OBSTR 2 - Doenças clínicas da gestação Flashcards

1
Q

Principal causa de morte materna no Brasil

A

Distúrbios hipertensivos

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Q

Doença clínica mais comum na gestação, no Brasil

A

Diabetes gestacional

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3
Q

Conceitue pré-eclâmpsia.

A

Hipertensão e proteinúria que surgem após 20 semanas em paciente previamente normotensa.

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4
Q

Conceitue eclâmpsia.

A

Convulsões tônico-clônicas generalizadas seguidas ou não de coma em paciente com pré-eclâmpsia, descartando outras causas.

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Q

Conceitue hipertensão gestacional.

A

Hipertensão sem proteinúria que se desenvolve geralmente no final da gestação e melhora em até 12 semanas do parto. Diagnóstico retrospectivo.

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6
Q

Diferencie os valores de calciúria na hipertensa crônica e na portadora de pré-eclâmpsia.

A

HAS crônica: calciúria > 100 mg/24h

Pré-eclâmpsia: calciúria < 100mg/24h

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7
Q

Critérios diagnósticos de pré-eclâmpsia (2).

A
  • Hipertensão: PAS ≥ 140 mmHg ou PAD ≥ 90 mmHg em 2 aferições com espaçamento de pelo menos 4h.
  • Proteinúria: proteinúria de 24h ≥ 300mg OU (+) em teste de fita OU relação proteinúria/creatinúria > 0,3
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8
Q

Quais são os critérios para classificar pré-eclâmpsia grave? (6)

A
  • PAS ≥ 160 mmHg ou PAD ≥ 110 mmHg.
  • Proteinúria ≥ 5g/urina 24h ou (+2) no teste de fita.
  • Edema agudo de pulmão.
  • Creatinina > 1,3 mg/dl.
  • Síndrome HELLP
  • Iminência de eclampsia: cefaleia, escotomas, epigastralgia, hiperreflexia.
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9
Q

Quais são os componentes da síndrome HELLP?

A
  • Hemólise: LDH ≥ 600, esquizócitos, BT ≥ 1,2
  • AST ≥ 70
  • Plaquetopenia < 100.000
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10
Q

Quais antihipertensivos são contraindicados na gestação?

A

IECA, diuréticos, propranolol

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11
Q

Qual a indicação de tratar a hipertensão na pré-eclâmpsia? Quais opções de medicamentos nesses casos?

A

PA ≥ 160x110 mmHg. Hidralazina IV, Labetalol IV ou Nifedipina VO.

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12
Q

Qual alvo da PA no tratamento da crise hipertensiva na pré-eclâmpsia?

A

PAS 140-155 e PAD 90-100

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13
Q

Quais as opções de medicamentos para tratar a HAS crônica durante a gestação?

A

Metildopa, BCC, Hidralazina, Pindolol ou Metoprolol (Todos VO).

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14
Q

Quais as indicações de profilaxia de eclâmpsia? Qual a droga de escolha?

A

Toda pré-eclâmpsia grave, iminência de eclâmpsia ou eclâmpsia. Sulfato de magnésio.

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15
Q

Descreva o esquema Pritchard.

A
  • Ataque: 4g IV + 10g IM

- Manutenção: 5g IM 4/4h

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16
Q

Descreva o esquema Zuspan.

A
  • Ataque: 4g IV

- Manutenção: 1-2g/h IV em BIC

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17
Q

Descreva o esquema Sibai.

A
  • Ataque: 6g IV

- Manutenção: 2-3g/h IV em BIC

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18
Q

Cite os 3 sinais de RISCO de intoxicação pelo magnésio.

A

Reflexo patelar abolido, FR < 16, Diurese ≤ 25ml/h

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19
Q

Cite os 2 sinais de intoxicação pelo magnésio.

A

Reflexo patelar abolido ou FR < 16. Suspender sulfato de magnésio e aplicar gluconato de cálcio.

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20
Q

Conduta na pré-eclâmpsia leve.

A

Expectante até o termo, conforme condições maternas e fetais.

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21
Q

Conduta na pré-eclâmpsia grave com com IG > 34 semanas.

A

Estabilização por 4-6h + profilaxia de crises convulsivas + parto.

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22
Q

Conduta na pré-eclâmpsia grave com com IG < 34 semanas.

A

Estabilização + profilaxia de crises convulsivas + avaliar bem-estar materno e fetal para corticoide. Parto se piorar.

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23
Q

Via de parto na pré-eclâmpsia.

A

Pode ser vaginal

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24
Q

Cite 4 complicações maternas da pré-eclâmpsia.

A

DPP, AVC, rotura hepática, eclâmpsia.

25
Q

Principal hormônio contrainsulínico produzido pela placenta que participa da fisiopatologia do diabetes gestacional.

A

Lactogênio placentário

26
Q

Descreva a Classe A da classificação Priscila White para diabetes na gestação.

A

A: Diabetes gestacional
A1: Tratamento com dieta
A2: Tratamento com insulina

27
Q

Cite 2 medidas para rastreamento de diabetes gestacional que devem ser realizadas em todas as gestantes no pré-natal.

A

Glicemia de jejum na primeira consulta e TOTG 75g entre 24 e 28 semanas.

28
Q

Diagnóstico de diabetes gestacional.

A
  • Glicemia de jejum: 92-125 mg/dl

- TOTG 75: 92-125mg/dl em jejum, ≥ 180 mg/dl após 1h ou 153-199 mg/dl após 2h.

29
Q

Tratamento do diabetes gestacional.

A
  • Dieta fracionada + atividade física por 2 semanas.

- Se não obtiver controle satisfatório, iniciar insulinoterapia.

30
Q

Como tratar o DM prévio à gestação em mulher que fazia uso de antidiabético oral?

A

Insulina

31
Q

Qual deve ser a suspeita quando ocorre hipoglicemia no 3º trimestre de gestação em mulher que utiliza insulina?

A

Insuficiência placentária

32
Q

Via de parto no diabetes gestacional.

A

Indicações obstétricas. Se feto e mãe bem, pode ser via vaginal.

33
Q

Qual deve ser o momento do parto na gestante com diabetes gestacional?

A
  • Se tratou com dieta: não precisa antecipar o parto.

- Se usou insulina: 38-39 semanas.

34
Q

Quais pacientes estão sob maior risco de desenvolver abortamentos ou anomalias congênitas fetais: as que desenvolvem diabetes gestacional ou as diabéticas prévias?

A

Diabéticas prévias (hiperglicemia durante a embriogênese).

35
Q

Cite 5 complicações do diabetes gestacional relacionadas ao FETO.

A

Macrossomia, hipoglicemia, hiperbilirrubinemia, hipocalcemia, policitemia

36
Q

Cite 1 complicação do diabetes gestacional relacionadas ao PARTO.

A

Distócia de espáduas.

37
Q

Qual a má formação fetal mais comum no diabetes gestacional?

A

Anomalias cardíacas.

38
Q

Qual a má formação fetal mais específica no diabetes gestacional?

A

Síndrome da regressão caudal

39
Q

Cite 2 manobras que podem ser utilizadas em parto com distócia de espáduas.

A

Manobra de McRoberts e pressão suprapúbica.

40
Q

Quais são os valores de glicemia que indicam necessidade de iniciar insulinoterapia no diabetes gestacional?

A
  • Jejum: > 95mg/dl
  • Pós-prandial 1h: >140 mg/dl
  • Pós-prandial 2h: >120 mg/dl
41
Q

Gestações dicoriônicas são necessariamente dizigóticas. V ou F?

A

F. Gestações dicoriônicas podem ser provenientes de gestações dizigóticas (dois óvulos fecundados por dois espermatozóides) ou monozigóticas (um óvulo fecundado por um espermatozóide).

42
Q

Em relação a corionicidade e amnionia, quais gestações estão sob maior risco de desenvolver síndrome da transfusão feto-fetal?

A

Monocoriônicas diamnióticas

43
Q

Qual exame pode ser utilizado para investigar o fenômeno fisiopatológico principal da pré-eclâmpsia (ausência da segunda onda de invasão trofoblástica)?

A

Dopplerfluxometria de artérias uterinas

44
Q

Gestante no 3º trimestre apresentando náuseas, vômitos, dor em hipocôndrio direito e icterícia, com aumento de bilirrubinas totais as custas da fração direta, AST, ALT, creatinina, hipoglicemia e hipofibrinogenemia. Qual a suspeita diagnóstica?

A

Esteatose hepática aguda

45
Q

Cite 4 fatores de risco exclusivos para gestações dizigóticas.

A

História familiar de gemelares, raça negra, idade materna e multiparidade

46
Q

Cite 1 fator de risco para gestações dizigóticas e monozigóticas.

A

Técnicas de fertilização

47
Q

Qual significado do sinal do lambda (sinal do Y) num USG de gestação gemelar?

A

Gestação dicoriônica

48
Q

Qual significado do sinal do T num USG de gestação gemelar?

A

Gestação monocoriônica

49
Q

Qual melhor momento para avaliar a corionicidade de uma gestação múltipla?

A

6-8 semanas (visualização de um ou dois sacos gestacionais)

50
Q

Quais complicações podem surgir no feto doador em caso de síndrome da transfusão feto-fetal? (2)

A

Crescimento intrauterino restrito, oligodramnia

51
Q

Quais complicações podem surgir no feto receptor em caso de síndrome da transfusão feto-fetal? (3)

A

Polidramnia, hidrópsia, insuficiência cardíaca

52
Q

Tratamento da síndrome de transfusão feto-fetal leve x grave.

A

Leve: amniocentese seriada no feto com polidramnia Grave: fotocoagulação com laser (cirurgia intrauterina)

53
Q

Qual deve ser a via de parto em caso de gemelares em que o primeiro feto não está cefálico?

A

Cesariana

54
Q

Qual deve ser a via de parto em caso de gemelares em que os dois fetos estão cefálicos?

A

Vaginal

55
Q

Principal agente etiológico de ITU na gestação

A

E. coli

56
Q

Defina bacteriúria assintomática e qual deve ser a conduta na gestação.

A

Bacteriúria ≥ 10^5 UFC/ml em pacientes assintomáticas. Tratar + urocultura de controle após 7-10 dias do fim do tratamento.

57
Q

Qual a conduta após o segundo caso de ITU numa mesma gestação?

A

Antibioticoprofilaxia até o fim da gestação com nitrofurantoína 100mg/dia

58
Q

Antibioticoterapia empírica para ITU na gestação.

A

3-7 dias: amoxicilina, nitrofurantoína, cefalexina

Dose única: fosfomicina