Síndrome edemigênica e Vasculopatias Flashcards
Como diferenciar ICFER de ICEFEP?
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Qual a diferença na clinica de insuficiência de vdentriculo direito e de insuficiência de ventriculo esquerdo?
IVD: congestão sistêmica
Cansaço, turgência jugular patológica, reflexo hepatojugular, sinal de Kussmaul (aumento da TJ na inspiração), hepatomegalia
IVE: congestão no pulmão
+ comum, história natural de evoluir para IVD
Dispneia aos esforços, ortopneia, dispneia paroxistica noturna, estertoração pulmonar, B3
Qual a diferença de insuficiência cardíaca de baixo débito e de alto débito?
IC de baixo débito
IC no coração
IC de alto débito
Maior trabalho cardiaco seundário a condição sistêmica e a maior demanda ou desvio de sangue, sem conseguir suprir a demanda
Anemia, tireotoxicose, sepse, Beribéri (baixa tiamina), fístula AV
Como realizar o diagnóstico de insuficiência cardíaca? Como avaliar dispneia na sala de emergência?
Critérios de Framingham: 2 maiores ou 1 maior e 2 menores
ECG + Rx de tórax
Classificação/etiologia: ecocardio transesofágico
DISPNEIA NA SALA DE EMERGÊNCIA (cardiaca x pulmonar): BNP ou NT-PRO-BNP elevados na IC
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Como realizar a classificação funcional de IC?
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Como realizar a classificação evolutiva de IC
- A: Só fatores de risco
- B: Doente, mas assintomático
- C: Sintomático
- D: Refratário
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Quais a drogas agem nos sintomas de ICEFER e quais aumentam sobrevida?
Sintomáticas
Agem diminuindo congestão
Diuréticos e digitálicos
Aumentam sobrevida
Agem no remodelamento do organismo em resposta ao baixo débito (SRAA, noradrenalina)
Beta-bloqueador, IECA/BRA, antagonista de aldosterona, hidralazina + nitrato, ivabradina, valsartan + sacubitril, dapaglifozina
Para quem iniciar IECA na ICFER? Quando está contra-indicado?
Para todos, mesmo assintomáticos
Não usar se K > 5,5, insuficiência renal ou estenose bilateral de arteria renal
Para quem iniciar betabloqueador na ICFER? Quais betabloqueadores usar e quando está contra-indicado?
Metoprolol, carvedilol, bisoprolol
Para todos, mesmo assintomáticos
Para sempre, não retirar, começar devagar pois no inicio piora o paciente
Não iniciar se paciente agudamente descompensado. Se ja usa e descompensou, não mexer na dose
Para quem iniciar antagonista da aldosterona na ICFER? Quando está contra-indicado?
Espironolactona
Para sintomáticos com IECA e BB (CF II à IV)
Não usar se K > 5,5 ou Insuficiência renal
Para quem iniciar hidralazina e nitrato na ICFER?
Alternativa a IECA e BRA-II ou sintomáticos com IECA + BB + antagonista da aldosterona
Para quem iniciar BRA-II na ICFER? Quando está contra-indicado?
Intolerância a IECA (tosse ou angioedema)
Não usar se K > 5,5 ou Insuficiência renal
Para quem iniciar Ivabradina na ICFER? Quais as condições para seu uso?
Inibidor seletivo da corrente IF do nó sinoatrial
Sintomáticos com IECA e BB + FC > 70 e sinusal
Para quem iniciar valsatrana + sacubitril na ICFER? Quando está contra-indicado?
Entresto (BRA + inibidor da neprilidina - degrada vasodilatadores BNP, bradicininas)
Substituir IECA nos pacientes que permanecem sintomáticos
Para quem iniciar dapaglifozina na ICFER?
Forxiga: Inibidor seletivo de SGLT-2, inibe reabsorção tubular de glicose
Urina glicose e H2O, diminui volume e diminui PA
Sintomáticos com IECA + BB + antagonista da aldosterona
Pode ser usado mesmo em não diabéticos
EA: candidiase, ITU, amputações
Para quem iniciar diurético e digitálico na ICFER?
Sintomáticos
Preferência: furosemida
Como realizar o tratamento de ICFEP?
Controlar os fatores que prejudicam o relaxamento
Diminuir PA, FC coronariopatia, FA
Se congestão: diurético
Como agir na insuficiência cardiaca descompensada?
A) QUENTE E SECO
Avaliar outras causas para sintomas
B) QUENTE E ÚMIDO (+ comum)
Diurético + vasodilatadores
C) FRIO E ÚMIDO (pior prognóstico, choque cardiogênico)
Inotrópico + vasodilatadores (PAs > 90)
D ou L) FRIO E SECO
Hidratação venosa cautelosa
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Paciente jovem, atleta, com sopro cardiaco desconhecido ate consulta medica que melhora quando agacha e piora a manobra de valsalva. Sem fatores de risco cardiovasculares. Historia familiar de irmão que teve sincope enquanto praticava esporte
Doagnóstico, exame complementar e tratamento
CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA
Principal causa de morte súbita em atletas
Genética, familiar, jovem
Sopro sistolico que piora com valsalva e melhora com agachamento pelo aumento do retorno venoso
Síncope e dispneia aos esforços
Diagnóstico: ECO/RM: sinais de HVE, hipertrofia septal assimetrica
Tratamento: controle de PA, FC com betabloqueador, antagonista do canal de cálcio não diidropiridinico (verapamil)
Evitar nitrato, digital, diurético
Cardiodesfibrilador implantavel se sincope, taquiventricular ou morte subita abortada
Quais as principais causas de descompensação de insuficiência cardiaca?
Uso irregular das medicações
Doenças isquêmicas
Arritmias
TEP
Infecção
Qual anti diabético oral e quais anti-hipertensivos são contra indicados em paciente com insuficiência cardíaca?
Glitazona (pioglitazona)
Bloqueadores de canal de cálcio (ninfedipino, anlodipino, verapamil, diltiazem)
Como definir hipertensão pulmonar?
Aumento patológico da pressão na artéria pulmonar
PMAP > 20mmHg no repouso (_>_25mmHg)
P sistolica AP: 15-30 mmHg
P media AP: 10-20 mmHg
Quais os grupos de causas de Hipertensão de arteria pulmonar segundo a OMS?
GRUPO 1: Doença das artérias pulmonares (primária)
Idiopática (rara), doenças do colágeno (esclerose sistêmica), drogas…
GRUPO 2: Doenças do coração esquerdo
ICFER ou ICFEP
GUPO 3: Doenças pulmonares/hipoxemia
Fibrose pulmonar idiopática, DPOC, fibrose cistica…
GUPO 4: Doença tromboembólica crônica
GRUPO 5: Miscelânia (multifatorial)
Anemia falciforme, sarcoidose
O que é o teste da reatividade na hipertensão pulmonar?
Administra NO inalatório
Prevê resposta ao antagonista de canal de calcio no tratamento de HP primária
(+): queda PMAP > 10mmHg e PMAP final < 40 mmHg
Se positivo: tratamento com verampamil ou diltiazem
Se negativo, não fazer ACC. Tentar antagonistas da endotelina (ambisetan) +/- inibidor PDE-5 (sildenafil).
Falência: Prostanoides, transplante de pulmão +/- coração
Quando está indicada CDI (cardiodesfibrilador implantável)?
Cardiomiopatia hipertrofica: sincope, taquiventricular ou morte subita abortada
Qual o significado das 4 bulhas cardiacas?
B1: fechamento simultâneo de mitral e tricuspide
B2: fechamento simultâneo de aórtica e pulmonar
Entre B1 e B2: sistole // Entre B2 e B1: diástole
B3: sobrecarga de volume (no inicio da diástole)
B4: sobrecarga de pressão (no final da diástole), depende da contração atrial (FA não tem B4)
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Qual a principal indicação cirurgica em valvulopatias?
Indicação cirúrgica classe 1: doença grave desde que sintomática ou com baixa FEJ
Paciente com clinica de rouquidao, disfagia, dispneia aos minimos esforços e ortopneia, além de sopro cardiaco em ruflar diastólico em foco mitral, com B1 hiperfonetica e estalido de abertura. Rx mostrado abaixo e ECG com aumento de onda P…
Diagnóstico, principal causa, e conduta…
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ESTENOSE MITRAL
Causa: reumática (95%)
Não ejeta todo sangue do AE -> VE: aumento AE + congestão pulmonar (associada a FA)
Sopro suave diastólico em foco mitral, mitral fecha com força (B1 hiperfonética), estalido de abertura da valva
ECG: p larga > 100 ms, indice de Morris (porção negativa de P em V1 > 1mm)
Rx: duplo contorno D, sinal da bailarina (deslocamento do bronquio fonte esquerdo), aumento do arco médio a esquerda // deslocamento posterior do esôfago
Eco: área valvar < 1,5 cm2 = grave (cx)
Tratamento: controle da FC (beta-bloqueador)
Intervenção: valvotomia percutânea com balão
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Paciente idoso com angina, episódios de sincope e dispneia. Presença de sopro meso sistólico, em crescente e decrescente, com irradiação para as carótidas. Presença de B4 e pulso fraco, com baixa amplitude e longa duração. ECG demonstrando aumento de QRS e inversão assimétrica de onda T. Rx com dilatação de VE…
Diagnóstico, causas, clinica e tratamento…
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ESTENOSE AÓRTICA
VE não consegue ejetar todo o sangue -> mais força de contração -> hipertrofia de VE
Causas: calcificação (idosos), má formação - bicúspide (jovem), reumática
Tríade: angina (maior demanda), sincope (baixo fluxo), dispneia (ICC por disfunção)
Sopro mesossistolico em diamante, irradia para carótidas, B4 (sobrecarga de pressão), pulso parvus e tardus
ECG: sinais de HVE (aumento QRS em V5 e V6 e padrão strain - inversão assimétrica de T)
ECO: área valvar < 1 cm2 = grave (cx)
Tratamento: medicamentoso insatisfatório, evitar beta-bloqueador
Intervenção: troca valvar, implante
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Paciente com quadro de febre reumática aguda desenvolve sopro holossistólico e presença de B3. ECG e rx de torax com sinais de hipertrofia de VE…
Diagnóstico, causas e tratamento…
INSUFICIÊNCIA MITRAL
Sangue regurgita para AE na sístole -> aumento de AE
Ventriculo, na diastole, recebe sangue volume normal + regurgitado -> sobrecarga de volume (B3) -> aumento VE -> ICC
Causas: prolapso (crônico), reumática (aguda), endocardite, IAM
ECG: aumento de p e sinais de HVE V5 e V6 e strain
ECO: fração regurgitante > 50% = grave (cx)
Tratamento: tratar IC
Intervenção: reparo ou troca valvar
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Paciente com aterosclerose desenvolve sinais de insuficiência cardiaca. Presença de sopro mais intenso no inicio na diastole em foco aortico acessorio (3 EIC esquerdo). Pulsação de leito ungueal e de úvula. Pulso com ascenção rapida e com colapso súbito. ECG e rx de tórax com sinais de hipertrofia ventricular…
Diagnóstico, causas, clinica e tratamento…
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
Regurgitação do sangue na diástole -> sobrecarga de volume (B3) -> HVE -> ICC
Diminui pressão diastólica (coronária é perfundida na diastole) -> isquemia coronariana
Causas: reumatica, aterosclerose, Marfan (cronicos) /// endocardite, dissecção (agudos)
- Sopro proto-diastólico (+ inicio da diástole)
- Sopro sisto-diastólico - gera estenose mitral (Austin-flint)
- Pulso em martelo d’agua (Corrigan)
- Pulsação leito ungueal (sinal de Quincke)
- Pulsação úvula (sinal de Muller)
- Pulsação da cabeça (sinal de Musset)
ECG e Rx com sinais de HVE
ECO: fração regurgitante > 50% = grave (cx)
Tratamento: vasodilatadores
Intervenção: troca valvar
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