IVAS Flashcards
Fatores de risco intrínsecos para IVAS
(1) Idade, sexo masculino;
(2) Atopia -> deficiência imunológica;
(3) Anomalia de palato, craniofacial;
(4) Predisposição genética;
(5) Alteração congênita e imunodeficiência [down, anemia falciforme, fenda palatina anterior ou posterior {quebrando o ritmo normal da deglutição}, micrognatia (síndrome de pierre-robin)]
Fatores de risco extrínsecos
(1) Estação do ano (inverno);
(2) Frequência à creche, irmãos mais velhos;
(3) Fumo passivo, uso de chupeta;
(4) Aleitamento artificial [desmame precoce];
Principais etiologias virais e período do ano principal
(1) Rinovírus (sibilância) (40%) -> Todas as estações
(2) Coronavírus (10%) -> Inverno
(3) Parainfluenza (10-15%) -> Primavera e outono
(4) Influenza (10-15%) -> Inverno
(5) Vsr (bronquiolite) (5%) -> Inverno
(6) Enterovírus (diarreias, exantemas, formação de aftas e vesículas) - (<5%) -> Verão
(7) Adenovírus (pode dar quadros graves de bronquiolites necrosantes) - (<5%) -> Todas as estações do ano
(8) Outros e não conhecidos (hbv, epstein-barr, cmv) -(20-30%)
Qual IVAS tem essas características - (1) Estridor inspiratório (supraglótico) ou expiratório (infraglótico) (2) Sialorreia (3) Voz abafada (batata quente);
Epiglotite bacteriana
(1) Infecção respiratória alta [congestão nasal + rinorreia + inflamação de garganta]
(2) Persistem os sintomas por pelo menos 5 dias [50% dos pacientes], ou até 10 dias [5-10% das crianças];
Resfriado comum
(1) Geralmente, viral; esporadicamente, pelo mycoplasma pneumoniae;
(2) Etiologia comum: parainfluenza 1, 2, 3; outros vírus: influenza, rinovírus, enterovírus;
(3) Sintomas: pródromo de 1-2 dias de vias + tosse que pode apresentar estridor intermitente + febre (quase sempre inferior a 39oc); sibilância (usar broncodilatador associado ao corticoide);
a. Duram de 1-7 dias;
(4) Evolução: cura;
Laringotraqueobronquite
(1) Início como manifestações de IVAS + subsequente tosse com estridor;
Laringite - > parainfluenza
(1) Inflamação das estruturas faríngeas, com eritema, edema, exsudato faríngeo, úlcera e vesículas;
(2) Maioria viral
a. Etiologia – leve: parainfluenza, influenza e coronavírus;
b. Tosse e coriza nasal;
(3) Etiologia – faringites exsudativas com adenomegalia [até 7 dias]: adenovírus;
a. Frequentemente, acompanhado de conjuntivite [dura de 10-14 dias];
(4) Evolução: resolução espontânea;
(5) O objetivo do diagnóstico é excluir a presença de s. Beta-hemolítico do grupo a;
a. Exclusão: clínica + bacteriologia
i. Diagnóstico de certeza: teste rápido ou cultura para s. Do grupo a;
Faringite
Características da Faringite estreptocócica
(1) 5-11 anos [pico de incidência]
(2) Inverno e início do outono
(3) Febre de início súbito
(4) Faringite grave
(5) Cefaleia
(6) Dor abdominal, náuseas e vômitos
(7) Eritema faríngeo e exsudato
(8) Adenomegalia cervical com sensibilidade local
(9) Petéquias em palato
(10) Hipertrofia amigdaliana
(11) Escarlatina
(12) Ausência de tosse, secreção nasal, conjuntivite e diarreia
Características da Faringite virais
(1) Todas as idades
(2) Todas as estações
(3) Febre variável
(4) Faringite leve
(5) Mialgia e artralgia
(6) Dor abdominal em caso de influenza
(7) Usualmente, ausência de exsudato [pode haver úlceras]
(8) Adenomegalia não dolorosa
(9) Enantema
(10) Presença frequente de tosse, conjuntivite, rouquidão ou diarreia
Tratamento das estreptocócicas
(1) Penicilina benzatina
(2) Amoxicilina [40mg/kg por 10 dias]
Diagnóstico e tratamento de IVA com essas características: - (1) Febre (2) Dor na garganta (3) Odinofagina (4) Exsudato (5) Gânglio do ângulo da mandíbula doloroso e móvel (6) Swab da orofaringe alterado
(1) Penicilinas -> Principal agente: streptococcus [exceção: epiglotite -> haemophilus]
Agentes infecciosos nas amigdalites
(1) Virais [e. Baar vírus, adenovírus, influenzae, echovírus, coxsackie vírus, vsr, vírus da hepatite, dentre outros];
(2) Bacterianos principais
a. Principal agente: streptococcus [exceção: epiglotite -> haemophilus]
b. Estreptococos beta-hemolíticos do grupo A de lancefield [colher swab para bacterioscopia e cultura, se possível, realizar testes rápidos para detecção de antígenos estreptocócicos]
(3) Anaeróbios (clindamicina, metronidazol)
a. Portadores de afecções dentárias ou presença de criptas amigdalianas
b. Quadros recorrentes ou de difícil controle
(4) Síndrome de plau-vincent
(1) Manifestam-se como secreção nasal [aspecto fluido ou mucopurulento];
(2) Geralmente, autolimitada; não justifica antibióticos;
(3) Pode haver persistência dos sintomas por até 6 dias [inclusive febre + rinorreia fluida ou mucopurulenta];
Rinorreia mucopurulenta
(1) Complicam 5-10% das infecções respiratórias agudas nas crianças
(2) Complicação das ivas [pelo edema de mucosa local];
(3) Tosse e secreção nasal/retrofaríngea por mais de 10-14 dias
(4) Recorrência da febre
(5) Evidência de sinais localizatórios (dor em seios maxilares e/ou frontais)
Sintomas persistentes:
(6) Secreção nasal por mais de 10 dias
(7) Tosse predominantemente noturna
(8) Cefaleia frontal
Sintomas graves:
(9) Febre acima de 39oc
(10) Coriza mucopurulenta por mais de 3 dias
(11) Dor em região dos seios da face
(12) Presença de edema facial
(1) Sinusites
(2) Diagnóstico: Clínica + Tc dos seios da face, se: sinusites recorrentes, infecções persistentes ou complicadas;
(3) Principais agentes: s. Pneumoniae; h. Influenzae e m. Cattarhalis (menos comuns); s. Aureus e anaeróbicos (se crônica);
(4) Tratamento de sinusite -> se >10 dias de coriza mucopurulenta:
i. Amoxicilina 40-90mg/kg/dia em 2 doses/dia
ii. Amoxicilina-clavulanato: quando não há melhora com amoxicilina ou em pacientes com sinusite crônica;
iii. Duração: 7 dias após a regressão dos sintomas clínicos;
Critérios Diagnósticos de OMA
Atender 3 condições: a) Início súbito dos sintomas b) Presença de secreção em ouvido medido c) Sinais e sintomas inflamatórios de ouvido médio - Elementos definidores: (1) Otalgia (2) Otorreia (3) Abaulamento da membrana timpânica (4) Diminuição da mobilidade da membrana timpânica (5) Hiperemia da membrana timpânica
Características clínicas da OMA que orientam ao agente etiológico
(1) Perda de brilho, hiperemia [otite viral];
(2) Aspecto mais acentuado da hiperemia com edema; vesículas na membrana timpânica [miringite bolhosa -> vírus, mas pode ser causada também por micoplasma]
Complicações da OMA
(1) Supurativas [mastoidite, abscesso cerebral];
(2) Perfurações na membrana timpânica;
(3) Colesteatomas;
(4) Perda auditiva neurossensorial;
(5) A longo prazo [mais comuns e menos perceptíveis]: comprometimento da linguagem, comunicação e audição;
Causas de otite
(1) Infecção viral do trato respiratório superior
(2) OMC: OMA recidivante ou outras doenças e traumatismos
Principais Agentes etiológicos da OMA
Quase sempre tem envolvimento de bactéria associada à infecção viral;
(1) S. Pneumoniae;
(2) H. Influenzae;
(3) M. Catarrhalis;
(4) S. Pyogenes;
Tratamento antibiótico de OMA
(1) Definir se o tratamento com atb será benéfico para determinado paciente -> Retardar o início da terapêutica em 24-48h [principalmente em maiores de 2 anos]
(2) Evitar antitussígenos, medicações com vasoconstritor;
(3) Amoxicilina:
a) Primeiro episódio, sem fatores de risco: 45mg/kg
b) Frequente creches, apresente otite de repetição, uso de atb nos últimos 3 meses, uso de drogas imunossupressoras: 90mg/kg
c) Se falha terapêutica, mantendo tais manifestações: Presença de febre, Otalgia, Membrana timpânica abaulada e hiperemiada e/ou Otorreia persistente após 3 dias ou mais de atbterapia -> Amoxicilina/clavulanato (90mg/kg) ou Ceftriaxona IM por 3 dias (50mg/kg/dia) por 7-10d
(1) Membranas (teia de aranha) de progressão descendente com início no nariz/na amigdala
(2) Obstrução de via aérea;
(3) Membrana que quando manipuladas, sangram muito];
(4) Prevenção-> vacinação: <6 meses: dTP
Difteria ->clostridium difterii
(1) Doença de evolução muito rápida [obstrução respiratória alta, com estridor, criança que prefere ficar sentar fletida para frente {epligote não obstrui a via aérea}] -> semelhante à pericardite;
(2) Labilidade à disautonomia [ao olhar a garganta da criança com epiglotite, corre o risco de ter parada respiratória na frente do médico]
Epiglotite -> haemophilus influenzae (2-4-6 meses + reforços -> vacinas)
Conduta no caso de epiglotite
Bloco cirúrgico: sedação e intubação;
(1) Complicação de infecção dentária ou de amigdala, em que há acúmulo de pus na fáscia posterior da amigdala [a amigdala é empurrada para o centro e para frente ao olhar a garganta, geralmente uma amigdala está centraliziada e jogada para frente]
(2) Ao romper, causa pneumonia grave aspirativa
(3) Agentes: anaeróbios, se houver infecções dentários; embora os mais comuns sejam hemophilus, staphylococcus e streptococcus;
Abscessos de VAS
(1) Odinofagia;
(2) Infecção viral da garganta,
(3) Febre persistente (2-3 dias de febre alta, a cada 4 horas, difícil de baixar com medicação);
(4) Após 24-48h -> hiperemia de palato mole e vesículas [não é pus, mas vesícula que se rompe formando afta];
(5) Vesículas posteriores; mas pode ter a gengivoestomatite herpética, que dá na boca toda;
Herpangina -> Coxsackie vírus tipo ii [principal agente etiológico das endocardites virais na infância]
Principais causas de obstrução de via área superior e conduta inicial
(1) Mononucleose {forma anginosa da mononucleose) -> amigdala aumentada, gânglios aumentados} -> CD: corticoide
(2) Laringites virais agudas (laringite estridilosa) -> início à noite e após estar dormindo acorda com o estridor, ansiosa -> CD: adrenalina e dexametasona ou corticoide;
(3) Difteria [membranas, pescoço taurino (pelo volume da adenomegalia)]
(4) Abscesso
(5) Malformação congênita
(6) Corpo estranho
(7) Tumorais
(8) Trauma
(1) Rouquidão
(2) Tosse de cachorro [tudo que comprometer a corda vocal]
(3) Desconforto respiratório
(4) Estridor
(5) Comprometimento de Laringe: laringite viral aguda, Laringite pura, Laringite espasmódica ou estridilosa [dorme e acorde sufocada], Laringotraqueobronquite [rouquidão e sibilância], Laringe e traqueia (laringotraqueíte) ou Laringe, traqueia e bronquíolos [laringotraqueobronquite]
Síndrome do crupe -> Etiologia: influenza e parainfluenza ou difteria
Tratamento Síndrome do crupe
Desobstrução -> corticoide e adrenalina [laringite espasmódica]