Analgesia Flashcards
Qual o primeiro passo no manejo da dor?
Classificá-la em leve (menor ou igual a 3), moderada (4–6) ou grave (7-10)
Tratamento dor leve:
AINEs e Paracetamol
Dipirona 1g (1 ampola) EV em mais de 10 min de 6/6 h
Paracetamol 500 mg EV
+Adjuvantes
- Não deve usar AINE por mais de 7 dias
- Não deve associar AINEs
Tratamento dor osteomuscular
Glicocorticoides 6mg (ex. lombalgia, cervicalgia)
Tratamento dor moderada:
Opioides Fracos: codeína, tramadol, AINEs
+Adjuvantes
Tratamento dor grave:
Opioides Fortes: morfina, fentanil, metadona, oxicodona
+Adjuvantes
Morfina 2mg EV ou SC
Morfina 5mg VO
O que deve ser monitorado no paciente em uso de opioides?
- Tolerância
- Dependência física (abstinência)
- Dependência psicológica (vício)
- Sedação
- Constipação
- Náuseas e vômitos
- Prurido
- Retenção Urinária
- Depressão respiratória
Codeína:
30 a 120 mg, VO de 4/4 horas.
A codeína, opiáceo “fraco” não usado via parenteral, tem em torno de 1/10 da potência da morfina e 10% da população não aceita a conversão da codeína para a morfina. No entanto, aqueles que obtêm mesmo um pequeno benefício analgésico da codeína, experimentam a mesma incidência de efeitos adversos.
Cloridrato de tramadol:
50-100mg VO/EV de 4/4 ou 6/6 h
EV: infusão lenta, diluir dose desejada em SF 0,9%
Vulgo Tramal
É usada para os casos de dor leve a moderada, disponível via oral e parenteral.
Efeito analgésico relacionado com estimulação do receptor opióide, com 1/10 da potência da morfina, dado via parenteral. Tem efeitos colaterais comuns aos opiáceos, embora constipação intestinal apareça com menor intensidade.
Sulfato de Morfina:
2-10mg/70kg EV direta 3-5 min
É excretada por via renal e a administração de 4/4 h, por qualquer via, é necessária para alcançar concentração terapêutica adequada.
Pacientes que não estão com controle adequado da dor, no segundo degrau da escada analgésica, devem iniciar o tratamento com morfina, nas doses ideais-5 a 10 mg, de 4/4 h, aumentando de acordo com a
necessidade.
Dois terços dos pacientes com câncer necessitam de dosagem acima de 180mg/dia. Dois terços, irá necessitar doses mais altas, no decurso
de sua doença.
Citrato de Fentanila (Fentanil):
50-100 microgramas/kg EV
Cloridrato de Metadona:
2,5-10 mg VO/IM/SC a cada 3-4 h
Metadona pode ser útil em alguns pacientes que não respondam à morfina ou tenham intolerância a ela, sendo usada como um opiáceo de
segunda linha.
Oxicodona:
10-40mg/dose VO 12/12h
Parece causar menos sedação, delírio, vômito e prurido, mas mais constipação.
Antidepressivos tricíclicos (TCAs):
Cloridrato de Amitriptilina 100-300 mg/dia VO
Imipramina 25mg VO 1-3 x ao dia
Sertralina 25-50mg VO 1x ao dia
Não produzem alívio da dor revertendo depressão coexistente, uma vez que o alívio da dor ocorre com doses menores e maior rapidez do que seu efeito antidepressivo. Muitos neurotransmissores envolvidos na nocicepção são afetados pelos antidepressivos tricíclicos, bloqueando a recaptação de serotonina e noradrenalina. Também podem melhorar a analgesia, aumentando os níveis de morfina plasmática. Os antidepressivos tricíclicos (TCAs) são de grande valia para os casos de dor constante, com sensação de queimadura ou parestesia, embora também tenham papel importante nas dores neuropáticas lancinantes. O uso destes medicamentos (amitriptilina, imipramina, citalopran, sertralina) pode levar a efeitos colaterais anticolinérgicos, como boca seca e ainda visão
embaçada, constipação, retenção urinária, hipotensão
postural e confusão mental. Para minimizar os efeitos colaterais, deve-se iniciar com baixas doses e aumentar gradativamente. No caso de sedação ser um efeito colateral desejado, deve-se usara amitriptilina.
Anticonvulsivantes:
Carbamazepina 100-200mg VO 1-4 x ao dia
Gabapentina 900-3600mg/dia, dividida igualmente em 3 doses
São drogas usadas em casos de dor neuropática, particularmente dor lancinante, como neuralgia do trigêmeo, pós-herpética e dor associada com compressão medular e esclerose múltipla. Sua ação no alívio da dor se dá pela supressão de circuitos
hiperativos da medula e do córtex cerebral e estabilização das descargas neuronais nas membranas das vias aferentes primárias. Como exemplo destas drogas utilizadas tem-se a carbamazepina, útil nos quadros de dor neuropática lancinante, com efeitos colaterais como náusea, vômitos, ataxia e letargia. A gabapentina apresenta bons resultados em dor pós-herpética e em alguns casos de síndromes neuropáticas. A fenitoína é a menos tóxica, mas também a menos efetiva para
dor neuropática..
Anestésicos locais:
São medicamentos estabilizadores de membrana, que geralmente
aliviam dor neuropática, como a lidocaína, administrada via endovenosa
ou subcutânea.
Deve-se estar atento a riscos cardíacos, e o paciente não deve
estar tomando antidepressivos tricíclicos. Usualmente, tais drogas são
iniciadas com orientação de especialistas