CLM 4 - Síndrome metabólica 2 Flashcards
Qual é o tipo de DM mais genético?
DM tipo 2
Cite o anticorpo mais relacionado ao DM 1.
Anti-ICAs (80%)
Quais as duas doenças autoimunes mais associadas ao DM 1?
Doença celíaca e tireoidite de Hashimoto
Como confirmar laboratorialmente a não produção de insulina?
Dosando o peptídeo C: < 0,1 = DM 1
Quais os critérios diagnósticos de diabetes?
- Glicemia aleatória ≥ 200 + sintomas de hiperglicemia
- 2 testes na mesma amostra ou amostras diferentes: glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl, HbA1C ≥ 6,5%, glicemia 2h pós TOTG ≥ 200 mg/dl.
Quais os critérios diagnósticos de pré-diabetes?
- Glicemia de jejum alterada: GJ 100-125 mg/dl.
- Intolerância a glicose: TOTG após 2h 140-199 mg/dl.
- HbA1C entre 5,7-6,4%.
Quais as indicações para rastrear diabetes?
- Idade ≥ 45 anos.
- IMC > 25 + 1 fator de risco
- Criança com sobrepeso + 2 fatores de risco
OBS: De acordo com o USPSTF, a indicação de rastreio seria restrita para indivíduos entre 40 e 70 anos com sobrepeso ou obesidade.
Quais os critérios para definir síndrome metabólica?
Pelo menos 3 de 5:
- PA ≥ 130x85 ou tratamento para HAS
- Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dl
- Triglicérides > 150 mg/dl
- HDL baixo: < 50 (M) e < 40 (H)
- Cintura > 88 (M) e > 102 (H)
Quais são as insulinas de ação prolongada?
Detemir, Glargina e NPH
Quais são as insulinas de ação rápida?
Lispro, asparte, glulisina, regular
Qual esquema padrão-ouro para insulinoterapia?
Bomba de infusão contínua
Quais são os antidiabéticos orais que reduzem a resistência à insulina?
Metformina e glitazonas
Quais são os antidiabéticos orais que estimulam a secreção de insulina?
Sulfonilureias e glinidas
Qual o antidiabético oral retarda a absorção intestinal de glicose?
Acarbose
Quais são os antidiabéticos orais que agem mimetizando o GLP-1?
“Tides”: liraglutide, exenatide
Quais são os antidiabéticos orais que agem inibindo o DPP-IV?
“Gliptinas”: vidagliptina, sitagliptina
Quais são os antidiabéticos orais que agem inibindo a SGLT-2, aumentando a glicosúria?
Empaglifozina, canaglifozina, dapaglifozina
Quais antidiabéticos orais dão mais hipoglicemia?
Sulfonilureia e glinida
Quais antidiabéticos orais causam aumento de peso?
Sulfonilureia, glinida e glitazona
Quais antidiabéticos orais reduzem o peso?
Metformina, análogos do GLP1, inibidores da SGLT-2
Quais antidiabéticos orais reduzem a aterosclerose?
Empaglifozina e liraglutide
Qual antidiabético oral aumenta o risco de acidose lática, sendo contraindicado nas “insuficiências”?
Metformina
Qual antidiabético oral pode fazer deficiência de vitamina B12?
Metformina
Qual antidiabético oral está contraindicado na ICC CF III e IV, por aumentar a retenção hidrossalina e piorar a congestão?
Glitazonas
Qual antidiabético oral está relacionado ao desenvolvimento de fraturas por aumento da desmineralização óssea?
Glitazonas
Cite 4 indicações de insulinoterapia para o paciente com DM tipo 2.
- Não controle glicêmico com mudança do estilo de vida e terapia farmacológica combinada.
- Sintomas francos: emagrecimento, poli’s
- HbA1C ≥ 10% e/ou glicemia ≥ 300 mg/dl.
- Estresse metabólico (cirurgias, infecção, IAM, AVC).
O que é o efeito Somogyi?
Hiperglicemia matinal, em rebote a uma hipoglicemia entre 3-4h da manhã
O que é o fenômeno do alvorecer?
Hiperglicemia matinal pelo pico de GH (contrainsulínico)
Como iniciar a insulinoterapia num paciente com DM tipo 2 que vinha em uso prévio de antidiabético oral?
Introduzir a NPH bed time ou glargina pela manhã.
Qual o alvo de glicada no tratamento do diabetes?
7%, podendo ser mais rigoroso em jovens (6-6,5%) e menos rigoroso em idosos ou paciente com comorbidade (7,5-8%)
Qual alvo de glicemia capilar pré-prandial e pós-prandial no diabético?
Pré-prandial: 80-130mg/dl
Pós-prandial: < 180mg/dl
Qual alvo da PA no paciente diabético?
< 130x80 mmHg
Como tratar o DM tipo 2 num paciente com doença renal crônica e ClCr < 30?
Suspender antidiabéticos orais e iniciar insulinoterapia
Quando e como realizar o rastreamento da nefropatia diabética?
DM 1: após 5 anos do diagnóstico.
DM tipo 2: ao diagnóstico.
Pesquisa de albuminúria + TFG
Quando e como realizar o rastreamento da neuropatia diabética?
DM 1: após 5 anos do diagnóstico.
DM tipo 2: ao diagnóstico.
Teste do monofilamento
Quando e como realizar o rastreamento da retinopatia diabética?
DM 1: após 5 anos do diagnóstico.
DM tipo 2: ao diagnóstico.
Fundo de olho
Qual a evolução da retinopatia diabética?
Retinopatia não-proliferativa: Microaneurismas Exsudato duro Hemorragia em chama de vela Manchas algodonosas Veias em rosário
Retinopatia proliferativa: neovasos, hemorragia vítrea, descolamento de retina
Qual tratamento da retinopatia diabética?
Formas não-proliferativas: tratar hiperglicemia, dislipidemia e HAS
Formas proliferativas: anti-VEGF e fotocoagulação
Qual a evolução da nefropatia diabética?
Inicial (antiga microalbuminúria): albuminúria moderadamente aumentada (30-299mg/g)
Avançada (antiga macroalbuminúria): albuminúria muito aumentada (≥300mg/g)
Sobre a histopatologia da nefropatia diabética: qual a lesão mais característica e qual a mais comum?
Mais característica: lesão de Kimmestiel-Wilson (glomeruloesclerose nodular)
Mais comum: glomeruloesclerose difusa
Qual tratamento da nefropatia diabética?
Nefroproteção com IECA/BRA II (ou tratamento da HAS se doença parenquimatosa renal instalada), controle da dislipidemia, glicemia, cessação do tabagismo.
Qual a suspeita diante de hipercalemia importante e desproporcional à função renal em paciente com nefropatia diabética?
ATR tipo IV (HIPOaldo hiporreninêmico)
Qual mecanismo fisiopatológico inicial da nefropatia diabética?
Hiperfiltração!
Qual a forma clínica mais comum de neuropatia diabética? Como tratar?
Polineuropatia semétrica distal (em “bota e luva”).
Se dor neuropática: antidepressivo tricíclico, anticonvulsivantes.
Qual a MONOneuropatia diabética mais comum?
Síndrome do túnel do carpo
Qual a modalidade de sensibilidade perdida primeiro na neuropatia diabética tipo polineuropatia simétrica distal?
Vibratória
Como rastrear a neuropatia autonômica no paciente diabético?
- Medir a FC em repouso (> 100 é sugestivo)
- Aferir a PA em decúbito e ortostase (diferença ≥ 20 mmHg é sugestivo)
Quais os fatores causais envolvidos no pé diabético?
Neuropatia e doença arterial periférica
Qual a principal causa de óbito no paciente diabético?
Complicações macrovasculares (IAM, AVE…)
Qual o principal fator precipitante das crises hiperglicêmias agudas (cetoacidose e estado hiperosmolar)?
Infecções
Quais são os critérios diagnósticos de cetoacidose diabética?
- Glicemia ≥ 250
- Cetose: cetonemia ou cetonúria (+3/4)
- Acidose: pH < 7,3 e BIC < 15
Quais distúrbios hidroeletrolíticos costumam estar presentes na cetoacidose diabética? (Na, K, P e Mg)
Hiponatremia (hiperosmolar)
Hipomagnesemia
Hiperfosfatemia e hipercalemia transitórias
OBS: a acidose, a hipoinsulinemia e a hiperosmolaridade deslocam o sódio e o fósforo para o extracelular. Com o início do tratamento eles podem cair bruscamente!
Como está o potássio e o fósforo na cetoacidose diabética?
Transitóriamente altos
OBS: A acidose, a hipoinsulinemia e a hiperosmolaridade deslocam o potássio e o fósforo para o extracelular. Com o início do tratamento eles podem cair bruscamente!)
Qual o “tripé” terapêutico da cetoacidose diabética?
VIP: Volume, Insulina e Potássio.
Como iniciar a reposição de insulina na CAD? Cite dois cuidados essenciais que se deve ter antes de iniciá-la.
- 0,1U/kg em bolus + 0,1U/kg/h em BIC.
- Cuidados: hidratar antes e checar potássio. Se < 3,3, adiar a insulinoterapia e repor.
Quando não fazer reposição de potássio na cetoacidose diabética?
K+ inicial > 5,2.
Iniciar insulinoterapia e monitorizar potássio de 2/2h.
Quando fazer reposição de bicarbonato na cetoacidose diabética?
pH < 6,9 (algumas referências: < 7 a 7,1)
Quando considerar um paciente compensado da cetoacidose diabética?
Glicemia < 200 + melhora da acidose (BIC 15 e AG < 12).
Quando suspender a insulina venosa na cetoacidose diabética?
Quando paciente estiver compensado (melhora da acidose) e já tiver iniciado transição para insulina subcutânea.
Cite os 3 critérios para o diagnóstico do estado hiperosmolar hiperglicêmico.
- Glicemia > 600 mg/dL
- Osmolaridade > 320.
- Sem acidose
Quando considerar um paciente compensado do estado hiperosomolar hiperglicêmico?
Queda da osmolaridade (< 310)
Paciente com cetoacidose diabética, apresentando quadro semelhante à sinusite, com saída de secreção enegrecida pelo nariz. Suspeita diagnóstica?
Mucormicose!