Ciclo Menstrual, Incontinência Urinaria E Distopia Genital COPY Flashcards
Ação dos sistema nervoso na continência urinária:
Corpo Vesical - M. Detrusor ➔ Receptores Beta e Muscarínicos (M2 e M3)
Colo Vesical e Uretral ➔ Receptores alfa
Dependendo da fase de esvaziamento ou enchimento predomina um sistema…
Fase de Enchimento ➔ Simpático ativo Alfa: contração esfincteriana Beta: Relaxa detrusor Por isso beta-bloqueador piora incontinência... [Para Segurar urina ➔ Simpático)
Fase de Esvaziamento ➔ Parassimpático ativo
M2 e M3: Contração do detrusor
[Para Perder urina ➔ Parassimpático]
Formas de perda de urina
- Incontinência de Esforço: perda involuntária de urina ao realizar esforços, tossir ou espirrar
- Bexiga Hiperativa: sintomas como urgeincontinencia, polaciuria, nocturia (descartavas infecções do TGU)
- Transbordamento: ocorre em lesões neurológicas, diabetes
- Fistula: pode ser vesico ou ureterovaginal
Importância da Cistoscopia na investigação da incontinência urinária
Não é utilizada rotineiramente, mas serve para descartar outras patologias, principalmente o câncer de bexiga -> >50a, hematuria, irritação subita, tabagista
Avaliação da mobilidade vesical na investigação da incontinência urinária:
Mobilidade do Colo Vesical: serve para avaliar se a bexiga está com muita mobilidade.
USG: pede para espirrar e avalia a mobilidade na imagem.
Teste do Cotonete: tosse também e se avalia quanto que o cotonete se mexeu, ou seja, uma merda. (10 mm ou + -> hipermobilidade)
O que a urodinâmica avalia?
Fluxometria
Cistometria
Estudo miccional
Quando solicitar estudo urodinamico:
- IU de esforço que não é visualizado no exame físico
- IU mista (esforço + urgência)
- Falha no tratamento clínico, antes da cirurgia
Como diferenciar causa da IUE pelo estudo urodinâmico ?
Perda de urina com PPE < 60
- Defeito esfincteriano
Perda de urina com PPE > 90
- Hipermobilidade vesical
–> AUSÊNCIA DE CONTRAÇÃO DO DETRUSOR
Como tratar Incontinência Urinária de Esforço ?
CLÍNICO (LEVE/MODERADA)
Mudança de hábitos + Perda de peso + Fisioterapia (com reforço da musculatura pélvica)
O tratamento farmacológico tem papel secundário!
CIRURGICO
- Hipermobilidade ➔ Colpossuspensão Retropúbica
BurCh: ligameno de Cooper
Hoje se faz o SLING! O mesmo do defeito Esfincteriano)
MarShall ➔ periósteo Sínfise
Não se faz mais..
- Defeito Esfincteriano ➔ Sling (TVT / TOT)
TVT obriga a fazer cistoscopia depois… Retropúbico. Vai ajudar na Cistocele, porque ajuda a levantar a bexiga.
TOT: não obriga mais a fazer cistoscopia
SLING ➔ mais simples e resultados semelhantes ao BurCh!
GERALMENTE SE FAZ PRIMEIRO A TOT PORQUE É MAIS FÁCIL TECNICAMENTE, MAS A TVT É MAIS EFETIVA PRINCIPALMENTE ME PRESSÕES BAIXAS.
TOT, SE NÃO MELHORAR → TVT.
Qual achado em estudo urodinâmico indica Bexiga Hiperativa ?
Contração não inibida do detrusor (hiperatividade)
Como tratar Bexiga Hiperativa ?
SEMPRE CLÍNICO! Porque o problema é fisiológico!
- Gerais: perda de peso, cafeína (estimu;a contração detrusora), fumo…
- Fisioterapia: cinesioterapia e eletroestimulação
- Medicamentoso ➔ anticolinérgicos seletivos (M2/M3)
Oxibutina / Tolterodina (primeira linha)
Imipramina (opção secundária).
Efeitos colaterais: arritmias, glaucoma de ângulo fechado, gestação/lactação. Portanto antes de iniciar o tratamento, se investiga essas condições..
Tratamento da incontinência urinária mista
Tratar hiperatividade primeiro
Cistite intersticial
Síndrome da bexiga dolorosa. Dor (Suprapubica, perineal, vesical) ao enchimento vesical, que alivia ao esvaziar + urgência, polaciuria, hematuria. Na cistoscopia pode apresentar petequias e/ou úlceras ao reenchimenro vesical.
É um diagnóstico de exclusão.
Aparelho de suspensão pélvica
Formado por ligamentos!!
- Anterior: Pubovesicouterino
- Laterais: cardinais ou paramétrios
- Posterior: Uterossacro
Aparelho de sustentação pélvica
Formado por músculos.
- Diafragma pélvico
Elevador do anus (músculos ileococcígea, pubococígea e puborretal) ➔ 90% e Coccígeo - Diafragma Urogenital:
Transverso superficial e profundo do períneo, esfíncter uretral, esfincter anal, ísquiocavernoso, bulbocavernoso.
Quais são os músculos mais lesados na episiotomia?
Bulbocavernoso
Transverso superficial do períneo.
Como diferenciar prolapso uterino de Alongamento hipertrófico do colo ?
É um tipo de prolapso apical, relacionado, principalmente, com lesão dos paramétrios.
Tem de ser diferenciado entre:
- Alongamento hipertrófico do colo: colo longo sem prolapso do fundo de saco. Ocorre por congestão venosa do colo, levando a edema e fibrose do colo.
- Prolapso Uterino: colo normal com prolapso do fundo de saco.
A diferenciação é realizada através da medida do colo uterino.
ALONGAMENTO → PONTO C MAIS POSITIVO DO QUE PONTO D (diferença > que 4cm)
Tratamento do prolapso uterino
- Assintomatico: não precisa operar
- Sintomático:
- Histerectomia por via vaginal com reconstrução do assoalho pélvico
- Cirurgia de Manchester. (Para nuligestas, desejo de gestar, risco cirúrgico elevado, hipertrofia de colo)
Obs.: MANchester MANtem o utero
Prolapso de cúpula vaginal e tratamento ?
Ocorre após histerectomia.
Tratamento
- Fixação de Cúpula ao promotório
- Colpocleise (cirurgia de Le Fort)
Impede atividade sexual! Fecha a vagina
Prolapso genital de parede anterior e tratamento ?
- Cistocele, uretrocele ou uretrocistocele.
- Tratamento: Colporrafia anterior (cirurgia de Kelly-Kennedy -> correção da fáscia Pubovesicouterino) -> colpoperineoplastia anterior
Pode haver sintomas de incontinência urinária, sendo recomendável o estudo urodinamico antes da cirurgia.
Prolapso genital de parede posterior e tratamento ?
Retocele: Colporrafia posterior (sutura da fáscia retovaginal).
Classificação POP-Q
Aa e Ba -> parede anterior
Ap e Bp -> parede posterior
C -> colo ou cúpula
D -> fundo de saco de Douglas (não vai existir na histerectomia)
Negativo = dentro da vagina Positivo = além do hímen Zero = Hímen
Estadiamento do prolapso (ICS)
0 = sem prolapso 1 = = +2, mas não total 4 = Total!
Como se organizam os pulsos de GNRh
Variam em frequência e amplitude de acordo com a fase do ciclo menstrual.
Folicular: alta frequência e baixa amplitude
Lutea: baixa frequência e alta amplitude
Como funcionam as gonadotrofinas?
O hipotálamo estimula a hipófise a produzir gonadotrofinas: FSH e LH
- FSH: começa a se elevar no final do ciclo anterior e é responsável pelo crescimento folicular. Atua aumentando o número de receptores ao FSH e LH nas células da granulosa. O foliculo que tiver mais sensibilidade ao FSH será o que vai maturar primeiro e será conduzido a ovulação.
- LH: tem ação sobre as células da teca, sintetizando androgênios. Na fase folicular sua concentração é baixa,mas com a elevação do estradiol no meio do ciclo há aumento do LH, responsável pela ovulação.
Participação dos ovários no ciclo menstrual
- Teca (estroma): produção de androgênios (que serão a base da produção estrogênica)
- Granulosa:
Folicular: produção de estrógeno e inibina B (inibe o próprio FSH)
Lutea: produção de progesterona
Teoria das 2 células 2 gonadotrofinas
- Na teca: ocorre produção de androgênios (androstenediona e testosterona) a partir do colesterol, estimuladas pelo LH.
- Na granulosa: os androgênios produzidos na teca são aromatizados em estrona e estradiol, sob estímulo do FSH.
Como pode ser dividido o ciclo menstrual?
Em ciclo ovariano e ciclo uterino
Fase folicular do ciclo ovariano
Ocorre recrutamento a ovulação dos foliculos mediado por FSH. Começa no primeiro dia de menstruação e acaba no pico de LH. O FSH estimula o foliculo dominante a se desenvolver.
Obs.: atresia folicular é um processo contínuo, que ocorre mesmo durante a infância, gestação, uso de ACO.
Fase ovulatoria do Ciclo ovariano
O pico de estradiol leva ao pico de LH, culminando com ovulação.
A ovulação ocorre 32-36 após o início do aumento do LH e 10-12h após o seu pico máximo.
Fase lutea do ciclo ovariano
Ocorre rompimento do foliculo, com formação do corpo luteo, que promove aumento da progesterona (endométrio vascularizado, edemaciado - preparar para gestação). Nessa fase ocorre aumento de progesterona e duração fixa de aproximadamente 14 dias.
Se não tiver HCG ocorre regressão do corpo luteo, com diminuição dos níveis sericos de estrogenio, progesterona e inibina, levando a aumento dos pulsos de GNRh e aumento de FSH, que é considerado sinal para novo recrutamento e começa tudo de novo.
Ciclo uterino do ciclo menstrual
- Fase Proliferativa: mitoses na glândulas e estroma endometrial
- Fase Secretora: secreção glandular e edema de estroma (endométrio preparado para a gravidez)
- Fase menstrual: descolamento da parede endometrial.
Efeito do ciclo menstrual no colo uterino (muco cervical)
- Fase Folicular: predomínio de ação estrogênica -> muco com filancia + cristalização
- Fase Lutea: predomínio de progesterona -> muco espesso + sem filancia + sem cristalização. O objetivo é fechar o colo.