Disfunção erétil Flashcards
Quais são os elementos envolvidos na função erétil normal?
Vasculares (+ comum), neurológicos, hormonais, psicológicos e cavernosos
Quais os principais fatores de risco?
Idade (principal)
DM, HAS, obesidade, tabagismo de DCV pela vasculopatia induzida por elas
Uso de drogas - antidepressivos, drogas ilícitas, antihipertensivos, cetoconazol
Quais doenças estão associadas a disfunção erétil?
IRC, insuf hep, esclerose múltipla, Alzheimer, DPOC, DM
Qual principal neurotransmissor é liberado numa ereção normal?
Óxido nítrico
Quais são as medidas iniciais do TTO?
Controle de comorbidades Perda de peso Cessação de tabagismo Auxílio psicológico se causa psicogênica Correção de causa base
Qual o TTO farmacológico?
Se ausência de resposta às medidas iniciais:
1ª linha = inibidores da 5-fosfodiesterase = SILDENAFILA
2ª linha = injeção peniana com alprostadil ou papaverina; Dispositivos a vácuo
Quais as contraindicações ao uso de inibidores da 5-fosfodiesterase?
Hipogonadismo (problema hormonal, não tem benefício)
ICC
Isquemia coronariana ativa
Risco de hipotensão (usuários de nitratos ou hipertensos com múltiplas drogas)
Qual o tto cirúrgico e quanto está indicado?
Casos refratários ao tto clínico
Colocação de próteses penianas (semi-rígida ou inflável)
Qual o nome da síndrome em que o paciente apresenta disfunção erétil, claudicação intermitente e ausência de pulsos femorais?
Síndrome de Leriche
Qual a definição de priapismo?
Ereção sexual > 4h
Qual a conduta inicial no priapismo?
1) Punção e gasometria dos corpos cavernosos para diferenciar isquêmico x não isquêmico
Isquêmico: pO2 baixo (< 30) e pCO2 alto (> 60)
Não isquêmico: pO2 alto (> 90)e pCO2 baixo (< 40)
Qual a conduta no priapismo isquêmico (baixo fluxo)?
1- Aspiração de corpos cavernosos
2- Injeção de alfa-agonistas: adrenalina / fenilefrina
Se falha: cirurgia (shunts ou prótese peniana)
Como se apresenta o priapismo isquêmico (baixo fluxo)? Quais os principais FR?
Pênis doloroso, rígido e glande flácida (não chega sangue até a glande).
FR: hemoglobinopatias, uso de drogas e medicações
Qual o principal fator de risco para o priapismo não isquêmico (alto fluxo)?
Trauma - gera fístula AV de corpo cavernoso
Qual a conduta no priapismo não isquêmico?
Conservadora
Se não resolver: arteriografia com embolização seletiva do vaso
Qual a apresentação clínica da fratura peniana?
Dor, edema, equimose e deformidade
Qual a principal lesão associada a fratura de pênis?
Lesão de uretra - suspeitar na presença de hematúria
Qual o tto da fratura de pênis?
Cirurgia - exploração e rafia das lesões
Se lesão de uretra: sondar e rafiar uretra
Qual a causa mais comum de priapismo em crianças?
Anemia falciforme
Homem de 23 anos procura o pronto socorro com queixa de dor e inchaço do pênis há 4 horas. Durante relação sexual com esposa ouviu um estalido e, a seguir, apresentou detumescência peniana com perda da ereção. Ao exame físico, o paciente apresenta grande equimose na haste peniana e uretrorragia. Assinale a alternativa que melhor descreve a conduta a ser tomada pelo médico assistente:
Solicitar ultrassom do pênis e uretrocistografia, não realizar a sondagem vesical de demora e baseado nos exames, realizar exploração simultânea das possíveis lesões.
Como é feito o diagnóstico de fratura de pênis?
USG de pênis
Uretocistografia se suspeita de lesão de uretra
Homem, 63a, queixa-se de dor nas pernas ao caminhar há 6 meses. Inicialmente, andava vários quilômetros sem dor, mas progressivamente foi piorando, sendo que agora não consegue mais que dois quarteirões sem dor, frequentemente com fraqueza nas pernas e formigamento nos pés, o que o obriga a parar para descansar e melhora após alguns minutos. A dor é bilateral, começa nas panturrilhas e estende-se para as coxas e glúteos. Interrogatório complementar: disfunção erétil. Antecedentes pessoais: tabagismo de um maço de cigarro ao dia há 50 anos. O diagnóstico é:
Síndrome de Leriche
João, casado, 65 anos, tem hipertensão arterial e está em uso regular de enalapril 20 mg/dia há dois anos. João é sedentário, tabagista e ganhou muito peso no último ano. Relata muito estresse nos últimos seis meses por sobrecarga de trabalho depois que passou a ser gerente de um supermercado. Refere também problemas de relacionamento com a esposa, pois além de ter pouco tempo para a família, apresenta dificuldade de ter ereção nas relações sexuais nos últimos três meses. Ao ser questionado, afirma ereções no período da manhã. Qual é a conduta mais adequada na abordagem dessa pessoa com disfunção erétil?
Orientar mudanças no estilo de vida e prescrever inibidores de fosfodiesterase-5.
Jerivaldo, 41 anos de idade, pedreiro, vem à consulta médica para fazer um “exame de próstata”. Nega alterações urinárias, dor ou antecedentes familiares de câncer. Quando questionado sobre sua vida sexual, relata que há um ano está progressivamente com dificuldades para manter a ereção e há dois meses não consegue realizar a penetração. Está desempregado há 8 meses, saindo frequentemente de casa para procurar emprego. Os problemas financeiros são motivos para brigas freqüentes com a esposa. Sente-se culpado por manter ralações sexuais fora do casamento. Nega uso de preservativo com a esposa. Nas relações extraconjugais, usa preservativo esporadicamente e, apesar de manter desejo, não consegue iniciar ereção. Desde que começaram esses problemas, parou de se masturbar. Mantém ereção matinal antes de urinar. Ademais, sente-se bem e acha que voltará a trabalhar em breve. Mantém-se saindo com os amigos aos finais de semana com quem gosta de jogar futebol. Há dois anos, realizou exames de “gordura e o açúcar sangue” cujos resultados estavam “normais”. Nega tabagismo ou etilismo. Nega alteração do sono, do peso ou do hábito intestinal. Na consulta atual, sua pressão arterial e índice de massa corpórea estavam normais. Com base na história, qual a causa mais provável para a disfunção erétil de Jerivaldo?
Diminuição da satisfação sexual - mantém a ereção matinal antes de urinar, o que demonstra que não é uma disfunção orgânica.