Trombocitopenias Flashcards
Principais defeitos qualitativos na hemostasia primária
(1) Deficiência de GPIIb/IIIa (tromboastenia de Glanzmann) -> não agrega
(2) Deficiência de GPIb (Púrpura de Bernard) -> não liga ao colágeno (trombocitopenia)
Causas genética de trombocitopenias
(1) Amegacariocitose congênita: sem plaquetas sangra desde que nasce pelo coto umbilical
(2) Síndrome de Wiskott-Aldrich -> ligada ao X: Plaquetopenia + eczema + imunodeficiência (geralmente de imunoglobulina ou do complemento)
Causas Adquiridas de trombocitopenias por déficit de produção
(1) Aplasia:
(2) Deficiência de vitamina B12/ folato
(3) Radiação
(4) Doenças autoimunes
(5) Medicamentos (Ex: anticonvulsivantes bloqueio do metabolismo do folato (é preciso repor)
(6) Drogas (crack)
(7) Vírus: Epstein Barr, citomegalovírus, HIV, HTLV, Hepatite B e C (mais comuns)
(8) Parasitas: leishmaniose
(9) Infecções fúngicas
(10) Agentes bacterianos (ostiomielite, politraumatizado)
(11) Infiltrações medulares células neoplásicas (leucemia linfoide aguda, neuroblastoma)
Causas de esplenomegalia que cursam com trombocitopenia por sequestro
(1) Infecções sorologia: Epstein Barr, leishmaniose
(2) Doenças hematológicas esferocitose e talassemia
(3) Congestão vascular ultrassom com doppler
(4) Neoplasia leucemias mieloides crônicas (raríssismo na criança)
(5) Autoimunidade artrite reumatóide, lúpus, Síndrome de Felty (A. reumatoide na criança + esplenomegalia + hiperesplenismo)
(6) Doença de depósito lisossômico -> procurar essas doenças por último
Causas de trombocitopenias por aumento do consumo e características clínicas de cada
(1) Síndrome hemolítico-urêmico
a) Comum em crianças
b) Reação imunológica após uma infecção bacteriana
c) Formação de vários trombos na microcirculação -> ocorre consumo de plaquetas
d) As hemácias alteram a forma durante a passagem pela microcirculação, devido ao impacto com os trombos -> esquizócitos e hemólise
e) A circulação renal tem tropismo maior para trombos -> uremia
(2) Coagulação intravascular disseminada (CIVD)
a) Formação de trombos na circulação
b) Agente: bactéria, toxina (veneno de cobra), agente químico, gravidez, manipulação do endotélio (facada, tiro)
c) Ocorre produção de IL-6 e TNF -> aumento exagerado da liberação de fator tecidual (Fator III) se junta ao fator VII e ativa o Fator Xa -> gênese de trombina com consumo de plaquetas
d) Os trombos levam à hemólise também
(3) Síndrome HELLP
a) HE (hemólise), L (Elevação das enzimas hepáticas), LP (low platelet)
b) Contexto de doença grave: gravidez e outras
(4) Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT)
Causas de trombocitopenias por aumento da destruição e características clínicas de cada
(1) Aloanticorpo IgG materna ou IgG de uma transfusão
a) IgG materna púrpura neonatal
I. Sem infecção (se houver, pensar logo em CIVD) e não há acometimento de outras séries
II. Se sangrar -> imunoglobulina hiperimune para deslocar o anticorpo
III. Corticoide manter a malha endotelial estável
IV. < 50.000 plaquetas risco de hemorragia intracraniana
V. IgG da transfusão aguardar, pode usar corticoide
(2) Autoanticorpo idiopático (púpura trombocitopênica idiopática)
Conduta na suspeita de Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI)
(1) Nos adultos, procurar causas HIV, Hepatites
(2) 90% é autolimitada
(3) diagnóstico é de exclusão
(4) Não fazer concentrado de plaquetas, pois aumenta a destruição plaquetária
(5) Tratar crianças com <30 mil plaquetas ou manifestações hemorrágicas (de qualquer tipo)
a) 1ª linha: Corticoide pulsoterapia ou dose habitual
I. Pulsoterapia + albendazol: situações de gravidade, sangramento intenso, risco de sangramento no SNC -> metilprednisolona 30mg/kg/dia IV, durante 3 dias (não ultrapassar 1g/dia) -> Monitorar, PA, glicemia, diurese;
II. Dose habitual: prednisona (só tem VO) 1-2mg/kg/dia até 6 semanas e depois desmama; se não melhorar, pode suspender porque não vai melhorar
b) 2ª linha: imunoglobulina (em situação extrema, faz pulso + imunoglobulina) custo alto e pouca resposta
c) 3ª linha: imunossupressor (azatioprina, ciclosporina, ciclosfosfamida)
d) 4ª linha: esplenectomia (75% de sucesso)
e) 5ª linha: fator de crescimento (eltrombopag)