Diarreias Crônicas Flashcards

1
Q

DEFINIÇÃO

A

Ocorre por período > 30 dias ou ≥ 3 episódios de diarreia nos últimos 60 dias.

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Q

Etiopatogenias da diarreia crônica

A

(1) Osmótico: Soluto não absorvível na luz intestinal -> ex: Deficiência de lactase, sorbitol)
(2) Secretório: Alteração no transporte de eletrólitos através da membrana por AMPc, GMPc ou cálcio
(3) Redução da área de superfície absortiva: Ressecções intestinais, doença celíaca (atrofia da mucosa intestinal e diminuição do tamanho e do número de microvilosidades)
(4) Alteração da motilidade intestinal: Desnutrição, DM, síndromes obstrutivas
(5) Inflamatória: Citocinas e outros mediadores inflamatórios estimulam a secreção de eletrólitos e água -> Doença inflamatória intestinal, APLV, enterite eosinofílica, amebíase.

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3
Q

Principais causas de diarreia crônica na criança

A

(1) Alergia à proteína do leite de vaca (APLV)
(2) Doença celíaca
(3) Intolerância à lactose
(4) Gastroenteropatia eosinofílica -> Aparece associada a outras alergias
(5) Fibrose cística
(6) Síndrome do cólon irritável -> Não tem gravidade
(7) Doença inflamatória intestinal
(8) Aganglionose -> Não é causa de diarreia crônica | Causa a forma clássica e mais conhecida do megacólon congênito e consiste em fezes líquidas em pequena quantidade de odor fétido que dão o aspecto de diarreia para o leigo, mas que estão escorrendo no local do fecaloma
(9) Imunodeficiência -> HIV
(10) Hepatopatias
(11) Diarreia perdedora de sódio
(12) Parasitoses intestinais

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4
Q

Diagnóstico de APLV

A

Eminentemente clínico!

(1) História clínica
(2) Quadro clínico -> Respiratório, digestivo e pele | A associação de sintomas digestivo + respiratório é frequente
(3) Teste de desencadeamento -> Retira a proteína do leite ou o alimento suspeito de desencadear a alergia por 4-6 semanas e depois reintroduz em pequena quantidade
a) Fecha diagnóstico
b) Fazer preferencialmente em ambiente ambulatorial ou hospitalar, pois crianças com alergias que não sejam leves podem dar reações alérgicas complicadas; se for uma alergia leve, o médico tem mais segurança de fazer em casa
(4) Testes cutâneos de hipersensibilidade imediata -> Prick test
(5) Determinação de IgE sérica específica -> RAST (IgE específica/ImunnoCap)

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5
Q

Principais alimentos causadores de alergia alimentar

A

(1) Crustáceos e alguns peixes
(2) Leite e derivados
(3) Amendoim
(4) Trigo
(5) Soja
(6) Ovo

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6
Q

Forma clássica/típica de doença celíaca

A

(1) Diarreia crônica -> Fezes pálidas, volumosas, com odor fétido, gordurosas
(2) Distensão abdominal
(3) Palidez
(4) Vômito
(5) Dor abdominal
(6) Alteração do humor -> A criança fica irritada
(7) Sinais de DPE (desnutrição proteico-energética)

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7
Q

Forma não clássica/atípica de doença celíaca

A

(1) Constipação intestinal intratável
(2) Anemia
(3) Baixa estatura
(4) Atraso puberal
(5) Hipoplasia do esmalte dentário
(6) Epilepsia
(7) Calcificações intracranianas
(8) Dermatite herpetiforme
(9) Osteopenia/osteoporose -> Não é comum
(10) Artrite/artralgia
(11) Aftas de repetição

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8
Q

Diagnóstico de doença celíaca

A

(1) História clínica -> Pessoas com fatores de risco
(2) Testes sorológicos
a) Anticorpo antigliadina (IgA/IgG) ->Não é feito mais de rotina, pois dá muita reação cruzada em crianças com alergia alimentar
b) Anticorpo antiendomísio (IgA/IgG)
c) Anticorpo transglutaminase tecidual (IgA/IgG) -> Custo menor com alta sensibilidade e especificidade em relação ao anticorpo antiendomísio
(3) Se o anticorpo é positivo, faz BIÓPSIA
(4) Se o anticorpo é negativo, mas a clínica é de doença celíaca, solicitar IgA SECRETORA, pois pode ser negativo por deficiência de IgA secretora para positivar o exame
(5) IgA secretora
(6) HLA DQ2 DQ8 -> Se anticorpo e biópsia não conversam e IgA secretora dá normal, faz HLA DQ2 DQ8 -> A presença do antígeno não é patognomônica, mas significa suscetibilidade genética (à doença imune)

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9
Q

Complicações da doença celíaca

A

(1) Aborto de repetição
(2) Esterilidade
(3) Baixa estatura
(4) Osteoporose
(5) Risco de câncer
(6) Aumento do risco de doença autoimune
(7) Distúrbios psiquiátricos

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10
Q

Quadro clínico na fibrose cística

A

(1) Trato respiratório -> Pneumonia de repetição
(2) Trato gastrointestinal -> Síndrome disabsortiva intestinal por disfunção enzimática do pâncreas exócrino = Diarreia com esteatorreia, flautulência, distensão abdominal ou dificuldade de ganho ponderal e deficiência de vitaminas lipossolúveis
(3) Trato geniturinário -> Atraso puberal, infertilidade
(4) Glândulas sudoríparas -> Excessiva perda de sal através da pele

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11
Q

Diagnóstico da fibrose cística

A

(1) Teste de suor = Dosagem de eletrólitos (cloreto) no suor. Coleta 50-100mg de suor de pele com ionoforese com pilocarpina e interpreta:
a) Cloro > 60 mEq/L em 2 dosagens independentes é compatível com fibrose cística
b) Sódio é cerca de 10-15 mEq/L mais baixo que o cloro
(2) Estudo genético  Em pacientes com 2 dosagens independentes entre 40-60 mEq/L
(3) INDICAÇÃO: O teste de suor deve ser feito em paciente com clínica compatível, história familiar ou teste de triagem neonatal (dosagem sérica de tripsinogênio) positivo

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12
Q

Quadro clínico na intolerância à lactose

A

(1) Fezes explosivas
(2) Distensão abdominal
(3) Assadura anal
(4) Ph reduzido nas fezes

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13
Q

Testes Diagnósticos na intolerância à lactose

A

Teste de sobrecarga a açúcares -> Não é patognomônico.
(1) A 1a amostra de sangue é colhida em jejum e a glicemia é dosada
(2) Administra hidrato de carbono
(3) As outras amostras de sangue são feitas em 30, 60 e 120 minutos -> Espera-se que a lactose seja digerida e aumente a glicose sanguínea
-
Normal: 30mg/100ml
Duvidoso: 20-30mg/100ml
Anormal: 20mg/100ml
- OU -
Teste H2 expirado
(1) Ingere hidrato de carbono e as amostras de hidrogênio exalado são coletadas a cada 30 minutos por 3 horas (6x)
a) Teste positivo  H+ > 20 ppm

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14
Q

Exames a se solicitar na suspeita de DII

A

(1) Exames laboratoriais:
a) Hemograma
b) Ferritina
c) Proteínas totais e frações
d) Zinco
e) Vitaminas
f) Outros minerais
g) Parasitológico de fezes
(2) VHS: Muito usado para acompanhar o paciente
(3) ANCA-RC -> Mais em RCU
(4) ASCA-DC -> RCU ou DC
(5) Endoscopia/colonoscopia ->Fecha o diagnóstico (EDA para Crohn e colonoscopia para RCU)
(6) Biópsia com histologia -> Existem situações em que a macroscopia é normal | Padrão-ouro

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15
Q

Teste para avaliar esteatorreia

A

Van de Kamer (quantitativo)
- OU -
Teste de Sudan III (qualitativo) -> mais usado!
(1) Coloração nas fezes com Sudam III  6 – 15g lipídios nas fezes (Róseo ou vermelho)
a) Leve: Normal +
b) Moderada: Aumentada ++
c) Acentuada: Muito aumentada +++
(2) Não exclui esteatorreia
(3) Avalia  Triglicerídeo da dieta e produtos da lipólise
(4) 25% de falso-negativo e falso-positivo em uso de óleo mineral ou contaminação com óleo das fezes

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