito potestativo não impõe diretamente uma obrigação ao sujeito passivo, mas coloca-o em uma posição de acatar a decisão da parte titular.

O direito potestativo também pode ser encontrado no contexto de ações judiciais, como no caso do reconhecimento de paternidade, em que o filho (titular do direito) pode exigir o reconhecimento, independentemente da vontade do suposto pai.

**Considerando a divisão clássica de direitos entre potestativos e de prestação, é
possível afirmar que os direitos potestativos relacionam-se com as ações
constitutivas e os direitos de prestação, com as ações condenatórias.

22
Q

fale sobre justiça multiportas na nova legislação processual civil brasileira.

A

A justiça multiportas é um conceito que visa diversificar os meios de resolução de conflitos, oferecendo aos litigantes alternativas além da tradicional solução judicial. No âmbito do novo Código de Processo Civil brasileiro (CPC/2015), a justiça multiportas foi formalmente incorporada, promovendo métodos consensuais de resolução de disputas, como a mediação, conciliação e arbitragem, de modo a garantir uma justiça mais célere, econômica e adequada às necessidades das partes.

Principais Características:
1. Diversidade de soluções: O conceito multiportas permite que as partes escolham o mecanismo mais adequado para resolver suas disputas, sejam métodos autocompositivos (como mediação e conciliação) ou heterocompositivos (como arbitragem ou decisão judicial).

  1. Incentivo à mediação e conciliação: O CPC/2015 incentiva que, já no início do processo, as partes sejam direcionadas a uma audiência de conciliação ou mediação (art. 334), onde mediadores ou conciliadores, devidamente capacitados, podem facilitar o diálogo entre os litigantes para se chegar a um acordo.
  2. Valorização da autocomposição: O CPC valoriza as soluções pacíficas e negociadas, buscando uma forma mais humanizada de resolução de conflitos. O acordo celebrado entre as partes, fruto da mediação ou conciliação, tem o mesmo efeito de uma sentença judicial.
  3. Criação dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs): O sistema de justiça multiportas é facilitado pela criação dos CEJUSCs, que integram os tribunais e oferecem serviços de mediação e conciliação de forma gratuita.
  4. Conciliação obrigatória: Em diversas fases processuais, o novo CPC impõe a tentativa de conciliação, exceto em casos em que a autocomposição não é possível, como em processos que envolvem direitos indisponíveis.

Benefícios da Justiça Multiportas:
- Descongestionamento do Judiciário: Ao oferecer outras portas de entrada e saída para os conflitos, como a mediação, diminui-se a sobrecarga dos tribunais.
- Agilidade: Métodos alternativos, como a mediação e conciliação, podem ser mais rápidos e eficazes na resolução de litígios.
- Empoderamento das partes: Ao escolherem como solucionar suas controvérsias, as partes têm mais controle sobre o resultado e o procedimento.

Em resumo, a justiça multiportas no CPC/2015 busca diversificar os meios de solução de conflitos, destacando métodos consensuais e humanizados, que possam ser mais eficientes e menos onerosos para as partes e para o Estado.