12 - Abdome Agudo Inflamatório Flashcards

1
Q

Definição de abdome agudo:

A

A expressão “abdome agudo” denota dor abdominal súbita,
espontânea, não traumática e intensa, caracteristicamente
com evolução inferior a 24 horas.

Refere-se habitualmente ao sinal e sintoma de dor e hipersensibilidade na região abdominal que, em geral, requer tratamento cirúrgico, porém muitas doenças não são cirúrgicas e nem mesmo abdominais.

O diagnóstico varia conforme a idade e o sexo.

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2
Q

A maioria das doenças cirúrgicas associadas a abdome agudo está relacionada com :

CLASSIFICAÇÃO

A

obstrução, perfuração, isquemia, infecção/inflamação ou hemorragia.

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3
Q

Tipos de abdome agudo inflamatório:

A

Apendicite aguda; Colecistite aguda; Pancreatite aguda; Diverticulite; Doença inflamatória pélvica; Abscessos intracavitários; Peritonites primárias e secundárias; Adenite mesentérica, Tiflite, etc.

saber os sinais

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4
Q

Tipos de abdome agudo perfurativo:

A

Úlcera péptica; Neoplasia gastrointestinal; Diverticulite; Doença de Crohn; Febre tifóide.

abdome agudo inflamatorio –> perfurativo - quando a dor era localizada e se torna difusa - indica perfuração

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5
Q

Topografia do Abdome agudo:

A
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6
Q

Outras causas de abdome agudo:

A

Causas exógenas (intoxicação pelo chumbo); Metabólicas (uremia, cetoacidose diabética).

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7
Q

Cólica biliar x Colecistite aguda

A
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8
Q

Colecistite aguda:

A

Fisiopatologia: Obstrução do ducto cístico e a infecção secundária por estase e inflamação.

Quadro clínico. Dor em hipocôndrio direito (HCD) de forte intensidade, associada a náuseas e vômitos, pode haver febre. Sinal de Murphy positivo! Parada da inspiração durante a compressão do HCD.

DIAGNÓSTICO
Atenção: Não é comum a presença de icterícia na colecistite aguda, pois quem está obstruída é a saída da vesícula,
não o colédoco!
Ultrassonografia. É o melhor exame para avaliação da vesícula. Principais achados: parede espessada ≥ 4mm; líquido perivesicular; visualização do cálculo impactado e imóvel no infundíbulo.

Suspender ingesta oral, iniciar reposição hídrica intravenosa e antibioticoterapia (Gram-negativas, Anaeróbios e Gram-positivos).

A colecistectomia é o tratamento de escolha para a colecistite aguda.

A terapia inicial não cirúrgica é uma opção viável para pacientes que apresentam uma fase de evolução demorada.

Colecistite aguda litiásica. Maioria dos casos, relacionada à colelitíase, 4F (female, forty, fat, fertility) – mulher, 40 anos, sobrepeso, multípara.

Abdome agudo mais comum do idoso - cirurgia de urgência
Hemograma: Leucocitose com predomínio de células jovens / desvio à esquerda

Qual achado no exame de imagem confirma o diagnóstico e qual o tratamento inicial a ser instituído?
- Ultrassonografia com espessamento da parede da vesícula biliar e antibioticoterapia.

  • O mecanismo fisiopatológico mais comum de colecistite aguda é o bloqueio do canal cístico.
  • A diferenciação entre cólica biliar e colecistite aguda é o bloqueio não resolvido do ducto cístico.
  • A infecção da bile é um fenômeno secundário; a obstrução não resolvida irá evoluir para isquemia e necrose.
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9
Q

Pancreatite aguda:

A

A incidência de pancreatite aguda é alta e 10% a 20% dos pacientes
têm morbimortalidade significativa.

Acredita-se que a PA é o resultado da ativação enzimática pancreática anormal dentro das células acinares.

O consumo excessivo de álcool é a segunda causa mais comum de PA no mundo e é mais prevalente em jovens do sexo masculino.

As possíveis complicações associadas a esse processo são: abscesso e pseudocisto. Além disso, é possível haver sangramento gastrintestinal, ruptura de pseudocistos, úlcera péptica, obstrução parcial, hemorragia, necrose ou formação de fístula.

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10
Q

Apendicite aguda:

A

Etiologia. Obstrução da luz do apêndice: fecalito (mais comum), hiperplasia linfoide, tumor (o carcinoide é o mais comum do apêndice).
Em quadros clássicos o diagnóstico é clínico e a cirurgia será indicada mesmo sem exames!

História. Hiporexeia/anorexia, dor periumbilical vaga de moderada intensidade que depois se localiza na FID, náuseas e vômitos, febre (sinal clássico, mas tardio).

Exame físico. Dor à palpação de FID, com vários sinais possíveis.

Sinais

abdome agudo inflamatório mais comum
Tomografia. Exame mais sensível para apendicite; achados similares aos da ultrassonografia, além do borramento da gordura mesentérica e avaliação completa de toda a cavidade abdominal.

Tratamento: Cirúrgico – apendicectomia.

ANTIBIÓ́TICO TERAPÊUTICO OU PROFILÁTICO?
profilático. Casos iniciais com peritonite localizada e sem perfuração – Cefoxitina desde 1h antes da incisão podendo permanecer até 24h após cirurgia.
terapêutico. Casos de peritonite difusa, perfuração ou sepse. Cobertura para gram negativos e anaeróbios; os mais utilizados são ceftriaxone + metronidazol ou ciprofloxacino + metronidazol.

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11
Q

Diverticulite aguda:

A

Clínica: dor abdominal em quadrante inferior esquerdo do abdome
início insipiente e caráter progressivo, acompanhado de náuseas e inapetência

A diverticulite resulta da perfuração de um divertículo colônico, o que leva a inflamação pericólica.

O exame físico revela distensão abdominal e dor localizada devido à peritonite focal no quadrante inferior esquerdo se a perfuração for contida.

A peritonite difusa com dor à descompressão e defesa é indicativa de perfuração intra-abdominal livre, com contaminação generalizada.

Atenção. Não podemos realizar colonoscopia na suspeita de diverticulite aguda pelo risco de perfuração do cólon!

Exame. O melhor na suspeita de diverticulite é a tomografia!

Atenção: piora do quadro doloroso se espalhando para todo o abdome, com sinais de irritação peritoneal e febre contínua –> indica perfuração do divertículo.

Complicações possíveis:
* Abscesso
* Fístula
* Obstrução

CLASSIFICAÇÃO DE HINCHEY X TRATAMENTO:
grau I, microabscessos localizados. Apenas antibióticos (gram negativo e anaeróbios).

grau II, abscessos que podem ser a distância. Antibiótico + drenagem percutânea do abscesso guiada por ultrassonografia ou tomografia.

grau III, peritonite difusa purulenta. Cirurgia: ressecção da parte do intestino que estiver perfurada, possibilidade de anastomose primária caso o paciente esteja estável (na dúvida, colostomia à Hartmann).

grau IV, peritonite difusa fecal. Cirurgia: resseção da parte do intestino que estiver perfurada e confecção de colostomia à Hartmann (fechamento do coto retal distalmente e colostomia proximal).

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