Sangramento Genital, Anticoncepção E Climaterio

Question 1

Sangramento Uterino Anormal

Answer 1

É um sintoma e não um diagnóstico. Representa alteração no padrão menstrual normal da paciente. Inclui sangramento disfuncional (alteração no eixo hipotálamo hipófise ovariano) e sangramento por causas estruturais (ou orgânicas), como por exemplo: miomas, pólipos, adenomiose, adenomiomas, carcinoma endometrial, complicacoes da gravidez.

Question 2

Menorragia

Answer 2

Sangramento uterino com intervalo regular, duração aumentada e fluxo aumentado

Question 3

Metrorragia

Answer 3

Sangramento uterino com intervalo irregular, duração prolongada e fluxo normal

Question 4

Menometrorragia

Answer 4

Sangramento uterino com intervalo irregular, duração aumentada e fluxo aumentado

Question 5

Hipermenorreia

Answer 5

Sangramento uterino com intervalo regular, duração normal e fluxo aumentado

Question 6

Hipomenorreia

Answer 6

Sangramento uterino com intervalo regular, duração normal e fluxo diminuído

Question 7

Oligomenorreia

Answer 7

Sangramento uterino com intervalos irregulares ou infrequentes, de duração variável e fluxo escasso

Question 8

Causas de sangramento uterino anormal (SUA)

Answer 8

• Orgânica: inclui gravidez e situações correlatas, doenças sistêmicas, doenças pélvicas, traumas ou uso de medicamentos (é uma condição orgânica)
• Disfuncional: é sangramento de origem uterina, na ausência de gravidez ou situação correlata, doença pélvica ou sistemica, atribuída às condições endocrinologicas que controlam a gravidez. É um diagnóstico de exclusão! (Eixo hipotálamo hipófise ovariano)

Question 9

Causas de sangramento uterino anormal no período neonatal

Answer 9

Ocorre com 2-3 dias de vida.

Privação estrogênica materna (que leva a estimulação endometrial do RN).

Question 10

Causas de sangramento uterino anormal na infância

Answer 10

• Corpo estranho: causa sangramento, corrimento de odor fétido…
• Infecções inespecificas: higiene precária pode causar
• Traumas: lesão em cavaleiro, por exemplo. (Dificilmente podem romper o hímen)

Obs.: sempre descartar abuso sexual e neoplasia (ex.: sarcoma botroide)

Question 11

Causas de sangramento uterino anormal na adolescência

Answer 11

• Sangramento disfuncional: por exemplo, anovulação. Durante os primeiros dois anos após a menarca é comum existir ciclo anovulatorio e SUD.
• Sangramento na gestação: pode estar associado a abortamento, gestação ectopica, gestação molar.
• Excluir: infecções (DST - clamidia pode causar sangramento pos coito), SOP, Coagulopatia (PTI, von willebrand)

Question 12

Causas de sangramento uterino anormal em adultos (menacme)

Answer 12

• Disfuncional
• Sangramento da gravidez
• Ginecopatias (causas orgânicas)
• excluir neoplasias e infeccao (DST)

Question 13

Causas de sangramento uterino anormal após menopausa

Answer 13

• Atrofia endometrial
• Terapia Hormonal (estrogenio exógeno)
• Excluir: câncer de endométrio

Question 14

Como iniciar investigação de Sangramento Uterino Anormal?

Answer 14

A investigação começa com anamnese detalhada e exame físico minucioso (idade da paciente, atividade sexual, padrão do ciclo, natureza da SUA, sintomas associados…)
- Exame especular: topografar a lesão, de onde vem o sangramento? Colo uterino, vagina, útero?

Question 15

Investigação de Sangramento Uterino Anormal Pós coito

Answer 15

Avaliar cervicite, CÁ de colo, lesão vaginal

Question 16

Investigação de Sangramento Uterino Anormal durante a Menacme

Answer 16

Avaliar atividade sexual -> gravidez é uma das principais causas. Solicitar BHCg! (Principalmente nos casos de falta de contraceptivo eficaz)

Question 17

Investigação de Sangramento Uterino Anormal relacionado com uso de medicamentos

Answer 17

• Escape de contraceptivo: ocorre por atrofia do endométrio. Se o sangramento não parar pode trocar o ACO para outra droga com dose maior de estrogenio (reepitelizar o endométrio)
• Terapia hormonal na pós menopausa

Question 18

Investigação de Sangramento Uterino Anormal no sangramento de origem uterina

Answer 18

Iniciar investigação com realização de USG Transvaginal (avaliar causas orgânicas)
- Se encontrar endométrio suspeito após menopausa
- >4-5mm (sem Th)
- >8mm (com Th)
CD: avaliação endometrial + biópsia (histeroscopia é o padrão ouro)

Question 19

Como proceder após exclusão de causas orgânicas no sangramento uterino anormal?

Answer 19

Pensar em ação hormonal irregular sobre o endométrio = sangramento disfuncional

Question 20

Sangramento uterino disfuncional

Answer 20

Acontece principalmente nos extremos de vida reprodutiva (após a menarca e próxima a menopausa)
Pode ser decorrente de ciclos ovulatorios (15%) ou ciclos anovulatorios (85% - ocorre por estimulação estrogênica sem antagonização de progesterona)

Question 21

Diagnóstico de Sangramento uterino disfuncional

Answer 21

O diagnóstico é clínico e deve responder a hormonioterapia!!!
Se não responder não é SUD, e devemos procurar causa orgânica.

Question 22

Tratamento do Sangramento Uterino Disfuncional

Answer 22

• Intenso: ACO 8/8h por 7 dias, aguardar 7 dias e começar a usar 1x/ia (curetagem química + controle do ciclo)
• Leve/Moderado: AINES, anti fribrinoliticos, ACO, progesterona no final do ciclo.

Question 23

Definição de pólipos

Answer 23

Qualquer formação séssil ou películas que faça relevo a partir da área de implante em relação à superfície adjacente.

Question 24

Pólipo endometrial

Answer 24

Características benignas e baixo potencial de malignizacao. São mais comuns com o avançar da idade. Várias lesões malignas podem assumir formato Polipoide.
- Clínica: a maioria é assintomática (podendo ser achado incidental no usg). Pode se manifestar como SUA, dismenorreia secundaria, infertilidade.

Question 25

Pólipo cervical

Answer 25

Projeção da mucosa do canal uterino. Pode ter origem na Endocervice ou na Ectocervice.
Geralmente é Assintomatico, mas pode causar sinusorragia (sangramento durante o coito)

Question 26

Tratamento dos pólipos (endometrial e cervical)

Answer 26

Pela possibilidade de transformação neoplasia = retirada do pólipo

Polipectomia histeroscopica -> mesmo que seja o pólipo cervical!

Question 27

Definição de Mioma

Answer 27

Tumor benigno formado por fibras musculares lisas do útero, com estroma de tecido conjuntivo. Podem incidir no corpo e cervice uterinos.

Question 28

Relevância dos miomas

Answer 28

Representam 95% dos rumores benignos do trato genital feminino. Causam grande repercussão clínica. Representam a maior causa de histerectomia realizadas.

Question 29

Fatores de risco para mioma

Answer 29

Os miomas dependem de estimulação hormonal.

Idade (menacme), raça negra, menarca precoce, nuliparidade, infertilidade.

Question 30

Fator de proteção para miomas

Answer 30

ACO, multiparidade

Question 31

Classificação dos Miomas

Answer 31

• Subseroso: nunca é causa de SUA. Geralmente é Assintomatico.
• Intramural: abaúla a cavidade, pode ser causa de sangramento. Pode evoluir para Subseroso ou submucoso
• Submucoso: é a principal causa de sangramento.

Obs.: ainda podem ser

 - Pediculados: pode derivar dos subserosos e dos submucosos. Não deve ser realizada embolização pelo risco de isquemiar só o pedículo e cair na cavidade.
 - Séssil: aderido à cavidade.
 - Parido: crescimento exagerado do pedículo dos submucosos, que acabam saindo pelo colo uterino.

Question 32

Principal manifestação clínico dos miomas

Answer 32

A maioria é assintomática!!!
Mas pode ser causa de alteração menstrual, dor pélvica e dismenorreia, aumento do volume abdominal, compressão genitourinario, corrimento vaginal, infertilidade…

Question 33

Característica do mioma ao USG

Answer 33

Nodulo hipoecoico

Question 34

Tratamento do Mioma uterino

Answer 34

Devemos avaliar a sintomatologia comparando com o desejo de engravidar.
- Assintomáticos: não tratar!!!
- Sintomáticos:
- Leve/moderado/pequeno: tratamento clínico, expectante. O objetivo é reduzir os sintomas.
- Intenso e nulipara: miomectomia
- Intenso e multipara: histerectomia
Obs.: histerectomia via vaginal se volume uterino <300cm3.
Histerectomia subtotal só na impossibilidade de fazer a total.
Exceção: mesmo se multipara mas só com mioma submucoso, pode fazer miomectomia histeroscopica.

Question 35

Remédio trata mioma?

Answer 35

Não!! O análogo de GNRh causa menopausa química, pois é administrado de forma contínua, e não pulsatil, podendo levar a diminuição do tumor e controle da anemia antes da cirurgia.

Question 36

Quando está indicada a Embolização no tratamento de mioma uterino?

Answer 36

Quando há presença de vários miomas, não Pediculados, com desejo de gestar.

Question 37

Tipos de degeneração do mioma uterino

Answer 37

Hialina: a mais comum, benigna
Necrose asséptica: causa dor na gestação (pode ser rubra ou vermelha)
Sarcomatosa: mioma que começa a crescer após a menopausa.

Question 38

Definição de adenomiose

Answer 38

Presença de tecido endometrial entre as fibras musculares do miometrio. Caracteriza-se por pequenos “lagos” de endométrio e/ou como nodulo circunscrito na parede miometrial (adenomioma)

Question 39

Manifestações clínicas de adenomiose

Answer 39

É frequentemente assintomática, mas o tecido ectopico responde aos estímulos hormonais, que durante a menstruação produzem pequenos sangramentos que ficam retidos entre as fibras musculares, levando a uma reação inflamatória que causa dor e SUA.

• SUA + dismenorreia secundaria + aumento de volume uterino (global e simétrico)
  Pode ser causa ainda de infertilidade: por alteração na contratilidade e pressão uterina

Question 40

Diagnóstico de Adenomiose

Answer 40

• USG: vai apresentar ecoterapia heterogênea do miometrio
• RNM: melhor exame (alta sensibilidade e especificade). Ajuda a delinear a localização e extensão das lesões. Ajuda a diferenciar entre mioma e adenomiose.
  Avalia a zona juncional mioendometrial > 12mm
• Biópsia: padrão ouro!!

Question 41

Tratamento da Adenomiose

Answer 41

• Definitvo: histerectomia
• Sintomático: pode ser feito tratamento clínico com ACO, diu de progesterona, análogo de GNRh -> antagonizar os hormônios que pioram o quadro.
  Obs.: na escolha terapêutica deve ser levado em conta o desejo da paciente de gestar e etc.

Question 42

Conceito de endometriose

Answer 42

Presença de tecido endometrial (glândula e estroma) em localização extra uterina (fora da cavidade endometrial e da musculatura uterina). Sítios ectopicos normalmente na pelve, mas podem ser encontrados em qualquer parte do corpo.
Sua apresentação pode variar de implante peritoneal superficial e profundo, aderências e cisto ovariano.

Question 43

Localização mais comum de endometriose

Answer 43

Ovariana.

Local extra genital mais comum: intestino (sigmoide)

Question 44

Relação do estrogenio e endometriose

Answer 44

Os focos endometrioticos são estrogenio dependentes.

Question 45

Teorias da formação de endometriose

Answer 45

Diversas teorias tentam explicar a fisiopatologia processo, como implantacao através de menstruação retrógrada, alteração na imunidade celular, metaplasia celomica, implantacao mecânica iatrogenica, disseminação linfática…

Question 46

Fatores de risco para endometriose

Answer 46

História familiar, primiparidade tardia, nuliparidade, menarca precoce, consumo de álcool e cafeína, malformações mullerianas, estenoses de colo uterino.

Question 47

Evolução das lesões de endometriose

Answer 47

Lesões atípicas (petequias, opacificações) -> vermelha (lesão ativa) -> preto (menos ativa, “queimadura em pólvora”) -> branca (cicatricial)

Question 48

Manifestações clínicas da endometriose

Answer 48

• Dismenorreia secundaria e progressiva: focos causando irritação
• Dispareunia: presença de aderências no fundo de saco, provocando dor durante o coito.
• Infertilidade: presença de aderências na região tubo ovariana, impedindo a motilidade normal com transmissão do óvulo.

Obs.: implante ovariano pode se apresentar como endometrioma

Question 49

Como suspeitar de implante extra pélvico de endometriose?

Answer 49

Se houver dor e/ou massa palpável fora da pelve, com um padrão cíclico de aparecimento.

Question 50

Diagnostico de endometriose

Answer 50

• Clínica: história compatível com sintomatologia
• Exame Físico: deve ser realizado durante o período menstrual, pelo aumento da sensibilidade local. Pode ser palpada massa vaginal/retal, útero fixo, doloroso e massa anexial.
• Exames de imagem:
  USG TV: bom para avaliar presença de massa pélvica, como o endometrioma -> estrutura cística, com ecos em seu interior e paredes com focos ecogenicos.
  RNM: excelente método diagnóstico, mas não visualiza bem lesões pequenas.
  Videolaparoscopia: padrão ouro! Visualiza diretamente as lesões.

Question 51

Tratamento da endometriose (conduta das pacientes com dor)

Answer 51

• Expectante: endometriose mínima e perimenopausa (na menopausa ocorrerá diminuição hormonal e o foco de endometriose irá regredir)
• Dor: tratamento clínico com analgésicos, AINES, ACO (induzir amenorreia de 6 a 12m), progesterona (incluindo DIU), análogo de GNRh (produz uma menopausa química), inibidores da aromatase -> o objetivo é diminuir a produção de estrogenio!

Question 52

Tratamento do endometrioma

Answer 52

A melhor abordagem é a cistectomia, com retirada de toda a cápsula. Apresenta melhor resultado do que a aspiração.
O tratamento clínico não apresenta bons resultados.

Question 53

Tratamento da infertilidade na endometriose

Answer 53

O tratamento clínico não é suficiente para resolução dos problemas, sem necessária abordagem cirúrgica em alguns casos.

• Endometriose leve/mínima: laparoscopia com retirada das aderências.
• Endometriose severa: FIV

Question 54

Terapia definitiva da endometriose

Answer 54

O tratamento definitivo é cirúrgico, que inclui histerectomia, ooferectomia, retirada dos focos endometrioides.

Question 55

Critérios de elegibilidade da OMS para anticoncepcionais

Answer 55

Categoria 1 e 2 = pode ser usado
Categoria 3 e 4 = não usar
- CAT 4 = contra indicação absoluta ao método

Question 56

Métodos compartamentais de contracepção

Answer 56

Observação dos sinais do ciclo menstrual, com consequente abstinência sexual periódica durante o período ovulatorio.
Ex.: tabelinha, curva térmica, muco cervical

Question 57

Metodos de barreira de contracepção

Answer 57

Impedem a ascensão do espermatozoide ao útero, seja de forma mecânica, química ou mista.
Ex.: condom masculino e feminino, diafragma, espermicida
Apresentam altas taxas de falha.
O condom apresenta proteção contra DST (parcial contra herpes e HPV -> pois pode haver contagio através da pele)

Question 58

Dispositivos intra-uterinos (DIU)

Answer 58

Estrutura inserida dentro da cavidade uterina. Melhor momento para inserção é durante a menstruação ou imediatamente após o parto.
- Cobre: duração de 10 anos. Provoca ação irritativa, Inflamatoria e espermicida.
- Progesterona: Duração de 5 anos. Tem efeito local sobre o endométrio (atrofia endometrial) e torna o muco cervical hostil -> muito eficaz.
Obs.: pela atrofia endometrial pode ocorrer sangramento de escape e não faz ciclos anovulatorios.
- Contra indicações: alteracoes uterinas (gravidez, distorção da cavidade), SUA inexplicado, infecções, câncer ginecológico, 48h-4 dias após o parto.

Question 59

Amticoncepcionais de ação hormonal

Answer 59

ACO, minipilula, implante de progesterona, injetáveis, adesivos….

Question 60

Características da Minipilula

Answer 60

Feita com doses baixas de progesterona. Ex.: desogestrel (cerazette)

• Mecanismo de ação: altera o muco cervical e atrofia o endométrio (normalmente não causa anovulação). Sofre efeito da passagem hepática.
• Indicação: seu melhor uso é em momentos que a paciente não ovula tão bem. Ex.: perimenopausa e amamentando (pode ser usado durante a amamentação sem colocar em risco o leite materno)

Question 61

Características do Injetável trimestral e implante subdérmico

Answer 61

São feitos à base de progesterona. Tem tempo de ação de 3 meses (injetável) e de três anos (implante subdérmico)
Causam alteração no muco cervical, atrofia de endométrio e anovulação.
- Contraindicações (progesterona): gravidez, tumor hepático, HAS grave, ave, TVP, TEP agudo, CA de mama atual.

Question 62

Anticoncepcionais combinados

Answer 62

Fazem uso de estrogenio e progesterona. Pode ser ACO, injetável mensal, adesivo transdermico, anel vaginal.
- Mecanismo de ação: anovulação, altera o muco cervical, altera o endométrio e altera motilidade tubária.
O estrógeno suprime o FSH e o progesterona suprime o LH -> levando a bloqueio do neuroeixo e não permitindo o amadurecimento do foliculo.
- Contraindicações (categoria 4): amamentação <6sem pós parto, CA de mama previo ou atual, tabagismo (>15 anos/maço) ou 35 anos, IAM, TVP, TEP, Ave atual ou previo, enxaqueca com aura

Question 63

ACO e hormônios utilizados

Answer 63

O estrogenio é quase sempre o etinilestradiol. O efeito vai variar entre o tipo de progesterona escolhido.

• Ciproterona: efeito anti androgênico
• Drospirenona: efeito anti androgênico e anti mineralocorticoides
• Levonorgestrel: efeito androgênico.

Question 64

Anticoncepcional preferível em mulheres em até 6sem após o parto

Answer 64

Amamentando?
SIM: minipilula e implante é categoria 2
NÃO: qualquer progesterona é categoria 1

Question 65

Método contraceptivo emergencial

Answer 65

Deve ser usado em casos de falha do método contraceptivo em uso ou após intercurso sexual desprotegido, preferencialmente até 72h. Impedem o encontro entre o óvulo e o espermatozoide, através de alteração da ovulação e atrofia do endométrio. Não possuem efeito se a fertilização já tiver ocorrido.
- Método do Levonorgestrel: 1cp 1,5mg dose única.
Normalmente não ocorre alteração do ciclo menstrual.

Question 66

Esterilização cirúrgica (definitiva)

Answer 66

Pode ser feita via laparotomia, laparoscopia, mini laparotomia.
Laqueadura tubária se: >25 anos OU >= dois filhos, capacidade civil plena, não é permitido fazer durante o parto. Necessário consentimento do cônjuge (se houver), >60 dias entre a vontade e a cirurgia.
Só pode ser feita intraparto se: cesariana de repetição ou alto risco materno.

Question 67

Definição de climatério, menopausa, perimenopausa e senilidade

Answer 67

• Menopausa: é uma data específica! Última menstruação decorrente da falência ovariana. Só de ser confirmada 1 ano após o último fluxo menstrual (diagnóstico retrospectivo). Normalmente ocorre os 51 anos. <40a = precoce, >55a = tardia.
• Climatério: período fisiológico que s inicia com os primeiros sinais de falência ovariana e que se estende até a senilidade(65 anos)
• Perimenopausa: período que compreende os anos que antecedem a menopausa (já na presença de distúrbios do ciclo menstrual até 12 meses após o término da menstruação)

Question 68

Fisiologia da Perimenopausa

Answer 68

Fisiologicamente e com o passar do tempo, ocorre perda folicular, ficando mais difícil o recrutamento para ovulação. Há aumento de FSH para recrutar foliculos (o que aumenta o período folicular do ciclo menstrual, com aumento da duração do ciclo). Com menos foliculos sendo estimulados ocorre menos produção de inibina (atuando com feedback positivo sobre o FSH), até que chega um ponto em que ocorre o esgotamento folicular e a ovulação para de ocorrer.
Os níveis de estrogênio demoram 6 meses para diminuir. LH e progesterona se mantém estáveis durante todo o processo, pois apesar do esforço ainda corre a ovulação com formação do corpo luteo.
O número de ciclos anovulatorios aumenta consideravelmente.

Question 69

Fisiologia após a menopausa

Answer 69

• Níveis elevados de FSH e LH após o término das menstruações são diagnóstico de falência ovariana
• Ovários não produzem mais estrogenio. Há presença de estrona (por conversão periférica) e pouca quantidade de estradiol (conversão à partir da estrona)
  Obs.: a diminuição de estrogenios é responsável pela maioria dos sintomas após a menopausa.
• Androgênios continuam a ser sintetizados no ovário, sendo substrato para conversão periférica.

Question 70

Diagnostico de Menopausa

Answer 70

O diagnóstico é clínico!! (Através da idade e sintomas)
Fazer exames laboratoriais só em casos de dúvida diagnostica; <40a
É típico encontrar FSH >40

Question 71

Manifestações clínicas do climatério

Answer 71

• Fogachos: rubor na face, tórax, pescoço, acompanhada de sudorese e sensação de calor, palpitações. Dura cerca de 1 a 3 minutos, pode chegar a 30x por dia, mais à noite.
• Ressecamento de epitelio vaginal, uretral e base da bexiga
• Alteracoes do humor: depressao
• SUA
• Aumento do risco cardiovascular: perda do efeito protetor do estrogenio
• Osteoporose

Question 72

Terapia de Reposicao Hormonal na Menopausa

Answer 72

• Fogacho é a principal indicação
• Qual a terapia?
  Estrógeno + Progesterona: se tiver útero
  Estrógeno isolado: sem útero
• Qual a via?
  PArenteral = se PAtologias em geral
  COmprimido = se COlesterol alto
• Contraindicações: CA de mama ou endométrio, sangramento vaginal indeterminado, AVE, IAM TEP, TVP, doença hepática descompensada
• Opções não hormonais: clonidina, Metildopa, paroxetina

Question 73

Definição de osteoporose

Answer 73

Doença óssea mais prevalentes do idoso. Marcado por baixa massa óssea e deteriorização microarquitetural do osso, levando a fragilidade óssea.
A reabsorção óssea ocorre principalmente nos ossos trabeculares

Question 74

Fatores de risco associados com a osteoporose

Answer 74

Idade > 65anos (principal fator), história familiar, raça branca, biotipo magro (obesa tem maior conversão periférica de Androgenio em estrona, permitindo menor reabsorção óssea), sedentarismo (atividade física ajuda no remodelamento ósseo), consumo exagerado de álcool e cafeína, baixa ingesta de cálcio e fósforo (a massa óssea adquirida na juventude influi diretamente na chance de ter osteoporose no futuro), ooferectomia bilateral e menopausa precoce (pela diminuição estrogênica), uso de corticoide, hiperparatireoidismo, insuficiência renal

Question 75

Relação do estrogenio com osteoporose

Answer 75

O estrogenio atua de forma a inibir o remodelamento ósseo, mantendo a homeostase entre osteoblasto e osteoclasto. Sua diminuição proporciona o desbalanço, com aumento do osteoclasto.

Question 76

Fraturas na osteoporose

Answer 76

A fratura de vértebra é a mais comum, mas normalmente é assintomática.
A fratura de fêmur é a mais letal, devido ao risco de complicações.

Question 77

Diagnóstico de osteoporose

Answer 77

É firmado através da densitometria óssea, analisando a coluna lombar e trocanter femoral.
Z-escore: resultado da relação da densidade mineral óssea (DMO) do paciente em relação à sua faixa etária
T-escore: resultado da relação da densidade mineral óssea do paciente em relação ao adulto jovem

• Osteoporose: T-escore 2,5
• Osteopenia: T-escore -1 a -2,49 / Z-escore 1 a 2,5
• Normal: T-escore >-1 / Z-escore <1

Question 78

Indicações de realização de densitometria óssea

Answer 78

Idade >65anos (mulher), transição menopausal com risco aumentado de fratura, adulto (>50a) com história de fratura, avaliação na resposta terapêutica, auxílio na decisão de iniciar a terapia de reposicao hormonal.

Obs.: osteoporose não é indicação primária de TH

Question 79

Tratamento da Osteoporose

Answer 79

O tratamento deve impedir o surgimento e evolução da osteoporose, e prevenção de fraturas.
- Bifosfonados: são o tratamento de escolha. Inibe a função e o número de osteoclastos. Reduz a incidência de fraturas, usada na prevenção e tratamento.
Ex.: alendronato 10mg/dia ou 70mg/semana
Cuidado com esofagite erosiva! Ficar 30 minutos sentado após ingerir (tem que ser em jejum)
- Outras opções: estrogenios, calcitonina, ralosifeno, cálcio e vitamina D (não devem ser usados para tratamento isoladamente

Question 80

Tratamento de osteopenia

Answer 80

Pacientes com osteopenia devem ser estimulados, incialmente, a medidas não farmacológicas, mas podem ser tratadas com as mesmas drogas da osteoporose

Question 81

Critérios de elegibilidade da OMS para anticoncepcionais

Answer 81

Categoria 1 e 2 = pode ser usado
Categoria 3 e 4 = não usar
- CAT 4 = contra indicação absoluta ao método

Question 82

Métodos compartamentais de contracepção

Answer 82

Observação dos sinais do ciclo menstrual, com consequente abstinência sexual periódica durante o período ovulatorio.
Ex.: tabelinha, curva térmica, muco cervical

Question 83

Metodos de barreira de contracepção

Answer 83

Impedem a ascensão do espermatozoide ao útero, seja de forma mecânica, química ou mista.
Ex.: condom masculino e feminino, diafragma, espermicida
Apresentam altas taxas de falha.
O condom apresenta proteção contra DST (parcial contra herpes e HPV -> pois pode haver contagio através da pele)

Question 84

Dispositivos intra-uterinos (DIU)

Answer 84

Estrutura inserida dentro da cavidade uterina. Melhor momento para inserção é durante a menstruação ou imediatamente após o parto.
- Cobre: duração de 10 anos. Provoca ação irritativa, Inflamatoria e espermicida.
- Progesterona: Duração de 5 anos. Tem efeito local sobre o endométrio (atrofia endometrial) e torna o muco cervical hostil -> muito eficaz.
Obs.: pela atrofia endometrial pode ocorrer sangramento de escape e não faz ciclos anovulatorios.
- Contra indicações: alteracoes uterinas (gravidez, distorção da cavidade), SUA inexplicado, infecções, câncer ginecológico, 48h-4 dias após o parto.

Question 85

Amticoncepcionais de ação hormonal

Answer 85

ACO, minipilula, implante de progesterona, injetáveis, adesivos….

Question 86

Características da Minipilula

Answer 86

Feita com doses baixas de progesterona. Ex.: desogestrel (cerazette)

• Mecanismo de ação: altera o muco cervical e atrofia o endométrio (normalmente não causa anovulação). Sofre efeito da passagem hepática.
• Indicação: seu melhor uso é em momentos que a paciente não ovula tão bem. Ex.: perimenopausa e amamentando (pode ser usado durante a amamentação sem colocar em risco o leite materno)

Question 87

Características do Injetável trimestral e implante subdérmico

Answer 87

São feitos à base de progesterona. Tem tempo de ação de 3 meses (injetável) e de três anos (implante subdérmico)
Causam alteração no muco cervical, atrofia de endométrio e anovulação.
- Contraindicações (progesterona): gravidez, tumor hepático, HAS grave, ave, TVP, TEP agudo, CA de mama atual.

Question 88

Anticoncepcionais combinados

Answer 88

Fazem uso de estrogenio e progesterona. Pode ser ACO, injetável mensal, adesivo transdermico, anel vaginal.
- Mecanismo de ação: anovulação, altera o muco cervical, altera o endométrio e altera motilidade tubária.
O estrógeno suprime o FSH e o progesterona suprime o LH -> levando a bloqueio do neuroeixo e não permitindo o amadurecimento do foliculo.
- Contraindicações (categoria 4): amamentação <6sem pós parto, CA de mama previo ou atual, tabagismo (>15 anos/maço) ou 35 anos, IAM, TVP, TEP, Ave atual ou previo, enxaqueca com aura

Question 89

ACO e hormônios utilizados

Answer 89

O estrogenio é quase sempre o etinilestradiol. O efeito vai variar entre o tipo de progesterona escolhido.

• Ciproterona: efeito anti androgênico
• Drospirenona: efeito anti androgênico e anti mineralocorticoides
• Levonorgestrel: efeito androgênico.

Question 90

Anticoncepcional preferível em mulheres em até 6sem após o parto

Answer 90

Amamentando?
SIM: minipilula e implante é categoria 2
NÃO: qualquer progesterona é categoria 1

Question 91

Método contraceptivo emergencial

Answer 91

Deve ser usado em casos de falha do método contraceptivo em uso ou após intercurso sexual desprotegido, preferencialmente até 72h. Impedem o encontro entre o óvulo e o espermatozoide, através de alteração da ovulação e atrofia do endométrio. Não possuem efeito se a fertilização já tiver ocorrido.
- Método do Levonorgestrel: 1cp 1,5mg dose única.
Normalmente não ocorre alteração do ciclo menstrual.

Question 92

Esterilização cirúrgica (definitiva)

Answer 92

Pode ser feita via laparotomia, laparoscopia, mini laparotomia.
Laqueadura tubária se: >25 anos OU >= dois filhos, capacidade civil plena, não é permitido fazer durante o parto. Necessário consentimento do cônjuge (se houver), >60 dias entre a vontade e a cirurgia.
Só pode ser feita intraparto se: cesariana de repetição ou alto risco materno.

Question 93

Definição de climatério, menopausa, perimenopausa e senilidade

Answer 93

• Menopausa: é uma data específica! Última menstruação decorrente da falência ovariana. Só de ser confirmada 1 ano após o último fluxo menstrual (diagnóstico retrospectivo). Normalmente ocorre os 51 anos. <40a = precoce, >55a = tardia.
• Climatério: período fisiológico que s inicia com os primeiros sinais de falência ovariana e que se estende até a senilidade(65 anos)
• Perimenopausa: período que compreende os anos que antecedem a menopausa (já na presença de distúrbios do ciclo menstrual até 12 meses após o término da menstruação)

Question 94

Fisiologia da Perimenopausa

Answer 94

Fisiologicamente e com o passar do tempo, ocorre perda folicular, ficando mais difícil o recrutamento para ovulação. Há aumento de FSH para recrutar foliculos (o que aumenta o período folicular do ciclo menstrual, com aumento da duração do ciclo). Com menos foliculos sendo estimulados ocorre menos produção de inibina (atuando com feedback positivo sobre o FSH), até que chega um ponto em que ocorre o esgotamento folicular e a ovulação para de ocorrer.
Os níveis de estrogênio demoram 6 meses para diminuir. LH e progesterona se mantém estáveis durante todo o processo, pois apesar do esforço ainda corre a ovulação com formação do corpo luteo.
O número de ciclos anovulatorios aumenta consideravelmente.

Question 95

Fisiologia após a menopausa

Answer 95

• Níveis elevados de FSH e LH após o término das menstruações são diagnóstico de falência ovariana
• Ovários não produzem mais estrogenio. Há presença de estrona (por conversão periférica) e pouca quantidade de estradiol (conversão à partir da estrona)
  Obs.: a diminuição de estrogenios é responsável pela maioria dos sintomas após a menopausa.
• Androgênios continuam a ser sintetizados no ovário, sendo substrato para conversão periférica.

Question 96

Diagnostico de Menopausa

Answer 96

O diagnóstico é clínico!! (Através da idade e sintomas)
Fazer exames laboratoriais só em casos de dúvida diagnostica; <40a
É típico encontrar FSH >40

Question 97

Manifestações clínicas do climatério

Answer 97

• Fogachos: rubor na face, tórax, pescoço, acompanhada de sudorese e sensação de calor, palpitações. Dura cerca de 1 a 3 minutos, pode chegar a 30x por dia, mais à noite.
• Ressecamento de epitelio vaginal, uretral e base da bexiga
• Alteracoes do humor: depressao
• SUA
• Aumento do risco cardiovascular: perda do efeito protetor do estrogenio
• Osteoporose

Question 98

Terapia de Reposicao Hormonal na Menopausa

Answer 98

• Fogacho é a principal indicação
• Qual a terapia?
  Estrógeno + Progesterona: se tiver útero
  Estrógeno isolado: sem útero
• Qual a via?
  PArenteral = se PAtologias em geral
  COmprimido = se COlesterol alto
• Contraindicações: CA de mama ou endométrio, sangramento vaginal indeterminado, AVE, IAM TEP, TVP, doença hepática descompensada
• Opções não hormonais: clonidina, Metildopa, paroxetina

Question 99

Definição de osteoporose

Answer 99

Doença óssea mais prevalentes do idoso. Marcado por baixa massa óssea e deteriorização microarquitetural do osso, levando a fragilidade óssea.
A reabsorção óssea ocorre principalmente nos ossos trabeculares

Question 100

Fatores de risco associados com a osteoporose

Answer 100

Idade > 65anos (principal fator), história familiar, raça branca, biotipo magro (obesa tem maior conversão periférica de Androgenio em estrona, permitindo menor reabsorção óssea), sedentarismo (atividade física ajuda no remodelamento ósseo), consumo exagerado de álcool e cafeína, baixa ingesta de cálcio e fósforo (a massa óssea adquirida na juventude influi diretamente na chance de ter osteoporose no futuro), ooferectomia bilateral e menopausa precoce (pela diminuição estrogênica), uso de corticoide, hiperparatireoidismo, insuficiência renal

Question 101

Relação do estrogenio com osteoporose

Answer 101

O estrogenio atua de forma a inibir o remodelamento ósseo, mantendo a homeostase entre osteoblasto e osteoclasto. Sua diminuição proporciona o desbalanço, com aumento do osteoclasto.

Question 102

Fraturas na osteoporose

Answer 102

A fratura de vértebra é a mais comum, mas normalmente é assintomática.
A fratura de fêmur é a mais letal, devido ao risco de complicações.

Question 103

Diagnóstico de osteoporose

Answer 103

É firmado através da densitometria óssea, analisando a coluna lombar e trocanter femoral.
Z-escore: resultado da relação da densidade mineral óssea (DMO) do paciente em relação à sua faixa etária
T-escore: resultado da relação da densidade mineral óssea do paciente em relação ao adulto jovem

• Osteoporose: T-escore 2,5
• Osteopenia: T-escore -1 a -2,49 / Z-escore 1 a 2,5
• Normal: T-escore >-1 / Z-escore <1

Question 104

Indicações de realização de densitometria óssea

Answer 104

Idade >65anos (mulher), transição menopausal com risco aumentado de fratura, adulto (>50a) com história de fratura, avaliação na resposta terapêutica, auxílio na decisão de iniciar a terapia de reposicao hormonal.

Obs.: osteoporose não é indicação primária de TH

Question 105

Tratamento da Osteoporose

Answer 105

O tratamento deve impedir o surgimento e evolução da osteoporose, e prevenção de fraturas.
- Bifosfonados: são o tratamento de escolha. Inibe a função e o número de osteoclastos. Reduz a incidência de fraturas, usada na prevenção e tratamento.
Ex.: alendronato 10mg/dia ou 70mg/semana
Cuidado com esofagite erosiva! Ficar 30 minutos sentado após ingerir (tem que ser em jejum)
- Outras opções: estrogenios, calcitonina, ralosifeno, cálcio e vitamina D (não devem ser usados para tratamento isoladamente

Question 106

Tratamento de osteopenia

Answer 106

Pacientes com osteopenia devem ser estimulados, incialmente, a medidas não farmacológicas, mas podem ser tratadas com as mesmas drogas da osteoporose