Pancreatite aguda Flashcards

1
Q

Qual a principal causa?

A

Litíase biliar

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2
Q

Quais as 2 causas mais comuns, responsáveis por cerca de 75% dos casos?

A

Colelitíase e álcool

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3
Q

A partir de quais valores é possível ter pancreatite aguda na hipertrigliceridemia? Como está o nível de amilase nesse caso?

A

TG > 1000 mg/dl

Amilase falsamente baixa

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4
Q

Quando pensar em etiologia genética?

A

< 35 anos; recorrente; história familiar; sem causa conhecida; PRSS 1 gene + envolvido

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5
Q

Qual o parasita mais comum que pode causar pancreatite aguda?

A

Ascaris

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6
Q

Qual procedimento está mais associado ao desenvolvimento da doença?

A

CPRE

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7
Q

O nível de amilase é proporcional à gravidade da pancreatite. V ou F?

A

Falso. Níveis de amilase e lipase não tem relação com gravidade ou prognóstico da doença

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8
Q

Microcálculos biliares apresentam maior risco de gerar pancreatite aguda do que cálculos maiores. V ou F?

A

Verdadeiro, o risco é inversamente proporcional ao tamanho do cálculo

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9
Q

Qual o quadro clínico?

A

Dor abdominal em abdome superior, em faixa
Vômitos incoercíveis e com náuseas
Equimoses
Paniculite (necrose gordurosa subcutânea com nódulos dolorosos)
Retinopatia
Resposta inflamatória sistêmica (febre, taquicardia, taquipneia, hipotensão, íleo adinâmico, derrame pleural)

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10
Q

Quais são os 3 sinais clínicos do exame físico sugestivos de hemorragia retroperitoneal?

A
Grey Turner (flancos)
Cullen (periumbilical)
Fox (base do pênis)
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11
Q

Quanto ao valor das transaminases, quando sugere etiologia biliar?

A

TGP (ALT) > 150

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12
Q

Amilase e lipase tem valor diagnóstico, porém não tem valor prognóstico. V ou F?

A

Verdadeiro

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13
Q

Amilase é sensível porém pouco específica para o diagnóstico. V ou F?

A

Verdadeiro (tem a amilase salivar também então pode aumentar por conta de outras doenças)

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14
Q

Obesidade implica em pior prognóstico, mesmo na ausência de outros fatores de risco. V ou F?

A

Verdadeiro

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15
Q

A morfina é o melhor analgésico para controle da dor na pancreatite aguda. V ou F?

A

Falso, deve ser evitada por aumentar a pressão no esfincter de Oddi

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16
Q

Como é feito o diagnóstico?

A

1- Dor abd compatível
2- Amilase e lipase > 3x do limite normal
3- Imagem compatível
Precisa de 2 de 3 critérios

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17
Q

Qual o objetivo de pedir USG de abdome na internação?

A

Para investigação etiológica (não serve para diagnóstico - não vê pâncreas)

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18
Q

Quais os critérios para classificar em leve, moderadamente grave e grave?

A

Leve: sem falência orgânica / sem complicações locais
Moderadamente grave: complicações locais OU falência orgânica transitória (<48h)
Grave: Falência orgânica persistente (>48h)

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19
Q

Qual o escore utilizado para definir a falência orgânica e classificar a gravidade do paciente?

A

Escore modificado de Marshal
>= 2 pontos -> falência orgânica
> 1 sistema -> falência múltipla

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20
Q

Quais as variáveis avaliadas no escore de Balthazar?

A

Achados tomográficos, complicações associadas e presença de necrose

21
Q

Segundo o escore de Balthazar, quais são os graus C e D?

A

C - inflamação peripancreática

D - inflamação + coleção fluida única

22
Q

Qual o exame padrão-ouro para definição de pancreatite necrosante?

A

TC com contraste venoso

23
Q

Qual o tratamento inicial?

A

Jejum (repouso pancreático), hidratação venosa vigorosa e suporte (analgesia, antieméticos, medidas de compensação clínica)

24
Q

Quais as complicações que indicam possibilidade de cirurgia?

A

Necrose pancreática infectada
Pseudocisto pancreático
Necrose de paredes espessadas

25
Q

Quando pensar em necrose pancreática infectada? Qual a conduta?

A

Piora clínica após 10-14 dias de uma pancreatite grave (tardio)
ATB empírico (meropenem) + TC para investigar
Se TC inconclusiva: punção + cultura do material
Sem melhora após 24-48h de ATB = drenagem percutânea

26
Q

Qual o achado na necrose pancreática infectada?

A

Necrose com presença de bolhas (metabolismo anaeróbio das bactérias)

27
Q

Quando intervir na necrose pancreática infectada e qual o procedimento de escolha?

A

Se não melhora após 24-48h de ATB
Drenagem percutânea é a principal
*Em último caso necrosectomia cirúrgica (mórbido)

28
Q

É indicado o uso de ATB profilático na pancreatite? Por que?

A

Não. Aumenta risco de sepse fúngica sem prevenir o risco de necrose infectada

29
Q

Qual a clínica do pseudocisto pancreático?

A

Assintomático ou com sangramento, infecção

30
Q

Como realizar o diagnóstico do pseudocisto pancreático?

A

Imagem (TC ou RNM) com lesão de paredes espessas e conteúdo líquido peripancreático

31
Q

Qual o manejo do pseudocisto pancreático?

A

Assintomático: conservador, expectante - geralmente tem auto-resolução
Sintomático (sangue, infecção): Derivação cistogástrica (EDA), cistogástrica cirúrgica ou cistojejunal cirúrgica
*Na urgência = drenagem percutânea para estabilizar

32
Q

Quais fatores falam a favor de intervenção no pseudocisto pancreático?

A

> 6cm, comunicação com Wirsung (ducto pancreático principal), jovens
*Relativo

33
Q

Qual o manejo da necrose de paredes espessadas?

A

Assintomático: conservador, expectante - geralmente tem auto-resolução
Sintomático (sangue, infecção): Derivação cistogástrica (EDA), cistogástrica cirúrgica ou cistojejunal cirúrgica
*Drenagem endoscópica não costuma ser eficaz por conta do conteúdo grumoso
*Na urgência = drenagem percutânea para estabilizar

34
Q

É necessário fazer a colecistectomia após pancreatite aguda biliar?

A

Sim, pois a maioria dos casos é de etiologia biliar, assim evita recorrência

35
Q

Qual o momento para realização da colecistectomia após pancreatite aguda biliar?

A

Na mesma internação, após resolução da doença (parâmetros clínicos - estável, BEG, controle da dor, boa aceitação da dieta), antes da alta hospitalar

36
Q

Quando pode pensar em atrasar a colecistectomia?

A

Atrasa 6 semanas:
Se pancreatite grave -> recuperação
Necrose ou líquido livre -> pode ter pseudocisto ou necrose de parede espessada e opera junto

37
Q

O que deve ser investigado antes da colecistectomia após pancreatite aguda biliar?

A

O risco de coledocolitíase

Faz colangiografia pré-op e intra-op

38
Q

A indicação de papilotomia endoscópica limita-se às pancreatites agudas de etiologia biliar em doentes com icterícia obstrutiva progressiva ou com suspeita de colangite. V ou F?

A

Verdadeiro

39
Q

Quais as indicações de TC de abdome na pancreatite aguda?

A

1- Na admissão se dúvida diagnóstica;
2- Sem melhora clínica após 72h de TTO - pesquisar coleções;
3- Piora clínica após 7º dia de TTO - pesquisar necrose;
4- Piora clínica tardia após 10-14 dias - pesquisar necrose infectada

40
Q

Quais medidas previnem infecção?

A

Hidratação adequada (previne necrose) e nutrição precoce (previne translocação bacteriana)

41
Q

Paciente com pancreatite aguda biliar associada a colangite. Qual procedimento indicado?

A

CPRE

42
Q

PCR > 150 é um indicativo de gravidade da doença. V ou F?

A

Verdadeiro

43
Q

Paciente com diagnóstico de pancreatite crônica internado com massa palpável em epigástrio notada após agudização de pancreatite. Qual o diagnóstico provável?

A

Pseudocisto de pâncreas

44
Q

Mulher, 35 anos, teve há 8 meses pancreatite aguda biliar grave, que melhorou com tratamento clínico. Internada por várias semanas. Alguns dias após a alta, passou a apresentar vômitos pós-alimentares, sensação de plenitude gástrica precoce e botou abaulamento no epigástrio. Não sabe referir se teve febre. Qual o diagnostico mais provável?

A

Pseudocisto de pâncreas.

*Necrose pancreática delimitada pode causar esse quadro, mas pseudocisto é mais comum de acontecer

45
Q

Mulher, 43 anos, foi internada em hospital terciário com quadro de dor abdominal de início súbito e icterícia há 2 dias. Ao exame físico: bom estado geral, fácies dolorosa, mucosas, mucosas descoradas e ictéricas 2+/4+. Frequência cardíaca: 108 bpm, frequência respiratória: 24 irpm. Abdome plano, tenso, difusamente doloroso e sem sinais de irritação peritoneal. Exames laboratoriais: hemoglobina: 13,7 g/dL; leucócitos: 8.756 (4% bastões e 96% neutrófilos); bilirrubina total: 6,62 mg/dl; bilirrubina direta: 5,2 mg/dl; fosfatase alcalina: 571 U/L; TGO: 52 U/L; TGP: 41 U/L; albumina: 3,8 g/dl; INR: 1,1; amilase: 862 U/L e lipase: 120 U/L. Na admissão, foi solicitado uma colangioressonância magnética. Qual a melhor conduta imediata?

A

Tratamento clínico com jejum, hidratação endovenosa, analgesia e sintomáticos.

46
Q

Qual o parâmetro laboratorial que pode ser considerado como critério isolado de gravidade, na admissão, pela praticidade e baixo custo?

A

Hematócrito

47
Q

Homem 54 anos está internado na UTI há 10 dias devido a pancreatite aguda grave. Está com máscara de oxigênio, saturando 92%, taquicárdico (FC 110bpm) e função renal normal. Exames laboratoriais: Hb 10,6 g/dL; leucócitos 16 mil/mm3; PCR 273 mg/dL. Além do suporte de terapia intensiva, qual é a conduta neste momento?

A

Dieta enteral por sonda - paciente com quadro inflamatório característico da pancreatite aguda grave. 10 dias de quadro não deve pensar em infecção (geralmente com 14 dias começa e em 21 dias é o tempo mais cobrado em prova). Dieta precoce para diminuir translocação bacteriana

48
Q

Homem de 35 anos teve pancreatite aguda necrotizante, provavelmente relacionada a droga. A tomografia a seguir foi feita um mês e meio após o processo agudo. O paciente vem tendo febre e dificuldade para se alimentar e desconforto abdominal, principalmente em quadrante inferior direito. Tem moderado aumento dos leucócitos. Qual a melhor conduta?

A

ATB e depois drenagem percutânea - complicação tardia infectada causando sintomas