ITU Flashcards

1
Q

Manifestações clínicas da cistite:

A

DISÚRIA
URGÊNCIA URINÁRIA
POLACIÚRIA

Noctúria, dor suprapúbica, hematúria

A presença de disúria (dor à micção), associada
à polaciúria (aumento da frequência urinária),
e, em alguns casos, dor suprapúbica, geralmente
está associada à infecção da bexiga.
Ao contrário de outras causas de ITU baixa, a
cistite aguda costuma evoluir com hematúria
(30%). Nos homens, os sintomas obstrutivos
podem predominar, muitas vezes com dor abdominal
mais importante… No exame físico, é
comum a dor à palpação do hipogastro.
A vaginite faz parte do diagnóstico diferencial da
disúria, por irritar a mucosa uretral. Essa hipótese
é mais provável quando a paciente se queixa
de “disúria externa” (labial) associada a corrimento
vaginal e prurido. Sua dor é mais tardia no ato
de urinar, em comparação com a dor da cistite ou
uretrite! Na presença desses sintomas, o exame
ginecológico é imprescindível…

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2
Q

Manifestações clínicas da uretrite:

A

Uma pequena parcela das mulheres que apresentam
sintomas de ITU baixa, na realidade,
possuem uretrite. O quadro clínico é idêntico ao
da cistite aguda, com disúria e polaciúria. Esta
é a explicação para os casos de “cistite” com
urinocultura negativa. Os principais agentes
envolvidos são Neisseria gonorrhoeae,
Chlamydia trachomatis e o vírus herpes-simplex.
O que chama a atenção é a duração mais
longa dos sintomas (> 7 dias), que geralmente é mais arrastada (a cistite se instala em < 24h).
Devemos investigar a presença de fatores de
risco para DST, como troca recente de parceiro
sexual ou mesmo promiscuidade. Em homens,
a uretrite é marcada por disúria e corrimento
uretral (este normalmente ausente em mulheres)!

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3
Q

Manifestações clínicas da epididimite:

A

A epididimite aguda apresenta-se como dor e
edema no epidídimo e testículo. Em alguns
casos, pode haver a presença de uretrite associada,
com secreção uretral mucopurulenta. O
testículo do lado afetado encontra-se aumentado
de tamanho e bastante doloroso. O principal
diagnóstico diferencial, em pacientes jovens,
é a torção de testículo. Na epididimite, a dor
classicamente melhora com a elevação testicular
(sinal de Prehn)…

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4
Q

Manifestações clínicas Pielonefrite:

A

A infecção renal aguda é caracterizada pela
tríade: febre alta, calafrios e dor lombar. Os
pacientes, em geral, se apresentam toxêmicos,
com queda do estado geral e sintomas inespecíficos,
como cefaleia, náuseas, vômitos e
diarreia. Devemos ter em mente, entretanto,
que nem todo paciente com tais sintomas é
portador de pielonefrite – a própria síndrome
febril poderia justificá-los, inclusive a típica
dor lombar (pelo desenvolvimento de mialgias)…
Não é infrequente nos depararmos com
um paciente com febre alta, queda do estado
geral e dor lombar intensa, no qual identificamos,
por exemplo, placas de pus em orofaringe…
Estudos estatísticos mostram que os sintomas
clássicos de pielonefrite associam-se a
esse diagnóstico em apenas 60% dos casos!
A dor, que resulta da distensão da cápsula renal,
pode irradiar para o abdome e dificultar o diagnóstico.
A irradiação para a região da virilha
sugere a existência de obstrução ureteral (geralmente
nefrolitíase). Até 30% dos pacientes com
ITU alta desenvolvem sintomas de ITU baixa
concomitantes (disúria, polaciúria, urgência).
Apesar de infrequente, alguns pacientes desenvolvem
pielonefrite oligossintomática, não
manifestando febre ou mesmo dor lombar. Em
geral, são pacientes de grupos especiais, como
idosos, diabéticos, urêmicos ou imunodeprimidos,
que podem abrir o quadro com descompensação
inexplicada de sua doença de base…
O sinal de Giordano é a dor à percussão da região
lombar (ângulo costovertebral), geralmente intensa, provocada pelos movimentos do rim
inflamado quando da onda de choque. Para
evitarmos resultados falso-positivos, devemos
sempre palpar essa região antes de percuti-la. A
punho-percussão não deverá ser realizada caso
a palpação lombar se mostre dolorosa (por um
problema muscular, por exemplo).
Complicações como abscessos intraparenquimatosos
ou perinefréticos ocorrem em menos
de 10% dos casos de pielonefrite, devendo ser
suspeitados sempre que a febre persistir após
três dias de antibioticoterapia.
Quando não tratada corretamente, a pielonefrite
pode evoluir com sepse. O risco é maior na
pielonefrite complicada (ITU na presença de
condições que aumentam a chance de sepse).
20-30% faz bacteremia
DM concomitante: suspeitar de necrose papilar e pielonefrite enfisematosa

Existem casos leves, onde há febre baixa e dor lombar pouco importante.

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5
Q

Como diagnosticar ITU baixa?

A

Em mulheres jovens com “cistite” esporádica não complicada, o
diagnóstico é clínico (disúria + polaciúria). Em homens, porém,
é necessário urinocultura quantitativa.

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6
Q

Como diagnosticar ITU alta?

A

Quadro clínico sugestivo + urinocultura ≥ 104 UFC/ml

Sinal de Giordano positivo

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7
Q

Tratamento cistite:

A

TRATAMENTO ORAL CLÁSSICO POR 7 DIAS DAS CISTITES E URETRITES

Ciprofloxacino 250 mg 12/12 h durante 7 dias VO (NÃO PODE GRÁVIDA)

Nitrofurantoína 50-100 mg 6/6 h durante 7 dias (NÃO PODE GRÁVIDA)

Fosfomicina VO 8g dose única

Cefalexina 500 mg 6/6 h durante 7 dias VO

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8
Q

Tratamento pielonefrite

A

Na maioria dos casos, o inicio da terapia é empírico.
VO: Amoxicilina+Clavulanato (500mg+125 mg) 8/8 h durante 7 dias, Ciprofloxacino 500 mg 12/12 h, durante 7 dias

Parenteral: Amicanina, Gentamicina, Ampicilina

Quando fazer internação? Hipotensão, vômitos intensos ou febre com tremores

Nos casos leves, 7 dias, nos graves, 14.

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9
Q

O que considerar no tratamento de cistite complicada?

A

com risco aumentado de pielonefrite (diabetes,
litíase, obstrução, insuficiência renal, alterações
das vias urinárias, medula renal esponjosa,
doença policística renal, imunossuprimidos,
ITU de repetição), deve receber uma abordagem
diferente…
Sempre solicitaremos urinocultura com antibiograma
e Gram de urina! A antibioticoterapia
pode ser prescrita logo na primeira
consulta, enquanto se aguarda o resultado dos
exames. O Gram fica pronto no mesmo dia e
pode orientar o tratamento empírico. Após
48-72h, a antibioticoterapia deve ser reavaliada,
substituindo-se a droga por outra mais
adequada, caso necessário.
A duração do tratamento deve ser de sete dias.
A escolha do antibiótico altera-se apenas na
gestante, uma vez que as fluoroquinolonas são
contraindicadas, pela possibilidade de complicações
para o feto. Neste caso, preferem-se os
betalactâmicos (amoxicilina, cefalosporina 1a
geração) ou nitrofurantoína.
Apenas na gestante está indicada urinocultura
de controle após 2-4 semanas do término do
tratamento e, se negativa, devemos repeti-la
mensalmente, até o parto (devido às maiores
taxas de recorrência).

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