Diabetes e Cetoacidose diabética Flashcards
Quadro clínico do DM tipo 1
(1) Pico de incidência em torno dos 7 anos
(2) Hiperglicemia
(3) 4 Ps: Perda de peso, Polidipsia, Poliúria e Polifagia
(4) Início subagudo (até 15d) e grave
(5) Cetoacidose diabética ao diagnóstico (60%)
Quadro clínico do DM tipo 2
(1) Hiperglicemia de início lento e progressivo
(2) Obesidade (alta circunferência abdominal)
(3) Acantose Nigricans -> resistência insulínica
(4) Discreta polidipsia e poliúria
Diagnóstico laboratorial confirmatório de DM ou intolerância à glicose (IG)
INTOLERÂNCIA: (1) GJ ≥ 100 e < 126 OU (2) 2h após TOTG ≥ 140 e < 200 - DIABETES: (3) GJ ≥ 126 OU (4) GJ ≥ 200 com sintomas típicos (Ps) OU (5) 2h após TOTG ≥ 200
Tratamento da DM1
INSULINOTERAPIA (0,5 U/kg/dia -> aumentar se processo agudo como infecção) + MONITORIZAÇÃO + DIETA + ATIVIDADE FÍSICA:
(1) Glargina DU pela manhã OU Insulina NPH (Lantus) SC 1-4x ao dia (2/3 da dose pela manhã e 1/3 á noite)
+
(2) Insulina ultra-rápida (Aspart ou Lispro) imediatamente antes das refeições OU Insulina regular 30min antes das refeições
Seguimento do paciente com DM1
A cada consulta (mensal e, após controle, trimestral):
(1) Controle de glicemia (GJ + HbA1c + glicemias capilares): Glicemia capilar pré-prandiais, pós-prandiais e antes de dormir (manter 80-120, <180 e 100-140, respectivamente e HbA1c < 7,5%)
(2) Orientar acerca de gravidez (controle rigoroso)
(3) Suporte psicológico
-
Anualmente:
(4) Microalbuminúria: se presente -> captopril
(5) Perfil lipídico: Colesterol total, LDL, HDL e Triglicérides
(6) Creatinina Sérica
(7) TSH e T4L
(8) Fundo de olho
Quadro clínico da Cetoacidose diabética
(1) Náuseas e vômitos
(2) Desidratação
(3) 4Ps (anorexia, quando mais grave)
(4) Taquidispneia -> Respiração de Kussmaul
(5) Alteração de consciência (ex: torporoso)
(6) Hálito cetônico
(7) Perda ponderal
(8) Dor abdominal
Exames complementares em um paciente com Cetoacidose diabética e possíveis achados
(1) Glicemia sérica: >200
(2) Glicemia capilar 1/1h
(3) Hemograma -> hemoconcentração +/- indícios de infecção
(4) Hemocultura -> se indícios de infecção
(5) Gasometria 3/3h -> acidose metabólica (Ph <7,3 ou Bicarbonato sérico < 15mEq/L)
(6) Sumário de Urina com pesquisa de corpos cetônicos -> glicosúria e cetonúria
(7) Eletrólitos 3/3h: Na+, K+, Ca, P -> DHE (hipernatremia e/ou hipocalemia, ex)
(8) Ureia -> aumentada por desidratação grave e IRA
(9) Creatinina -> aumentada se IRA ou cetonúria
Tratamento de cetoacidose diabética e das possíveis complicações do tratamento
(1) Internação em UTI
(2) Hidratação
I. Expansão: SF0,9% 20ml/kg/h ou 20/20min, se choque (repetir, se necessário)
II. Manutenção: SF0,9% 2L/m²/d + reposição, se perdas, de 20ml/kg/d
III. Quando HGT = 250 -> SGF 1:1 conforme glicemia capilar
(3) 50 U Insulina Regular/500ml SF -> 1ml/kg/h EV em BIC
a. Se queda > 90mg/dl/h -> reduzir para 0,5ml/kg/h
b. Caso edema cerebral -> Manitol
c. Caso hipocalemia após 2ª hora de tto -> Repor potássio
Principal complicação do tto da cetoacidose diabética e sua apresentação clínica
(1) Cefaleia
(2) Redução abrupta da frequência cardíaca (não relacionada à reidratação)
(3) Hipertensão arterial (a evolução do quadro neurológico pode causar hipotensão arterial)
(4) Vômitos
(5) Alterações do nível de consciência (desde sonolência até o coma)
(6) Alucinações
(7) Alterações pupilares (anisocoria ou pupilas médio-fixas)
(8) Papiledema.
Critérios de melhora na cetoacidose diabética
(1) Melhora do estado geral e consciência
(2) Ausência de corpos cetônicos na Urina
(3) Melhora da desidratação