ITU Flashcards
Principais agentes etiológicos
Gram negativos entéricos (enterobactérias) -> Ex: E. Coli (principal) e Proteus (importante em meninos)
Quadro clínico conforme faixa etária
(1) Sem controle do esfincter (<2 anos): I. Febre (principal sintoma, alta, persistente, 80% dos casos) II. Vômito III. Irritabilidade IV. Urina concentrada (2) Com controle de esfíncter (>2 anos): I. Disúria II. Polaciúria III. Tenesmo urinário IV. Urgência miccional
Principais diagnósticos diferenciais e como afastar
Examinar genitália externa:
(1) Vulvovaginite
(2) Balanospostite
Principal causa bacteriana de febre sem foco em lactentes menores de 24 meses
Pielonefrite aguda
Manifestações clínicas da pielonefrite
(1) Febre (pode ser a única)
(2) Dor lombar ou abdominal
(3) Dor à punho-percussão lombar (sinal de Giordano)
(4) Mal-estar
(5) Náuseas e vômitos
(6) Diarreia (ocasionalmente)
Exames diagnósticos
(1) EAS
(2) Urinocultura + Antibiograma
-
Se pielonefrite, pedir:
-
(3) Hemoculturas (risco de sepse)
(4) Hemograma (leucocitose > 20.000-25.000 cél./mm3 –> abscesso renal)
(5) Pró-calcitonina
(6) PCR ou VHS
Achados possíveis no EAS
(1) Densidade urinária baixa
(2) Bacteriúria -> Gram
(3) pH alcalino –> Proteus;
(4) Hematúria microscópica (frequente)–> Cistite e pielonefrite
(5) Nitrito positivo –> Gram -
(6) Piúria –> 5 ou + por campo em grande aumento
(7) Cilindros piocitários ou granulosos –> Pielonefrite
Como fazer a coleta de urina e qtd de bactérias para diagnóstico de ITU
Sempre realizar limpeza da genitália com água e sabão antes:
(1) Grupo sem controle de esfíncter (<2anos)
I. Punção Suprapúbica (>1000 UFC/ml ou qualquer valor se bactérias atípicas)
II. Cateterismo Vesical (>10.000 UFC/ml + sintomas)
III. Saco Coletor (>100.000 UFC/ml + sintomas = ITU presumida, não confirmada)
(2) Grupo com controle: Jato médio (>100.000 UFC/ml ou >50.000 se bactérias atípicas)
(3) Crescimento sem sintomas -> Bacteriúria assintomática
Exames para Avaliação Anatômica e Funcional do Trato Urinário e principais aplicações
(1) Ultrassonografia Renal (USG) –> hidronefrose, litíase, abscesso renal,
(2) Uretrocistografia Miccional (UCM) –> refluxo
(3) Urografia Excretora –> morfologia
(4) Cintilografia Renal Estática (DMSA) –> Cicatrizes e pielonefrite aguda
(5) Cintilografia Renal Dinâmica (DTPA) –> uropatias obstrutivas e hidronefrose
(6) Estudos Urodinâmicos –> Bexiga neurogênica
Indicação para solicitar exames de avaliação anatômica e quais pedir conforme quadro e idade
(1) Se < 2 anos = ultrassonografia de vias urinárias e uretrocistografia miccional
a) Se refluxo = Cintilografia Renal Estática
b) Se obstrução ou hidronefrose = Cintilografia Renal Dinâmica
(1) Se > 2 anos = ultrassonografia
a) Se alterada = outros exames
Onde tratar essa criança
(1) Tratamento ambulatorial I. >3 meses, sem sinais de toxemia II. Estado geral preservado III. Hidratadas e capazes de ingestão oral - (2) Tratamento hospitalar I. Recém-nascidos II. Lactentes jovens III. Febre alta IV. Desidratadas V. Vômitos persistentes
Abordagem da crianca com ITU confirmada
(1) Analgésicos e antitérmicos
(2) Escopolamina -> se disúria intensa
(3) Hidratação VO ou EV
(4) ATB por 10 dias
a. Cefalexina VO 50-100mg/kg/d 6/6h-> meninas
b. Cefadroxila VO 30 a 50mg/kg/d 12/12h -> meninos (pega proteus)
c. Ceftriaxona 50 a 100 mg/kg/d EV 12/12h ou gentamicina -> se grave
(5) ATB profilática, após término do tratamento da fase aguda
Indicações para quimioprofilaxia
(1) Durante a investigação morfofuncional
(2) Refluxo vesicoureteral grave, graus III, IV e V;
(3) Uropatias obstrutivas
(4) Recidivas frequentes (por 6-12 meses, podendo ser prolongada)
Esquema para quimioprofilaxia
(1) Nitrofurantoína 1-2 mg/kg/dose em uma tomada à noite
(2) Sulfametoxazol-trimetropim (1-2 mg/kg/dose de trimetoprim) em uma tomada à noite;