CIR 6 - Oncologia 2 Flashcards
Conduta em pacientes com nódulo pulmonar solitário sem fatores de risco para malignidade.
Seguimento com exame de imagem a cada 3-6 meses por 2 anos
Conduta em pacientes com nódulo pulmonar solitário com fatores de risco para malignidade.
Biópsia ou ressecção
Qual tipo histológico mais comum de câncer de pulmão?
Adenocarcinoma (40%)
Qual tipo histológico de câncer de pulmão é mais comum em pacientes mais velhos e tabagistas?
Epidermóide
Qual tipo histológico de câncer de pulmão é mais comum em pacientes atípicos? (não fumantes, jovens, mulheres)
Adenocarcinoma
Tipos de câncer de pulmão com predomínio periférico
Adenocarcinoma e grandes células
Tipos de câncer de pulmão com predomínio central
Epidermóide e pequenas células
Qual tipo histológico de câncer de pulmão tem pior prognóstico?
Pequenas células (oat cell)
Variante de adenocarcinoma de pulmão menos agressiva, comum em não fumantes
Adenocarcinoma bronquíolo-alveolar
Como se manifesta a Síndrome de Pancoast? (3)
Em qual tipo histológico de neoplasia de pulmão ela é mais comum?
Dor torácica
Compressão do plexo braquial (atrofia de mãos e dor no ombro)
Síndrome de Horner (ptose, miose, anidrose, enoftalmia)
Tipo histológico: Epidermóide
Como se manifesta a Síndrome da Veia Cava Superior? (4)
Em qual tipo histológico de neoplasia de pulmão ela é mais comum?
Edema (face, cervical, tórax, MMSS)
Pletora
Turgência de jugulares
Varizes no tórax
Tipo histológico: Pequenas células
Estadiamento do câncer de pulmão pequenas células.
Limitado: acomete 1 hemitórax
Extenso: acomete 2 hemitóraces
Descreva o T do estadiamento TNM para câncer de pulmão
T1a: tumor ≤ 1 cm
T1b: tumor ≤ 2 cm
T1c: tumor ≤ 3 cm
T2a: tumor < 4 cm
T2b: tumor ≤ 5 cm
T3: tumor 6-7 cm, ou qualquer tamanho invadindo pleura parietal, pericárdio, parede torácica, nervo frênico ou 2 nódulos no mesmo lobo pulmonar
T4: tumor > 7 cm, ou qualquer tamanho invadindo estruturas adjacentes, ou 2 nódulos em lobos pulmonares diferentes
Descreva o N e o M do estadiamento TNM para câncer de pulmão
N0: sem invasão linfonodal N1: linfonodos perihilares ipsilaterais N2: linfonodos mediastinais N3: linfonodos contralaterais, escalenos ou supraclaviculares M0: sem metástase a distância M1: metástase a distância
Tratamento do câncer de pulmão pequenas células (limitado e extenso)
Limitado: QT/RT pode ser curativa
Extenso: QT paliativa
Tratamento do câncer de pulmão não pequenas células.
IA: cirurgia
IB, II, IIIA: cirurgia + QT adjuvante
IIIB: QT/RT
IV: QT paliativa, terapia alvo-dirigida
Critérios de irressecabilidade no câncer de pulmão.
T4 (exceto no caso de 2 nódulos em lobos pulmonares diferentes), N3, M1
Tipos histológicos de neoplasia de tireóide bem diferenciados
Carcinoma papilífero e folicular
Tipos histológicos de neoplasia de tireóide pouco diferenciados
Carcinoma medular e anaplásico
Tipo histológico de neoplasia de tireóide mais comum
Carcinoma papilífero
Tipo histológico de neoplasia de tireóide mais associado ao oncogene RET
CMT
Tipo histológico de neoplasia de tireóide mais associado a exposição a radiação
Carcinoma papilífero
Tipo histológico de neoplasia de tireóide associado a Neoplasia Endócrina Múltipla 2
CMT
Tipo histológico de neoplasia de tireóide mais associado a locais com carência de iodo
Carcinoma folicular
Subtipo de carcinoma folicular de tireóide mais agressivo e menos diferenciado
Carcinoma de células de Hürthle
Cite a alteração características do carcinoma papilífero de tireoide na citopatologia
Corpos psamomatosos (microcalcificações)
Exame para diagnóstico de carcinoma papilífero de tireóide
PAAF (citologia)
Exame para diagnóstico de carcinoma folicular de tireóide
Biópsia (histopatologia)
Tratamento do carcinoma papilífero de tireoide
Tumor < 1 cm: Tireoidectomia parcial.
Tumor ≥ 1 cm, < 15 anos ou história de irradiação: Tireoidectomia total.
OBS: Dissecção linfononal só deve ser feita se houver linfonodomegalia palpável.
Cite 3 complicações da tireoidectomia
Hipocalcemia
Lesão do laringeo recorrente (rouquidão ou insuficiência respiratória)
Lesão do ramo externo do laringeo superior (alteração do timbre da voz)
Tratamento do carcinoma folicular de tireoide
Tumor ≤ 2 cm: Tireoidectomia parcial + análise histopatológica. Se adenoma, tratamento finalizado. Se câncer, totalizar a tireoidectomia.
Tumor > 2 cm: Tireoidectomia total
Neoplasia endócrina múltipla 2A e 2B
NEM 2A: CMT, Feocromocitoma, Hiperparatireoidismo
NEM 2B: CMT, Feocromocitoma, Neuromas (+ agressiva)
Qual primeiro passo na investigação complementar de um nódulo tireoidiano?
Dosar TSH
Suprimido: encaminhar para cintilografia (pode ser adenoma tóxico)
Normal: encaminhar para USG
Descreva a classificação de Bethesda e a conduta em cada caso
1 - Insatisfatório (CD: repetir) 2 - Benigno (CD: acompanhamento) 3 - Atipia indeterminada (CD: repetir) 4 - Suspeito (CD: biópsia) 5 - Folicular (CD: biópsia) 6 - Maligno (CD: CD: biópsia)
Qual a conduta diante de um nódulo tireoidiano na USG?
< 1 cm: acompanhar
> 1 cm: biópsia
Câncer mais comum no Brasil (excetuando pele não-melanoma)
Próstata
Principal tipo histológico do câncer de próstata
Adenocarcinoma
Como classificar o câncer de próstata quanto ao risco baseado no escore Gleason?
Risco baixo: Gleason ≤ 6
Risco médio: Gleason 7
Risco alto: Gleason 8-10
Qual a metástase a distância mais comum do câncer de próstata?
Ossos
Como realizar o rastreamento do câncer de próstata?
Toque retal + PSA anuais, dos 50 aos 76 anos em homens que tenham expectativa de vida de mais 10 anos. Se história familiar positiva ou negro, iniciar aos 45 anos.
OBS: INCA (MS) não recomenda!
Indicações de biópsia de próstata (3)
Toque retal alterado (nodulações)
PSA > 4 ng/ml ou > 2,5ng/ml em < 60 anos
PSA entre 2,5-4ng/ml + refinamentos: velocidade de crescimento > 0,75 ng/ml ao ano, densidade PSA > 1,5, fração livre PSA < 25%
Qual deve ser o cuidado com pacientes que fazem uso de finasterida e vão dosar o PSA?
Multiplicar resultado por 2 (a finasterida reduz o PSA após 6-12 meses de uso)
Tratamento do câncer de próstata localizado
Opção 1: Prostatectomia radical
Opção 2: Radioterapia + hormonioterapia se risco intermediário ou alto.
Em quais condições se permite realizar conduta de vigilância no câncer de próstata? (3)
Doença localizada, PSA < 10ng/ml, Gleason ≤ 6
Tratamento do câncer de próstata metastático
Privação androgênica (castração): Orquiectomia bilateral (padrão-ouro) ou Análogos GnRH (Zoladex).
Os sintomas de hiperplasia prostática benigna são intermitentes e proporcionais do volume prostático. V ou F?
F. Sintomas intermitentes, NÃO proporcionais ao volume da próstata.
Tratamento dos sintomas obstrutivos da hiperplasia prostática benigna.
inibidores da 5-alfa redutase (finasterida). Efeito demora a iniciar.
Tratamento dos sintomas irritativos da hiperplasia prostática benigna.
Alfabloqueadores (prazosin, tamsulosin). Efeito imediato
Quando é indicado tratamento cirúrgico para hiperplasia prostática benigna? (2 grandes indicações)
Qual procedimento de escolha?
Refratariedade ao tratamento farmacológico e complicações (ITU recorrente, hematúria recorrente, obstrução urinária aguda, IRA pós-renal, hidronefrose, cálculo vesical).
Procedimento: RTUP
Cite uma complicação da ressecção transuretral da próstata.
Hiponatremia sintomática (síndrome da ressecção transuretral)
Tipo histológico mais comum do câncer de bexiga
Carcinoma urotelial de céluals transicionais
Principal fator de risco para câncer de bexiga
Tabagismo
Principal manifestação clínica do câncer de bexiga
Hematúria macroscópica
Diagnóstico de câncer de bexiga
Citologia urinária + cistoscopia com biópsia
Como definir câncer de bexiga invasivo? Qual tratamento?
Invade camada muscular (≥ T2).
QT neoadjuvante + cistectomia radical com linfadenectomia + QT adjuvante.
Como definir câncer de bexiga superficial? Qual tratamento?
Não invade camada muscular (T1N0M0).
RTU-B + cistoscopia de controle de 3 em 3 meses + BCG intravesical se alto risco (T1, multicêntrico, recidiva, > 3 cm).
Cite 2 manifestações clínicas do câncer de pâncreas localizado em corpo e cauda que geralmente não ocorrem no câncer de cabeça de pâncreas.
Sinal de Trousseau
DM súbito
Cirurgia para tratamento de câncer de pâncreas.
Cabeça: duodenopancreatectomia (Whipple)
Corpo e cauda: pancreatectomia distal + esplenectomia.
Critério de irressecabilidade do câncer de pâncreas (2)
Metástases a distância
Invasão de tronco celíaco ou artéria mesentérica superior
Tumor hepático que na TC dinâmica mostra rápida captação de contraste na fase arterial, cicatriz central hipodensa com múltiplos ramos contrastados (“roda de carruagem”).
Hiperplasia nodular focal
Tumor hepático que na TC dinâmica mostra captação de contraste periférico com padrão homogêneo.
Hemangioma
Tumor hepático que na TC dinâmica mostra padrão de wash-out, geralmente associado a fígado com características de cirrose.
Hepatocarcinoma
Tumor hepático que na TC dinâmica mostra lesão com rápida captação de contraste na fase arterial, com padrão heterogêneo
Adenoma hepático
O adenocarcinoma de esôfago é mais comum no terço _____, enquanto o epidermoide é mais comum no terço ____.
Distal / médio e proximal.
Qual tipo histológico de câncer de esôfago se associa a DRGE e esôfago de Barrett?
Adenocarcinoma
Qual tipo histológico de câncer de esôfago se associa a etilismo, tabagismo, tilose palmo-plantar?
Epidermoide (escamoso)
A acalásia é mais frequentemente fator de risco para qual tipo histológico de tumor de esôfago?
Epidermoide (escamoso)
Descreva o T do estadiamento TNM para câncer de esôfago
T1a: mucosa T1b: submucosa T2: muscular própria T3: adventícia T4a: adjacentes ressecáveis T4b: adjacentes irresecáveis
Quais exames utilizados para estadiar o câncer de esôfago?
T: USG endoscópica + broncoscopia (se terço médio ou proximal)
N: USG endoscópica + TC de tórax
M: TC de tórax + TC de abdome
Diferencie câncer de esôfago precoce de terapia precoce para câncer de esôfago.
Câncer de esôfago precoce: T1
Terapia precoce: uso de mucosectomia para tratar tumores T1a
Tratamento do câncer de esôfago (exceto T1a)
Sem metástase a distância: QT/RT neoadjuvante + esofagectomia com linfadenectomia regional
Com metástase a distância: paliação
Qual medida paliativa deve ser empregada para tratamento de câncer de esôfago metastático com fístula traqueobrônquica?
Stent esofágico
Principal gene mutado no câncer colorretal esporádico e familiar.
APC
Local mais comum de apresentação do câncer colorretal
Cólon direito (ceco e ascendente)
Local de metástase a distância mais comum do câncer colorretal
Fígado
Diferencie Síndrome de Lynch I de Síndrome de Lynch II.
Lynch I: predisposição a câncer colorretal.
Lynch II: predisposição a câncer colorretal + outros (endométrio, ovário, estômago, pâncreas e trato urinário).
Pólipos hamartomatosos no cólon + manchas melanocíticas em mucosa e pele. Suspeita?
Síndrome de Peutz-Jeghers (baixo risco para CA de cólon)
Qual doença inflamatória intestinal tem maior risco de câncer de cólon?
Retocolite ulcerativa
Duas classes de fármacos que são fatores de proteção para câncer de cólon.
AINES e estatinas
Como realizar o rastreamento para câncer de cólon em indivíduos sem história familiar da doença? E com história familiar?
S/ história familiar: colonoscopia a cada 10 anos a partir dos 50 anos.
C/ história familiar: colonoscopia a cada 10 anos a partir dos 40 anos (ou 10 anos antes da idade em que o familiar teve CA colorretal).
Como realizar o rastreamento para câncer de cólon em portadores de Síndrome de Lynch e Polipose Adenomatosa Familiar?
Lynch: colonoscopia a partir dos 20 anos.
PAF: retossigmoidoscopia a partir dos 10 anos.
Descreva o “T” do estadiamento TNM para câncer gástrico e câncer de cólon
T1a: mucosa T1b: submucosa T2: muscular própria. T3: subserosa (+ gordura pericólica no colorretal) T4: estruturas adjacentes.
Estadiamento clínico do câncer de cólon.
Estágio I: T1, T2, N0, M0
Estágio II: T3, T4, N0, M0
Estágio III: Qualquer T, N positivo, M0
Estágio IV: M1
Tratamento do câncer de cólon.
Colectomia + linfadenectomia
QT adjuvante se estágio III
Tratamento do câncer de reto
T1: ressecção transanal.
T2: QT/RT neoadjuvante + cirurgia (> 5 cm da margem anal ou reto alto: ressecção abdominal baixa; < 5 cm da margem anal ou reto baixo: cirurgia de Miles)
Úlcera gástrica é fator de risco direto para câncer gástrico. V ou F?
F! Úlcera gástrica não é fator de risco para câncer gástrico, mas essas duas condições compartilham outros fatores de risco em comum, como a infecção por H. pylori.
Linfonodo de Virchow e de Irish.
Virchow: supraclavicular esquerdo
Irish: axilar esquerdo
Prateleira de Blumer e nódulo de sister Mary-Joseph.
Blumer: nodulações palpáveis em fundo de saco
Sister Mary-Joseph: nódulo umbilical (metástase peritoneal)
Descreva a classificação endoscópica de Borrmann para câncer gástrico
Tipo I: polipoide
Tipo II: úlcera com bordos elevados
Tipo III: úlcera com infiltração
Tipo IV: infiltração (linite plástica
Diferencie os tipos intestinal e difuso da classificação de Lauren para câncer gástrico
Intestinal: homens mais velhos, fatores de risco habituais (gastrite atrófica), diferenciado, disseminação hematogênica,
Difuso: mulheres jovens, formas familiares, indiferenciado, células em anel de sinete, disseminação linfática
Diferencie câncer gástrico precoce de terapia precoce para o câncer gástrico
Câncer gástrico precoce: T1 (limitado a mucosa e submucosa) independente do estado linfonodal.
Terapia precoce: mucosectomia para tumores T1a. .
Quais as condições para realizar mucosectomia no tratamento do câncer gástrico? (4)
Tumor não ulcerado
Tamanho < 2cm
Tipo intestinal de Lauren
Sem linfonodos aumentados na TC
Tratamento do câncer gástrico
T1a: mucosectomia
T1b até T4 M0: gastrectomia com linfadenectomia a D2 (se tumor proximal: gastrectomia total; se tumor distal: gastrectomia subtotal).
M1: paliação.
Cite duas variantes da Polipose Adenomatosa Familiar.
Síndrome de Turcot (tumores de SNC)
Síndrome de Garner (dentes supranumerários, osteomas, tumor desmóide)
Diferencie as duas técnicas de esofagectomia (trans-hiatal e transtorácica) para tratamento de câncer de esôfago quanto a morbidade e chance de recidiva.
Transtorácica: maior morbidade, menor recidiva
Trans-hiatal: menor morbidade, maior recidiva
Qual sítio mais comum do tumor GIST?
Estômago
Tratamento do tumor GIST
Ressecção cirúrgica sem linfadenectomia
Irressecável ou alto risco: Imatinib