Suporte de vida (BLS, ACLS, cuidados pós parada) Flashcards

1
Q

Diferencie BLS, ACLS e cuidados pós parada:

A

O BLS (Suporte básico de vida) trata-se dos cuidados que envolvem a manutenção das vias aéreas, a respiração e o suporte circulatório sem o envolvimento de equipamentos que não sejam o EPI e o desfibrilador externo automático (DEA).

Já o ACLS envolve, além das compressões torácicas e da desfibrilação, a utilização de dispositivos invasivos de vias aéreas, estabelecimento de acesso venosos, utilização de drogas e de novas tecnologias.

Os cuidados pós parada cardiorrespiratória (pós-PCR) são feito após a recuperação da circulação espontânea, que visam a identificação e a o tratamento da causa básica da PCR e atenuar as consequências da lesão lesão de isquemia/reperfusão.

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2
Q

Protocolo BLS: primeira coisa a fazer na cena?

A

Verificar a segurança da cena e, caso a vítima não esteja responsiva, peça por ajuda com o desfibrilador/ligar para 192.

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3
Q

Protocolo BLS:A como proceder na situação de pulso presente e respiração anormal?

A

Respirações de resgate: 1 ventilação a cada 5-6 segundos, checando o pulso a cada 2 minutos.

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4
Q

Protocolo BLS:A como proceder na situação de pulso ausente e respiração anormal?

A

Iniciar ressuscitação cardiopulmonar
*inicie com ciclos de 30 compressões + 2 ventilações
*Use DEA o mais rápido possível. Uma vez aplicado, deve-se avaliar o ritmo, se for uma FIBRILAÇÃO VENTRICULAR ou TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO fazer desfibrilação imediata, continuando RCP logo após por 2 minutos, ciclicamente.
Se não for nenhum desses ritmos, o ritmo não é chocável, então deve-se retomar a RCP logo após por 2 minutos, analisando novamente com DEA.

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5
Q

Ritmos associados a PCR e que sejam passíveis de serem tratados com o desfibrilador:

A

Fibrilação ventricular (FV) e taquicardia ventricular sem pulso (TV sp)

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6
Q

Qual a medida principal que determina melhor prognóstico na PCR?

A

Acesso rápido ao desfibrilador.

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7
Q

Qual é a prioridade a partir da identificação de uma vítima de PCR?

A

C-A-B, indicando o início imediato das compressões torácicas.

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8
Q

Como fornecer compressões de alta qualidade?

A
  • O número de compressões deve ser entre 100 e 120 por mínuto
    *Devem ser aplicadas de forma rápida e intensa, no centro do tórax da vítima (sobre a metade
    inferior do esterno).
    a . Coloca-se a região hipotenar da mão do braço mais forte no centro do tórax, que servirá
    de base para a compressão cardíaca
    b. A outra mão deve ser colocada paralelamente sobre a primei.ra
    e. Deve-se manter os cotovelos estendidos, formando um ângulo de 90° com o plano hori-
    zontal
    As compressões devem ocasionar uma depressão do tórax entre 5 a 6 cm
    4. É importante que o profissional não se apoie sobre o tórax do paciente, pois pode impedir
    o retomo total do tórax a sua posição habitual (recoil: isso permite o enchimento das coronárias, que ocorre na diástole) após cada compressão. É exatamente essa
    diferença entre a depressão do tórax e seu retorno a posição habitual que comprime o coração
    na região posterior do tórax, gerando um débito cardíaco.
    5. As compressões não devem ser interrompidas até a chegada do desfibrilador automático, da
    equipe do APH ou até que ocorra a movimentação espontânea da vítima.
    7. Após 30 compressões, fazer 2 ventilações.
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9
Q

O que é gasping?

A

É a respiração irregular, superficial, sem ocasionar expansão torácica, também chamada
do tipo agônica

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10
Q

Como fazer a abertura das vias aéreas?

A

A abertura de vias aéreas pode ser feita por meio da manobra de elevação do queixo e
extensão da cabeça, se não houver suspeita de trauma.

Mantendo-se a VA aberta, deve-se verificar a presença de respiração espontânea na vítima.
A avaliação por meio do “ver, ouvir, sentir” foi abandonada por retardar o início das compressões
torácicas. Caso se perceba uma ventilação normal, cabe apenas a checagem de pulso a cada 2
minutos até a chegada da equipe do APH. Caso não se identifique o movimento
respiratório ou se ela é do tipo agônica/gasping (irregular, superficial), a vitima realmente encon-
tra-se em PCR. Para o profissional treinado, a checagem de pulso carotfdeo é
obrigatória, mas não deve ultrapassar 10 segundos.

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11
Q

Principais recomendações na ventilação do PCR:

A
  1. Fornecer 2 ventilações após 30 compressões torácicas (30:2).
  2. Não se deve levar mais do que 10 segundos para cada ciclo de 2 ventilações.
  3. Cada ventilação de resgate deve durar 1 segundo.
  4. Aplicar volume corrente suficiente apenas para elevar o tórax, evitando o excesso de volume corrente. Cerca de 500 a 600 mL de volume corrente são suficientes para adultos ( 6 mL/kg).
    a) Hiperventilação piora o retorno venoso e reduz o débito cardíaco, além de poder causar hiperinsuflação gástrica, levando a regurgitação e aspiração para vias aéreas.
  5. Em qualquer momento, quando uma via aérea avançada estiver colocada, aplicar 1 ventilação a cada 6 segundos, sem sincronia com as compressões.
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12
Q

Como usar o DEA?

A
  1. A posição recomendada da vítima durante o atendimento é o decúbito dorsal horizontal
    sobre superfície rígida.
  2. Se a vítima estiver em posição prona, deve ser colocada em posição supina.
  3. Imediatamente após o choque, retoma-se a RCP por 2 minutos, quando o aparelho reavaliará
    a necessidade de novo choque
  4. Se indicado, aplica-se novo choque na mesma energia empregada anteriormente, seguido de
    mais 2 minutos de RCP e assim sucessivamente, até que o sistema de emergência se encarregue do
    atendimento ou até que ocorra mudança do ritmo.
    Quando ocorrer uma mudança do ritmo, o aparelho não indica o choque, devendo-se checar
    o pulso. Se o pulso estiver presente, houve reversão da PCR, devendo-se manter suporte ventilató·
    rio até a chegada do sistema de emergência (lembrar de checar novamente a cada 2 minutos). Se ausente, as manobras de RCP devem ser mantidas por mais 2 minutos até uma nova checagem de
    ritmo pelo desfibrilador.
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13
Q

Como é o início das medidas no ACLS?

A

• Após a determinação de que o paciente está em PCR, deve-se iniciar as compressões torácicas
de alta qualidade intercaladas com 2 ventilações de resgate (30:2).
• O dispositivo bolsa-máscara deve estar acoplado ao oxigênio.
• Os eletrodos devem ser colocados no tórax do paciente e o monitor/desfibrilador deve ser
ligado.
• O ritmo deve ser analisado e constitui o passo determinante na escolha do algoritmo e a
sequência da RCP a ser seguida:
a FV/TVsp: coloca a desfibrilação como a prioridade, devendo ser realizada o
mais rápido possível.
a Ritmo não passível de choque: assistolia/ AESP: ciclos e RCP são realizados, com o auxílio das medidas adjuvantes.
• A análise do ritmo deve ser reali.zada a cada 2 minutos, pois pode persistir no mesmo ritmo
da última análise ou o ritmo de parada pode mudar. FV/TVsp pode passar para AESP/assis-
tolia ou o inverso.
• Em cada análise do ritmo, se houver mudança para um ritmo que habitualmente poderia
gerar perfusão sistêmica, o pulso deve ser checado para confirmar se houve RCE.
• Cuidados pós-RCE (pós-parada) são iniciados após a reversão da PCR.

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14
Q

Como é a sequência do ACLS em caso de ritmo chocável?

A

Em caso de Fibrilação Ventricular ou Taquicardia Ventricular Sem Pulso:

  1. Ritmo passível de choque (FV rrv sp) é detectado na análise do ritmo.
    a Realizar a desfibrilação (1° choque):
    a Em qualquer desfibrilação, enquanto o aparelho é carregado (ou se houver algum atraso
    por qualquer razão), é fundamental manter as compressões torácicas durante todo esse
    período.
    “ Reiniciar a RCP (compressão + ventilação) imediatamente após o choque durante 2 minutos.
  2. Pegar um acesso venoso periférico calibroso ou acesso intraósseo.
  3. Após 2 minutos de RCP, analisar o ritmo.
    “ FV/TVsp persistente: realizar a desfibrilação (2° choque).
    “ RCP imediatamente após o choque por 2 minutos.
  4. Iniciar a epinefrina e repeti-la a cada 3-5 minutos.
    (1 mg em bolus a cada 3 -5 minutos, seguido por 20 ml de solução salina em flush e com elevação do membro)
  5. Via aérea avançada + capnografia pode ser considerada, sem atrasar os passos da RCP.
  6. Após 2 minutos de RCP, analisar o ritmo.
    a FVffVsp persistente: realizar a desfibrilação (3° choque).
    a RCP imediatamente após o choque por 2 minutos.
  7. Prescrever a l’ dose de arnioda.rona (300 mg no adulto).
  8. Após 2 minutos de RCP, analisar o ritmo.
    a FV /TV sp persistente: realizar a desfibrilação ( 4° choque).
    “ RCP imediatamente após o choque por 2 minutos.
  9. Nova dose de epinefrina.
    1 O. Após 2 minutos de RCP, analisar o ritmo.
    a FV/TVsp persistente: realizar a desfibrilação (5° choque).
    a RCP imediatamente após o choque por 2 minutos.
  10. Prescrever a 2’ dose de amiodarona (150 mg no adulto).
  11. Após 2 minutos de RCP, analisar o ritmo.
    a FV/TVsp persistente: realizar a desfibrilação (6° choque).
    “ RCP imediatamente após o choque por 2 minutos.
  12. Manter epinefrina a cada 3/5 minutos.
  13. Analisar o ritmo a cada 2 minutos e seguir o ciclo 12-13-14.
  14. Em toda a sequência da RCP, pensar nas causas reversíveis e fornecer o tratamento sempre
    que detectada.
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15
Q

Eletrocardiograma Taquicardia Ventricular:

A

Critérios de Brugada

É uma taquicardia ventricular se apresentar:

  • ausência de padrão RS em todas as derivações precordiais (V1-V6)
  • duração do QRS > 0,1 s (cada quadradinho tem 0,04 s) em uma derivação precordial
  • dissociação atrioventricular
  • critérios morfológicos para TV presentes tanto nas derivações V1, V2, V6

Maior incidência de eventos adversos, como morte súbita
Podem ser encontradas em indivíduos com corações normais
Mais comuns em indivíduos de portadores de cardiopatias estruturais
QRS alargado
Regularidade RR
Fc em torno de 160-240 bpm

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16
Q

Eletrocardiograma Fibrilação Ventricular:

A

A Fibrilação Ventricular (FV) caracteriza-se por ondas bizarras, caóticas, de amplitude e frequência variáveis. Este ritmo pode ser precedido de taquicardia ventricular ou TdP, que degeneraram em FV. Clinicamente, corresponde à parada cardiorrespiratória.

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17
Q

Sequência ACLS ritmos não chocáveis:

A

Em caso de assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP):

  1. Ritmo não passível de choque (assisto lia/ AESP) é detectado na análise do ritmo.
  2. Reiniciar a RCP (compressões+ ventilações) imediatamente durante 2 minutos.
  3. Pegar um acesso venoso periférico calibroso ou acesso intraósseo.
  4. Iniciar a epinefrina o mais rapidamente possível e repeti-la a cada 3-5 minutos.
    (1 mg em bolus a cada 3 -5 minutos, seguido por 20 ml de solução salina em flush e com elevação do membro)
  5. Via aérea avançada + capnografia pode ser considerada, sem atrasar os passos da RCP.
  6. Checar cabos, monitor e se está tudo correto, sem alterar ou atrasar nada na RCP. Colocar o
    ganho do aparelho no máximo. Mudar a derivação para nova análise do ritmo.
  7. Após 2 minutos de RCP, analisar o ritmo.
    o Coniirmar se assistolia/ AESP.
    o Se mantida, RCP imediatamente depois.
  8. Manter epinefrina a cada 3/5 minutos.
  9. Analisar o ritmo a cada 2 minutos e seguir o ciclo 7-8-9.
    1 O. Em toda a sequência da RCP, pensar nas causas reversíveis e fornecer o tratamento sempre
    que detectada.
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18
Q

Com relação as medidas adjuvantes à ressuscitação, discorra sobre o uso de oxigênio:

A

A recomendação é fornecer oxigênio na

mâxima fração inspiratória possível durante as manobras de ressuscitação.

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19
Q

Como aplicar drogas durante o RCP?

A

Por meio da aplicação de drogas em acesso venoso periférico
, sempre que alguma droga for necessária durante a RCP (p. ex., epinefrina ou amiodarona),
deve-se aspirar 20 mL de soro, infundi-lo rapidamente (jlushing) logo após o medicamento e o
membro deve ser elevado. Tanto para evitar flebite, como para levar a droga mais rapidamente para
a circulação sistémica.

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20
Q

Determine 3 opções de vias aéreas avançadas:

A
  • Ventilação com dispositivo bolsa-máscara acoplado ao oxigênio.
  • Via aérea avançada com a intubação orotraqueal (IOT).
  • Via aérea avançada com dispositivo extraglótico (DEG).
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21
Q

Qual a indicação de via aérea avançada?

A

A indicação da via aérea avançada é obrigatória, se a ventilação com bolsa-máscara é inadequada; ou pode ser por uma estratégia na abordagem sequencial para o manejo das vias aéreas durante a RCP.

Indicações do IOT:

  • Procedimentos e cirurgias
  • Impossibilidade de manter via aérea pérvia
  • Insuficiência respiratória aguda grave e refratária
  • Hipóxia e/ou hipercapnia
  • Escala de Coma de Glasgow (GCS) ≤ 8
  • Instabilidade hemodinâmica grave ou parada cardiorrespiratória
  • Antecipação de piora em pacientes queimados ou em pacientes com visível desconforto respiratório que poderão entrar em fadiga da musculatura respiratória
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22
Q

Como confirmar o posicionamento adequado de uma via aérea avançada?

A

Pelo exame físico, espera-se expansão torácica bilateral; a ausculta do epigástrio não demonstra “sons respiratórios”; e os campos pulmonares são audíveis bilateralmente (devem ser simétricos). Todavia, além do exame clínico, é fundamental confirmar o correto posicionamento do tubo orotraqueal por meio da capnografia quantitativa continua em forma de onda.
O transdutor do ultrassom de beira de leito (point of care (POC) pode ser colocado transversalmente sobre a região anterior do pescoço, acima da fúrcula esternal, o que permite facilmente identificar se o tubo está em posição endotraqueal ou esofágica.

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23
Q

Como fazer a ventilação após a obtenção da via aérea avançada?

A
  • 1 ventilação a cada 6 segundos
    (total de 10/minuto), sem a necessidade de sincronia com as compressões torácicas
    1/2 Bolsa 500-600mL de VC 15L/min O2, com vedação adequada

*Deve-se evitar hiperventilação.

*

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24
Q

Maior prevalência dos ritmos de PCR:

A

O ritmo mais frequentemente encontrado quando a PCR-Extra-H é detectada precocemente é a fibrilação ventricular. A taquicardia ventricular sem pulso também é comum, porém muitas vezes degenera-se para FV. Ambas, somadas, são responsáveis por 80% dos casos de PCR e são os ritmos elétricos de melhor prognóstico para reversão, desde que tratadas de modo adequado e em tempo hábil.

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25
Q

Onde as pás do desfibrilador são posicionadas?

A

ápice cardíaco e região

infraclavicular direita ou anteroposterior (precórdio e dorso, logo abaixo da escápula

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26
Q

Como é feita a desfibrilação?

A

*Localização das pás: ápice cardíaco e região
infraclavicular direita

  • Aparelho: preferencialmente bifásico
  • Choque único com alta dose de energia reverte a grande maioria das FV s.

*Sequência: Mesmo quando a FV é revertida, existe um período de assistolia ou atividade elétrica sem
pulso que não são capazes de gerar perfusão sistêmica adequada. Essa estratégia providencia um período de ininterrupta RCP antes da análise do ritmo pós-choque.
Por isso, após a desfibrilação (choque), deve-se manter a RCP com 30 compressões intercaladas com 2 ventilações durante 2 minutos, antes de se checar novamente o ritmo. Se a FV persiste ou se ela recorre a qualquer momento, a mesma estratégia é repelida, com desfibrilação e 2 minutos de RCP antes de se checar novamente o ritmo.

*Quando: a desfibrilação deve ser realizada o mais
rapidamente possível quando FV for detectada.

*Energia:
1. Aparelho monofásico: desfibrilar com 360 Joules (recomendação I; evidência B-NR).
2. Dos aparelhos bifásicos, deve-se escolher a dose de energia recomendada pelo fabricante,
variando de 120J a 200J.
o Se a dose de energia recomendada pelo fabricante não é conhecida, deve-se desfibrilar com a dose máxima do aparelho.
3. Se novos choques forem necessários, as diretrizes de 2015 não recomendam aumento escalo-
nado da dose de energia, devendo-se manter a mesma dose.

27
Q

Como é a sequencia da desfibrilação?

A

A desfibrilação deve ser realizada o mais rapidamente possível quando FV for detectada, mesmo quando a FV é revertida, existe um período de assistolia ou atividade elétrica sem pulso que não são capazes de gerar perfusão sistêmica adequada. Essa estratégia providencia um período de ininterrupta RCP antes da análise do ritmo pós-choque. Por isso, após a desfibrilação (choque), deve-se manter a RCP com 30 compressões intercaladas com 2 ventilações durante 2 minutos, antes de se checar novamente o ritmo. Se a FV persiste ou se ela recorre a qualquer momento, a mesma estratégia é repelida, com desfibrilação e 2 minutos de RCP antes de se checar novamente o ritmo.

28
Q

Qual a energia da desfibrilação?

A
  1. Aparelho monofásico: desfibrilar com 360 Joules
  2. Dos aparelhos bifásicos (geralmente 200J, deve-se escolher a dose de energia recomendada pelo fabricante. variando de 120J a 200J.
  3. Se novos choques forem necessários, as diretrizes de 2015 não recomendam aumento escalonado da dose de energia, devendo-se manter a mesma dose
29
Q

Como usar a epinefrina no RCP?

A

A dose é de 1 mg. por via IV ou 10, sendo iniciada após o 2º choque. A partir desse momento, a epinefrina pode ser repetida na mesma dose, a cada 3 a 5 minutos, até a reversão da PCR ou os fins dos esforços.

30
Q

Como usar a amiodarona no RCP?

A
  1. Indicação: FV/TVsp que não responde a RCP, desfibrilação e epinefrina. Amiodarona é melhor que lidocaína nesse cenário.
    a. Primeira dose: 300 mg IV ou 10, em bolus (2 ampolas; diluir para 20 mL com SGS%).
    b. Segunda dose: 15O mg IV ou 10 (1 ampola diluir; para 20 mL com SGS%).
  2. Logo após a desfibrilação ser realizada (1º choque), as manobras de RCP devem ser imediatamente reiniciadas e um acesso venoso periférico ou intraósseo deve ser providenciado.
  3. Após 2 minutos de RCP, o ritmo deve ser checado. Se FV presente, deve-se desfibrilar novamente (2º choque), providenciar mais 2 minutos de RCP e iniciar a epinefrina IV ou 10, na dose de 1 mg a cada 3 a 5 minutos, até o retorno da circulação espontânea ou fim dos esforços.
  4. O ritmo deve ser novamente checado após 2 minutos. Se FV presente, deve-se desfibrilar
    novamente (3º choque), providenciar mais 2 minutos de RCP e iniciar amiodarona IV ou IO.
    Assim, a dose de amiodarona é recomendada após o 3º choque (300 mg).
  5. Após a amiodarona e um total de 2 minutos de RCP, deve-se checar o ritmo. Se FV /TV sp persistente, deve-se desfibrilar novamente ( 4º choque), providenciar mais 2 minutos de RCP e prescrever nova dose de epinefrina. O ritmo deve ser checado e se FV presente, providenciar novo choque (5º choque) seguido de mais 2 minutos de RCP. Nesse momento, a segunda dose
    de amiodarona deve ser aplicada (150 mg).
31
Q

Definição AESP:

A

A AESP é definida como uma PCR na presença de alguma atividade elétrica cardíaca, excetuando-se as taquiarritrnias ventriculares. Tais ritmos seriam normalmente associados a pulso palpável. O tratamento da AESP nunca deve ser realizado por meio de choque, pois já existe unia atividade elétrica ventricular organizada.

32
Q

Defina assistolia:

A

A assistolia é a forma de pior prognóstico, caracterizando a ausência de atividade elétrica no coração. As causas de assistolia são semelhantes às da AESP, embora, frequentemente, assistolia seja a consequência final de FV /TV sp prolongada. Contudo, o encontro de uma linha isoelétrica pode de fato não ser assistolia, sendo necessária a consideração dos seguintes fatores:

  1. Cabos, conexões, eletrodos: problemas técnicos podem levar a uma linha isoelétrica no monitor. Por isso, deve-se checar se tudo está correto.
  2. Ganho do aparelho: deve-se colocar no ganho máximo para aumentar a chance de identificar uma fibrilação ventricular fina.
  3. Avaliar o traçado em derivações diferentes.
33
Q

Manuseio do paciente em assistolia/AESP:

A

Se o ritmo detectado é AESP/assistolia, continue os ciclos de compressões e ventilações 30:2. Um acesso venoso periférico calibroso ou intraósseo deve ser providenciado, seguido da administração da epinefrina (1 mg a cada 3-5 minutos). Via aérea avançada (IOT ou DEGs) pode ser considerada e capnografia quantitativa contínua em forma de onda acoplada, tanto para confirmar a inserção correta da via aérea como para
monitorizar a RCP. Se o ritmo inicial for assistolia, a RCP deve ser conduzida imediatamente, da mesma forma como descrita. Nesse intervalo, deve-se checar eletrodos e conexões, colocar o ganho do aparelho no máximo e mudar a derivação. Na próxima checagem do ritmo, manutenção da linha isoelétrica confirma a assistolia. Após isso, durante toda a RCP, o ritmo deve ser checado a cada 2 minutos. Se mudar para FV, deve-se desfibrilar e seguir o algoritmo de FV. Se aparecer algum ritmo diferente, checar o pulso; se presente, providenciar os cuidados pós-RCE. Se não houver
mudança do ritmo, realizar a RCP, administrar epinefrina a cada 3-5 minutos e checar o ritmo após 2 minutos. O ciclo é continuado até que a decisão de parar os esforços seja indicada. Três considerações são relevantes nesse cenário:
1. Quando uma via aérea avançada for inserida, as compressões torácicas passam a ser contínuas (ciclos de 2 minutos de compressões ininterruptas) e sem sincronização com a ventilação. Essa passa a ser de ventilação a cada 6 segundos.
2. Epinefrina deve ser administrada o mais precocemente possível na AESP/assistolia. Estudos observacionais relacionaram administração precoce da droga em ritmos não passíveis de choque com melhor prognóstico.
3. Os denominados 5Hs e STs devem ser considerados desde o início dos esforços. A chance de sucesso da RCP depende muito do controle ou tratamento de uma causa reversível. De nota, uma causa reversível deve ser procurada e tratada para toda e qualquer PCR.

34
Q

5 Hs e 5Ts:

A

Causas de AESP/assistolia:

  1. Hipovolemia (geralmente por grave hemorragia, como no trauma, hemorragia digestiva ou ruptura de aneurisma)
  2. Hipóxia grave de qualquer etiologia (asma, DPOC, trauma, pneumonia, obstrução de vias aéreas etc.)
  3. Hipotermia mais frequentemente relacionada ao afogamento
  4. H+ - acidose metabólica grave
  5. H’s- Hipo’s e Hiper’s: para vários distúrbios eletroliticos (HIPERCALEMIA, hipocalemia, hipocalcemia, hipomagnesemia)
  6. Tamponamento cardlaco
  7. Tromboembolismo pulmonar
  8. Trombose de coronária
  9. Tensão (pneumotórax hipertensivo)
  10. Tóxicos
35
Q

Tratamentos 5 Hs e 5Ts:

A
  • Hipovolemia: Reposição volêmica com cristaloides, hemoderivados e medidas salvadoras para estancar o sangramento
  • Hipóxia: O2 a 100% + via aérea com ambu; via aérea avançada deve ser providenciada; pneumotórax pode coexistir, deve ser procurado e tratado.
  • Hipotermia: Reaquecimento com RCP extracorpórea é a escolha; se não disponível, reaquecimento interno e externo devem ser providenciados (cristaloides a 42ºC e mantas térmicas)
  • Hidrogênio (acidose metabólica): 1 mEq/kg NaHCo3 (8,4%) EV
  • Hipercalemia: 20 mL Gluconato de Cálcio (10%) EV
  • Hipocalemia: 2g sulfato de magnésio EV
  • Tamponameno cardíaco: Pericardiocentese
  • Trombose coronariana: 1500000 UI estreptoquinase EV em BIC 1h ou Alteplase (tPA) 15 mg EV em 1-2 minutos seguido por 50 mg EV em BIC por 30 min e por fim 35 mg EV em BIC por 1 hr
  • TEP: 250000 UI SK(estreptoquinase) em BIC por 30 min seguidos de 100000 UI/h por 24h
  • Tensão - Pneumotórax: Jelco 14 no 5º EIC na LAA
  • Tóxicos: Antagonista especifico
36
Q

Como tratar a hipóxia como causa de AESP/assistolia?

A

O2 a 100 + via aérea por ambu, considerando via aérea avançada

Hipóxia é uma causa frequente de PCR. As medidas adjuvantes na RCP revertem a hipoxemia; via aérea avançada deve ser providenciada; pneumotórax pode coexistir e deve ser procurado e tratado.

37
Q

Como tratar a hipovolemia como causa de AESP/assistolia?

A

Hipovolemia é outra causa relativamente frequente de PCR, sobretudo relacionada ao trauma, além de hemorragia digestiva ou ruptura de aneurisma. Cristaloide deve ser inicialmente prescrito, seguido de hemoderivados, assim que disponíveis. Sempre que possível, a contenção do sangramento deve ser realizada.

200-300 mL paciente clínico
1000 mL paciente do trauma

38
Q

Como tratar a hipotermia como causa de AESP/assistolia?

A

• O tratamento de escolha da PCR no paciente em hipotermia, sobretudo quando associada ao
afogamento, é com a RCP por meio da circulação extracorpórea.
• Se não disponível, deve-se providenciar uma combinação de técnicas de reaquecimento ex-
ternas e internas (p. ex., ar forçado quente, cristaloides aquecidos (42º), lavagem peritoneal forçada, mantas térmicas). Monitorização hemodinâmica contínua e cristaloides IV aquecidos são essenciais, muitas vezes com a necessidade de grandes volumes de fluidos. Quando houver o RCE, deve-se seguir com a RCP padronizada.

39
Q

Como tratar a acidose metabólica grave como causa de AESP/assistolia?

A

• Acredita-se que o melhor tratamento para acidose é realizar a RCP de alta qualidade.
• Indicações:
1. Paciente com acidose GRAVE conhecida e que evolui com PCR (note que não é o diagnós-tico de acidose no meio de uma RCP).
2. PCR associada a hipercalemia grave.
3. PCR associada a intoxicação aguda por antidepressivos tricíclicos.
• Apresentação: bicarbonato a 8,4%: 1 mL - 1 mEq.
• Modo de usar: dose de ataque: 1 mEq/kg de peso; metade da dose pode ser repetida após 10-15
minutos, dependendo do pH; doses subsequentes devem ser guiadas pela gasometria.

FORA DOS CASOS SUPRACITADOS SEU USO PODE SER DELETÉRIO

40
Q

Como tratar a hipercalemia como causa de AESP/assistolia?

A

• Gluconato de cálcio a 10%: 20 mL IV em bolus; a dose pode ser repetida a cada 2-5 minutos; número de doses totais é desconhecida.
• Solução polarizante:
Glicose (50 g) + insulina (10 U): ambos IV; em bolus. Monitorizar glicemia apenas em sangue arterial ou veia calibrosa.
Gligose (50g) - 100 mL de glicose 50% ou 200 mL de glicose 25%
• Bicarbonato de sódio 8,4% (1 mL = l mEq): dose de ataque: 1 mEq/kg de peso; metade da dose pode ser repetida após 10-15 minutos.
• Considere diálise se PCR hipercalêmica resistente às medidas descritas. Várias modalidades de diálise têm sido utilizadas com segurança e eficácia na PCR, mas isso só é disponível em centros especializados.

41
Q

Como tratar a hipocalemia como causa de AESP/assistolia?

A

• Sulfato de magnésio (MgSO4) 2g EV, isto é 20 mL MgSO4 (10%) ou 4 mL MgSO4 (50%)
• Em veia periférica: 490 mL de SF 0,9% + 10mL de KCl 10% para correr em 1 h
• Em veia profunda: 480mL de SF 0,9% +
20 mL KCl 10% para correr em 1 h

42
Q

Como tratar a hipomagnesenemia como causa de AESP/assistolia?

A

• Grupos de risco: pacientes com perdas intestinais, poliúria, alcoolismo, desnutridos e síndromes de má absorção intestinal.
• Pode causar PCR por taquicardia ventricular polimórfica (torsade de pointes).
• Manter megnesenemia normal: 1,5-2,5 mg/dL
• Modo de usar o magnésio na PCR causada pela hipomagnesemia:
Ampola de Sulfato de Magnésio (MgSO4) 10% (1g/10mL) ou 50% (5g/10mL)
1. Etapa rápida: Sulfato de Magnésio 10% 10-20 mL + SF 0,9% 100mL EV em BI 10-15 minutos (arritmia), 60 minutos (outras hipomagnesenemias graves)
2. Etapa de manutenção: Sulfato de Magnésio 10% 20 mL + SF 0,9% 80mL EV em BI 8 horas

43
Q

Como tratar a hipocalcemia como causa de AESP/assistolia?

A
  • Parâmetro normal: > 8,5 mg/dL

* Gluconato de cálcio a 10% (1g/10mL) 10-30 mL IV em 150mL de SG 5% em 10-20 minutos

44
Q

Como tratar o tamponamento cardíaco como causa de AESP/assistolia?

A

Tamponamento cardíaco é de difícil diagnóstico no paciente em PCR, exceto se o diagnóstico
for conhecido ou se o ultrassom POC for disponível na sala de emergência.
• A pericardiocentese imediata pode reverter a PCR - agulha n.18 em 1 cm abaixo do apêndice xifoide inclinada 15º-30º com a pele e direcionar para o ombro esquerdo
• No trauma, a toracotomia de ressuscitação é a escolha.

45
Q

Como tratar o pneumotórax hipertensivo como causa de AESP/assistolia?

A
  • O diagnóstico do pneumotórax hipertensivo É CLÍNICO.
  • Expansibilidade torácica ou ausculta pulmonar assimétrica, dispneia.
  • Toracocentese de emergência (jelco 14) no 5º EIC na LAM, seguido de drenagem em selo d’àgua no 5-6 EIC na LAA/LAM
46
Q

Como tratar o IAM como causa de AESP/assistolia?

A

• Trombose coronariana ou síndromes coronarianas agudas representam uma das causas mais
frequentes de PCRs. Habitualmente, a PCR (morte súbita) é ocasionada por taquiarritmias
ventriculares (FV /TV), mas também pode refletir um lAM de grande extensão (AESP).
• TROMBÓLISE: SK 1500000 UI EV em 1h em BIC
tPA 15mg EV em BIC por 1-2 minutos seguido de 50 mg EV em BIC por 30 minutos e 35 mg em BIC por 1h

47
Q

Como tratar o TEP como causa de AESP/assistolia?

A

Fibrinolíticos:

  • tPA (Alteplase): 100mg em BIC por 2h
  • SK (estreptoquinase): 250000UI em BIC por 30 min seguido por 100000 UI/h em BIC por 24h
48
Q

Como tratar a intoxicação por anestésicos locais como causa de AESP/assistolia?

A

• Na intoxicação grave por anestésicos locais (ex. LIDOCAÍNA), observa-se quadro de toxicidade central (agitação, convulsões e depressão do SNC), seguida de bradicardia, assistolia ou taquiarritmias ventriculares.
• Administrar emulsão lipídica intravenosa (ELI) ( ex. Lipofundin)
• Modo de usar: emulsão lipídica (Lipofundin) IV a 20%.
1. manutenção da via aérea e oxigenação;

  1. tratamento de convulsões com benzodiazepínicos;
  2. bolus de emulsão lipídica 20% de 1,5 ml/kg-1 em 1 minuto;
  3. iniciar infusão de emulsão lipídica 20% de 0,25 ml/kg-1/min;
  4. repetir o bolus duas vezes com cinco minutos de intervalo se circulação satisfatória não for restabelecida;
  5. após mais cinco minutos aumentar infusão para 0,50 ml/kg-1/min;
  6. respeitar o limite superior de emulsão lipídica 20% recomendado que é de 10 ml/kg-1 em 30 minutos.
49
Q

Como tratar a intoxicação por opioides como causa de AESP/assistolia?

A

• Naloxona é amplamente usada para reverter a depressão respiratória causada pela intoxicação aguda por opioides.
Naloxona 0,4 a 2 mg, EV ou IO a cada 2-3 minutos.
• Para PCR associada a opioides, nenhuma das diretrizes recomenda o uso de naloxona.
Altas doses costumam guardar melhor resultado com PCR decorrente de intoxicação por opioides.

50
Q

Como tratar a intoxicação por antidepressivos tricíclicos como causa de AESP/assistolia?

A

• Suspeita de intoxicação por tricíclico, como em uma tentativa de suicídio, deve indicar o tratamento com bicarbonato de sódio.
• O bicarbonato de sódio a 8,4% IV 1 - 1,5 mEq/kg
de peso. Doses adicionais (metade da dose) podem ser repetidas após 5-15 minutos, dependendo do pH; doses subsequentes devem ser guiadas pela gasometria.
• Nessa intoxicação, o beneficio teórico do pH em situação de não PCR é entre 7,45-7,55. Na
PCR, isso é indeterminado. Em tese, esse poderia ser o alvo.

51
Q

Como tratar a intoxicação por beta-bloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio como causa de AESP/assistolia?

A

Cálcio IV é uma opção teórica para PCR associada a intoxicação
por BCC.
o Dose: 2 a 3 ampolas de cálcio IV. a cada 2-5 minutos. Não se sabe quantas vezes essa dose
pode ser repetida.
o Insulina: 1 U/kg de peso em bolus + Manutenção: 0,5 a 2 U/k/hora
o Glicose deve ser usada para evitar hipoglicemia; só usar sangue de veia de grosso calibre ou preferencialmente arterial para medir a glicemia .

Intoxicação por beta bloqueadores: glucagon na dose de 5mg/h em bolus

52
Q

Quando considerar o fim dos esforços da RCP?

A

Decisão tomada em acordo com toda a equipe

  • ETCO2 menor ou igual a 10 mmHg por no mínimo 20 minutos
  • RCP > 30 min sem ritmo de reperfusão sustentado
  • Ritmo inicial de assistolia
  • Intervalo prolongado entre o tempo de PCR e o início de RCP
  • Idade e comorbidade dos pacientes
  • Reflexos de tronco cerebral ausentes
53
Q

Que variáveis estão envolvidas nos cuidados pós-retorno (RCE):

A

A reabordagem do ABC deve ser realizada periodicamente, sobretudo se houver o menor sinal de deteriorização clínica do paciente. A checagem do correto posicionamento da cânula, acompanhamento contínuo da capnografia quantitativa, oximetria de pulso e da adequação das ventilações asseguram a boa oxigenação do paciente. É de grande importância manter otimizada a função cardíaca, respiratória e buscar normalizar a perfusão de órgãos vitais.

  • estabilização hemodinâmica e controle da PA
  • oxigenação e suporte ventilatório
  • eletrocardiograma (para identificar SCA) e intervenção coronariana percutânea (cineangiocoronariografua para tratar SCA)
  • controle da temperatura pós-RCE
  • controle glicemia
  • capnografia
  • controle de eletrólitos
54
Q

Acerca dos cuidados pós-RCE, fale sobre a estabilização hemodinâmica:

A

Estudos com pacientes após a PCR demonstraram que PA sistólica abaixo de 90 mmHg (ou PAM menor que 65 mmHg) está associada a maior taxa de mortalidade e menor chance de recuperação funcional, enquanto PA acima de 100 mmHg melhorou o prognóstico. Todavia, não se sabe o alvo preciso para a PA no paciente pós-RCE. Por isso, nas novas diretrizes de RCP de 2015, existe a recomendação de evitar e corrigir imediatamente a hipotensão.

55
Q

Acerca dos cuidados pós-RCE, fale sobre a OXIGENAÇÃO E SUPORTE VENTILATÓRIO :

A
  • Todos os esforços devem ser conduzidos para se evitar hipoxemia no pós-RCE. Assim, recomenda-se usar oxigênio a 100% até que a saturação arterial de oxigênio ou preferencialmente a pressão parcial de oxigênio arterial seja aferida.
  • Coletar gasometrias e/ou acompanhar com a oximetria também são fundamentais para se evitar excessiva oxigenação sanguínea (hiperóxia), que se associam a maior lesão neuronal.
  • Também de grande importância, com coletas seriadas de gasometria arterial, é evitar a todo custo a hipocapnia (baixa PaCO,) ou a hipercapnia (alta PaCO,), pois ambas são deletérias ao paciente no período pós-RCE.

METAS:
Sat O2: maior ou igual a 94 e menor que 100 ( ex. 96%, 97%)
Ventilação: 10-12 ventilações por minuto
PaCO2 de 40-45 mm/Hg, PetCO2 de 35-40 mmHg

Tanto a hiperventilação, quanto a hiperóxia são deletérias.

56
Q

Acerca dos cuidados pós-RCE, fale sobre a INTERVENÇÃO CORONARIANA PERCUTÂNEA :

A

Indicação terapêutica de ICP na síndrome coronariana aguda com supra de ST, como tratamento de reperfusão de primeira escolha em pacientes com início dos sintomas há menos de 12 horas; ou entre 12 e 24 horas em pacientes com insuficiência cardíaca aguda, hemodinamicamente ou eletricamente instáveis ou com sintomas de isquemia persistentes. A angioplastia primária deve ser preferida caso a mesma possa ser realizada em até 90 minutos no próprio hospital, ou em até 120 minutos transferindo o paciente para serviço de hemodinâmica de referência. Também indicado em pacientes com contraindicação absoluta ao fibrinolítico.Atenção!Pacientes com diagnóstico tardio de IAMCSST, especialmente entre 12 e 24 horas da apresentação, podem ser submetidos a ICP primária, caso a isquemia miocárdica seja persistente (ex.: arritmias, dor intratável e/ou instabilidade hemodinâmica).

57
Q

Acerca dos cuidados pós-RCE, fale sobre o CONTROLE DE TEMPERATURA PÓS·RCE :

A

32-36 graus por 24 horas

Como resfriar?

Hipotermia não invasiva: bolsa de gelo, vento, imersão em água gelada, coberturas de resfriamento, pás de gel

Hipotermia invasiva: inteavascular, infusão de soro gelado, circulação extracorpórea, bypass cardio pulmonar

58
Q

Acerca dos cuidados pós-RCE, fale sobre o CONTROLE DA GLICEMIA

A

• Hiperglicemias acima de 180 mg/dL não devem ser toleradas. Deve-se manter a glicemia
controlada da mesma maneira em que outros pacientes graves.

59
Q

Quando intubar no PCR?

A

Situação 1: após 3 ciclos se RCP, que é uma parada prolongada

Situação 2: presença de profissional treinado e dispositivos supraglóticos que não retardem o RCP - pode ser feito em qualquer momento

60
Q

Quando o sulfato de magnésio é usado?

A

Em casos de hipomagnesemia documentada (<1,5 mg/dL, por redução da absorção ou perda gastrointestinal ou renal, pode, estar associada a hipocalemia permanente ou ser efeito do uso de drogas, como o omeprazol) ou da taquicardia ventricular polimórfica. - TORSADE DE POINTES

Sulfato de Magnédio 50% 4mL EV em bolus, a cada 2-3 minutos nos pacientes mais graves e cada 15 minutos nos mais estáveis.

61
Q

Como fazer RCP na gestante?

A

RCO em DDH com deslocamento uterino (alguém empurra para o lado esquerdo).

Fazer cesária após 4 minutos de RCP sem resposta.

62
Q

Metas de ressuscitação pós parada

A
PAM: 65-100
PVC: 8-12
Lactato: redução progressiva ou normal
SvcO2: maior que 70
Débito urinário:  maior que 1mL/Kg/h
Oxigenação: maior que 94 e menor que 100
63
Q

Quando indicar angiocardiografia?

A

Quando o eletro pós parada indica Supra ST

Ou

Quando há BRE+clínica de infarto

Ou

História sugestiva de morte súbita

64
Q

Tratamento Torsade de Pointes:

A

Desfibrilação (200 J Bifásico ou 360 J Monofásico) + 2g MgSO4 em 10mL de soro glicosado 5% em bolus