Cefaleia Flashcards

1
Q

Tratamento crise leve/moderada/comum/tensional de cefaleia:

A

Cede espontaneamente ou a uma dose de analgésigo comum:

  • Acetomifeno 750 mg-1000 mg
  • Dipirona 500-1000 mg
  • Ácido acetil salicílico 500-1000 mg

Pode-se associar cafeína.

Quando mão há resposta em 1-2 horas a droga deve ser trocada.

Usar ergotamina 1mg 1mg (sublingual) ou 1mg + dipirona 350mg + cafeína 100mg (Cefaliv, Enxak) ou mesilato de di-hidrorgotamina+ paracetamol 450 mg + cafeína 75mg + cloridrato de metaclopramida 10 mg (cefalium)

ALTERNATIVA

Sumatriptano 25mg (Sumax)

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2
Q

Tratamento crise enxaqueca leve:

A

Dor a menos de 72 horas:

Dieta oral zero.

TRATAMENTO AAA

*ANTIEMÉTICO
Metoclopramida 10 mg ou Dimenitrato 30 mg EV diluído em 100 mL SF0,9%

*ANALGÉSICO
Dipirona 1g (2mL) EV diluída em água destilada (8mL)

*ANTI-INFLAMATÓRIO
Cetoprofeno 100mg EV diluído em SF9% 1200mL

Reavaliar o paciente em 1 h: se não melhorar:
Succinato de Sumatriptana 6-12 mg SC ou 50-200 mg VO

Dor a mais de 72 h:

Dieta oral zero.

Se sinais de desidratação/instabilidade hemodinâmica: SF 9% EV

Associar ao tratamento antes das 72 h, Dexametasona 10 mg EV lento

Se não melhorar: Clorpromazina 0,1-0,25 mg/kg IM

NÃO PRESCREVER OPIÓIDE

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3
Q

Tratamento de cefaleia grave/refratária:

A

Codeína (7,5 ou 30 mg) VO + Paracetamol 500 mg (Tylex, Codex)

Diieidroergotamina 0,5mg/h IV

Clorpramida 10-12,5 mg, repetir após 1 hr

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4
Q

Headflags cefaleia

A

TODOS INDICAM TC

Pior cefaleia da vida e perda da consciência - Hemorragia subaracnóidea (HSA) (solicitar TC)

Piora progressiva de cefaleia crônica e déficit neurológico - Tumor cerebral (solicitar TC)

Febre e rigidez nucal - Meningite (solicitar punção liquórica antes de TC, a não ser que haja déficit neurológico (sinal focal), que pode denotar hemorragia intracraniana, que é causa de herniação)

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5
Q

Tipos mais comuns de cefaleia primária no PS:

A
  • Migrânea (enxaqueca)
  • Tensional
  • Trigêmeo-autonômicas (por ex. em salvas)
  • Relacionadas ao esforço
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6
Q

Tipos mais comuns de cefaleia secundária no PS:

A

Secundárias:

A meningite, a HSA, AVC, dissecção de carótidas, a tumor

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7
Q

Tratamento cefaleia tensional (mais comum)

A

Holocraniana, fronte, ao final do dia, associada a estresse e fatores emocionais

Padrão ouro: AINES EV

Cetoprofeno 100-200mg
Diclofenaco
Pode associar opióide: ex Tramadol

Explicar que é uma cefaleia crônica e recomendar acompanhamento para medidas de controle
Orientar evitar abuso de analgésico!

Cefaleia por abuso de medicamento: AINE

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8
Q

Tratamento cefaleia trigêmeo-autonômicas

A

Aguda + dor ocular+ lacrimejamento + congestão nasal + hemicraniana+ jovem + sexo masculino

Oxigenoterapia: máscara O2 100% 10-12 L/min durante 20 min
Pode associar triptanos: Succinato de Sumatriptana 6-12 mg SC ou 50-200 mg VO

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9
Q

Tratamento nevralgia do trigêmeo:

A

Dor em V1, V2 e/ou V3 + alteração de sensibilidade

1 opção:
Carbamazepina (200 mg/cp) 1 cp VO de 12/12 horas; (dose usual de 400-1200 mg/dia)

2 opção:

Gabapentina (300 mg/cp) 300-1800 mg/dia VO, em 3 doses (inicial: 3 x 300 mg)

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10
Q

Pacientes com cefaleia _________, _________ mesmo com bom estado geral, deverão ser imediatamente submetidos a tomografia de crânio. Se a história clínica for sugestiva, mesmo a tomografia normal não descarta ___________, sendo, por isso, indicada ________________.

A

Início súbito
A pior dor da vida
Hemorragia subaracnóidea
Punção liquórica

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11
Q

Quais as cefaleia primárias?

A
  1. Migrânea.
  2. Cefaleia do tipo tensional.
  3. Cefaleia em salvas e outras cefaleias autonômicas trigeminais.
  4. Outras cefaleias primárias: cefaleias diversas não associadas a lesão estrutural (cefaleia primária em
    pontada, associada a tosse, associada a atividade sexual, recente cefaleia persistente-diária etc.).
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12
Q

Quais as cefaleias secundárias?

A
  1. Cefaleia atribuída a trauma de cabeça e/ou pescoço.
  2. Cefaleia atribuída a distúrbios vasculares cranianos ou vasculares (inclui: hemorragia
    intracraniana, trombose de seios venosos, dissecção de artérias, arterite de células gigantes).
  3. Cefaleia atribuída a distúrbios intracranianos não vasculares (inclui: tumor, hidrocefalia, hipertensão intracraniana, meningite, encefalite, abscesso cerebral, cefaleia pós-coleta de liquor).
  4. Cefaleia atribuída a uso de substâncias ou a sua supressão (abstinência).
  5. Cefaleia atribuída a infecção não cefálica (inclui: cefaleia associada a infecções sistêmicas,
    como pneumonia, pielonefrite. síndromes virais agudas).
  6. Cefaleia atribuída a distúrbios metabólicos (inclui: hipercapnia. grandes altitudes. hipoxemia).
  7. Cefaleia ou dor facial atribuída a distúrbio de cranio, pescoço, olhos, ouvidos, nariz, seios da
    face. dentes, boca ou a outras estruturas da face ou crânio.
  8. Cefaleia atribuída a transtorno psiquiátrico.
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13
Q

Quando investigar as causas da cefaleia?

A

Averiguar se há sinais de alerta:

  • Há sinais de alerta: investigar
  • Não há sinais de alerta.
  • Não é refratária ao tratamento: não investigar
  • É refratária ao tratamento: investigar
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14
Q

Características da migrânea:

A

A cefaleia tem no mínimo duas das seguintes caraterísticas:
1. Localização unilateral.
2. Qualidade pulsátil.
3. Intensidade moderada ou forte (limitando ou impedindo atividades diárias).
4. Agravamento por subir degraus ou atividade tisica semelhante de rotina (ou o paciente evita
realizar as funções habituais).
5. Náuseas e/ou vômitos.
6. Fotofobia e fonofobia .

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15
Q

Características das cefaleias em salvas:

A

A cefaleia é associada com pelo menos um dos seguintes sinais:

  1. Injeção conjuntiva e/ou lacrimejamento ipsilateral.
  2. Congestão nasal e/ou rinorreia ipsilateral.
  3. Edema palpebral ipsilateral.
  4. Sudorese da fronte e da face ipsilateral.
  5. Miose e/ou ptose ipsilateral.
  6. Sensação de inquietação ou agitação.
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16
Q

Suspeita de arterite de células gigantes, pedir quais exames:

A

VHS e TC de crânio

17
Q

Suspeita de hemorragia subaracnóidea , pedir quais exames:

A
tomografia computadorizada (TC) de crânio. Se for 
normal, realizar uma punção liquóric
18
Q

Suspeita de meningite e ausência de déficits localizatórios , pedir quais exames:

A

punção liquórica imediata

19
Q

Achado:
Febre e rigidez de nuca

Suspeitar de…

Pedir…

A

Meningite, encefalite

Realizar TC de crânio antes da coleta de liquor apenas se houver déficit localizatório

20
Q

Achado:
Cefaleia súbita ou a pior da vida

Suspeitar de…

Pedir…

A

Hemorragia subaracnóidea

TC de crânio; se normal, indicar coleta de liquor

21
Q

Achado:
Cefaleia súbita, dor cervical, alterações neurológicas variadas

Suspeitar de…

Pedir…

A

Dissecção de carótidas

Angiotomografia, alterações neurológicas variadas angiorressonância ou arteriografia digital

22
Q

Achado:
Hipertensao arterial grave, confusão e papiledema

Suspeitar de…

Pedir…

A

Encefalopatia hipertensiva

Nitroprussiato de sódio.
Tomografia se déficit focal

23
Q

Achado:
Nova cefaleia após cinquenta anos de idade, dor a palpação de artéria temporal; pode se acompanhar de
polimialgia reumática

Suspeitar de…

Pedir…

A

Arterite de células gigantes

VHS e Biópsia de artéria temporal

24
Q

Achado:
Olho vermelho e pupilas medianas

Suspeitar de…

Pedir…

A

Glaucoma agudo

Tonometria

25
Q

Achado:
Cefaleia progressiva com qualquer alteração ao exame neurológico

Suspeitar de…

Pedir…

A

Lesão com efeito de massa em SNC (tumor, abscesso, hematoma)

RN ou TC de crânio

26
Q

Achado:
Cefaleia súbita, forte intensidade, e descartada HSA; presença de trombofilia

Suspeitar de…

Pedir…

A

Trombose de seios venosos

Fase venosa da angiorressonância

27
Q

Achado:
Perda de campos visuais laterais, cefaleia e tumor hipofisário

Suspeitar de…

Pedir…

A

Apoplexia hipofisária

Ressonância de SNC

28
Q

Achado:
Mulher, obesa. papiledema e 6º par craniano

Suspeitar de…

Pedir…

A

Hipertensão intracraniana idiopática

TC crânio

Manometria da pressão liquórica

29
Q

Tratamento hemorragia subaracnoidea:

A

Toda hemorragia subaracnoide (HSA) deve ser considerada quadro grave.

  1. Dieta oral zero:nas primeiras 12 a 24 horas, principalmente em pacientes com rebaixamento do nível de consciência.
  2. Assistência ventilatória:segundo estado geral/nível de consciência.
  3. Suporte clínico intensivo:monitorar PAM por cateter arterial invasivo, alvo: PAS < 140 mmHg. O objetivo é manter a pressão arterial sistólica (PAS) <160 mmHg ou a pressão arterial média (PAM) <110 mmHg após abordagem cirúrgica. PAS > 160 mmHg tem sido associada à rerruptura do aneurisma. O descontrole pressórico pode levar à isquemia cerebral (especialmente se houver hidrocefalia presente). Se necessário, utilizar aminas.

Noradrenalina(solução-padrão: 20 mL +SG 5%80 mL em bomba infusora e veia profunda)

Nitroprussiato(solução padrão 2 mL +SG 5%248 mL em bomba infusora).

  1. Abordagem cirúrgica precoce:avaliação neurocirúrgica; discutir necessidade de monitorização da PIC e derivação ventricular externa.
  2. Coagulopatia:se plaquetas < 50.000, considerar transfusão. Considere a reversão do antagonista davitamina K(5-10 mg EV/VO) comconcentrados complexos protrombínicos(20-50 Unidades/kg) ouplasma fresco(10-20 mL/kg). Concentrados de complexo de protrombina são preferidos.
  3. Profilaxia de crise convulsiva:tópico controverso, se crise presente tratar comFenitoína100 mg EV de 8/8 horas. Como a Fenitoína pode levar a piores resultados cognitivos a longo prazo, o uso de outros agentes como oLevetiracetam(dose inicial de 250 mg VO 2x/dia; dose máxima 1500 mg 2x/dia) pode ser considerado.
  4. Neuroproteção:Nimodipino(30 mg/cp) 60 mg VO/CNE de 4/4 horas. O tratamento é continuado por 21 dias.
  5. Analgesia:regular para a cefaleia. Opções:

Dipirona1g EV 4/4h regular

Tramadol100mg EV 6/6h

Morfina2,5-5mg EV 4/4h (pacientes em uso prévio de opióides podem necessitar de doses maiores)
Hidratação:prevenir hipotensão com reposição volêmica e evitar solução glicosada. Controle da glicemia: ideal entre 100 a 180 mg/dL.
9.Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos (principalmente relacionados à hiponatremia e hipomagnesemia).
Corrigir hipertermia.Quantificar balanço hídrico.Hemotransfusão:considerar para manter Hb > 10..Neurocheck:reavaliação contínua (ex.: Glasgow de 1/1 hora); monitorização contínua.
11.Compressor pneumáticos

30
Q

Tratamento migrânea:

A

São medicações de eficácia comprovada: Triptanos; ergotamina intravenosa com antiemético; aspirina ou paracetamol junto com cafeína; ibuprofeno, naproxeno.

Esquemas:
*Sumatriptano:
a subcutâneo: 6 a 12 mg/dia.
a oral: 50 a 200 mg/dia.
o nasal: 10 a 40 mg/dia.
*A A A
Analgésigo: Dipirona 1g 6/6h VO ou EV (500mg/ml, ampola contém 2mL)
Anti-nflamatório (AINE): Naproxeno 550 mg VO 12/12 h
Antihemético: Metaclopramida: 10mg VO ou EV 1 ampola (5mg/ml, ampola contém 2mL) 8/8h

31
Q

Tratamento cefaleia em salvas:

A

O2 100% 5 a 7 litros/minuto, de preferência com máscara

Sumatriptano 6 a 12 mg SC