PED 4 - Neonatologia Flashcards

1
Q

Classifique o RN de acordo com o peso de nascimento

A

< 2500g: baixo peso
< 1500g: muito baixo peso
< 1000g: extremo baixo peso

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2
Q

Classifique o RN de acordo com a idade gestacional

A

< 37 semanas: pré-termo (34 a 36s e 6d: limítrofe).
37-41s e 6d: termo.
≥ 42 semanas: pós-termo

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3
Q

Classifique o RN de acordo com a idade gestacional x peso

A

PIG: < p10
AIG: p10-p90
GIG: > p90

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4
Q

Quais são as perguntas iniciais no atendimento de um RN na sala de parto? (3)

A

Gestação a termo? Respirando ou chorando? Tônus muscular em flexão?

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5
Q

Quais são os passos iniciais quando o RN não apresenta boas condições de vitalidade?

A

APAS: aquecer, posicionar, aspirar se necessário e secar

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6
Q

Qual é o principal determinante para indicarmos as manobras de reanimação neonatal?

A

Frequência cardíaca

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7
Q

Qual é o procedimento mais impotarnte na reanimação neonatal?

A

Ventilação pulmonar

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8
Q

Conduta na sala de parto diante de um RN a termo, com bom padrão respiratório e tônus em flexão.

A

Colo materno + clampeamento tardio do cordão (1-3 min)

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9
Q

Conduta na sala de parto diante de um RN pré-termo ≥ 34 semanas, com bom padrão respiratório e tônus em flexão

A

Clampeamento tardio do cordão (1-3 min) + mesa de reanimação

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10
Q

Conduta na sala de parto diante de um RN pré-termo < 34 semanas, com bom padrão respiratório e tônus em flexão

A

Clampeamento tardio do cordão após 30-60segs + mesa de reanimação

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11
Q

Conduta na sala de parto diante de RN com qualquer idade gestacional que apresente apneia, padrão respiratório irregular ou hipotonia

A

Clampeamento imediato do cordão + reanimação neonatal

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12
Q

Descreva o passo a passo da reanimação neonatal.

A
  1. Passos iniciais: Aquecer, Posicionar, Aspirar SN, Secar. 30 segundos
  2. Avaliar FC e respiração: FC < 100 bpm, respiração irregular ou apneia -> VPP. 30 segundos.
  3. FC < 100 bpm -> checar a técnica, considerar IOT.
  4. FC < 60 bpm -> IOT obrigatória + ventilação via tubo traqueal. 30 segundos.
  5. FC < 60 bpm -> massagem cardíaca externa. 60 segundos.
  6. FC < 60 -> Epinefrina (veia umbilical).
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13
Q

Qual a diferença no atendimento inicial da sala de parto de um RN nascido banhado em líquido amniótico meconial?

A

Se RN nasce bem, respirando e chorando, com tônus em flexão: nenhuma diferença no atendimento!
Se forem necessárias manobras reanimação, só fazer aspiração de mecônio via tubo traqueal após VPP, seguindo até então sequência igual ao RN sem história de mecônio.

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14
Q

Cite 3 motivos que expliquem o fenômeno de icterícia fisológica do RN.

A
  1. Maior massa eritrocitária e hemácias com meia vida menor.
  2. Menor captação e conjugação pelo fígado (pouca atividade da glicuroniltransferase).
  3. Aumento do ciclo enterro-hepático (alta atividade da betaglicuronidase)
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15
Q

Quando pensar que a icterícia neonatal não é fisiológica? (5)

A
  1. Aparecimento após 24h de vida
  2. Velocidade de aumento da bilirrubina > 5mg/dl em 24h
  3. Bilirrubina muito alta (> 12 no RN a termo ou icterícia atingindo zona III de Kramer)
  4. Associação com outras alterações (hepatoesplenomegalia, palidez)
  5. Aumento da BD ou sinais de colestase
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16
Q

Incompatibilidade ABO: Quais são as condições do sangue materno e do RN para desenvolvimento dessa condição? Como está o Coombs direto?

A

Mãe O e RN A ou B. Coombs indireto pode estar positivo ou negativo.

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17
Q

Incompatibilidade Rh: Quais são as condições do sangue materno e do RN para desenvolvimento dessa condição? Como está o Coombs direto?

A

Mãe Rh negativo e Coombs indireto positivo, e RN Rh positivo. Coombs direto sempre positivo.

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18
Q

RN com icterícia + esferócitos no sangue periférico + Coombs direto positivo

A

Incompatibilidade ABO

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19
Q

RN com icterícia + esferócitos no sangue periférico + Coombs direto negativo

A

Esferocitose hereditária ou Incompatibilidade ABO

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20
Q

Suspeita diagnóstica para quadro de icterícia neonatal que é desencadeada por infecções, uso de algumas drogas, hipoglicemia, acidose…

A

Deficiência de G6PD (hemólise estimulada por estresse oxidativo)

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21
Q

Diagnóstico de deficiência de G6PD

A

Dosagem de G6PD, sangue periférico com presença de corpúsculos de Heinz

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22
Q

Diferencie icterícia do aleitamento materno de icterícia do leite materno

A

Aleitamento: dificuldade com a amamentação leva a baixa ingesta e perda ponderal excessiva, lentificando o trânsito intestinal e aumentando o ciclo êntero-hepático. Apresentação precoce (1a semana de vida).

Leite materno: não há dificuldade com a amamentação, RN com bom ganho ponderal. Substâncias do leite materno interferem no metabolismo da bilirrubina, e seus níveis seguem aumentando na 2a e 3a semana de vida. Apresentação tardia (após 1a semana de vida).

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23
Q

Qual a principal suspeita diagnóstica para icterícia neonatal de início tardio, prolongada e associada a sinais de colestase?

A

Atresia de vias biliares

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24
Q

Cirurgia para tratamento da atresia de vias biliares

A

Portoenterostomia de Kasai

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25
Q

Qual exame CONFIRMA a atresia de vias biliares?

A

Colangiografia

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26
Q

Causas de icterícia neonatal com Coombs direto positivo

A

Doença hemolítica imunomediada (incompatibilidade ABO, Rh)

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27
Q

Causas de icterícia neonatal com Coombs direto negativo

A

C/ reticulocitose: doença hemolítica não-imunomediada (deficiência de G6PD, esferocitose hereditária)

S/ reticulocitose: hemorragias e hematomas extensos, relacionadas a amamentação, Síndrome de Crigler-Najjar, Síndrome de Gilbert, Doença de Hirschprung…

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28
Q

Sífilis: em quais fases da doença materna a chance de transmissão para o feto é maior?

A

Primária e secundária

29
Q

Cite 4 sinais clínicos de sífilis congênita precoce (< 2 anos)

A

Rinite sifilítica, pênfigo palmoplantar, condiloma plano, lesões ósseas (pseudo-paralisia de Parrot)

30
Q

Cite 4 sinais clínicos de sífilis congênita tardia (> 2 anos)

A

Dentes de Hutchinson ou molares em amora, tíbia em sabre, fronte olímpica, nariz em sela

31
Q

Como diferenciar clinicamente um quadro de sífilis congênita de um quadro de sífilis adquirida em criança < 2 anos?

A

Lesões ósseas são exclusivas da sífilis congênita

32
Q

Quais alterações no líquor de um RN indicam neurossífilis?

A

VDRL (+), celularidade > 25, proteína > 150mg

33
Q

Defina tratamento materno adequado para sífilis (5 condições)

A

Mãe tratada com penicilina
Mãe tratada adequadamente para a fase da doença, respeitando doses e intervalos
Tratamento iniciado até 30 dias do parto
Sem risco de reinfecção (tratamento de parceiros)
Documentação de queda do VDRL

34
Q

Qual a conduta diante de RN filho de mãe que teve sífilis na gestação e não foi adequadamente tratada?

A

Colher todos os exames (hemograma, VDRL, líquor, radiografia de ossos longos) e tratar TODOS por 10 dias.

  • LCR normal: penicilina cristalina IV ou procaina IM. LCR alterado, penicilina cristalina IV.
  • RN assintomático com VDRL NEGATIVO e todos os outros exames normais: penicilina benzatina dose única.
35
Q

Qual a conduta diante de RN filho de mãe que teve sífilis na gestação e foi adequadamente tratada?

A

Colher VDRL:

  • VDRL positivo > que o materno em 2 diluições: colher restante dos exames + penicilina cristalina IV ou penicilina procaína IM, 10 dias.
  • VDRL positivo < que o materno: se exame físico normal, acompanhar. Se alterado, tratar por 10 dias.
36
Q

Qual o cuidado que se deve ter em relação a transmissão da sífilis com RN portador de sífilis congênita?

A

Precaução de contato nas primeiras 24h do tratamento (as lesões cutaneomucosas são ricas em treponema)

37
Q

No acompanhamento de um lactente que tratou sífilis congênita, quando se espera a negativação do VDRL?

A

18 meses

38
Q

Conduta no pré-natal para uma gestante com IgM (-) IgG (+) para Toxoplasmose no 1º trimestre

A

Acompanhar.

39
Q

Conduta no pré-natal para uma gestante com IgM (+) IgG (+) para Toxoplasmose

A

Solicitar índice de avidez do IgG.
Baixo: pesquisar o feto (USG + PCR para toxoplasmose)
Alto: infecção há mais de 3-4 meses. Acompanhar.

40
Q

Conduta no pré-natal para uma gestante com IgM (+) IgG (-) para Toxoplasmose

A

Repetir a sorologia. Se o IgG positivar, foi infecção aguda. Se não positivar, pode ter sido falso-positivo.

41
Q

Qual a conduta terapêutica IMEDIATA quando se diagnostica toxoplasmose aguda numa gestante?

A

Espiramicina para prevenção de transmissão para o feto.

42
Q

Qual a conduta terapêutica quando se diagnostica toxoplasmose aguda numa gestante e se confirma a infecção fetal?

A

Espiramicina + sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico (iniciar após 1o trimestre)

43
Q

Quais são os componentes da Tríade de Sabin? Em qual doença aparece?

A

Coriorretinite, hidrocefalia e calcificações cerebrais difusas. Toxoplasmose congênita.

44
Q

Como realizar o tratamento de um RN com toxoplasmose congênita?

A

Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico por 1 ano.

Corticoide se proteinorraquia > 1g/dL ou coriorretinite grave

45
Q

Cite as alterações clínicas típicas da citomegalovirose congênita (4)

A

Rash purpúrico + hepatoesplenomegalia + calcificações periventriculares + microcefalia.

46
Q

Qual a principal sequela da citomegalovirose congênita?

A

Surdez neurossensorial

47
Q

Diagnóstico e tratamento da citomegalovirose congênita

A

Diagnóstico: pesquisa do vírus na urina ou na saliva em até 3 semanas de vida
Tratamento: Ganciclovir IV por 6 semanas ou valganciclovir VO por 6 meses

48
Q

Cite as alterações clínicas típicas da síndrome da rubéola congênita (3)

A

RN com surdez + catarata congênita + cardiopatia (mais comuns: PCA e estenose de ramo da artéria pulmonar).

49
Q

Cite as alterações clínicas típicas da varicela congênita (3)

A

Lesões cicatriciais + hipoplasia dos membros + doença neurológica grave.

50
Q

Cite 4 fatores de risco para síndrome do desconforto respiratório (doença da membrana hialina)

A

Prematuridade, sexo masculino, asfixia, diabetes materno

51
Q

Cite 2 doenças do trato respiratório do RN que cursam com radiografia demonstrando infiltrado reticulogranular difuso e aerobroncograma.

A

Doença da membrana hialina e pneumonia (sepse neonatal)

52
Q

Tratamento da doença da membrana hialina.

A

CPAP

Surfactante exógeno e antibióticos para casos graves

53
Q

Diferencie a sepse neonatal precoce da tardia quanto aos mecanismos de infecção e agentes etiológicos mais comuns.

A

PRECOCE:

  • Infecção ascendente ou periparto.
  • Streptococcus agalactiae, E. coli, outras enterobactérias.

TARDIA

  • Infecção comunitária ou nosocomial.
  • Estafilococos coagulase negativo, S. aureus, outros Gram negativos
54
Q

Cite os exames complementares devem ser solicitados para investigação de sepse neonatal.

A

Hemograma (neutropenia, relação IT ≥ 0,2), PCR, hemocultura, líquor, urocultura apenas se sepse tardia ou malformação do trato urinário

55
Q

Antibioticoterapia empírica para tratar sepse neonatal precoce

A

Ampicilina + aminoglicosídeo (gentamicina)

56
Q

Conduta diante de um RN de mãe que apresentou corioamnionite

A

Avaliação limitada (hemograma, hemocultura e PCR) + ATB empírico

57
Q

Cite 2 condições para considerar que a profilaxia para GBS em mulheres que possuam indicação foi feita de forma adequada

A

Iniciada > 4h antes do parto, uso de penicilina, ampicilina ou cefalexina

58
Q

Conduta diante de um RN de mãe sem corioamnionite, que tinha indicação de profilaxia para GBS e esta não foi realizada de forma adequada

A

RN termo E bolsa rota < 18h: observar por 48h.

RN pré-termo OU bolsa rota > 18h: avaliação limitada e observar por 48h.

59
Q

Conduta diante de um RN de mãe sem corioamnionite, que tinha indicação de profilaxia para GBS e esta foi realizada de forma adequada?

A

Observar por 48h

60
Q

Cite 1 fator de risco para taquipneia transitória do recém nascido

A

Cesárea eletiva sem trabalho de parto

61
Q

Cite as alterações radiológicas presentes na taquipneia transitória do recém nascido (5)

A

Congestão hilar, hiperinsuflação, cissurite, derrame pleural, cardiomegalia

62
Q

Tratamento da taquipneia transitória do recém nascido

A

Oxigenoterapia e suporte

63
Q

Cite a alteração radiológica mais caracterísitca da síndrome da aspiração meconial

A

Infiltrado grosseiro

64
Q

Cite uma complicação da síndrome da aspiração meconial.

A

Hipertensão pulmonar persistente (cianose e labilidade intensa)

65
Q

Tratamento da síndrome da aspiração meconial.

A

Suporte e surfactante exógeno (o mecônio inativa o surfactante endógeno)

66
Q

Qual deve ser a FiO2 ao se iniciar a VPP durante a reanimação neonatal?

A

RN ≥ 34 semanas: iniciar em ar ambiente (21%)

RN < 34 semanas: iniciar com O2 a 30%

67
Q

RN com distensão abdominal importante, dificuldade de progredir dieta e fezes com sangue. Suspeita diagnóstica e possível achado na radiografia.

A

Enterocolite necrotizante.

Pneumatose intestinal.

68
Q

Doença respiratória decorrente a exposição prolongada a oxigenoterapia, radiografia com enfisema intersticial, atelectasias, hiperinsuflação, formações císticas. Suspeita?

A

Displasia broncopulmonar

69
Q

Qual ponto de corte para definir hipoglicemia no RN?

A

< 54