Insuficiência venosa crônica Flashcards
Quais os principais fatores de risco para varizes de MMII?
Obesidade, nº de gestações (único modificável), sexo feminino, caucasianos, HF +, posição no trabalho, idade avançada
Quais as manifestações clínicas das varizes de MMII?
Peso em MMII, varizes, edema, dermatite ocre, úlceras, alterações tróficas
Como confirmar o diagnóstico de varizes de MMII?
USG doppler colorido ou fotopletismografia
Qual o tto das varizes de MMII?
Medidas gerais -> membros elevados, perda de peso, atv física, terapia descompressiva (meias elásticas)
Medicamentoso -> Flavonoides, endopiridinas
Se úlcera -> prevenir e tratar infecção
Cirurgia SN
Quais são as opções ao tratamento cirúrgico nas varizes de MMII?
Escleroterapia
Termoablação
Convencional
Antes da indicação de tratamento cirúrgico nas varizes de MMII, o que deve ser avaliado?
Sistema venoso profundo (se tem obstrução ou está competente)
Quais as características da úlcera venosa?
Grandes, exsudato moderado a abundante, pulsos presentes, dor ausente ou pouca, edema, geralmente no maléolo medial, em bota, mal delimitado, fundo granuloso, bordas elevadas, linfangite
Qual o tratamento da úlcera venosa infectada?
ATB - cipro + clinda
*Pode usar bota de Unna
Os pacientes com úlcera cicatrizada são classificados como classe 6 na classificação clínica de CEAP (sistema de classificação de doenças venosas crônicas). V ou F?
Falso, classe 6 é úlcera ativa.
Classe 5 é úlcera cicatrizada
*Ordem crescente de gravidade
Mulher, 54 anos, com aparecimento de lesão ulcerada há um ano em terço distal da face medial da perna direita de crescimento progressivo. Relata ainda que a úlcera é muito exsudativa e dolorosa, principalmente quando fica por longos períodos em pé, com melhora da dor ao repouso. Possui hipertensão arterial bem controlada em uso de atenolol. A temperatura local é sempre aumentada em relação ao lado contralateral e tem hiperestesia próximo à lesão. Apresenta também dermatofibrose e pulsos distais de difícil palpação pela fibrose local. Qual a provável etiologia desta lesão?
Úlcera flebopática por insuficiência venosa
Qual a tríade de Virchow da TVP?
Hipercoagulabilidade
Estase venosa
Lesão endotelial
Quais as características da trombose distal?
Distal = abaixo da poplítea; baixo risco de TEP; menos síndrome pós trombótica; recorrência de 29% sem tto
Quais as características da trombose proximal?
Proximal = acima da poplítea; risco de TEP 46%; síndrome pós trombótica em 80% e recorrência em quase metade dos casos
Quais os principais diagnósticos diferenciais da TVP?
Ruptura do cisto de Baker e síndrome da pedrada (rotura pós atv física)
Como fazer o diagnóstico de TVP com suspeita clínica provável?
USG doppler:
Se positivo = TVP
Se negativo = pedir D-dímero -> positivo = repete USG doppler em 7d; Se negativo descarta TVP
Como fazer o diagnóstico de TVP com suspeita clínica IMPROVÁVEL?
D-dímero.
Se negativo = Sem TVP
Se + = pede USG doppler -> Se + = TVP; Se negativo = repete USG ou descarta TVP
Qual o tto da TVP?
Analgesia, elevação dos MMII, deambulação precoce e anticoagulação
Pode fazer terapia compressiva
Trombólise se TEP ou instabilidade hemodinâmica
Filtro de veia cava se alto risco de TEP e contraindicação a anticoagulação
Quais as principais complicações da TVP?
TEP, síndrome pós trombótica (IVC pós TVP) e flegmásea (urgência)
Quais as características da flegmásea alba dolens?
Decorrente de TVP no território ileo-femoral
Dor e edema intenso
Palidez decorrente de vasoespasmo
Quais as características da flegmásea cerulea dolens?
Muito grave Dor excruciante de todo o membro Edema importante Cianose, tensão, frialdade Perda de pulsos distais Mais comum no MIE Neoplasia em 20-40% dos casos
A obesidade é importante fator de risco de TVP por interferir na pré-carga cardíaca e aumentar a pressão hidrostática dos membros inferiores?
Sim
Paciente, 63 anos de idade, sem comorbidades, bom performance status, em pré-operatório de cirurgia radical para tratamento de adenocarcinoma de endométrio. Cursa com trombose venosa profunda extensa em veia poplítea direita. Qual a conduta imediata e o procedimento a ser realizado antes da cirurgia radical para tratamento do adenocarcinoma de endométrio?
*SUS BA
Imediata: anticoagulação plena com heparina de baixo peso molecular e repouso e/ou uso de meias elásticas antitrombo
Procedimento: instalação de filtro de veia cava inferior para evitar embolia
Paciente, 63 anos de idade, sem comorbidades, bom performance status, em pré-operatório de cirurgia radical para tratamento de adenocarcinoma de endométrio. Cursa com trombose venosa profunda extensa em veia poplítea direita. Após o tratamento imediato e cirurgia, quais são as medidas do pós operatório dessa paciente?
*SUS BA
Deambulação precoce, usar meias elásticas antitrombo, suspender anticoagulação no período perioperatório, anticoagulante oral após alta, retirar filtro de veia cava o mais precoce possível se não houver programação de nova cirurgia
Mulher, 70 anos, com claudicação intermitente em membros inferiores para cerca de 300 metros no plano, acometendo principalmente as regiões de pé e panturrilhas há cerca de 6 meses. É hipertensa em uso de anlodipino 10mg ao dia e também é ex-tabagista (fumou cerca de 20 cigarros por dia por 50 anos). Ao exame apresenta pulsos femorais amplos e palpáveis e pulsos poplíteos e distais dos membros inferiores não palpáveis. Índice tornozelo braquial de 0,62 à esquerda e 0,68 à direita. Qual a conduta mais adequada para este caso?
TTO clínico com cilostazol, controle dos fatores de risco e deambulação orientada - cilostazol é vasodilatador e tem ação antiplaquetária; tto cirúrgico geralmente no ITB <= 0,4, sintomas incapacitantes ou isquemia crítica (úlcera isquêmica e dor em repouso)