Hepato: Síndromes ictéricas (Vias biliares) Flashcards

1
Q

No que consiste o triângulo de Calot?

A

Borda hepática + ducto cístico + ducto hepático comum

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Q

Qual artéria é encontrada dentro do triângulo de Calor?

A

Artéria cística

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3
Q

Quais são os 3 tipos de cálculo da doença calculosa biliar?

A
  1. Amarelo
  2. Preto
  3. Castanho
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4
Q

Entre os 3 cálculos da doença calculosa biliar, qual o mais comum? Qual o sexo mais acometido por ele?

A

Cálculo amarelo.

Sexo feminino.

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5
Q

Qual o local de formação do cálculo amarelo?

A

No interior da vesícula

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6
Q

Quais os fatores de risco para a formação do cálculo amarelo? (6)

A
  1. Sexo feminino
  2. Estrogênio
  3. Obesidade
  4. Emagrecimento rápido
  5. Drogas (clofibrato)
  6. Doenças ileais (Crohn)
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7
Q

Qual a fisiopatologia das doenças ileais que leva a formação dos cálculos amarelos?

A

↓ recirculação entero-hepática dos sais biliares = ↓ sais biliares

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8
Q

Qual a composição dos cálculos amarelos?

A

Colesterol

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9
Q

Qual a composição dos cálculos pretos?

A

Bilirrubinato de cálcio

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10
Q

Qual o local de formação do cálculo preto?

A

No interior da vesícula

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11
Q

Quais são os três fatores de risco para formação do cálculo preto?

A
  1. Cirrose
  2. Hemólise crônica
  3. Doença ileal
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12
Q

Qual a composição dos cálculos castanhos?

A

Bilirrubinato de cálcio alternado por camadas de colesterol e outros sais de cálcio

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13
Q

Qual a local de formação do cálculo castanho?

A

Na via biliar (colédoco)

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14
Q

Quais os 2 fatores de risco para a formação do cálculo castanho?

A
  1. Obstrução
  2. Colonização bacteriana
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15
Q

No que consiste a colelitíase?

A

Cálculo na vesícula biliar

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16
Q

Qual o quadro clínico da colelitíase?

A

80% assintomático

20% dor em hipocôndrio direito < 6 horas

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17
Q

Qual exame é utilizado para o diagnóstico de colelitíase? Quais alterações são encontradas?

A

USG de abdome (imagem hiperecogênica + sombra acústica posterior)

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18
Q

Sabe-se que toda colelitíase sintomática deve ser tratada. Quando tratar os assintomáticos? (6)

A
  1. Cálculos > 3 cm;
  2. Pólipos de vesícula biliar;
  3. Vesícula em porcelana;
  4. Anomalia congênita da vesícula biliar (vesícula dupla);
  5. Anemia hemolítica;
  6. Pacientes que serão submetidos a uma cirurgia bariátrica ou transplante cardíaco.
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19
Q

Qual o tratamento da colelitíase quando há indicação?

A

Colecistectomia videolaparoscópica (CVL)

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20
Q

No que consiste a colecistite aguda?

A

Inflamação da vesícula por uma obstrução duradoura

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21
Q

Qual o quadro clínico da colecistite aguda? (3)

A
  1. Dor no hipocôndrio direito > 6h
  2. Sinal de Murphy +
  3. Sinais sistêmicos (febre, leucocitose, ⬆PCR)
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22
Q

No que consiste o Sinal de Murphy?

A

Paciente interrompe uma inspiração profunda na palpação do hipocôndrio direito

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23
Q

Quais os quatro exames podem ser utilizados para o diagnóstico da colecistite aguda? Qual o padrão-ouro?

A
  1. USG (1º a ser pedido)
  2. Cintilografia das vias biliares (padrão-ouro)
  3. Colangioressonância
  4. TC
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24
Q

Quais alterações são encontradas no USG em uma colecistite aguda? (2)

A
  1. Cálculo impactado no infundíbulo
  2. Parede espessada (> 3mm)
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25
Qual o tratamento da colecistite aguda? (2)
1. Antibiótico 2. Colecistectomia precoce (CVL) em até **72h**
26
Qual o tratamento dos casos graves de colecistite aguda em que o paciente não há condição de realizar a colecistectomia?
Colecistostomia percutânea
27
Qual o tempo ideal para fazer colecistectomia na colecistite aguda?
Precoce (\< 72 horas)
28
Quais são as três complicações da colecistite aguda?
1. Perfuração (livre ou por fístula) 2. Colecistite enfisematosa 3. Empiema
29
Quais são os sinais/sintomas do empiema? (4)
1. Febre intermitente 2. Dor abdominal 3. Massa dolorosa em hipocôndrio direito 4. Leucocitose
30
Qual a conduta caso haja uma perfuração livre na colecistite aguda, evoluindo para peritonite (febre, leucocitose)?
Cirurgia de urgência
31
Qual a conduta caso haja uma perfuração bloqueada na colecistite aguda, evoluindo para abscesso?
Avaliar colecistostomia
32
Qual a conduta caso haja uma fístula na colecistite aguda, evoluindo para íleo biliar?
Enterotomia proximal + colecistectomia
33
Qual alteração do exame de imagem sugere colecistite enfisematosa?
Gás no interior e na _parede da vesícula_ (patognomônico) ## Footnote **(Mais comum em homem diabético)**
34
Qual o microrganismo mais comum na colecistite enfisematosa?
Clostridium
35
No que consiste a colecistite aguda alitiásica?
Colecistite sem a presença do cálculo ## Footnote **5-10% dos casos**
36
Quais os fatores de risco da colecistite aguda alitiásica? (3)
1. Pacientes graves (grandes queimados, pós-op) 2. Nutrição parenteral total (NPT) 3. Jejum prolongado
37
A colecistite aguda alitiásica tem um curso **...** (_mais/menos_) fulminante e complicado quando comparada com a colecistite litiásica
Possui um curso **mais** fulminante e é mais complicada
38
Qual a clínica e tratamento da colecistite aguda alitiásica?
**Igual** da colecistite calculosa: ## Footnote Clínica: Dor em hipocôndrio direito \> 6h + Murphy positivo Tratamento: Colecistectomia videolaparoscópica
39
No que consiste a síndrome de Mirizzi?
Cálculo impactado no ducto cístico, realizando efeito de massa sobre o ducto hepático
40
Qual a clínica da síndrome de Mirizzi? (2)
1. Dor em hipocôndrio direito \> 6h 2. Sinais sistêmicos 3. Icterícia **(É uma complicação da colecistite, ou seja, quadro clínico semelhante + icterícia)**
41
No que consiste a classificação tipo I na Síndrome de Mirizzi?
Ausência de fístula (apenas obstrução)
42
No que consiste a classificação tipo II na Síndrome de Mirizzi?
Fístula com 1/3 do diâmetro da circunferência do hepático comum
43
No que consiste a classificação tipo III na Síndrome de Mirizzi?
Fístula com 2/3 do diâmetro da circunferência do hepático comum
44
Qual o tratamento da Síndrome de Mirizzi?
Colecistectomia
45
No que consiste a classificação tipo IV na Síndrome de Mirizzi?
Fístula que envolve toda a circunferência do hepático comum
46
No que consiste a coledocolitíase?
Presença de cálculo no **colédoco**
47
A coledocolitíase pode ser primária ou secundária ao cálculo formado na vesícula. Qual a forma mais comum?
Secundária (\>90%) **proveniente do cálculo amarelo formado na vesícula**
48
Qual o quadro clínico da coledocolitíase? (2)
50% assintomáticos 1. Icterícia flutuante 2. Vesícula impalpável
49
Quais os quatro exames podem ser usados para o diagnóstico da coledocolitíase?
1. USG abdome 2. USG endoscópico (ecoendoscopia) 3. ColangioRM 4. CPRE
50
Qual o primeiro exame a ser solicitado na suspeita de coledocolitíase? Quais alterações são encontradas? (2)
USG abdome. Dilatação (\>5mm) e cálculos.
51
Quais exames diagnósticos da coledocolitíase são considerados exames invasivos? (2)
1. CPRE (Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica) 2. USG endoscópico (ecoendoscopia)
52
Qual exame diagnóstico da coledocolitíase não é invasivo?
Colangioressonância
53
Qual exame diagnóstico da coledocolitíase é invasivo e terapêutico?
CPRE (Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica)
54
Quais exames são solicitados na investigação de coledocolitíase em um paciente sabidamente com colelitíase? (4)
1. USG 2. Bilirrubinas 3. FA (fosfatase alcalina) 4. Transaminases
55
Quais achados indicam **alta probabilidade** do paciente com colelitíase possuir coledocolitíase? (3)
1. USG com cálculo no colédoco 2. Colangite aguda (icterícia + febre) 3. Bilirrubina total \> 4 + colédoco dilatado
56
Qual a conduta para o paciente com colelitíase que possui **alto risco** de desenvolver coledocolitíase?
Realizar CPRE
57
Quais achados indicam **probabilidade moderada** do paciente com colelitíase possuir coledocolitíase? (4)
1. Colédoco dilatado na USG **(\>6mm)** 2. Bioquimica hepática alterada 3. História pregressa de colecistite, colangite ou pancreatite 4. \> 55 anos
58
Qual a conduta para o paciente com colelitíase que possui **médio risco** de desenvolver coledocolitíase? (3)
1. Colangioressonância 2. USG endoscópico 3. Se o paciente for operar: colangiografia intraoperatória
59
O que indica uma **baixa probabilidade** do paciente com colelitíase possuir coledocolitíase? (2)
1. Nenhuma alteração laboratorial 2. Nenhuma alteração de imagem
60
Qual a conduta nos pacientes com colelitíase que possuem **muito baixo risco** de coledocolitíase?
Tratar apenas com colecistectomia
61
Quando tratar a coledocolitíase?
Sempre, mesmo nos assintomáticos ## Footnote **(Todos os casos devem ser tratados devido a alta chance de recorrência)**
62
Quais são as opções terapêuticas na coledocolitíase? (3)
1. Papilotomia endoscópica (pela CPRE) 2. Exploração do colédoco (aberta ou vídeo) 3. Derivação biliodigestiva
63
Qual o método de escolha para tratar coledocolitíase descoberta antes da colecistectomia?
CPRE (papilotomia endoscópica)
64
Qual o método de escolha para tratar coledocolitíase descoberta no perioperatório da colecistectomia?
Exploração cirúrgica do colédoco (aberta ou vídeo)
65
Qual o método de escolha para tratar coledocolitíase intra-hepática ou primária?
Derivação biliodigestiva
66
Qual o método de escolha para tratar coledocolitíase se cálculos residuais (\<2 anos)?
Papilotomia endoscópica (CPRE)
67
No que consiste a colangite aguda?
Infecção bacteriana das vias biliares devido a obstrução
68
Qual a causa principal da colangite aguda?
Coledocolitíase (60%)
69
Qual a clínica da colangite aguda _não grave_? (3)
**TRÍADE DE CHARCOT:** 1. Febre com calafrio 2. Dor abdominal 3. Icterícia
70
Qual o tratamento da colangite aguda _não grave_? (2)
1. ATB (resposta dramática) 2. Drenagem eletiva das vias biliares
71
Qual a clínica da colangite aguda _grave_ (ou tóxica aguda ou supurativa)? (5)
**PÊNTADE DE REYNOLDS** 1. Febre com calafrio 2. Dor abdominal 3. Icterícia 4. Hipotensão 5. Depressão do SNC
72
Qual o tratamento da colangite aguda _grave_? (2)
1. ATB (resposta não resolutiva) 2. Drenagem imediata das vias biliares
73
No tratamento da colangite, como é feita a drenagem se a obstrução for alta? E se for baixa?
Alta: Drenagem transhepática percutânea Baixa: CPRE
74
Qual a hipótese diagnóstica nos casos de ausência de resposta ao tratamento da colangite? Qual conduta?
Abscesso hepático Drenagem percutânea
75
Quais são os tumores periampulares que cursam com icterícia? (4)
1. Carcinoma de cabeça de pâncreas 2. Carcinoma da ampola de Vater 3. Colangiocarcinoma distal (colédoco) 4. Tumor de duodeno próximo à ampola de Vater.
76
Qual tumor periampular é o mais comum?
Carcinoma de cabeça de pâncreas (85%)
77
Qual o quadro clínico dos tumores periampulares? (2)
1. Icterícia progressiva 2. Vesícula palpável e indolor (Courvoisier-Terrier)
78
Qual a tríade clássica dos sintomas do carcinoma de cabeça do pâncreas?
1. Icterícia 2. Dor abominal 3. Emagrecimento
79
Qual tipo histológico do carcinoma de cabeça do pâncreas?
Adenocarcinoma ductal
80
Qual o marcador tumoral no carcinoma de cabeça do pâncreas?
CA 19.9
81
Quais exames podem ser usados para o diagnóstico do carcinoma de cabeça do pâncreas? (3)
1. TC helicoidal trifásica 2. USG endoscópico 3. PET
82
Qual o tratamento do carcinoma de cabeça do pâncreas se o tumor for ressecável?
Cirurgia de Whipple (_duodenopancreatectomia_) + linfadenectomia regional.
83
Qual o tratamento do carcinoma de cabeça do pâncreas se o tumor for irressecável? (2)
1. _Terapia paliativa para a icterícia:_ Endoprótese (stent) de via biliar por CPRE; derivação biliodigestiva), analgesia, bloqueio do plexo celíaco 2. _Quimioterapia paliativa_
84
Qual é o colangiocarcinoma mais comum?
Peri-hilar (tumor de Klatskin)
85
Quais alterações ultrassonográficas sugerem colangiocarcinoma?
Vesícula murcha + dilatação da via biliar intra-hepática
86
No que consiste a Classificação de Bismuth tipo II?
Tumor na junção dos hepáticos
87
No que consiste a Classificação de Bismuth tipo I?
Tumor no hepático comum
88
No que consiste a Classificação de Bismuth do tipo III?
a: Tumor no hepático direito b: Tumor no hepático esquerdo
89
No que consiste a Classificação de Bismuth do tipo IV?
Tumor em ambos os ductos hepáticos
90
Qual complicação do colangiocarcinoma?
Colangite
91
Qual doença está fortemente associada a colangite esclerosante primária?
Retocolite ulcerativa
92
Qual anticorpo está comumente positivo na colangite esclerosante primária?
P-ANCA
93
Qual anticorpo está comumente positivo na colangite biliar primária?
Antimitocôndria
94
Quais doenças estão comumente associadas a colangite biliar primária? (3)
Doenças autoimunes: 1. Artrite reumatoide 2. Sjogren 3. Tireoidite de Hashimoto
95
Quais as complicações das doenças autoimunes da via biliar (colangite biliar primária e colangite esclerosante primária)? (2)
1. Cirrose 2. COlangiocarcinoma
96
Qual o tratamento da colangite esclerosante primária?
Transplante
97
Qual o tratamento da colangite biliar primária?
1. Ácido ursodesoxicólico 2. Transplante