41 - Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) Flashcards
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)
Definição:
O termo DDQ abrange as luxações congênitas (condição na qual a cabeça está totalmente separada do acetábulo) e as displasias congênitas do quadril, além dos quadros em que o quadril é luxável
É uma patologia que representa desenvolvimento anormal ou luxação do quadril devido a flacidez capsular e/ou fatores mecânicos (por ex: posição intrauterina - pélvica).
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)
FATORES DE RISCO:
Lado esquerdo (67%)
Meninas (85% ou 4:1)
História familiar (aprox. 10% ou 1:7)
Aumento de estrogênio materno
Primogênito
Parto pélvico
Brancos e índios Navajo
Pacientes com torcicolo congênito
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)
FISIOPATOLOGIA
- acetábulo raso ou displásico
- formação do acetábulo necessita da presença da cabeça femoral, pois este exerce fatores mecânicos indispensáveis para a morfologia normal.
- Se deixado sem tratamento, os músculos do quadril se tornarão contraídos, deixando o acetábulo ainda mais displásico e preenchido por tecido fibroso
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)
ETIOLOGIA
genéticos: são os mais importantes.
mecânicos: musculatura periarticular, peso do corpo e fatores posturais interferem no desenvolvimento
metabólicos ou hormonais: impregnação estrogênica de origem materna (provoca frouxidão ligamentar).
congênitos: frouxidão ligamentar, ângulo acetabular aumentado, antetorção femoral excessiva
da concepção: má-posição do feto intra-útero (apresentação pélvica aumenta 14x), posição do femur em flexão e rot ext no útero pode ser forçado pra fora do acetábulo, perda prematura de líquido amniótico
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)
DIAGNÓSTICO:
Manobras
Deve ser precoce (antes do 3o mês). O diagnóstico ao nascimento é clínico e os sinais radiográficos precoces são, na verdade, sinais tardios da doença.
Manobra de Ortolani (1937). É feita com a cç em DD, joelho e quadril em 90o, coxas aduzidas e rodadas internamente. O dedo médio do examinador é colocado sobre o grande trocanter e o polegar na porção interna da coxa sobre o pequeno trocanter. Ao realizar um movimento firme de abdução e de leve rotação externa das coxas, teremos a sensação tátil e, às vezes, audível, de um ressalto. ( “REDUZ”)
Manobra de Barlow (1962). É um teste aplicado para determinar se o quadril é passível de luxação.
É feita em 2 tempos. A cç em DD, quadril em 45o e joelhos totalmente fletidos. A posição da mão é a mesma que a de Ortolani. A mão é pronada (empurrando a cabeça do fêmur para trás e lateral), podendo-se com isso deslocar a cabeça ou não. Ouve-se o som de saída do fêmur. (1T “LUXA”)
No 2o tempo, a coxa é levada à abdução média e ao ser realizado movimento de supinação da mão, é exercida uma força sobre o grande trocanter pelo dedo médio, podendo notar uma redução (2TREDUZ) da cabeça luxada entrando no acetábulo (técnica similar à Ortolani). A outra mão pode ser usada para fixar a bacia, com o polegar na sínfise púbica e o 3o dedo no sacro.
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)
Imagem:
SUSPEITA:
* USG: é feito no recém-nascido. Dá o diagnóstico precoce porém é examinador dependente.
- Metodo de Graf : de obter 2 ângulos a partir de 3 retas
Classificacao de Graf :
tipo I: quadril normal. O quadril é estável e nunca se desloca a menos que ocorram alterações biomecânicas (mielomeningocele ou PC)
tipo II: concentricamente reduzido, mas é imaturo. À partir do subtipo IId o tto já é necessário.
tipo III: quadril subluxado. O teto ósseo é deficiente e lábio evertido
tipo IV: luxação grave. Acetábulo ósseo nivelado; lábio interposto entre a cabeça e o íleo
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)
TRATAMENTO
Gesso Pélvico-Podálico ou Suspensório de Pavlik - tratamento precoce!