Revisão P2 CGE Flashcards
prova
Qual é a definição de fratura?
Fratura é a solução de continuidade do osso
Causada por trauma único com energia acima da capacidade de resistência do osso
Trauma repetido
Fraturas por estresse
prova
Descrição das fraturas:
Localização anatômica - terço proximal , diáfise , terço distal , etc
Direção do traço de fratura – espiral , oblíqua , transversa
Linear ou multifragmentar
Desviadas ou não desviadas
Fechadas ou expostas
Tipos comuns de linhas de fraturas:
As fraturas transversais são perpendiculares ao eixo longo de um osso.
As fraturas oblíquas ocorrem em um ângulo.
As fraturas espirais implicam em mecanismo rotatório, sendo diferenciadas das fraturas oblíquas por um componente paralelo ao eixo longo do osso em pelo menos 1 incidência.
Fraturas cominutivas têm > 2 fragmentos ósseos. Fraturas cominutivas englobam as fraturas segmentares (2 fraturas separadas no mesmo osso).
As causas das fraturas por avulsão são tendão que desaloja um fragmento ósseo.
Fraturas impactadas encurtam o osso e podem ser visíveis como uma densidade focal anormal na trabécula óssea ou em irregularidades no córtex ósseo.
Fraturas no toro (encurvamento do córtex ósseo) e fraturas em galho verde (rachaduras em apenas 1 lado do córtex) são fraturas da infância.
Fraturas - prova
Classificação AO
Primeiro número corresponde ao osso:
1 = úmero ; 2= antebraço ; 3= fêmur ; 4 = tíbia ; 5 = coluna ; 6= pelve e acetábulo ; 7= mão ; 8 = pé
Segundo número ao segmento do osso :
1 = extremidade proximal ; 2= diáfise ; 3 = extremidade distal
Letra :
A = fratura simples ; B = fraturas em cunhas ; C = fraturas multifragmentares
o osso que não estiver listado, não é classificado
prova
Princípios do tratamento de fraturas:
Garantir a estabilidade óssea para a consolidação óssea da fratura
PRICE - P ( protection/imobilizar ) ; R ( rest/repouso ) ; I ( ice) ; C ( compression ) ; E (elevation MI)
Tratamento conservador – talas , gessos , braces , órteses, tipóia
Tratamento cirúrgico - RAFI e redução e fixação percutânea
As principais indicações dos aparelhos gessados podem ser resumidas em:
Imobilizar provisoriamente uma fratura, imobilizar uma fratura reduzida, imobilizar membro com traumatismo mesmo sem fratura, Imobilizar articulação com processo infeccioso, imobilizar mantendo correção de deformidades e imobilizar uma região operada.
REGRA GERAL: Em fraturas – imobilizar uma articulação acima e uma articulação abaixo do foco de fratura
Ex: pcte quebrou antebraço: tala axilopalmar
Quais as principais complicações de imobilizações:
Escaras/úlceras de pressão-decúbito
Paralisia
Rigidez articular
Atrofia muscular
Síndrome Compartimental
Definição de fratura exposta:
Solução de continuidade da pele e tecidos moles subjacentes, permitindo a comunicação óssea direta ou de seu hematoma fraturário com o meio ambiente.
A comunicação pode vir de fora para dentro (lesão por PAF, arma branca, acidente com máquinas cortantes) ou de dentro para fora (um fragmento de uma fratura cavalgada perfura a pele).
É uma emergência!
Pode ocorrer a comunicação através da boca, tubo digestivo, vagina e anus
Atenção com hematoma fraturário: sangue que sai da lesão com resquícios de gordura e ossos fraturários - sugestivo de fratura exposta - não necessariamente necessita ter o osso exposto.
Momento do trauma : extremos ósseos fraturários encontram-se avasculares ; seu potencial de reparo depende da preservação do envelope de tecidos moles e do hematoma do foco de fratura
Fraturas expostas : maior risco de associação a infecções e probabilidade de evoluir com distúrbios de consolidação
Geralmente traumas de alta energia ; ATLS
A mais importante, determinante da definição de fratura exposta, é a:
Contaminação da área de lesão por bactérias do ambiente externo.
Desvascularização torna os tecidos suscetíveis à infecção
Trata-se de uma emergência, pois se passar de 8 horas, ela deixa de ser contaminada e se torna infectada.
Fraturas Expostas
Classificação - Gustillo e Anderson
Fraturas expostas segmentares, lesões ocorridas no campo, em ambiente altamente contaminados, projétil de arma de fogo (PAF) são automaticamente classificadas como tipo III.
Todas as fraturas expostas onde o desbridamento demora mais que
8 horas também são consideradas grau III.
Toda fratura exposta com lesão vascular é lllC
Qual o agente microbiano mais envolvido com a contaminação em fraturas expostas?
Staphylococcus aureus
Fratura Exposta GA l - cefuroxima
Fratura Exposta GA ll e lll - clindamicina + gentamicina
Definição de síndrome compartimental:
Emergência ortopédica na qual a pressão aumentada em um espaço fechado musculofascial pode lesar irreversivelmente os tecidos dentro do compartimento, especialmente os músculos e nervos.
Devido a um aumento do conteúdo ou diminuição do continente.
Nos casos mais graves, a compressão arterial pode causar isquemia e gangrena da extremidade.
Esta síndrome deve ser sempre lembrada em todos os traumas dos membros, pois a negligência do diagnóstico pode levar, além de lesões irreversíveis, à morte do paciente.
Compromete o retorno venoso e faz edema, é um distúrbio continente/conteúdo (aumentando conteúdo ou diminuindo continente - ex: fazer gesso)
Síndrome Compartimental - PROVA
Quadro clínico:
Sintoma mais frequente é a dor (crescente, geralmente pulsátil, que
não melhora com imobilização ou repouso) muito intensa que não melhora com analgésicos e piora com o estiramento do compartimento afetado.
4 P’s:
Dor (Pain)
Parestesia
Paralisia
Palidez
Na maioria das vezes, temos apenas os dois primeiros P’s e mais o sinal do edema e tensão de pulso.
4Ps (P principal é a dor de isquemia muscular/dor latejante que não melhora com medicação)
Síndrome Compartimental
Principais complicações:
Contratura isquêmica de Volkmann: constitui-se na necrose da musculatura afetada que é substituída por tecido cicatricial, que mais tarde, sofre retração e provoca deformidades distais.
Amputação do membro
PROVA
Tratamento de Síndrome Compartimental:
síndrome aguda de compartimento é indicação de fasciotomia descompressiva de urgência em todos os compartimentos afetados.
17 - Fraturas das Extremidades
Fraturas do Úmero Proximal - Epidemiologia:
Maioria (80%) das fraturas de úmero são sem desvios
se tiver desvio - tto cirúrgico
Desvio da Fratura : ação muscular do manguito rotador e músculo peitoral maior
17 - Fraturas das Extremidades - PROVA
Exames de Imagem:
Radiografias da série trauma de ombro (mais usada):
- AP verdadeiro → corrigir a glenoide antivertid
- Perfil escapular
- Axilar
Tomografia – somente em casos de dúvida do diagnóstico ou dos desvios ; em fratura-luxação inveterada ; com comprometimento da glenóide
17 - Fraturas das Extremidades
Classificação de Neer - 1970
desviada ou não desviada
Neer : condições vasculares dos fragmentos (fratura de ombro)
saber se é desviada ou não desviada
desvios maiores que 1 cm ou 45 graus de angulação
Tubérculo Maior: desvios maiores que 0,5 cm ou 45 graus
## Footnote
fratura desviada → desvio > 0,5cm ou 45º
Fraturas das Extremidades - PROVA
Circulação da cabeça do úmero :
- A artéria arqueada (ant-lateral) é a mais importante no suprimento sanguíneo (2/3 da irrigação) ;
- artéria circunflexa posterior;
- vasos pequenos pelo manguito rotador
Desvio da Fratura : ação muscular do manguito rotador e músculo peitoral maior
Fraturas das Extremidades
Úmero proximal - Tratamento:
É clínico
- Conservador : fraturas sem desvio ou minimamente desviadas → PRICE
- 80%-85% fraturas são minimamente desviadas (<45° / <1cm desvio)
- Bons resultados
- Tipóia por 2 a 3 semanas
- Controle radiológico semanal
- Fisioterapia
(mov passiva; ativa 4-6 sem; fortalecimento 2-3 meses)
Garantir a estabilidade óssea para a consolidação óssea da fratura
PRICE - P ( protection ) ; R ( rest ) ; I ( ice) ; C ( compression ) ; E ( elevation)
Tratamento conservador – talas , gessos , braces , órteses, tipóia
TEM DESVIO? CIRURGIA!
* critério de classificação : >1cm ou >45º
INCRUENTO → sem derramar sangue, sem corte
ABERTA (CRUENTA) → cortar a pele, derramando sangue.
Fraturas de Extremidades
A.B.N. , 72 anos , mulher, dona de casa , trauma há 19 dias
CLASSIFIQUE
FRATURA: tubérculo maior, menor, colo cirúrgico) → 4 partes → CIRÚRGICO
Fratura de rádio distal - PROVA
Mecanismo de lesão:
A mais frequente é a queda com a mão espalmada. A característica da fratura (cominuição e traços) vai depender da energia do trauma.
As fraturas são designadas
Colles→ deslocamento dorsal/posterior
Smith → quando há deslocamento volar/anterior
Necessito de radiografia para determinar!
DICA: Colles - depois do C vem o D (D de dorsal)
QUEDA COM MÃO ESPALMADA - geralmente colles
QUEDA COM MÃO FLEXIONADA (sMITH) E ESPALMADA - pode ser Smith também
Fratura de rádio distal - PROVA
Qual a fratura evidenciada abaixo?
Fratura de Smith → há deslocamento volar/anterior
Fratura de rádio distal - PROVA
Qual a fratura evidenciada abaixo?
Fratura de Colles→ há deslocamento dorsal/posterior
Fraturas de Extremidades
Fratura do Tornozelo:
**PARTICULARIDADES**: o tornozelo é sustentado por 3 importantes complexos ligamentares: *medial, lateral e a sindesmose tibiofibular inferior*.
Maléolos: **lateral, medial e posterior**.
*O tratamento objetiva restaurar as superfícies articulares e estabilizar a movimentação.*
**EPIDEMIOLOGIA**: maior incidência em mulheres idosas
fraturas maleolares 2:1 fraturas do pilão
25% bimaleolares (existem 3 maléolos)
7% trimaleolares
2% expostas. Mediais 2:1
Fratura mais comum - **Supinação - rotação externa** (40-60%)
## Footnote
**DICA (coloque uni ou bi)**: se tem UM maléolo quebrado tem que especificar qual está quebrado ou colocar unimaleolar, se dois maléolos quebrados colocar bimaleolar ou especificar os dois maléolos fraturados.
Fratura de maléolo posterior é mais raro - se cair será medial e/ou lat
Fraturas de Extremidades
Sobre a fratura abaixo, indique:
Fratura de?
Desviada ou não desviada?
É cirúrgica?
Tornozelo
Fratura desviada - ponta do maléolo lateral está acima do maléolo medial (o correto é o contrário)
Por ser desviada - é cirúrgica!
As infecções osteoarticulares são consideradas uma:
Emergência
As infecções osteoarticulares estão entre as doenças que necessitam mais rapidez nas respostas de diagnóstico e tratamento imediato e preciso
Muitas vezes são de tratamentos difíceis e com períodos prolongados de hospitalização, com custos altíssimos do ponto de vista financeiros e até mesmo em situações mais graves sem nenhuma possibilidade clínica ou cirúrgica de resolução do problema residual
Infecções em Ortopedia
Qualquer infecção óssea que comprometa a cortical, a esponjosa e o canal medular.
DEFINIÇÃO DE:
Osteomielite
infecção com rápida propagação - vascularização
A destruição óssea causada pela necrose tende à cronificação se não for tratada (não adianta ATB EV)
ATENÇÃO! Não se pode permitir que a osteomielite hematogênica aguda evolua para a fase de cronificação (ou iatrogênica crônica/erro médico)!
Acomete: cortical, a esponjosa e o canal medular (1 dos 3 ou os 3)
músculo está em contato íntimo com a cortical óssea → logo, uma osteomielite pode comprometer o músculo
Mais comum em crianças e idosos.
Infecções em Ortopedia
Classificação de Osteomielite:
Osteomielite hematogênica aguda - forma mais comum, focos infecciosos a distância
Osteomielite crônica – falta de diagnóstico na fase aguda e/ou tratamento errado ; cronificação do processo infeccioso, com grande quantidade de tecido necrosado e sequestro ósseo (parte do osso que necrosou e está sem aporte sanguíneo)
Abscesso ósseo - tipo mais brando de infecção óssea ; abscesso intraósseo ou abscesso de Brodie
Osteomielite pós-traumática - contaminação direta com a pele por ferimentos ou fraturas expostas
Osteomielite pós-operatória (ou cirúrgica) - pode ser por contato direto ou hemotênica
aguda - até 3 semanas
crônica - acima de 3 semanas → SEMPRE IATROGENIA → ou pq não diagnosticou ou pq diagnosticou mas não sabia tratar.
# Infecções em Ortopedia
O que significa os achados abaixo?
HALO RADIOPACO + ÁREA RADIOTRANSPARENTE NO MEIO → ABCESSO DE BRODIE
tumor ósseo ( radiotransparência no osso), infecção tbm
Infecções em Ortopedia
Osteomielite - Fisiopatologia
Na osteomielite hematogênica aguda, em geral, existe um foco infeccioso responsável por bactérias circulantes ou bacteremia silenciosa (idosos/imunossuprimidos)
A região metafisária de ossos longos é especialmente mais vascularizada por tratar-se de uma zona de crescimento
Após edema local, com isquemia e subsequente surgimento de tecidos necrosados, forma-se o abscesso ósseo. O pus infiltra-se pelos canais de Havers e Volkmann, inicialmente na região metafisária → para o canal medular → espaço subperiosteal (abaixo do periósteo - típico em crianças)
sequestro ósseo - osso necrosado dentro de osso normal
infeccção - gera vasodilatação - edema
Infecções em Ortopedia
Osteomielite - Diagnóstico:
Dor
Impotência funcional
Edema
Hiperemia
Hipertermia
SINAIS FLOGÍSTICOS
Infecções em Ortopedia
Osteomielite - Exames Complementares:
- Hemograma – leucocitose
- Velocidade de hemossedimentação ( VHS) – elevada desde o início
- Proteína C reativa ( PCR) – aumentada
- Hemocultura – metade dos casos é positiva
- Cultura e antibiograma – etiologia e atb correto
- Pesquisa de Gram – Gram positivo ou negativo
- Radiologia - Nos primeiros 5 a 7 dias não são detectadas alterações ósseas locais; periostite característico dessa fase
infecção → leucocitose
VHS → mostra que está aumentado infecção e inflamação (PERMANECE ELEVADO O TEMPO TODO) → parâmetro para acompanhar o tratamento
em negrito → PORTA DE ENTRADA (PS) + radiografia
Infecções em Ortopedia
Qual o sinal abaixo e o que indica?
Reação em casca de cebola → neoformação óssea
indica infecção óssea ou tumor
reação em casca de cebola → produção de osso descontrolada - neoformação óssea - pensar em neoplasia
abscesso subperiosteal - forma essa bolsa ao redor do osso
Infecções em Ortopedia
Osteomielite - Tratamento:
Antibioticoterapia – oxacilina, ceftriaxona, cefazolina, ciprofloxacina, clindamicina, vancomicina.
Drenagem e limpeza cirúrgica
Radiografia:
Marca trajeto para limpar tudo durante cirurgia
Atualmente injeta azul de metileno na fístula durante a cirurgia para retirar todo conteúdo
Infecções em Ortopedia
Artrite Séptica (Pioartrite):
Geralmente anda junto com a osteomielite e uma pode gerar a outra - crianças - quando médico erra o diagnóstico
A contaminação articular e a instalação do processo infeccioso no interior da articulação ocorrem quando a metáfise apresenta localização intra-articular (p. ex., quadril e ombro) ou por invasão de partes moles, por contiguidade disseminação via hemática ou em decorrência de uma osteomielite metafisária
Infecção articular leva a destruição da cartilagem, a necroses epifisárias e a luxações, que serão de dificílimo tratamento ou apresentarão sequelas irreversíveis
Pioartrite - come a articulação - mais emergente que a osteomielite
Infecções em Ortopedia
Radiografia na Pioartrite (Infecção séptica):
Arco traçado → Arco de Shenton quebrado (presente em displasia de quadril ou pioartrite)
Criança fica com joelho rígido, sem movimento e perna mais curta. Paciente não precisou amputar, mas existem casos que há desarticulação por conta de artrite séptica.
PA PÓS INFECÇÃO URINÁRIA
2 MESES DE EVOLUÇÃO - FOI 12 X NO PRONTO SOCORRO
JOELHO DESTRUÍDO/COMIDO pela bactéria - CHOQUE SÉPTICO - iatrogenia
pode evoluir para desarticulação
Quebra do Arco de Shenton - displasia de quadril ou PIOARTRITE - clínica é muito importante
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)
Definição:
O termo DDQ abrange as luxações congênitas (condição na qual a cabeça está totalmente separada do acetábulo) e as displasias congênitas do quadril, além dos quadros em que o quadril é luxável
É uma patologia que representa desenvolvimento anormal ou luxação do quadril devido a flacidez capsular e/ou fatores mecânicos (por ex: posição intrauterina - pélvica).
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)
FISIOPATOLOGIA
- acetábulo raso ou displásico
- formação do acetábulo necessita da presença da cabeça femoral, pois este exerce fatores mecânicos indispensáveis para a morfologia normal.
- Se deixado sem tratamento, os músculos do quadril se tornarão contraídos, deixando o acetábulo ainda mais displásico e preenchido por tecido fibroso
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)
ETIOLOGIA
genéticos: são os mais importantes.
mecânicos: musculatura periarticular, peso do corpo e fatores posturais interferem no desenvolvimento
metabólicos ou hormonais: impregnação estrogênica de origem materna (provoca frouxidão ligamentar).
congênitos: frouxidão ligamentar, ângulo acetabular aumentado, antetorção femoral excessiva
da concepção: má-posição do feto intra-útero (apresentação pélvica aumenta 14x), posição do femur em flexão e rot ext no útero pode ser forçado pra fora do acetábulo, perda prematura de líquido amniótico
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)
DIAGNÓSTICO:
Manobras
Deve ser precoce (antes do 3o mês). O diagnóstico ao nascimento é clínico e os sinais radiográficos precoces são, na verdade, sinais tardios da doença.
Manobra de Ortolani (1937). É feita com a cç em DD, joelho e quadril em 90o, coxas aduzidas e rodadas internamente. O dedo médio do examinador é colocado sobre o grande trocanter e o polegar na porção interna da coxa sobre o pequeno trocanter. Ao realizar um movimento firme de abdução e de leve rotação externa das coxas, teremos a sensação tátil e, às vezes, audível, de um ressalto. ( “REDUZ”)
Manobra de Barlow (1962). É um teste aplicado para determinar se o quadril é passível de luxação.
É feita em 2 tempos. A cç em DD, quadril em 45o e joelhos totalmente fletidos. A posição da mão é a mesma que a de Ortolani. A mão é pronada (empurrando a cabeça do fêmur para trás e lateral), podendo-se com isso deslocar a cabeça ou não. Ouve-se o som de saída do fêmur. (1T “LUXA”)
No 2o tempo, a coxa é levada à abdução média e ao ser realizado movimento de supinação da mão, é exercida uma força sobre o grande trocanter pelo dedo médio, podendo notar uma redução (2TREDUZ) da cabeça luxada entrando no acetábulo (técnica similar à Ortolani). A outra mão pode ser usada para fixar a bacia, com o polegar na sínfise púbica e o 3o dedo no sacro.
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)
Exame de imagem:
SUSPEITA:
* USG: é feito no recém-nascido. Dá o diagnóstico precoce porém é examinador dependente.
- Metodo de Graf : de obter 2 ângulos a partir de 3 retas
Classificacao de Graf :
tipo I: quadril normal. O quadril é estável e nunca se desloca a menos que ocorram alterações biomecânicas (mielomeningocele ou PC)
tipo II: concentricamente reduzido, mas é imaturo. À partir do subtipo IId o tto já é necessário.
tipo III: quadril subluxado. O teto ósseo é deficiente e lábio evertido
tipo IV: luxação grave. Acetábulo ósseo nivelado; lábio interposto entre a cabeça e o íleo
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)
TRATAMENTO
Gesso Pélvico-Podálico ou Suspensório de Pavlik - tratamento precoce!
Epifisiolistese Proximal do Fêmur (EEFP)
DEFINIÇÃO:
É também chamada de epifisiólise ou escorregamento epifisário proximal do femur (EEPF). É um escorregamento do colo em relação à cabeça do femur, de carater progressivo
O colo escorrega anterior e superiormente (roda externamente) em relação à cabeça.
Essa disordem é ocasionada por uma fraqueza do anel pericondral e derrapagem através da zona hipertrófica na placa fisária
Epifisiolistese Proximal do Fêmur (EEFP)
EPIDEMIOLOGIA
FRs: meninos adolescentes (13 a 15), negros, puberdade - se fora dessa faixa etária tem relação com distúrbio endócrino (hipotireoidismo e osteodistrofia renal), obesidade e longilíneos também são FRs.
Acomete mais o quadril esquerdo
história familiar
biótipos mais acometidos: adiposo-genital, alto e magro.
Epifisiolistese Proximal do Fêmur (EEFP)
CLÍNICA
Dor intermitente inguinal que se irradia para a face medial da coxa
Sinal de Dhreman - rotação lateral durante a realização de flexão do quadril
Epifisiolistese Proximal do Fêmur (EEFP)
IMAGEM:
- Radiografia AP e Lauenstein ou Posição rã (incidência que observa escorregamentos iniciais).
- USG: mostra efusão de líquidos intrarticular
- TC: pode oferecer maiores detalhes e mensurações mais exatas
- Cintilografia óssea: há maior captação no quadril acometido.
Epifisiolistese Proximal do Fêmur (EEFP)
TRATAMENTO
o tto conservador não está indicado pois trata-se de patologia progressiva
O tratamento do EEFP é a fixação in situ
Primeiro interna o paciente, depois realiza a fixação in situ.
TVP E TEP - PROVA
É uma patologia mais frequente em pessoas portadoras de certas condições predisponentes, como:
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
- uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal
- tabagismo
- presença de varizes
- pacientes com insuficiência cardíaca
- tumores malignos
- obesidade
- história prévia de trombose venosa
Outras situações são importantes no desencadeamento da trombose: cirurgias de médio e grande portes, infecções graves, traumatismo, a fase final da gestação e o puerpério (pós-parto) e qualquer outra situação que obrigue a uma imobilização prolongada (paralisias, infarto agudo do miocárdio, viagens aéreas longas, etc).
TVP E TEP - PROVA
Quadro clínico e exame diagnóstico de TVP:
Dor, edema assimétrico, cianose
- A TVP é, muitas vezes, assintomática.
- O diagnóstico clínico é difícil. Deve buscar os Sinais: Bandeira, Bancroft e Homans
- O exame mais utilizado para o diagnóstico da TVP é o Eco Color Doppler.
TVP E TEP
Descreva os sinais abaixo:
Sinal da Bandeira – menor mobilidade da panturrilha quando comparada com o outro membro.
Sinal de Homans – caracterizada por dor ou desconforto na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé.
Sinal de Bancroft – dor à palpação da panturrilha contra estrutura óssea.
TVP E TEP - PROVA
A respeito da fisiopatologia da TVP/TEP, descreva a Tríade de Virchow:
Lesão endotelial, estase venosa e hipercoagulabilidade.
TVP E TEP - PROVA
Em relação à fisiopatologia, quais são os fatores envolvidos com a tríade de virchow?
TVP E TEP
Quais as diferenças fisiopatológicas e as características clínicas de trombo arterial e trombo venoso?
TVP E TEP
Qual a principal complicação de TVP?
A TVP pode ser de extrema gravidade na fase aguda, causando embolias pulmonares muitas vezes fatais (embolia pulmonar é causada pela fragmentação dos coágulos e a migração destes até os pulmões, entupindo as artérias pulmonares e gerando graves problemas cardíacos e pulmonares)
Consequência: TEP → Obstrução da artéria pulmonar (ou um dos seus ramos) por produtos (trombo, tumor, ar ou gordura) que originaram em outro local do corpo.
TVP E TEP
Qual o quadro clínico típico de TEP?
Tríade: dispneia súbita, dor torácica pleurítica e hemoptise
Clássico: dispnéia (80%), dor torácica pleurítica (39%), tosse seca (22%), hemoptise (8%), sinais e sintomas de TVP
TVP E TEP
Exames - TEP:
ECG: excluir IAM, doenças coronarianas, pericardite
Biomarcadores:
* troponinas: excluir injúrias cardíacas
* peptídeo natriurético cerebral: avaliar reserva cardíaca → usado para prognóstico em paciente com TEP
* D-dímero: se o resultado for normal, o diagnóstico de TEP será excluído; se o nível do dímero-D for alto, recomenda-se investigação de TEP por imagem
Doppler MMII/ MMSS: pesquisa de TVP
Arteriografia: padrão-ouro, pouco utilizada
Cintilografia ventilação/ perfusão
Ressonância magnética
Ecocardiograma: avaliação de gravidade (hipertensão pulmonar, disfunção de VD)
TVP E TEP
Achados da Radiografia - TEP:
TVP E TEP
Achados da AngioTC - TEP:
Neoplasia Esôfago Gástrica
ADENOCARCINOMA GÁSTRICO - HISTO
Carcinoma com células em anel de sinete apresenta um excesso de mucina intra-celular, que empurra o núcleo para um dos extremos da célula, conferindo o aspecto típico de anel.
Neoplasia Esôfago Gástrica - PROVA
Localização típica do Adenocarcinoma:
Junção Esôfago-Gástrica
Neoplasia Esôfago Gástrica - PROVA
Qual o tipo de câncer esofágico mais comum?
Adenocarcinoma
ex: Esôfago de Barret
Ocorre muitas displasias e metaplasia - substituição do epitélio de escamoso para colunar intestinal
CÂNCER DE COLON:
## Footnote
**CRITÉRIOS DE AMSTERDAM:**
1º) 3 CASOS DE CA DE COLON NA MESMA FAMÍLIA (COSANGUÍNEOS),
2º) 1 MEMBRO ACOMETIDO DEVE SER PARENTE DE 1º GRAU
3º) PELO MENOS DUAS GERAÇÕES SUCESSIVAS DEVEM SER ACOMETIDAS
4º) PELO MENOS UM DOS CASOS DEVE TER MENOS DE 50 ANOS
5º) EXCLUIR POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR
.Se o paciente tiver algum dos critérios de amsterdam - começar a prevenção aos 40 anos
.Paciente com 3 critérios de amsterdam - deve realizar colonoscopia, mesmo se tiver na faixa dos 40 anos
Câncer de Cólon
Importância do toque retal e colonoscopia:
apenas com o toque retal - consigo diagnosticar de 20 a 30% das neoplasias
exame colonoscópico (sigmoidoscópio) - consigo diagnosticar até 55% das neoplasias
.colonoscopia permite visualizar/examinar todo o cólon
Câncer de Cólon
Fatores que podem influenciar a carcinogênese no cólon e reto:
- ingestão de fibras recomendada: 25 a 35g por dia distribuídos em todas as refeições
- fibra adstringe alguns componentes da carne vermelha - se não tiver fibra - esses componentes chegam ao cólon
- cervejas possuem cromo - fibras adstringem ele
- para que haja crescimento - o câncer expressa cox 2 em sua superfície - por isso AINES e inibidores de cox 2 são protetores
Câncer de Cólon
Fatores de risco para câncer colorretal:
se tiver características genéticas - a partir dos 40 anos também é fator de risco
paciente com retocolite - alta incidência de neoplasia colorretal
Câncer de Cólon
Técnicas de diagnóstico direto:
Nódulos Hepáticos - PROVA
Nódulos hepáticos incidentais benignos:
Adenoma - suspender uso de ACO e acompanhar com mais cuidado
Atenção: RNM é padrão ouro / TC mais utilizada
Se faz Imagem para descobrir qual é (se for hemangioma ou hiperplasia nodular focal (genéticos) não se faz nada e apenas segue com acompanhamento, pois crescem lentamente - nesses casos não suspende ACO
Atenção com a descrição da TC/RNM (marcados em verde)
LEMBRAR:
enchimento completo - hemangioma
cicatriz no centro - hiperplasia nodular focal
raios de roda na fase de enchimento - adenoma
Nódulos Hepáticos - PROVA
Nódulos hepáticos malignos:
Atenção: RNM é padrão ouro
Focar no CHC apenas
Sobre os nódulos pancreáticos:
maioria dos NÓDULOS PANCREÁTICOS → ACHADO INCIDENTAL
nódulo pancreático descoberto → é benigno ou pré-maligno?
pancreatite → pode gerar pseudocisto → COMUNICAÇÃO COM O DUCTO PANCREÁTICO → PSEUDOCISTO CRESCE MAS DPS DIMINUI → diagnóstico pelo exame de imagem
Nódulos Pancreáticos
CLASSIFICAÇÃO HISTOLOGICA DOS TUMORES EXÓCRINOS PANCREÁTICOS (OMS – 2010):
São mais comuns nos ductos pancreáticos - por isso sempre devo buscar comunicações c/ ductos em exames de imagem
Nódulos Pancreáticos - PROVA
Características importantes:
CEA → marcador tumoral → antígeno carcinoembrionário
SABER DIFERENCIAR O PSEUDOCISTO DO NPI:
NPI → não é redondo, Ca19.9/CEA ALTO → gera ADENOCARCINOMA DUCTAL
NCS e NCM → índice baixo de malignização → só fazer ACOMPANHAMENTO RADIOGRÁFICO
Nódulos Pancreáticos
Condutas - Nódulo pancreático:
exames de imagem: RNM mais sensível que TC, na RNM → esperaria um nódulo pancreático COM comunicação com ducto
exames de laboratório: CEA alto, amilase alta, HEMOGRAMA, glicemia, d-dímero (baixo, devido ao MUC1 → muco vai pro sangue → trombose com muco em volta, não vai ter degradação do trombo, logo n vai elevar o d-dímero).
tamanho 2,5 cm + fatores de risco + sinais clínicos → OPERA - ressecção
Principais complicações do carcinoma pancreático:
câncer de pâncreas → perda de peso não intencional
GENE → muc1 → mucina no sangue→ agregação plaquetária → trombose
tromboflebite migratória → SÍNDROME DE TROUSSEAU
paciente jovem com trombose → PESQUISAR câncer de estômago ou de pâncreas
critério de KHORANA → 2 pontos se tiver ca de EST ou PANC
vesícula de courvoisier → vesícula obstruída, grande, com icterícia obstrutiva
Afecções Arteriais Oclusivas de Membros
Qual o local mais acometido por tromboses?
Periferia - arteríolas, capilas e vênulas
Região de menor velocidade de fluxo sanguíneo e maior quantidade de volume de fluxo sanguíneo.
regiões onde o sangue passa rapidamente (arterias de grande calibre) - trombos não conseguem ficar alojados - por isso é raro acontecer - e se acontecer - devo investigar profundamente doenças graves
Afecções Arteriais Oclusivas de Membros
Diferenças clínicas entre Embolia e Trombose:
Geralmente embolia de membros não cursa com claudicação - é muito agudo
PROVA:
onde está a obstrução? na perna pendente ou na perna em repouso? problema arterial ou venoso? arterial (embolia) melhora a dor com a perna pendente, se melhora com repouso/perna na horizontal é venoso (trombo).
Qual o significado da dor em membro inferior pendente: falta de irrigação arterial - isquemia
Afecções Arteriais Oclusivas de Membros
Mecanismos patológicos na doença vascular periférica:
ruptura de placa - agregação plaquetária - forma trombo - ele escapa (embolo) e vai para a periferia - obstrui vasos menores
Tromboembolismo neoplásico - geralmente em pacientes jovens e sem muitos fatores de risco - suspeitar de neoplasia - a célula cancerígena produz muco e se esconde do sistema imune - vai se agregando - forma um aglomerado de celulas tumorais (simulam trombos) e obstruem vasos distais –> Síndrome de Trousseau (neoplasia gástrica/pancreática) - caso do Bruno Covas
Exame clínico –> ITB menor ou igual a 0,9 - diagnóstico de obstrução/doença arterial periférica (DAP) - instituir modificação dos riscos - se tiver sintomas ou diminuição grave no ITB - completar avaliação com Doppler (confirmar diagnóstico) - se os sintomas persistem apesar da terapia clinica ideal (cessar tabagismo e programa de exercícios) - realizar Angiografia e considerar revascularização.
Afecções Arteriais Oclusivas de Membros - PROVA
CLASSIFICAÇÃO DE FONTAINE PARA INSUFICIÊNCIA ARTERIAL:
É utilizada para oclusões arteriais - para claudicação - o individuo tem que estar em movimento
se tiver dor em repouso - aqui é mais grave
l - obstrução arterial assintomática e pcte nunca teve dor ao caminhar
lla - caminha e anda pelo menos 3 a 4 quadras sem sentir dor - acima disso começa a doer
llb - anda menos que 3 quadras (300m) e começa a ter dor
lll - dor em repouso / paciente fica com membro pendente para aliviar
lV - aparecimento de lesões tróficas (úlcera ou gangrena)
Afecções Arteriais Oclusivas de Membros
CLASSIFICAÇÃO DE RUTHERFORD PARA OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA:
É uma classificação realizada com US Doppler - não é exclusivamente por observação clínica (Fontaine)
Rutherford o paciente já cursa com sintomas desde o inicio da classificação (Fontaine não)
A Classificação de Fontaine só foi ter US Doppler depois
Rutherford lla - passível de tto se tratado imediatamente
Rutherford llb - tratar imediatamente com revascularização
Rutherford lll - Não passível de tratamento - membro inviável distalmente à lesão.
Doenças Inflamatórias Intestinais
CIGARRO versus DIIs :
O fumo protege para RCU, mas está associado à DC.
Mais de 80% dos pacientes com RCU não fumam, enquanto mais de 80% dos pacientes com DC fumam.
Ex-fumantes portadores de RCU geralmente têm evolução pior, tendendo a desenvolver doença refratária e comumente necessitando de colectomia.
Por outro lado, a DC refratária é mais comum entre fumantes, assim como a recorrência após ressecção cirúrgica.