SCAs CSST Flashcards

1
Q

Caracterização da SCA CSST:

A

( 1) dor torácica ou equivalente isquêmico; (2) ECG

com elevação de segmento ST; (3) aumento significante de troponina (mionecrose).

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2
Q

Principal etiologia da SCA CSST:

A

Doença aterosclerótica de longe é também a principal causa do IAM com elevação do
segmento ST; entretanto, nesse caso, a placa aterosclerótica sofre uma ruptura ou erosão e
forma um trombo oclusivo.

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3
Q

Quadro clínico SCA CSST:

A

• Desconforto ou dor em aperto, peso, opressão, sensação de “asfixia”, esmagamento ou
constrição. Pode iniciar em repouso ou ser desencadeada por estresse, exercício, doença médica aguda.
• Diferentemente da SCA sem supra, a dor ou desconforto é de duração prolongada e não costuma ser aliviada com repouso ou com nitrato.
• Sintomas atípicos ou equivalentes isquêmicos devem sempre ser lembrados e podem ser a apresentação do IAM com supra em cerca de um terço dos casos. Idosos, diabéticos e mulheres mais comumente têm isquemia com sintomas atípicos (Diaforese, dispneia, síncope, fadiga, mal-estar, náusea, vômitos e sudorese fria)
• Exame físico: o paciente se apresenta com ansiedade, sudorese profusa, palidez e mãos frias, quase sempre associados a dor torácica contínua e persistente; turgência jugular, cianose e má perfusão periférica indicam maior gravidade e pior prognóstico.

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4
Q

Quais os achados de pior prognóstico nas SCAs CSST?

A
  • idade avançada;
  • maior classificação de Killip;
  • taquicardia;
  • hipotensão e choque;
  • IAM de parede anterior
  • história de IAM prévio;
  • tempo prolongado para início de tratamento;
  • diabetes
  • achados de insuficiência cardíaca
  • doença renal crônica prévia.
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5
Q

Classificação de Killip:

A

A classificação de Killip é um sistema de pontuação para avaliar mortalidade nos primeiros 30 dias. Os pacientes são assim classificados, de acordo com a classe de Killip:

  • Classe I de Killip inclui os que não têm sinais de insuficiência cardíaca;
  • Classe II de Killip inclui indivíduos com estertores crepitantes em 50% ou menos nos pulmões, um galope de 3ª bulha;
  • Classe III de Killip descreve indivíduos com franco edema agudo de pulmão;
  • Classe IV de Killip descreve indivíduos em choque cardiogênico ou hipotensão (pressão arterial sistólica).

As taxas de mortalidade correspondente a classe de Killip são apresentadas abaixo:

  • Classe I de Killip: A taxa de mortalidade foi de até 6%.
  • Classe II de Killip: A taxa de mortalidade foi de 17%.
  • Classe III de Killip: A taxa de mortalidade foi de 38%.
  • Classe IV de Killip: A taxa de mortalidade foi de 81%.
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6
Q

Definição de Infarto do Miocárdio:

A

• Evidência de necrose do miocárdio em um contexto clínico compatível com o quadro
• IAM é confirmado se qualquer um dos critérios abaixo for preenchido:
a) Elevação e queda da troponina sérica, acima do percentil 99 do exame + um dos seguintes:
1. Sintomas compatíveis com isquemia miocárdica
2. Novo bloqueio de ramo esquerdo
3. Nova alteração significativa de ST
4. Evolução para onda Q no ECG
5. Exame de imagem com evidência de perda de miócitos ou nova anormalidade regional de parede ventricular
6. Trombo em coronriano por angiografia ou autópsia
b) Parada cardiorrespiratória com sintomas isquêmicos e ECG sugestivo de isquemia

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7
Q

Como analisar o segmento ST para determinar IAM?

A

Nova elevação do segmento ST, medida no ponto J, ≥ 1 mm em pelo menos duas derivações contíguas com exceção de V2 e V3
Em V2 e V3, o critério depende do gênero e da idade do paciente:
se mulher: ≥1,5 mm

se homem ≥ 40 anos: ≥2 mm

se homem < 40 anos: ≥2,5 mm

Ponto J = ponto entre o fim do QRS e o início do segmento ST.

Esta observação de V2 e V3 é bastante importante já que não é raro observarmos, nestas derivações, um supra de ST discreto em pacientes ambulatoriais assintomáticos.

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8
Q

Infarto de parede septal, derivações com supra de ST:

A

V1, V2, V3

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9
Q

Infarto de parede anterior, derivações com supra de ST:

A

V1, V2, V3 e V4

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10
Q

Infarto de parede lateral, derivações com supra de ST:

A

V5 e V6, D1 e aVL (os dois últimos indicam parede lateral alta)

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11
Q

Infarto de parede inferior, derivações com supra de ST:

A

D2, D3, aVF

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12
Q

Infarto de parede posterior, derivações com supra de ST:

A

Infra de ST em V1, V2, V3 espelhos de SUPRA em V7, V8, V9.

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13
Q

Infarto de ventrículo direito, derivações com supra de ST:

A

D1, D2 e aVF, supra ST em V3R e V4R.

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14
Q

Provável artéria culpada no caso de infarto de parede anterior:

A

Descendente anterior - coronária esquerda

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15
Q

Provável artéria culpada no caso de infarto de parede inferior:

A

A. coronária direita 80-90%

Circunflexa 10%

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16
Q

Provável artéria culpada no caso de infarto de parede lateral:

A

Circunflexa -coronária esquerda.

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17
Q

Provável artéria culpada no caso de infarto de parede septal:

A

Descendente anterior - coronária esquerda

18
Q

Provável artéria culpada no caso de infarto de parede posterior:

A

Circunflexa -coronária esquerda.

19
Q

Provável artéria culpada no caso de infarto de ventrículo direito:

A

Coronária direta

O Infarto de VD é na maioria das vezes simultâneo a
infartos de parede inferior e 44% dos pacientes com infarto inferior; tem elevação de ST em V3R e V4R (sensibilidade e acurácia preditiva para infarto de VD, ambas em 93%), portanto, considerando ser muito mais provável conseguirmos diagnosticar infarto de VD quando o paciente demonstrar comprometimento da parede inferior, todo médico emergencista deve registrar as derivações ventriculares direitas no atendimento inicial nesse caso.

20
Q

Quadro clínico IAM de VD:

A
  • Hipotensão
  • Bradicardia
  • Aumento da pressão venosa central jugular)
  • Perfusão periférica ruim. *Ausculta pulmonar limpa

Sempre que houver elevação de ST em derivações periféricas, deve-se rotineiramente obter o
traçado de derivações precordiais direitas, V3R a V6R (Figura 3):
1. Cerca de 1/3 dos pacientes com infarto inferior (de coronária direita) podem evoluir com
infarto de ventrículo direito (até 50% em alguns estudos).

21
Q

Papel do USG PC nas SCAs CSST:

A
  1. Pode detectar anormalidade segmentar sugestiva de isquemia miocárdica (hipocinesia ou
    acinesia), especialmente, no paciente com bloqueio de ramo esquerdo, portador de marca-
    -passo ou na suspeita de infarto de parede posterior.
  2. Complicações: essencial para avaliação de complicações mecânicas ou choque.
  3. Diagnóstico diferencial de patologias associadas com dor torácica, como: derrame pericárdi-
    co, dilatação de ventrículo direito (embolia pulmonar), estenose de valva aórtica, síndrome
    aórtica aguda (dissecção), pneumotórax, pneumonia ou derrame pleural.
  4. Ferramenta diagnóstica de escolha no paciente com instabilidade hemodinâmica, podendo
    ajudar no manuseio terapêutico.
22
Q

Como proceder frente a um quadro sugestivo de isquemia miocárdica e um ECG demonstrando um bloqueio de ramo esquerdo?

A

Nessa circunstância, sugerem oclusão coronariana aguda (IAM-ESST):
1. ECG recente sem bloqueio de ramo.
2. Critérios de Sgarbossa modificados:basta um deles para confirmar IAM-ESST:
• Elevação de segmento ST maior ou igual a 1 mm e concordante com o QRS
• Depressão de segmento ST maior ou igual a 1 mm
em V1, V2 ou V3
• Razao entre o infra ST/onda R ou
supra ST/onda S: mais negativo que -0,25 (p. ex., -0,33 ou -0,29)
3. Ultrassom POC ou ecocardiograma com hipocinesia ou acinesia segmentar.

23
Q

Curva dos marcadores de necrose miocárdica:

A

Troponina: É o marcados mais sensível. Eleva-se a partir das 4-6 horas atingindo o pico por volta das 12 horas (TnI) ou até 48 horas (TnT), retornando ao normal de 3 (TnI) ou 7 (TnT) a 10 dias.

Mioglobina: Pico mais precoce, de 2-4 horas, atingindo-se o pico em 8-10 horas e perdurando por 24 horas

Ck-MB: Eleva-se a partir das 4-8 horas atingindo o pico por volta das 12-24 horas, retornando ao normal de 3-4 dias.

24
Q

Além do eletro e das troponinas, que outros exames complementares devem ser solicitados no paciente com suspeita de SCA CSST:

A

Hemograma, sódio, potássio, magnésio, glicemia, função renal e exames de coagulação de-
vem ser coletados junto com a primeira dosagem de troponina.
• Deve-se solicitar em todos os pacientes um perfil lipídico (colesterol total, triglicérides, HDL
e LDL) na manhã seguinte à internação, em jejum (com menos de 24 horas do evento.

Raio X PA e perfil (suspeita de SAA)

25
Q

Tratamento SCA CSST na emergência:

A

• Sala de emergência com monitorização e desfibrilador imediatamente disponível
• Medidas gerais: repouso, oxigênio por cateter nasal S/N, oximetria, monitor cardíaco, acesso
venoso, coleta de exames complementares (hemograma, estudos de coagulação, sódio,
potássio, magnésio, ureia, creatinina. glicemia. radiografia de tórax).
• Aspirina: solicitar ao paciente para mastigar 165 a 325 mg.
• Antagonista do ACP:
-Trombólise farmacológica: clopidogrel (ataque de 300 mg, manutenção: 75 mg, 1 x dia)
(classe Vevidência A).
- ICP:
Clopidogrel (ataque de 600 mg, manutenção: 75 mg, 1 x dia).
Prasugrel (ataque de 60 mg, manutenção: 1 O mg, 1 x dia).
Ticagrelor (ataque de 180 mg, manutenção: 90 mg, 2x dia).
• Anticoagulação: heparina não fracionada, enoxaparina, fondaparinux ou bivalirudina:
- Para ICP: heparina não fracionada ou bivalirudina
- Para pacientes tratados com fibrinolíticos: enoxaparina é escolha, mas fondaparinux causa menos sangramento. Heparina não fracionada é
uma opção.
Enoxaparina: 30 mg IV + 1mg/kg q cas 12 hrs
Pacientes idosos sem ataque + 75% da dose

• Reperfusão coronariana:
o ICP primária: melhor tratamento se o tempo entre o primeiro contato médico e o procedimento for < 90 minutos.
• No pré-hospitalar ou em centros sem hemodinâmica, considere levar ou transferir o
paciente para um centro com ICP se o tempo entre o primeiro contato médico e o início da
intervenção for < 120 minutos.
• Trombolíticos: estreptoquinase, alteplase (t-PA), reteplase (rt-PA) ou TNK-tPA (tecneteplase) e
__ devem ser prescritos em < 30 min da~hegada ~o pacie~te ao E_E

• Se o centro for intervencionista, a terapia antitrombótica na ICP primária é:

  1. Aspirina: mastigar imediatamente 160 a 325 mg.
  2. Antagonista do ADP: clopidogrel, prasugrel ou ticagrelor.
  3. Anticoagulante: heparina não fracionada ou bivalirudina.

• Nos centros não intervencionistas, a terapia antitrombótica adjuvante é:
1. Aspirina: mastigar imediatamente 160 a 325 mg.
2. Antagonista do ADP: apenas clopidogrel deve ser usado na trombólise farmacológica.
3. Anticoagulante: preferência por enoxaparina ou fondaparinux; heparina não fracionada
é uma alternativa.

26
Q

Qual paciente deve ser transferido para o centro de ICP?

A

• Centros sem ICP: é obrigatório ter um sistema já organizado e preparado para transferir para um centro intervencionista:

  1. Pacientes que apresentam contraindicação à fibrinólise.
  2. Que se apresentam ou que evoluem de forma grave (choque cardiogênico, insuficiência cardíaca aguda grave, entre outras).
  3. Falência na recanalização com a trombólise farmacológica.
  4. Para a realização da ICP após a trombólise.

Em centros que não têm ICP ou quando um IAM com supra é identificado no serviço pré-hospitalar, a angioplastia primária é indicada se o tempo total entre a identificação do IAM e inflar o balão no procedimento for menor que 120 minutos (tempo porta-balão). Independente do tempo de atraso, pacientes com IAM e contraindicação à trombólise devem ser imediatamente transferidos para centro com ICP disponível. Obviamente, todo esforço deve ser feito para que o tempo total seja o menor possível.

27
Q

Quando a intervenção coronariana percutânea é dita primária?

A

*Sintomas isquêmicos iniciados há< 12 horas
*Sintomas isquêmicos iniciados há< 12 horas e contraindicação ao fibrinolítico, independentemente do tempo do primeiro contato médico
ao inicio da intervenção
*Entre 12 e 24 horas do inicio dos sintomas, se houver isquemia persistente
(“ocorrendo”)
* Paciente com choque cardiogênico ou grave insuficiência cardíaca aguda, independentemente do tempo do primeiro contato médico ao início da
intervenção

28
Q

Quando a intervenção coronariana percutânea é dita de resgate?

A
  • Paciente evoluiu com choque cardiogênico ou grave insuficiência cardíaca aguda
  • Fibrinólise ineficaz ou se houver reoclusão
29
Q

Quando a intervenção coronariana percutânea é dita após fibrinólise eficaz?

A

Paciente estável hemodinamicamente e reperfusão farmacológica de sucesso: realizar a ICP entre 3 e 24 horas após o fibrinolítico

30
Q

Indicações de fibrinólise farmacológica:

A

As indicações de fibrinolíticos nos pacientes com IAM com elevação de ST são:

  1. Sintomas isquêmicos iniciados há< 12 horas
  2. Entre 12 e 24 horas do início dos sintomas, se houver isquemia persistente (“ocorrendo”) e uma grande área do miocárdio em risco ou instabilidade hemodinâmica
  3. S importante ressaltar que, nos centros que não dispõem de hemodinâmica, a ICP é a primeira escolha se o tempo entre a identificação do paciente e intervenção coronariana for menor que 120 minutos
31
Q

Contraindicações fibrinólise farmacológica:

A

Contraindicações absolutas à trombólise

  • Acidente vascular hemorrágico prévio
  • AVC isquêmico nos últimos 3 meses, exceto se concomitante ao IAM e com início do AVC < 4,5 horas
  • Presença de lesão estrutural do SNC (malformação vascular, câncer primário ou metastático)
  • Cirurgia do SNC ou medular nos últimos 2 meses
  • Suspeita de dissecção de aorta
  • Diátese hemorrágica ou sangramento ativo (exceto menstruação)
  • Trauma facial ou TCE grave nos últimos 3 meses
  • Hipertensão arterial grave e não controlada no departamento de emergência
  • Para estreptoquinase: história de grave alergia ou uso nos últimos 6 meses

Contraindicações relativas à trombólise*
• AVC isquêmico com> 3 meses do evento
• Hipertensão arterial grave à chegada na emergência (PAS > 180 mmHg ou PAD > 11 o mmHg)
• História de hipertensão grave e pouco controlada no ambulatório
• Uso atual de anticoagulantes orais (quanto maior o RNI, maior o risco)
• Ressuscitação cardiopulmonar prolongada (> 1 O min) ou traumática
• Sangramento interno nas últimas 2 a 4 semanas, mas não atual
• Cirurgia de grande porte nas últimas 3 semanas
• Gravidez
• Úlcera péptica ativa
• Demência
• Doença do SNC não includa nas contraindicações absolutas
• Punção vascular em locais não compressíveis

32
Q

Qual o melhor critério para determinar o sucesso da reperfusão?

A

O melhor critério de sucesso da reperfusão é o alivio completo e súbito da dor precordial associado a redução da elevação de ST em > 50%. Completa ou quase completa resolução da elevação de ST em 60 a 90 minutos após a fibrinólise é um útil marcador de recanalização da artéria envolvida.
Por outro lado, o prognóstico do paciente é pior quando não há resolução do supra ST; se o supra ST não reduz em mais de 50% em 60 a 90 minutos, deve-se transferir o paciente para uma ICP de resgate.

33
Q

Qual o maior risco associado ao uso de trombolíticos?

A

acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH)

34
Q

Pacientes com maior risco de AVCH no uso de trombolíticos:

A
  1. Idade avançada(> 65 anos, RR = 2,2).
  2. Baixo peso corporal ( < 70 kg, RR = 2,1).
  3. Hipertensão arterial à apresentação (RR = 2,0).
  4. Uso de t-PA, rt-PA ou TNK (RR = 1,6).
  5. Deve-se lembrar que o trombolítico com menor incidência de AVCH é a estreptoquinase.
35
Q

Uso da estreptoquinase nas SCAs CSST:

A
  1. Estreptoquinase (SK): 1.500.000 U; infusão em 30-60 minutos.

Alguns problemas durante a infusão e o tratamento:
*Vômitos: metoclopramida ou ondansetrom IV; evitar a morfina.
*Hipotensão: evitar morfina, reduzir temporariamente a infusão da SK e usar cristaloide. Em geral, a hipotensão cede rapidamente. Logo após, aumentar a velocidade de infusão da SK e observar.
*Reações alérgicas leves a moderadas (ausência de edema de glote ou choque anafilático), como prurido, lesões cutâneas: deve-se reduzir a infusão da SK, prescrever anti-hista-minico e corticoides ev. Logo após a melhora, retornar a velocidade de infusão da SK e
observar de perto, em razão do risco de anafilaxia e edema de glote.
*Edema de glote e choque anafilático: suspender imediatamente a SK, tratar o episódio e não mais usá-la. Nesse caso, se houver outro trombolítico (t-PA, rt-PA ou TNK), deve-se usá-lo; se não, tentar transferir para centro com hemodinâmica urgente.

36
Q

Uso do ativador de plasminogênio nas SCAs CSST:

A

Ativador do plasminogênio tecidual/t-PA (alteplase): dose máxima de 100 mg, da seguinte

forma:
* Bolus de 15 mg.
* 0,75 mg/kg durante 30 minutos (máximo de 50 mg).
* 0,50 mg/kg durante 60 minutos (máximo de 35 mg).

37
Q

Uso do ativador de plasminogênio tecidual recombinante nas SCAs CSST:

A

Ativador do plasminogênío tecidual recombinante/rt-PA (reteplase): a dose inicial é de 10
U infundida em 2 minutos; após trinta minutos, prescrever mais 10 V (duas doses de 10 U
com intervalo de trinta minutos)

38
Q

Uso do TNK-tPA nas SCAs CSST:

A

TNK-tPA (tenecteplase): dose única, em bolus, baseada no peso corpóreo:

  • <60kg = 30mg.
  • 60-69,9 kg = 35 mg.
  • 70-79,9 kg = 40 mg.
  • 80-89,9 kg= 45 mg.
  • > 90kg=50mg.
39
Q

Critérios para dizer se houve ou não reperfusão com a fibrinólise:

A

Durante a fibrinólise, deve-se monitorizar o segmento ST e dos sintomas por 60 a 180 minutos .

Trombólise com sucesso (houve reperfusão)
1. Alivio dos sintomas.
2. Manutenção ou restauração do equilíbrio elétrico e hemodinâmico.
3. ECG após 60 a 90 minutos do inicio da trombólise: redução de mais de 50% do tamanho da
elevação do segmento ST.

Trombólise não eficaz
1. Persistência dos sintomas isquêmicos; ou
2. ECG após 60 a 90 minutos do inicio da trombólise: não houve redução de mais de 50% do
tamanho da elevação do segmento ST.

40
Q

Medidas adjuvantes nas SCAs CSST:

A

IECA: FE<40, HAS, IRC, DM

Beta block: todos

Espironolactina: FE<40, HAS, IC

Estatinas: todos (meta<70 mg)