Perioperatório + Queimaduras + Cicatrização de feridas Flashcards

1
Q

Quais exames solicitar ao paciente no preparo pré-operatório de acordo com o fator idade?

A
  • < 45 anos: nenhum
  • 45-54 anos: ECG para homens
  • 55-70 anos: ECG + hemograma com plaquetas
  • > 70 anos: ECG + hemograma + eletrólitos + glicemia + função renal

*outros exames na dependência de patologias de base

Ex: DM: glicemia, HbA1C, ECG // hipotireoidismo: função tireoidiana // Espirometria: asma, DPOC, ressecção pulmonar

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2
Q

Em quais cirurgias solicitar coagulograma, rx de tórax e EAS no preparo pré-operatório?

A

Coagulograma: estimativa de perda de > 2L de sangue, neurocirurgia, cirurgia cardíaca e torácica

outras: DWvB/hemofilias

Rx de tórax: cirurgias cardíacas e torácica

outras: > 30 anos/maço

EAS e urocultura: cirurgia urológica, gestante, cirurgia ortopédica

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3
Q

Quais as 4 contra-indiciações incontestáveis à cirurgia levando-se em consideração a avaliação cardiovascular pré-operatória?

A

Cardiopatia ativa

  • Angina instável
  • ICC descompensada
  • Arritmia grave
  • Valvopatia grave

Tratar antes!

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4
Q

Como realizar a avaliação cardiovascular do pre-operatório de cirurgias eletivas?

A

METS: gasto energético diário do coração

  • < 4 METS: comer, vestir, andar em volta da casa…
  • 4-10 METS: subir um lance de escadas, andar rápido, trabalho doméstico
  • > 10 METS: atividade física rotineira (esporte)

…< 4 METS: elevado risco cardiovascular (cardiopatas x preguiçosos) = teste cardiaco não invasivo…

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5
Q

Qual score é utilizado para avaliar o estado clínico do paciente no preparo pré-operatório?

A
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6
Q

Quais medicações manter e quais suspender no preparo pré-operatório e, se suspensão, quanto tempo antes…

A

Outros:

  • AINEs: suspender 1-3 dias antes
  • Clopidogrel: suspender 5 dias antes
  • Ginkobiloba: suspender 24-36 horas antes
  • Estrogênio/tamoxifeno: suspender 4 semanas antes

*Na suspensão de varfarin, trocar por heparina TERAPÊUTICA, suspender conforme o tempo e retornar 24-48h após a cirurgia

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7
Q

Como realizar a profilaxia de TVP/TEP no preparo pré-operatório?

A

Escore de CAPRINI

… ainda:

Risco moderado: cirurgia ginecológica

Risco alto: cirurgia bariátrica

HEPARINA profilática:

HBPM (enoxaparina): 40mg SC 1x/dia

HNF: 5000 U SC 12/12h ou 8/8h

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8
Q

Para que realizar profilaxia antibiótica no preparo pré-operatório e qual a classificação…

A

Evitar infecção de ferida operatória (S. aureus)

Limpas: ortopédica, cardíaca, neurocirurgia, plástica, tireoidectomia, herniorrafia (utilizar ATB se tela)

Potencialmente contaminadas: colecistectomia por colelitiase

Contaminada: colecistectomia por colecistite

Infectada (suja): colecistectomia por colecistite supurada

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9
Q

Quando realizar antibiotico terapia no preparo pré-operatório? Há inidicação de repetir dose?

A

30-60 min antes da incisão (coincide com o ato anestésico)

Repetir se cirurgia longa (>4 horas) ou sangramento excessivo (perde ATB)

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10
Q

Como se dá a classificação de Mallampati?

A

MALLAMPATI

I) II + pilar amgdaliano

II) III + abertura orofaringe

III) IV + palato mole e base da úvula

IV) Palato duro

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11
Q

Quais os 4 principios fundamentais da anestesia?

A

Promover analgesia, relaxamento muscular, inconsciência (hipnose + amnesia) e bloqueio neurovegetativo

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12
Q

Como avaliar as cordas vocais do paciente antes da anestesia?

A

Cassificação de Cormack-Lehane

  1. Glote bem visivel
  2. Somente parte posterior da glote é visualizada
  3. Somente epiglote pode ser visualizada
  4. Nem epiglote, nem glote podem ser visualizadas
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13
Q

No que se baseia o mnemônico LEMON na anestesia?

A
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14
Q

Anestésicos inalatórios

  1. Anestésico de menor potência, elevada CAM, indução muito rápida, menor metabolismo, gera hipotensão e depressão miocárdica
  2. Anestésico mais potente, porém em desuso devido a paraefeitos cardiologicos e hepaticos (alta metabolização)
  3. Mais utilizado, de odor ruim, metabolização minima, o que menos deprime contratilidade miocardica, CAM 1,2
  4. Um dos melhores, de odor agradável, velocidade de indução rápida, CAM 2
A
  1. Óxido nitroso
  2. Halotano
  3. Isoflurano
  4. Sevoflurano
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15
Q

Anetésicos venosos

  1. Promove hipnose, rápida indução, meia vida longa, diminui PIC (bom para HIC), promove hipotensão e redução DC
  2. Bom para amnesia e sedação com poucos E.C., não usar em choque
  3. Promove hipnose, rapida indução e meia vida curta (menor ressaca), dor intensa ao injetar, tem efeito cardiotóxico, sendo contra-indicado em instáveis, dislipidemia e acidose
  4. Promove hipnose, sem alterações cardiovasculares (bom para emergência), promove broncoespasmo e hipotensão, pode induzir insuficiência adrenal
  5. Promove hipnose e analgesia, efeito vasoconstrictor (bom para choque hipovolêmico), efeito broncodilatador, preferivel em DPOC e asma, efeitos dissociativos (pesadelos), aumenta PIC
  6. Analgésico potente, causa depressão respiratória
  7. Promove hipinose sem depressão respiratória, boca seca e sonolência
A
  1. Tiopental
  2. Midazolam
  3. Propofol
  4. Etomidato
  5. Quetamina
  6. Opióide
  7. Dexmedetomidina
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16
Q

Bloqueadores neuro musculares

  1. Despolarizante, bloqueia receptor de acetilcolina na fenda sináptica, ativando fibra muscular (fasciculações), ação rápida e curta, hipercalemia e hipertemia maligna
  2. Não-despolarizantes, competem com acetilcolina e seus receptores, sem ativá-los, duração prolongada
  3. Antídoto dos não-despolarizantes, anticolinesterásico
  4. Diminui efeitos colaterais do antidoto, como bradicardia, salivação
  5. Antidoto especifico do rocurônio
A
  1. Succinilcolina
  2. Pancurônio, rocurônio, atracúrio…
  3. Neostigmina, piridostigmina
  4. Atropina
  5. Sugamadex
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17
Q

Mecanismo de ação dos anestésicos locais. Qual a função da adrenalina quando associada a eles?

A

Bloqueiam canais de sódio dentro dos neurônios, impedindo a propagação do estímulo nervoso, quando no seu estado não-ionizados (lipossolúveis)

Em meio ácido (pH < pKa do anestesico), o anestesico permanece em sua forma ionizada, diminuindo seu efeito - dificuldade em anestesiar abscessos!

Adrenalina: vasoconstrição, diminui o tempo de absorção do AL, evitando toxicidade e aumentado duração da anestesia

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18
Q

Qual a sequência de bloqueio de um anestésico local

A

Dor -> frio // calor -> tato -> propriocepção -> motor

(fibras menores -> fibras maiores)

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19
Q

Sequência de sintomas na intoxicação por anestésicos locais. Como evitar e como tratar…

A
  • Dormência na língua e lábios
  • Gosto metálico
  • Distúrbios visuais
  • Cefaleia
  • Desorientação
  • Zumbido
  • Fala arrastada
  • Convulsões
  • Colapso cardiovascular (hipotensão, TV/FV, bloqueio AV, PCR)

Respeitar dose máxima:

  • Lidocaina (sem vaso: 4-5 mg/kg // com vaso: 7 mg/kg)
  • Bupivavcaina (sem vaso: 2-3 mg/kg // com vaso: 3-5 mg/kg)
  • Ropivacaina (sem vaso: 2 mg/kg // com vaso: 3 mg/kg)

Intoxicação

Benzodiazepínicos e O2

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20
Q

Anestesia de neuro-eixo

  1. Acesso ao espaço subaracnóide, pouca quantidade, menos duração, hipotensão, aumenta PIC, cefaleia
  2. Acesso ao espaço epidural, alta quantidade, elevada duração (cateter), hipotensão

Contra-indicações…

A
  1. Raquianestesia
  2. Anestesia peridural

CI: lesão de pele local, anticoagulação, instabilidade

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21
Q

Sequência impregada para realizar anestesia geral?

A

Indução, manutenção, despertar

Indução:

  1. Pré-oxigenação em O2 em alto fluxo
  2. Hipnótico EV e/ou halogenados
  3. Ventilação sob máscara
  4. Bloqueador neuromuscular + opioide
  5. Intubação

Sequência rápida: sem passo 3 (emergência, gestante, covid)

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22
Q

Como avaliar, durante a anestesia, o grau de profundidade anestésica…

A

BIS (índice bispectral)

  • 80-100: consciente
  • 60-80: sedado
  • 40-60: anestesia profunda, faixa para anestesia geral
  • 20-40: supressão elétrica cortical intensa, dano neurológico
  • < 20: profundidade anestésica escessiva
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23
Q

Complicações da ferida operatória

  1. Coleção de linfa no SC, liquido limpido, claro-amarelado, benigna, complicação + comum
  2. Coleção de sangue e coágulos, podendo funcionar como cultura se não for reabsorvido
  3. Defeito músculo-aponeurótico, por má técnica ou dificuldade cicatricial do paciente (4-14o dia), liquido sero-hemático (salmão), risco de hernia inscisional

Tratamento…

A
  1. SEROMA: compressão e aspiração (drenos)
  2. HEMATOMA: compressas com gelo, reabrir se volumoso
  3. DEISCÊNCIA DE SUTURA APONEURÓTICA: reoperar se evisceração/toxemia
24
Q

Até que periodo pode ocorrer infecção de ferida operatória e quais os tipos. Conduta em cada caso…

A

Até 30 dias após o procedimento (ou 1 ano se prótese)

Superficial: pele e SC

Febre + dor + flogose + pus

Tratamento; retirar pontos, drenar e lavar (sem ATB no primeiro momento)

Profunda: fascia + músculo

Febre + dor + flogose + pus

Tratamento: … acrescentar ATB

De órgãos e cavidades

Febre + distensão + toxemia , pús pelo dreno cavitário?

Tratamento: ATB + drenagem guiada (punção)

25
Q

Causas de FEBRE no contexto operatório:

Per-operatório

24-72 horas pós-operatório

> 72 horas pós-operatório

A

Per-operatório

Infecção pre-existente, reação a droga ou hemotransfusão, hipertermia maligna

24-72 horas pós-operatório

  • Atelectasia (+ comum): cirurgias torácicas e abdominais, fisioterapia
  • Infecção necrosante de ferida (S. pyogenes ou Clostridium perfringers): gás no SC

> 72 horas pós-operatório

Infecção de F.O. (S. aureus), ITU (cateter?), pneumonia (sintomas?), TVP…

26
Q

Paciente, 30 min após ser anestesiado com gases inalatorios e succinilcolina começa a desenvolver taquicardia e aumento na concentração de CO2 exalado na capnografia, seguido de aumento da temperatura corporal, acidose metabólica, rigidez de masseter, trismo, espasmos musculares…

Diagnóstico, fatores de risco, conduta…

A

HIPERTERMIA MALIGNA

Síndrome muscular hereditária autossômica dominante fármaco-induzida

Exposição a gases inalatórios e succinilcolina aumenta cãlcio muscular provocando hipermetabolismo muscular, levando a:

Hipertermia, hipercapnia (altera capnografia e gera acidose), rabdomiolise (hipercalemia)

Tratamento: cessar exposição, refrigeramento, HCO3, DANTROLENE (antidoto, bloqueia canal de calcio no músculo)

27
Q

Complicações gastro-intestinais pós-operatório

  1. Rompimento de pontos, extravazamento de conteúdo na cavidade, sepse
  2. Rompimento de pontos, extravazamento de conteúdos que fica bloqueado e organizado pelo omento/alças, sem sinais sistêmicos
  3. Deiscência, conteúdo saindo direto pela FO ou pelo dreno, formando um trajeto, 3-7o dia pós-op, com sinais de toxemia
A
  1. PERITONITE: dieta zero, HV, ATB, SNG, cirurgia (nunca rafia primária, fazer estoma), controle de danos se instabilidade
  2. ABSCESSO CAVITÁRIO: imagem, drenagem cirurgica
  3. FÍSTULA ÊNTERO-CUTÂNEA: fistulografia, TC com contraste, cirurgia ou fechamento espontâneo
28
Q

Quando realizar cirurgia e quando optar por fechamento espontêneo de fístula gastro-intestinal no pós-operatório…

A

Cirurgia se demora a fechar ou desfavorável:

Trajeto curto (<2 cm), múltiplos, terminal, outras fistulas associadas, epitelizado, com grande abscesso, doença intestinal (Crohn), com corpo estranho, com desnutrição, sepse…

Maioria fecha espontaneamente (40-80%)

  • Baixo débito: < 200 ml/24h
  • Moderado débito: 200-500 ml/24h
  • Alto débito: > 500 ml/24h (indicação de nutrição parenteral)
29
Q

Qual a primeira fase envolvida na cicatrização de feridas?

Caracteristicas principais, celulas envolvidas, duração…

A

INFLAMAÇÃO

0-5o dia

  1. Início da hemostasia
  2. Aumento da permeabilidade vascular (vasodilatação)
    1. Histamina e serotonina
  3. Chegam os primeiros agentes: NEUTRÓFILOS
    1. ​Limpeza local por 24-48h
  4. Depois chega o “maestro”: MACRÓFAGO
    1. Liberação de fator do crescimento e transformação beta (TGF-B)
  5. Após o 5 dia chega o linfócito T
    1. Liberação de interferon gama para estimular o FIBROBLASTO (proliferação - 2a fase)
30
Q

Qual a segunda fase envolvida na cicatrização de feridas?

Caracteristicas principais, celulas envolvidas, duração…

A

PROLIFERAÇÃO (regeneração)

Formação do tecido de granulação (fibrina): 5-12o dia

  1. Fibroplpasia
    1. Deposição de colágeno na ferida (tipo III)
  2. Angiogênese
    1. Nutrição do colágeno
  3. Epitelização
    1. Regeneração
31
Q

Qual a terceira fase envolvida na cicatrização de feridas?

Caracteristicas principais, celulas envolvidas, duração…

A

MATURAÇÃO (remodelação)

Contração das bordas: 12o dia à 1 ano

MIOFIBROBLASTO célula principal, faz contração da ferida

Colágeno tipo III é substituido por tipo I (+ tênsil, trançado)

32
Q

Principais fatores que prejudicam a cicatrização

A

Infecção (+ comum): > 105 bacterias/g ou S. beta hemolítico = só fecha se debridamento e ATB

DM prejudica todas as fases: imunossupressão, vasculopatia, menos colágeno pelo fibroblasto

Outros: Idade avançada, isquemia, hipóxia, DCV, hipoalbuminemia (desnutrição), hipovitaminose, corticoide (dar vitamina A), quimioterapia, radiação ionizante

33
Q

Cicatrização anormal

  1. Ultrapassa ferida, >3 meses, mais comum em negros, refratário a tratamento
  2. Não ultrapassa ferida, precoce, área de tensão, passível de tratamento
A
  1. Queloides
  2. Cicatriz hipertrófica
34
Q

O que acontece no metabolismo intermediário no período pós-prandial…

A

Aumenta a glicemia -> insulina joga glicose para a célula

Aumenta insulina

Sobrou glicose: insulina inicia o ANABOLISMO (construção de estoque), de duas formas:

  • Glicogenogênese (reserva de glicogênio)
  • Lipogênese: Reserva de gordura
35
Q

O que acontece no metabolismo intermediário no período de jejum ou trauma (REMIT)…

A

Diminui glicemia -> diminui insulina

Hormônios contra-insulínicos iniciam o CATABOLISMO (destruição de estoque) de 2 formas:

  • Glicogenólise (quebra do glicogênio): mantém glicemia por 12-24h
  • Gliconeogênese (geração de nova glicose): por proteólise e lipólise
    • Proteólise: libera glutamina e alanina
    • Lipólise: libera glicerol e ácidos graxos
    • … e lactato
      • ​glutamina, alanina (ciclo de Felig), glicerol e lactato (ciclo de Cori) passam pelo fígado e viram glicose
      • ácido graxo passa pelo fígado e vira corpo cetônico
  • Após 2 dias, adaptações do Jejum ou trauma
    • Reduz protólise (continuar correr e lutar)
    • Prioriza lipólise
    • Cetogênese: Cérebro consome corpos cetônicos, para deixar glicose e ácido graxo para o musculo
      • Diminui nível de consciência
      • Cetoacidose

BALANÇO NITROGENADO NEGATIVO

(aminoácido vira glicose e o que sobra é eliminado)

36
Q

Quem faz o ciclo de Felig e quem faz o ciclo de Cori no figado, na formação de glicose durante o jejum/trauma…

A

Alanina (ciclo de Felig)

Lactato (ciclo de Cori)

37
Q

Quais os hormônios envolvidos na REMIT? Eles aumentam ou diminuem…

A

Aumenta

Cortisol: gliconeogênese, ação permissiva as catecolaminas

Catecolaminas: broncodilatação, aumento de FC, vasoconstrição, atonia intestinal, aumenta glicemia

Aldosterona: retém Na e H2O, libera K e H+ , participa da alcalose mista

ADH: oligúria < 30ml/h (2-4 dias), reabsorção de H2O (hiponatremia dilucional), não precida induzie diurese

GH: lipólise

Glucagon: aumento da glicemia

Diminuni

Insulina!

38
Q

Interleucinas envolvidas no REMIT…

A

IL-1: aumento da temperatura (evitar coagulopatia pela hipotermia)

TNF-alfa: anorexia (pela diminuição da atividade intestinal), caquexia

IL-2, IL-6

39
Q

Como modular a REMIT (resposta endocrino-metabólica e imunológica ao trauma)?

A

Anestesia epidural (diminui resposta endócrina, diminui dor)

Cirurgia videolaparoscópica (diminui resposta imune)

40
Q

Como avaliar a superficie corporal queimada de um paciente vítima de grande queimado e quem considerar grande queimado?

A

Regra de Wallace

Grande queimado:

  • Segundo grau > 10% SCQ
  • Terceiro grau: qualquer porcentagem
  • Face, mão, pé, grandes articulações, olhos, perineo, genitália
  • Lesões por inalação
  • Química ou elétrica graves
  • Comorbidade que pode piorar pela queimadura
41
Q

Paciente vítima de queimadura em face e pescoço desenvolve hiperemia de orofaringe, rouquidão e estridor, evoluindo com insuficiência respirtória imediata…

Diagnóstico e conduta…

A

LESÃO TÉRMICA DE VIA AÉREA SUPERIOR

Diagnóstico: clinico +/- laringoscopia

Conduta: IOT precoce se : grande edema de VAS, paO2 < 60, paCO2 > 50 (agudo), paO2/FiO2 < 200

42
Q

Paciente vítima de queimadura em face e pescoço desenvolve sibilos, escarro carbonáceo e insuficiência respiratória em 24h…

Diagnóstico e conduta…

A

LESÃO PULMONAR POR INALAÇÃO

Diagnóstico: broncoscopia ou cintilografia com Xe133

Conduta: nebulização com broncodilatadores +/- nebulização com heparina

43
Q

Paciente, após incendio em recinto fechado, desenvolve cefaleia, diminuição do nivel de consciência, confusão mental, evoluindo para insuficiência respiratória…

Diagnóstico e conduta…

A

INTOXICAÇÃO POR MONÓXIDO DE CARBONO (CO)

CO se liga a Hb e não desgruda

Diagnóstico: gasometria não adianta! pedir carboxihemoglobina

Conduta: elevada FiO2 (100% ?), medicina hiperbárica

44
Q

Paciente, após incendio em recinto fechado, desenvolve diminuição do nivel de consciência e pele vermelho-cereja…

Diagnóstico e conduta…

A

INTOXICAÇÃO POR CINETO

Cianeto impede respiração celular, menos O2 a ser usado pela célula

Diagnóstico: aumento de lactato e cianeto

Tratamento: hidroxicobalamina +/- tiossulfato de sódio

45
Q

Como realizar a reposição volêmica nas primeiras 24 horas no grande queimado? Como avaliar a eficácia?

A

PARKLAND:

4 ml de RL aquecido x PESO x SCQ

1/2 nas primeiras 8h // 1/2 nas próximas 16h

ATLS:

2 ml de RL aquecido x PESO x SCQ

1/2 nas primeiras 8h // 1/2 nas próximas 16h

COMO AVALIAR:

Diurese > 0,5 ml/kg/h

(elétrica grave: 1-1,5 ml/kg/h)

46
Q

Diferencia queimadura de primeiro, segundo, terceiro e quarto grau…

A
  1. PRIMEIRO GRAU
    1. Epiderme, eritema, dor/ardência, não entra no cálculo da SCQ
    2. Tratamento: limpeza, analgesia, hidratantes
  2. SEGUNDO GRAU
    1. SUPERFICIAL
      1. ​Papilas dérmicas, eritema e bolhas, muito dolorosa
    2. PROFUNDA​​​​
      1. Reticular da derme, rósea e bolhas, dor moderada
    3. Tratamento: limpeza, curativo + ATB tópico (para aplicar, tirar bolha), Enxertia na profunda
  3. TERCEIRO GRAU
    1. Gordura SC, marrom, dor ao redor
    2. Tratamento: enxertia precoce
      1. Escarotomia se “pele dura” ou escara
  4. QUARTO GRAU
    1. Músculo
    2. Queimadura elétrica
    3. Rabdomiólise: forçar diurese > 2ml/kg/h (manitol) + alcalinização (HCO3)
    4. Síndrome compartimental: fasciotomia
47
Q

Lesão necrosante e infectada que se forma em área queimada, geralmente de 3 grau, podendo evoluir com carcinoma epidermoide

A

ÚLCERA DE MARJOLIN

48
Q

Úlcera que surge no TGI superior em vítimas de queimaduras graves, geralmente até um mês do evento, sendo comum HDA…

A

ÚLCERA DE CURLING

49
Q

Diferencie enxerto de retalho

A

ENXERTO

Pedaço de pele retirado de um local e colocado em cima da ferida para proteção e cicatrização, SEM pedículo vascular

RETALHO

Mesmo principio, COM pedículo vascular

Áreal de grande perda tecidual (exposição de vasos, nervos, tendão, osso)

50
Q

Como classificar as úlceras de pressão e tratamento…

A

Classificação de SHEA

  1. Eritema da pele
  2. Úlcera superficial (pele parcial), bolhas
  3. Úlcera profunda (pele + gordura)
  4. Úlcera complexa (músculo + osso)

Prevenção: colchão casca de ovo, virar paciente 2/2h

Tratamento: desbidramento +/- ATB +/- retalho

51
Q

Indicações de terapia nutricional parenterall…

A

FIDOS

  • Fístula digestiva de alto débito (>500ml/dia)
  • Íleo paralítico prolongado
  • Diarreia ou vômitos intratáveis
  • Obstrução gástrica distal do TGI
  • Síndrome do intestino curto
52
Q

Qual o periodo de jejum para…

  1. Liquidos claros, chás, suco sem polpa…
  2. Aleitamento materno…
  3. Formula infantil, leite de vaca, alimentos sólidos…
  4. Alimentos gordurosos e pesados
A
  1. 2h
  2. 4h
  3. 6h
  4. 8h
53
Q

Protocolo de cirurgia segura

  1. ID do paciente, sitio cirurgico, risco de sangramento, via aérea e alergias, termo de consentimento
  2. Novamente ID do paciente, procedimento, equipe cirurgica, anestesica e enfermagem (nomes e funções), antibiotico profilaxia, material e exames de imagem
  3. Procedimento, material utilizado (contagem), marcação de peças anatomopatológicas, cuidados pós-op
A
  1. SIGN IN: Antes da indução anestesica
  2. TIME OUT: Antes da incisão cirurgica
  3. SIGN OUT: Antes da saida do paciente do centro cirurgico
54
Q

Quais as indicações de terapia nutricional…

A
  • Perda involuntária de 10% do peso em 6 meses
  • Perda involuntária de 5 % do peso em 1-3 meses
  • Previsão de jejum prolongado (7-10 dias)
  • Perda de > 500ml de sangue durante a cirurgia
  • Albumina < 3 // transferrina < 200
  • Doença catabólica (queimaduras, trauma, sepse, pancreatite)
  • História previa de desnutrição
55
Q

O que é o projeto ERAS (ACERTO)?

A

ACEleração da Recuperação TOtal pós-operatória

  1. Informação pré-operatória
  2. Terapia nutricional peri-operatória (avaliação nutricional)
  3. Abreviação do jejum pré-operatório
  4. Abolição dos preparos colônicos
  5. Uso racional de antibióticos
  6. Analgesia pós-operatória
  7. Mobilização ultra-precoce
  8. Realimentação precoce
  9. Uso restrito de drenos e sondas
  10. Profilaxia de náuseas e vômitos
56
Q

Contra-indicação absoluta para nutrição enteral

A

Instabilidade hemodinâmica