Infecções de pele Flashcards

1
Q

Clínica impetigo

A

Infecção bacteriana superficial contagiosa observada com maior frequência em crianças. Ocorre uma invasão bacteriana direta na pele normal ou en pequenos traumas.

Não bolhoso: É O MAIS COMUM, causado pelo Streptococcus pyogenes (S. aureus secundário), vesículas frágeis que se rompem, dando lugar a crostas melicéricas espessas e aderentes, geralmente em face, períneo e extremidades.)

Bolhoso: aparecimento de bolhas flácidas que evoluem com flacidez, deixando fina crosta marrom, sendo o tronco o local mais afetado. O S. aureus é o principal causador.

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2
Q

Agente etiológico impetigo

A

O Staphylococcus aureus, isoladamente, é o agente
causal mais frequente no impetigo bolhoso. No
impetigo crostoso existe controvérsia na literatura
acerca da etiologia, mas dados atuais mostram
que o S. aureus também parece ser o principal
agente causal, associado ou não ao Streptococcus
pyogenes (geralmente do grupo A)

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3
Q

Tratamento impetigo

A

1) Manter o local limpo e seco (com água e sabão
normal – não há vantagem documentada
com o uso de sabonetes ou soluções antissépticas,
como a clorexidina).
2) Remover crostas e secreções utilizando
compressas de água morna.
3) Antimicrobianos tópicos, sendo as drogas de
escolha a mupirocina (20 mg/g) ou o ácido fusídico (20 mg/g) (2 a
3 vezes ao dia, por 5 a 14 dias, dependendo da
extensão do quadro e da resposta terapêutica).
Pomadas aplicadas diretamente sobre as lesões cutâneas, depois que as crostas foram amolecidas com água morna e retiradas.

Mesmo que os sintomas tenham melhorado com as primeiras doses ou aplicações do antibiótico, é fundamental que seu uso seja mantido nos horários e prazo prescritos pelo médico para evitar que as bactérias desenvolvam resistência aos remédios.

4) Utilizar ANTIBIOTICOTERAPIA SISTÊMICA se:
- Febre;
- Linfadenopatia;
- Acometimento de estruturas mais profundas
(ex.: subcutâneo);
- Faringite com infecção cutânea próxima à
boca (pois a criança pode remover a medicação
tópica com os lábios);
- Lesões em couro cabeludo (pela dificuldade
de fixação das medicações tópicas
neste local);
- Lesões numerosas (maior ou igual a 5).

As drogas de escolha para o tratamento sistêmico
são as cefalosporinas de 1a geração (ex.:
cefalexina 50 mg/kg/dia, dividido em quatro
tomadas diárias, por 7-10 dias). Apresentação 250mg/5mL
Pacientes alérgicos aos betalactâmicos
podem utilizar macrolídeos, como a eritromicina
(30-50 mg/kg/dia, dividido em quatro tomadas
diárias, por 7-10 dias). Se houver suspeita
de S. aureus Resistente à Meticilina (MRSA), faz-se uso de vancomincina, associando-se SMTX se for comunitário.

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4
Q

Clínica ectima:

A

Trata-se de uma piodermite estreptocócica (S. pyogenes), que começa tal como uma pústula, que logo se aprofunda para a derme, evoluindo para a formação de uma úlcera cutânea de 0,5-3 cm, com bordos elevados.
É a forma ulcerativa do impetigo, lesões se extendem através da epiderme e derme profunda, associado a higiene precária, lesões cutâneas prévias…
Geralmente em MMII

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5
Q

Tratamento ectima:

A

Estolato de eritromicina 500 mg cp. VO 12/12 h durante 10 dias

Cefalexina 50 mg/kg/dia, dividido em quatro
tomadas diárias, por 7-10 dias). Apresentação 250mg/5mL

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6
Q

Clínica foliculite

A

É uma piodermite estafilocócica (S.
aureus) caracterizada pela infecção supurativade um ou mais folículos pilossebáceos. São lesões
únicas ou múltiplas agrupadas, de aproximadamente
5 mm de diâmetro, de base eritematosa
e centro pustuloso. São bem demarcadas e
localizadas exatamente no folículo piloso.

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7
Q

Tratamento foliculite

A

O tratamento é feito com cuidados locais, limpeza
e antibióticos tópicos (mupirocin). O antibiótico
sistêmico (cefalexina, cefadroxil, eritromicina,
amoxicilina + clavulanato) está indicado
nos casos de foliculite extensa ou refratária.

Cefalexina (500 mg de 6/6hs durante 7-10 dias
Sulfametoxazol + trimetoprima 400/80mg 12/12 h 7-10 dias
Clindamicina 300 mg 6/6 h 7-10 dias

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8
Q

Prevenção foliculite:

A

Manter a pele limpa, seca e livre de escoriações ou irritações pode ajudar a prevenir a foliculite.
Evitar lavagens antissépticas rotineiramente, pois deixam a pele seca e eliminam as bactérias protetoras.
Manter a pele hidratada.
Tomar cuidado ao fazer a barba, usar gel de barbear, espuma ou sabão para lubrificar as lâminas e evitar cortes.
No caso da pseudofoliculite da barba, o mais indicado é usar barbeador elétrico.

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9
Q

Clínica erisipela

A

Infecção da derme superficial e profunda, que acomete vasos enfáticos e pode superficializar atingindo a epiderme. Principais causadores: Streptococcus pyogenes, secundariamente Staphylococcus aureus
O que caracteriza clinicamente a erisipela (diferenciando-a da celulite clássica) é a presença
de lesões francamente eritematosas e de bordos
bem definidos, por vezes elevados.
A lesão é quente e dolorosa, com uma preferência
típica pela face (região malar) e pela
face anterior, lateral ou medial da perna (em
70-80% dos casos). Após 2-3 dias de evolução,
podem surgir bolhas flácidas no centro da lesão,
que logo podem se romper (erisipela bolhosa).
O paciente encontra-se com febre alta, calafrios
e muitas vezes toxêmico, necessitando de internação hospitalar. O comprometimento linfático
superficial facilita a disseminação lateral
da infecção e determina um aspecto “em casca
de laranja” da pele afetada. O linfedema pode
ocorrer como sequela, especialmente quando
há erisipela de repetição.

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10
Q

Tratamento erisipela:

A

O membro acometido deve ficar em repouso no leito é essencial, principalmente quando é acometido o membro inferior,
que deve ser mantido elevado. O tratamento tem duração de 10-14 dias.

ATB POR 5 dias

Casos graves (toxemia):
Penicilina G cristalina 1-2 milhões U 4/4h.

Casos leves/moderados:
Penicilina G procaína 600.000 U 12/12h.
Penicilina V oral 250 mg 6/6h.
Alérgicos a penicilina:
Eritromicina 500 mg VO 6/6h.
Profilaxia: Indicada em casos de erisipela de
repetição, para evitar a complicação linfática
– Elefantiasis nostra. Feita com:
Penicilina G benzatina 1.200.000 U IM 4/4
semanas.

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11
Q

Clínica celulite

A

É uma infecção do tecido subcutâneo (derme profunda e gordura subcutânea) causada pelo Staphylococcus aureus e, em segundo lugar, o Streptococcus pyogenes. A infecção frequentemente possui uma porta de entrada identificável (abrasão, ferida cutânea, úlcera, furunculose), evoluindo com sinais intensos de flogoso no local (rubor, calor, dor e edema). Diferentemente da erisipela, não há bordas delimitadas e o eritema é menos proeminente.

Relação com insuficiência venosa, infecções respiratórias (em face), diabetes, trauma e desnutrição

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12
Q

Tratamento celulite:

A

Tratamento: duração 10-14 dias.

Casos graves (toxemia):
Oxacilina 2 g IV 4/4h.

Casos leves/moderados:
Cefalotina 2g IV 4/4 h

Cefalexina, cefadroxil, eritromicina.
Alérgicos a penicilina:
Cefazolina, cefalotina, vancomicina.

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13
Q

Clinica furúnculo e carbúnculo

A

O furúnculo é um nódulo supurativo na derme
profunda que se instala a partir de uma foliculite.
O carbúnculo é uma lesão mais extensa e
profunda, atingindo a gordura subcutânea e se
manifestando como múltiplos abscessos separados
por septos conjuntivos. Ambos são causados
pelo Staphylococcus aureus.

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14
Q

Tratamento furúnculo e carbúnculo

A

A maioria dos
furúnculos pode ser tratada com calor úmido
local, sem antibiótico. Nunca se deve espremer
um furúnculo, pois a bactéria pode se disseminar
pela corrente sanguínea nesse momento. Os
furúnculos associados à febre ou à celulite perilesional
e os carbúnculos devem ser tratados com
antibiótico sistêmico (os mesmos da celulite). A
furunculose de repetição deve ser tratada com
antibiótico sistêmico por 10-14 dias, além de
aplicação de mupirocina tópica e cuidados intensivos
com a higiene.

Flucloxacilina - 500 mg 8/8 h 7-10 dias
Sulfametoxazol+trimetroprina - 800/160mg 12/12 h
Estolato de eritromicina 500 mg 12/12 h 10 dias

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15
Q

Clínica escabiose

A

As manifestações clínicas são decorrentes da ação direta do ácaro, quando este se movimenta nos túneis. E, também, em grande parte pela hipersensibilidade desenvolvida pelo paciente contaminado. O principal sintoma da escabiose é a coceira ou prurido, que é sentido principalmente à noite. As principais lesões na pele são os túneis e, nas suas extremidades, pequenas vesículas. Estas lesões aparecem principalmente entre os dedos das mãos, nas axilas, na parte do punho que segue a palma da mão, auréolas e genitais. A cabeça sempre é poupada. Escoriações na pele são frequentes, por causa da coceira intensa.

O diagnóstico é geralmente clínico, pelo achado dos túneis e pelas áreas características do aparecimento das lesões de escabiose.

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16
Q

Tratamento escabiose

A

Ivermectina (6 mg/comprimido): 200 mcg/kg/dia VO dose única. Repetir a dose em 7-14 dias.

Permetrina a 5% (50 mg/g) - aplicação única
O produto deve ser aplicado na pele limpa, seca e fria. Se o paciente tiver tomado um banho quente antes do tratamento, deve-se aguardar que a pele se resfrie antes de aplicar o produto. Massageie o produto na pele, desde a cabeça até a sola dos pés prestando-se atenção especial entre os dedos das mãos e dos pés, sob as unhas das mãos e dos pés, pulsos, axilas, nádegas e parte externa do órgão genital. Não aplicar sobre membranas mucosas, ou próximo dos olhos. A escabiose raramente infesta o couro cabeludo de adultos, embora o limite entre o couro cabeludo e a pele do pescoço, têmporas e nuca podem estar infestados em crianças e pacientes idosos. Usualmente, 30 ml são suficientes para um adulto médio. O produto deve ser removido, através de lavagem com água depois de 8 a 14 horas.

Tratamento deve ser simultâneo de todos os contatos próximos mesmo que não manifestem prurido ou erupção cutânea.

Estes podem ser assintomáticos porque estão no período de incubação que pode durar quatro semanas, sendo igualmente contagiosos.

Desinfeção dos fômites. Fora do hospedeiro o parasita pode sobreviver e é capaz de infestação de 24 a 36h à temperatura de 21º com uma umidade relativa de 40% a 80%; temperaturas mais baixas e umidade mais elevada aumentam o seu tempo de sobrevida.

Se prurido intenso:
Associar anti-histamí­nico (Opções):
Hidroxizina (25 mg/comprimido) 1 comprimido VO até de 8/8 horas;
Desloratadina (5 mg/comprimido) 1 comprimido VO de 24/24 horas;
Fexofenadina (180 mg/comprimido) 1 comprimido VO de 24/24 horas.

17
Q

Tratamento pediculose

A

Permetrina 10mg/mL
- Lave o cabelo com xampu de sua preferência, enxágue-o e enxugue com a toalha.
- Agite bem o frasco de Permetrina e aplique nos cabelos ainda úmidos, cobrindo todo o couro cabeludo, esfregando abundantemente em toda a extensão, principalmente atrás das orelhas e na nuca, onde os piolhos e as lêndas se concentram mais. Tenha certeza de que todo o couro cabeludo ficou bem encharcado para não afetar o tratamento.
- Deixe o produto agir por 10 minutos.
- Passe o pente fino para a remoção dos piolhos e das lêndeas.
- Enxágue o cabelo com água morna e enxugue com a toalha.
A quantidade de Permetrina necessária depende do volume e tamanho dos seus cabelos, pode ser necessário usar o frasco inteiro, e em alguns casos de cabelo mais longos pode ser necessário mais de um frasco. O efeito completo poderá ocorrer dentro de algumas horas. É provável que você ainda encontre alguns piolhos vivos logo após o uso. Espere algumas horas antes de usar o pente fino de novo. Em geral uma única aplicação é suficiente. Se ainda houver piolhos e lêndeas após 7 dias da primeira aplicação, aplicar o medicamento pela segunda vez. Após 7 dias da segunda aplicação caso você ainda encontre algum piolho vivo deverá procurar o médico.
É importante assegurar que o tratamento foi realizado corretamente, para que o produto possa ter o efeito desejado.
Pessoas que aplicam este produto rotineiramente podem usar luvas, para evitar uma possível irritação nas mãos.
Evidências sugerem que a resistência à permetrina tem aumentado ao longo dos anos. Em caso de falha do tratamento devido à resistência do piolho à permetrina, o médico deverá ser consultado.

18
Q

Complicação mais grave pois Impetigo:

A

Glomérulonefrite pós-estreptocócica GNPE.
1-2 semanas após infecção, com edema, hipertensão, febre e hematúria.
Dosagem de Anti-DNASe é o exame de escolha

19
Q

Tratamento GNPE

A
  1. Dieta hipossódica própria para idade com restrição hídrica de 20 mL/kg/dia ou 400 mL/m2 + volume da diurese.
    Acesso venoso salinizado.
  2. Erradicação de Cepa Estreptocócica
    Penicilina G benzatina :
    < 20 ou 27 kg: 600.000 unidades IM em dose única;
    > 20 ou 27 kg: 1.200.000 unidades IM em dose única.
  3. Anti-hipertensivos
    Avaliar segundo indicação - opções:
    Furosemida 1-5 mg/kg/dia EV até de 6/6 horas (sem indicação de uso em casos não complicados);
    Hidralazina (se emergência hipertensiva) 0,2-0,5 mg/kg/dose EV a cada 4 ou 6 horas ou 1-4 mg/kg/dia VO de 8/8 horas;
    Nifedipina 0,10-0,25 mg/kg/dose VO a cada 3 a 4 horas;
    Anlodipino (≥ 6 anos) 2,5-5 mg/dia VO.
  4. Sintomáticos e Cuidados Gerais
    Dipirona 25 mg/kg/dose EV, SOS.
    Ondansetrona 0,15 mg/kg/dose EV, SOS.
  5. Balanço hídrico rigoroso.
  6. Sinais vitais de 6/6 horas.