Pneumo Flashcards

1
Q

Quanto ao raio X portátil, assinale a afirmação falsa:
1-Só permite a projecção AP
2-Pode ocorrer excesso ou falta de penetração dos Rx
3-Há diminuição da distância entre o ponto focal e o filme, diminuindo o detalhe fino
4-Há diminuição da sombra cardíaca
5-É realizada em doentes intransportáveis

A

Resposta:D

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2
Q

Quanto à Ecografia torácica, assinale a afirmação verdadeira:
1-Utiliza a radiação ionizante e por isso não é segura na criança e na grávida
2-Não é muito útil para detectar/localizar anomalias pleurais
3-Permite guiar a toracocentese mas não permite identificar septos em colecções loculadas
4-Permite a avaliação do parênquima pulmonar
5-Permite avaliar o movimento diafragmático em tempo real

A

Resposta: E

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3
Q

Quanto a cintigrafia V/Q assinale a afirmação falsa:
1-Pode ser feita através da admistração inalados e endovenosa
2-Na admistração ev a dristribuição do redioisótopo correlaciona-se com a distribuição Q
3-Quando usada para diagnóstico de tromboembolismo pulmonar tem uma elevada sensibilidade mas uma especificidade reduzida
4-Actualmente no diagnóstico de tromboembolismo pulmonar tem sido cada vez mais substituída pela Angio-TC
5-Pode ser utilizado na avaliação pré-cirúrgica de candidatos a ressecção pulmonar, pois permite estimar se o doente vai tolerar a ressecção

A

Resposta :C

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4
Q

Quanto á tomografia computorizada, assinale a afirmação verdadeira:
1-Avalia a doença mediastinica é hilar, o que é importante no estadiamento de neoplasia do pulmão
2-Permite a identificação de lesões adjacentes à parede torácica mas não é útil na definição de lesões adjacentes à coluna
3-A distinção entre lesões vasculares e não vasculares não obriga à administração de contraste
4-A TC de alta resolução (TCAR) permite espessura dos cortes entre 7-10mm, o que é superior à TC convencional
5-A TCAR pode ser suficientemente característica, para permitir obviar a necessidade de biópsia na fibrose pulmonar idiopatica e na pneumonia de hipersensibilidade

A

Resposta:A

A E em algumas partes do livro poderá ser verdadeira:  TCAR pode fazer o diagnostico de FPI ( q nao e necessaria biopsia) e mais a frente diz q a biopsia é essencial.....
Lembrar: TCAR pode reconhecer padrões característicos de várias doenças intersticiais:
- Sarcoidose
- HPCL
- PH
- FPI
- Asbestose
- Carcinoma Linfagitico
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5
Q

Quanto a tomografia computorizada, assinale a afirmação falsa:
1-A TC helicoidal e o método padrão para a TC torácica
2-A TC helicoidal permite uma maior rapidez de aquisição por diminuir os artefactos de movimento e é superior a em relação ao contraste e a colimação.
3-A TC de multidetectores (TCMD) permite uma maior rapidez de aquisição e uma melhor resolução e qualidade de reconstrução, em relação à TC convencional.
4-A TCMD tem como desvantagem o aumento da dose de radiação.
5-A TCMD melhora a utilização de um bólus de contraste e detecta êmbolos segmentares mas não êmbolos subsegmentos

A

Resposta:E

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6
Q

Relativamente ao raio X de tórax ,assinale a afirmação falsa:
1-A incidência póstero-anterior e de perfil permite a avaliação do parenquima e de pleura.
2-A incidência em decúbito lateral permite determinar a presença de líquido pleural livre.
3-A incidência lordótica-apical permite a melhor visualização dos ápex pulmonares
4-As incidências póstero-anterior e de perfil são importantes na avaliação diagnóstica de doenças que envolvem o parênquima e a pleura e em maior extensão as vias respiratórias e o mediastino.
5-A radiografia computorizada/digitalizada permite uma análise pós-processamos, o que pode aumentar o valor diagnóstico.

A

Resposta: D

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7
Q

Relativamente à asma, assinale a V
A- Nos adultos é mais frequente no sexo masculino
B- A gravidade da asma varia de modo significativo num determinado doente
C- A sua incidência está a aumentar
D- Afecta 40% dos adultos
E- A asma pode começar em qualquer idade

A

Resposta E

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8
Q

Quanto à asma, assinale a F:
A- A atopia é o principal factor de risco
B- A maioria dos asmáticos são atópicos
C- a poluição é um factor etiologico importante
D- as infecções são a principal causa de exacerbações
E - o paracetamol na infância pode ser um factor de risco

A

Resposta C

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9
Q

Quanto à asma, assinale a V
A- os BAAC são a prevenção mais eficaz da asma do exercício
B- os BAAC podem ser usados na grávida
C- os leucotrienos podem ser usados na grávida
D- na grávida e mais seguro usar a prednisolona
É- os anticolinergicos têm acção mais lenta que os agonistas beta dóis

A

Opção E

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10
Q

Relativamente à asma, assinale a F
1- os mastocitos são importantes na inflamação aguda
2- os macrofagos tem um papel incerto
3- os neutrofilos surgem na asma grave
4- os eosinofilos participam no remodelling das vias aéreas
5- os eosinofilos são importantes numa fase cronica

A

Resposta 5
Os eosinofilos são importantes na inflamação aguda e também o remodelling das vias aéreas, mas não na inflamação crônica. As células mais importantes na inflamação crônica são as células estruturais

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11
Q

Relativamente à asma, assinale a V:
1- a capacidade de DLCO pode estar aumentada
2- o diagnóstico é apenas clínico
3- os testes de provocação com metacolina são feitos por rotina
4- a reversibilidade da obstrução é dada pelo aumento do FEV >12% e 20mL 30 minutos depois da bronco dilatador
5- o volume residual está diminuído

A

Resposta 1
Reversibilidade é com 200 mL e não 20 e em 15 minutos
A DLCO está aumentada porque como há retenção de ar há mais tempo para as trocas gasosas, que ocorrem normalmente porque a asma não afecta o parenquima, os alvéolos estão normais

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12
Q

Relativamente à asma, assinale a F
1- a teofilina pode ser usada pelos seus efeitos anti-inflamatorios
2-o omalizumab é usado em doentes muito selecionados com asma grave e mal controlada
3- os anticorpos TNF são ineficazes na asma grave
4-todos os agonistas beta 2 inalados se administram duas vezes ao dia
5- os antileucotrienos não são mais eficazes na asma intrínseca do que na atopica

A

Resposta 4
O indicaterol é um novo beta agonista inalado que se administra apenas uma vez ao dia, os outros são duas

A asma intrínseca da sensibilidade a AAS tem muita produção de leucotrienos, mas não é por isso que responde melhor aos antileucotrienos

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13
Q

Quanto à asma, assinale a V
A- os BAAC são a prevenção mais eficaz da asma do exercício
B- os BAAL podem ser usados na grávida
C- os anti-leucotrienos podem ser usados na grávida
D- na grávida e mais seguro usar a prednisolona
É- os anticolinergicos têm acção mais lenta que os agonistas beta dóis

A

Opção E

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14
Q

Relativamente à asma, assinale a F
1- os mastocitos são importantes na inflamação aguda
2- os macrofagos tem um papel incerto
3- os neutrofilos surgem na asma grave
4- os eosinofilos participam no remodelling das vias aéreas
5- os eosinofilos são importantes numa fase cronica

A

Resposta 5
Os eosinofilos são importantes na inflamação aguda e também o remodelling das vias aéreas, mas não na inflamação crônica. As células mais importantes na inflamação crônica são as células estruturais

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15
Q

Relativamente à asma, assinale a V:
1- a capacidade de DLCO pode estar aumentada
2- o diagnóstico é apenas clínico
3- os testes de provocação com metacolina são feitos por rotina
4- a reversibilidade da obstrução é dada pelo aumento do FEV >12% e 20mL 30 minutos depois da bronco dilatador
5- o volume residual está diminuído

A

Resposta 1
Reversibilidade é com 200 mL e não 20 e em 15 minutos
A DLCO está aumentada porque como há retenção de ar há mais tempo para as trocas gasosas, que ocorrem normalmente porque a asma não afecta o parenquima, os alvéolos estão normais

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16
Q

Relativamente à asma, assinale a F
1- a teofilina pode ser usada pelos seus efeitos anti-inflamatorios
2-o omalizumab é usado em doentes muito selecionados com asma grave e mal controlada
3- os anticorpos TNF são ineficazes na asma grave
4-todos os agonistas beta 2 inalados se administram duas vezes ao dia
5- os antileucotrienos não são mais eficazes na asma intrínseca do que na atopica

A

Resposta 4
O indicaterol é um novo beta agonista inalado que se administra apenas uma vez ao dia, os outros são duas

A asma intrínseca da sensibilidade a AAS tem muita produção de leucotrienos, mas não é por isso que responde melhor aos antileucotrienos

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17
Q

Relativamente aos abcessos pulmonares, a V
1- os abcessos são secundários em 80% dos casos
2- a maioria dos abcessos são primários e agudos
3- as mulheres são mais afectadas que os homens
4- abcessos primários são os que têm pior prognóstico
5- os anaeróbios são um factor de mau prognóstico

A

Resposta 2. 80% são primários, 40% são crônicos - por isso a maioria são primários e agudos. Os primários tem melhor prognóstico - a mortalidade nos secundários pode ser de 75%.
Factores de pior prognostico- abcesso secundário, mais de 60 anos, aeróbios (porque o habitual são os anaeróbios), sepsis a apresentação, mais de 8 semanas de sintomas, mais de 6cm de diâmetro

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18
Q

Relativamente aos abcessos pulmonares, a F
A- a sua incidência tem vindo a diminuir
B- o principal factor de risco para os primários é a aspiração de bactérias anaeróbias
C- nos primários os principais agentes são os estreptococos microaerofilicos e anaeróbios
D- o fusobacterium necrophorum está associado a endocardite da válvula tricuspide que causa embolizacao e abcessos secundários
E - os abcessos primários são mais no pulmão direito, no segmento posterior do lobo superior e no segmento superior do lobo inferior

A

Resposta D
Endocardite da válvula tricuspide -> estafilococos áureos
Sindrome de lemierre -> fusobacterium necrophorum

Quanto à localização, pensar que a aspiração ocorre quando os doentes estão deitados, por isso acaba por poupar o lobo médio, que está mais anterior

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19
Q

Quanto aos abcessos pulmonares, assinale a V:
1- os abcessos secundários não são habitualmente polimicrobianos
2- nos abcessos primários e secundários é obrigatório o exame cultural
3- os abcessos por aureus apresentam-se muitas vezes de forma crônica e indolente
4- o metronidazol e eficaz isoladamente
5- os abcessos primários tratamos com clindamicina ou com beta lactamico e beta lactamase

A

Resposta 5
Os abcessos secundários podem ter um largo espectro bacteriano, e por isso nestes é obrigatório a colheita de amostras. Nos abcessos primários não é obrigatória a colheita de amostras, e a ser feita é feita de modo não invasivo
Os abcessos por aureus aparecem de forma abrupta, com febre alta e rápida progressão; os abcessos por anaeróbios é que tem uma apresentação indolente porque demoram muito a crescer
O metronidazol não é eficaz isoladamente porque só cobre os anaeróbios, não cobre os estreptococos microaerofilicos

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20
Q

Relativamente às bronquiectasias (BQ), a V:
1- as infecções por micobacterium avium (MAC) ocorrem tipicamente homens não fumadores
2- As BQ por aspergilose broncopulmonar alergica são comuns nos lobos médios
3- nas exacerbacoes das bronquiectasias a febre e os infiltrados no raio X são obrigatórios para o diagnóstico
4- as BQ focais são provocadas por obstrucoes e requerem quase sempre broncoscopia
5- doente com BQ não Fibrose quistica tem um declínio da função pulmonar superior aos doentes com DPOC

A

Resposta 4

  • As infecções por MAC ocorrem tipicamente em mulheres de meia idade, não fumadoras
  • As bronquiectasias da aspergilose são nas vias aéreas centrais.
  • Nas exacerbacoes os doentes podem de facto ter sintomas sistémicos, mas a definição de exacerbação é só para a alteração das características da expectoração
  • o declínio da função pulmonar em doentes BQ não FQ mostrou-se semelhante aos doentes com DPOC, que é superior ao da população normal
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21
Q

Relativamente às bronquiectasias, assinale a V
1- são dilatações reversíveis das vias aéreas
2- na fibrose quistica as mais frequentes são as dilatações císticas
3- 25-50% das bronquiectasias são idiopaticas
4- a fibrose quistica, a fibrose pós radioterapia e a fibrose pulmonar idiopatica provocam bronquiectasias nos lobos superiores
5- a incidência está a diminuir

A

Resposta 3

  • São dilatações irreversíveis
  • as mais frequentes são as cilíndricas/tubulares - em todos os casos
  • a FPI provoca bronquiectasias nos lobos inferiores
  • a incidência das bronquiectasias está a aumentar
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22
Q

Localização das bronquiectasias segundo a causa:

  • lobos superiores?
  • lobos médios?
  • lobos inferiores?
  • vias aéreas centrais ?
A

Lobos superiores : fibrose quistica e fibrose pos radioterapia
Lobos médios: síndrome de kartagener, infeções micobacterias não tuberculosas
Lobos inferiores : imunodeficiencias, aspiração, fibrose pulmonar idiopatica
Vias aéreas centrais : aspergilose broncopulmonar alergica, défices de cartilagem congênitos

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23
Q

Relativamente às bronquiectasias, assinale a V
1- nas exacerbacoes agudas os agentes mais comuns são o haemophilus influenza e o estafilococos aureus
2- a antibioterapia dura até 14 semanas
3- tratamos todos os casos de micobacterium avium intracelular (MAC)
4- tratamos a infecção por MAC com o esquema : macrolido, etambucilo e Rifampicina
5- não há indicação para antibioterapia profilática

A

Resposta 4

  • nas exacerbacoes os agentes mais comuns são o haemophilus e a pseudomonas
  • nos abcessos pulmonares é que fazemos até 14 semanas de antibioterapia, nas bronquiectasias fazemos entre 7 a 14 dias
  • não tratamos todos porque pode ser uma colonização, há critérios específicos para decidir tratamento
  • nos casos com muitas recorrências propõe-se antibioterapia profilatica
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24
Q

Relativamente à Fibrose quistica (FQ),assinale a V:
1- as mutações de classe I são de longe as anormalidade genéticas mais comuns
2- a mutação F508del é prevalente entre desçendentes Ashkenazi e é o genotipo de FQ mais comum em Israel
3- em geral, o genotipo é um forte preditos do prognóstico respiratório
4- o ivacaftor actua como corrector do CFTR e pode normalizar os níveis de cloro no suor
5- são achados altamente específicos da doença a diferença de potencial transepitelial elevada através do tecido epitelial da via aérea ou a falha na secreção de cloreto via CFTR dependente de isoproterenol.

A

Resposta 5

  • as mutações de classe II são as mais frequentes
  • a W1282X, que é de classe I, é que é mais frequente em Israel
  • o genotipo pode ser preditor da doença sintomatica, mas não da doença respiratória em si
  • ainda não há correctores disponíveis, estão em estudo. O ivacaftor é um potenciador
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25
Q

% de doentes na Fibrose quistica com :

  • diabetes
  • cirrose multilobular
  • ileo meconial
A

Diabetes ocorre em 30% dos adultos
Cirrose multilobular ocorre em 4-15% dos doentes
O ileo meconial é uma apresentação em 10-20% dos recém nascidos com FC

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26
Q

Os homens e as mulheres com Fibrose quistica são, no geral, inferteis - nos homens não ocorre a espermatogenese. V ou F?

A

99% dos homens com FQ são inferteis, mas a espermatogenese está normal, o problema é a involucao completa dos ductos deferentes

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27
Q

Classes de mutações no CFTR da Fibrose quistica

A

Classe 1 - ausência de síntese. A mutação a saber é a W1282X que é mais comum nos judeus, em Israel

Classe 2- e a mais frequente, há um défice da maturação e destruição prematura. A mutação a saber é a F508del. 90% dos indivíduos com FC nos EUA têm pelo menos uma mutação deste tipo.

Classe 3- é um problema nas gates do CFTR. A mutação a saber é a G551D que está presente em 4-5% dos doentes

Classe 4- poro defeituoso
Classe 5- alteração na regulação genica
Classe 6- turnover acelerado

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28
Q

Quais são os indicadores de mau prognóstico na fibrose quistica, a nível de microrganismos ?

A

Pseudomonas aeruginosa com fenotipo mucoide
Burkholderia cepacia
Micobacterias atípicas

Atenção que a incidência de MRSA está a aumentar mas o seu efeito clínico ainda não está definido, por isso não podemos assumir que de mau prognóstico

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29
Q

Qual é o esquema antibiótico em internamento para os doentes com Fibrose quistica ?

A

Aminoglicosideo e beta lactamico até 14 dias

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30
Q

Quais são as duas novas classes de farmacos na fibrose quistica e em que mutações é que actuam ?

A

Potenciadores - ivacaftor, actua na mutação de classe III

Correctores - actuam na classe II na F508del

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31
Q

Relativamente à DPOC, assinale a F
1- é a 3ªcausa de morte nos EUA, com mortalidade de 17-30% no internamento e um doente que tenha sido internado na UCI tem mortalidade de 60% no ano seguinte
2- o tabaco actua nas pequenas vias, nas vias de grande calibre e também no parenquima
3- a obstrução e dada pelo efeito do tabaco nas vias de grande calibre
4- o fumo do tabaco inibe mTOR e por isso impede a reparação pulmonar adequada
5- o tabagismo provoca aumento das glândulas mucosas e hiperplasia das células caliciformes

A

Resposta 3
O tabaco afecta todas as zonas, mas tem efeitos diferentes. Nas grandes vias provoca a tosse e a expectoração, o efeito que tem nas pequenas vias é que é responsável pela obstrução ao fluxo

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32
Q

Que alteracoes é que o tabagismo provoca no LBA dos doentes com DPOC?

A

Aumenta os macrofagos (são as células mais importantes na DPOC! >95% do total das células) os neutrofilos e os linfocitos T.

Atenção que aumenta de facto os linfocitos, mas em % estão diminuídos, porque temos mais macrofagos!

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33
Q

Enfisema panacinar e enfisema centroacinar, qual deles é relacionado com o tabaco ?

A

Enfisema centroacinar – tabagismo, é mais nos lobos superiores e é focal

Enfisema panacinar – normalmente em doentes com défice de alfa 1antitripsina, mais nos lobos inferiores e distribuição uniforme

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34
Q

Na DPOC, a nível de alterações nas trocas gasosas, temos mais shunt ou mismatch V/Q?

A

A desigualdade V/Q e a principal responsável pela alteração nas trocas gasosas, o shunt é mínimo!!

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35
Q

Na DPOC, que alteracoes ocorrem com FEV1<50%? E <25%?

A

FEV<50% — ainda só temos alterações no oxigênio. Começamos a ter insuficiência respiratória parcial.

FEV<25% – começa a surgir a hipercapnia, com insuficiência respiratória global.
Quando temos FEV<25 % e hipoxemia crônica <55mmHg começamos a ter hipertensão pulmonar grave e alguns doentes podem desenvolver cor pulmonale

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36
Q

Que factores de risco estão comprovados para a DPOC? E que factores não estão totalmente comprovados ?

A

Comprovados : tabagismo, hiperreactividade das vias aéreas, considerações genéticas como defice de alfa 1AT

Não comprovados : infecções respiratórias, exposição ocupacional (excepto no caso do mineiro do carvão), poluição do ar ambiente (excepto no caso da biomassas), tabagismo passivo

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37
Q

Relativamente à DPOC, assinale a V
1- o sinal de Hoover é um sinal precoce ao exame físico
2- a incidência de cor pulmonale nestes doentes tem vindo a aumentar
3- todos os doentes com DPOC e com síndrome de sobreposição com asma devem fazer rastreio de défice de alfa 1AT
4- o diagnóstico de enfisema implica biópsia, não chega só com a TAC
5- a TAC é útil em todos os doentes com DPOC

A

Resposta 3
O sinal de Hoover é um sinal de doença avançada, são os movimentos paradoxais da grelha costal com a respiração.
A TAC só é útil para planeamento de terapêutica cirúrgica r rastreio de cancro do pulmão

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38
Q

Na DPOC quais são os factores do índice preditor de mortalidade ?

A
É o índice BODE
B- body mass índex
O- obstrução, que avaliamos com o FEV
D - dispneia
E - exercicio, avaliamos a capacidade  do doente de fazer exercício, que vai diminuindo com a progressão da doença
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39
Q

Quais são os 3 sintomas característicos da DPOC?

A

Dispneia com o esforço
Tosse
Expectoração

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40
Q

Quais são as únicas intervenções que influenciam a história natural da DPOC?

A

Cessação tabagica
Oxigenoterapia
Cirurgia de redução do volume pulmonar

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41
Q

Relativamente ao tratamento da DPOC, assinale a F
1- os broncodilatadores de primeira linha são os anticolinergicos
2- os broncodilatadores e os corticoides inalados diminuem a frequência das exacerbacoes
3- os corticoides inalados não são úteis em todos os doentes com DPOC
4- nenhuma teofilina diminui o risco de exacerbacoes
5- a terapeutica da deficiência de alfa 1AT com reposição não é muito eficaz

A

Resposta 4
Os corticoides não são úteis em todos os doentes, devem ser considerados nos que tem exacerbacoes recorrentes e nós que tem alguma reversibilidade da obstrução do fluxo aéreo

As teofilina no geral não provocam grandes melhorias, só uma nova, roflumilast (inibidor da PDE4) e que diminui as exacerbacoes

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42
Q

Quais são, na DPOC, as indicações para fazer oxigenoterapia em repouso? E numa exacerbação ?

A

Numa crise devemos fazer oxigênio para manter saturações acima de 90%

Em repouso:
- Sat O2 < 88%
Ou
- Sat O2<90% se Hipertensao pulmonar e insuficiência cardíaca direita

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43
Q

Em que doentes com DPOC pode estar indicada a cirurgia de redução do volume pulmonar ?

A

Alguns doentes com enfisema, que não tenham melhorado com a reabilitação pulmonar e que o enfisema seja mais nos lobos superiores

Atenção que ter pressão sistolica na artéria pulmonar >45 é critério de exclusão, bem como DLCO<20 ou FEV<20

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44
Q

A bronquite crônica, sem obstrução do fluxo aéreo está ou não incorporada na definição de DPOC?

A

Não. DPOC implica sempre obstrução ao fluxo aéreo. Bronquite crônica sem obstrução não faz parte da definição

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45
Q

A asma está associada a células CD8 ou CD4? E a DPOC?

A

Asma - CD4

DPOC - CD8

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46
Q

Quais são as alterações fisiopatologicas que temos na DPOC? Como está o volume residual, o fluxo expiratorio…

A
A redução persistente das taxas de fluxo expiratorio forçado é a anormalidade mais típica da DPOC
Também temos:
- aumento do volume residual
- aumento da capacidade pulmonar total
- mismatch V/Q
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47
Q

Que % de doentes com DPOC tem asma? E que % de doentes com DPOC tem defice alfa 1 anti tripsina ?

A

10% dos doentes com DPOC tem asma

1% dos doentes com DPOC tem defice grave de alfa um anti tripsina

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48
Q

Diminuição da expressão de MMP12 ( é uma metaloproteinase) tem efeito benéfico em crianças com asma e adultos fumadores, relativamente ao risco de DPOC. V ou F?

A

Verdadeiro
Faz parte dos factores de risco genético para DPOC, para além do défice de alfa 1AT. Ter menos uma metaloproteinase acaba por ter efeito benéfico na função pulmonar porque há menos destruição da arquitectura pulmonar

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49
Q

Com que broncodilatadores começamos na asma ? E na DPOC?

A

Asma : beta agonistas

DPOC : anticolinergicos, há mais alterações estruturais por isso faz mais sentido começar com estes

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50
Q

A observação de uma proporção diminuída de diâmetro da arteria pulmonar em relação à aorta na TAC Tórax foi associada a um risco aumentada de exacerbacoes da DPOC. V ou F?

A

Falso

É uma proporção aumentada, pela dilatação da arteria pulmonar

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51
Q

Quanto tempo de corticoides orais fazemos numa exacerbação da asma ? E numa da DPOC?

A

Asma : 5- 10 dias

DPOC : 10 - 14 dias

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52
Q

Em que dois grandes grupos se dividem as doenças intersticiais ? E qual dos dois habitualmente tem melhor prognóstico ?

A
  1. Doencas granulomatosas - onde se incluem as pneumonites de hipersensibilidade e as doenças pulmonares ocupacionais e ambientais, que são faladas noutros capítulos
  2. Doencas mais fibrosas, com mais inflamação - tem pior prognóstico
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53
Q

Relativamente às doenças pulmonares intersticiais, a maioria tem uma apresentação clínica crônica. Que doenças deste grupo e que podem ter uma apresentação aguda ?

A

Pneumonia eosinofilica (pode ser aguda ou crônica)
Pneumonites de hipersensibilidade (podem ter apresentação aguda, subaguda ou crônica )
Alergias, nomeadamente reacções a fármacos
Pneumonia intersticial aguda

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54
Q

Que doenças pulmonares intersticiais são mais frequentes no sexo feminino? E no sexo masculino ? E as idades ?

A

Sexo feminino — LAM, esclerose tuberosa, síndrome de hermansky pudlack e doenças do tecido conjuntivo

Sexo masculino – fibrose pulmonar idiopatica, pneumoconioses e artrite reumatoide
!! Atenção, a artrite reumatoide não deixa de ser mais frequente em mulheres, o envolvimento pulmonar intersticial e que ocorre mais nos homens

Idades - a maioria é na meia idade. A fibrose pulmonar idiopatica e que é em doentes mais velhos (>60 anos). Sarcoidose, DIP associadas ao tecido conjuntivo, LAM, HPC de langerhans e formas hereditárias podem ser em doentes mais jovens (20-40 anos). O resto e intermédio entre estes dois extremos

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55
Q

Que doenças pulmonares intersticiais podem estar associadas ao tabagismo?

A
Fibrose pulmonar idiopatica 
Fibrose pulmonar familiar
Pneumonite intersticial descamativa
Bronquilite respiratoria
HPC langerhans 
Síndrome de goodpasteur
Proteinose alveolar pulmonar
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56
Q

Sobre as doenças pulmonares intersticiais, a V:
1- a gravidade da doença correlaciona-se com as alterações no raio X
2- a LDH está habitualmente diminuída nestas patologias
3- AC anti nucleares e factor reumatoide podem existir mesmo sem doença do tecido conjuntivo
4- o padrão mais frequente no raio X é um padrão reticular predominante nos lobos superiores
5- a espirometria e a pletismografia não tem valor prognóstico nestas patologias

A

Resposta 3
1- pode existir doença parenquimatosa extensa no raio X sem dispneia significativa, por isso não se correlacionam
2- está aumentada, é um acho inespecifico comum
4- o mais frequente é um padrão reticular, mas nas bases
5- tem! Principalmente na FPI e na PII

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57
Q

Que doenças pulmonares intersticiais e que tem mais pneumotórax ?

A

Esclerose tuberosa
LAM
HPC langerhans
Neurofibromatose

58
Q

Que doenças pulmonares idiopaticas e que dão mais hemoptises ?

A

LAM
Esclerose tuberosa
Síndromes de hemorragia alveolar difusa
Vasculites granulamotosas

59
Q

A maioria das doenças pulmonares intersticiais no raio X dão um padrão reticular bibasal, mas há um subgrupo que dá mais opacidades nodulares nos lobos superiores. Quais ?

A

Granulomatosas
HPC Langerhans
Artrite reumatoide
Espondilite anquilosante

60
Q

Em que doenças pulmonares intersticiais e que a TAC dispensa a necessidade de biópsia ?

A
Sarcoidose
HPC langerhans 
PH
FPI
Asbestose
Carcinoma linfangitico

No capítulo de abordagem ao doente respiratório acrescentam ainda o granuloma eosinofilico.

61
Q

Nas doenças pulmonares intersticiais temos DLCO sem alterações, aumentada ou diminuída ?

A

Na maioria delas a DLCO está diminuída, mas ter em atenção as doenças que cursam com hemorragia pulmonar - pois a hemorragia pulmonar e uma causa de DLCO aumentada

62
Q

Relativamente à fibrose pulmonar idiopatica (cap.DPI), a F:
1- ocorre mais frequente em homens fumadores, com mais de 60 anos
2- apesar de responderem aos corticoides, é uma doença com muito mau prognóstico
3- podem ter fervores inspiratorios crepitantes
4- um padrão definitivo de pneumonia intersticial usual (PIU)na TCAR chega para dispensar o diagnóstico
5- a confirmação do padrão histológico de PIU é essencial para o diagnóstico

A

Resposta 2
Não respondem nada bem aos corticoides, por isso assim que se faz o diagnóstico é logo indicação para transplante
Relativamente à 4 e a 5: a FPI aparece na lista das patologias cuja TAC é tão característica que dispensa a realização de biópsia, mas depois mais à frente diz que o padrão na biópsia é essencial para o diagnóstico

63
Q

Sobre a Fibrose Pulmonar Idiopatica (cap.DPI), a V:
1- a proliferação dos fibroblastos na biópsia prediz a progressão da doença
2- na TAC vemos opacidades reticulares subpleurais mais nas bases, por isso conseguimos fazer a biópsia por broncofibroscopia
3- A IC e a cardiopatia isquemica são problemas comuns, sendo responsáveis pela maioria das mortes
4- é raro a apresentação ser com uma fase acelerada de rápido declínio clínico

A

Resposta 1
2- as alterações são mais periféricas, por isso a biópsia tem de ser cirúrgica.
3- são patologias comuns, mas provocam 1/3 das mortes
4- e frequente (10-75%dos casos)! São as chamadas exacerbacoes agudas da FPI, que tem muito mau prognóstico - por isso é que é logo indicação para transplante

64
Q

Sobre a pneumonia intersticial inespecifica (cap.DPI), a F:
1- a TAC e semelhante à FPI, excepto porque o padrão em favo de mel é incomum
2- é mais frequente em mulheres que nunca tenham fumado
3- a principal característica na histologia e a uniformidade
4- tem mau prognóstico, com taxa de mortalidade >50%
5- a pneumonia intersticial inespecifica pode ser provocada por uma patologia auto imune, não é sempre idiopatica

A

Resposta : 4 - tem bom prognóstico, responde bem aos corticoides, a taxa de mortalidade aos 5 anos e <15%
3- contrasta com a FPI, em que na histologia e tudo muito heterogéneo.

65
Q

Sobre as doenças pulmonares intersticiais, assinale a F
1- a pneumonia intersticial aguda tem uma apresentação clínica e um raio X semelhante à ARDS
2- a pneumonia criptogenica em organização (POC)tem uma apresentação clínica semelhante a um síndrome gripal e as opacidades no raio X são recorrentes e migratórias
3- a POC tem recuperação clínica em 2/3 dos casos
4- a pneumonia intersticial descamativa não está associada ao tabagismo
5- na biópsia da pneumonia intersticial descamativa vemos acumulação intra alveolar difusa e uniforme de macrofagos

A

Resposta 4- e provocada pelo tabagismo, ocorre quase exclusivamente em fumadores e responde muito bem a cessação tabagica

66
Q

Sobre a Histiociose pulmonar de células de langerhans, a V
1- responde frequentemente a cessação tabagica
2- a biópsia é necessária para o diagnóstico
3- na TAC vemos nódulos estrelados, mal definidos, principalmente nos lobos superiores
4- o pneumotorax e as hemoptises são formas de apresentação comuns
5- ocorre maioritariamente em doentes rapazes jovens não fumadores

A

Resposta 3
1- so 1/3 responde a cessação tabagica a maioria dos doentes têm doença persistente, e 10% morrem por Insuficiência respiratória.
4- o pneumotorax ocorre em 25% dos doentes, não faz parte da lista das hemoptises
5- faz parte das doenças associadas ao tabaco

67
Q

Quanto à pneumonite de hipersensibilidade, a V
1- na forma aguda a TAC apresenta padrão favo de mel
2- a TAC pode ser normal nas formas agudas da doença
3- nas Provas de função pulmonar o padrão é obstrutivo
4- as amostras histológicas são essenciais para o diagnóstico
5- as precipitinas sericas fazem o diagnóstico

A

Resposta 2
O padrão pode ser obstrutivo ou restritivo, por isso é que as provas de função pulmonar não são úteis

A biópsia não é necessária

As precipitinas sericas só nos dizem que houve exposição, não nos fazem o diagnóstico de nada

68
Q

O aspecto de fotografia negativa do edema pulmonar é patognomonico de pneumonia eosinofilica aguda ou crônica ?

A

Crônica

Mas menos de 25% dos doentes apresenta esse achado

69
Q

A nível de Epidemiologia, quais são as diferenças entre a pneumonia eosinofilica aguda e crônica ?

A

Aguda : homens de 20-40 anos, saudáveis, sem história de asma. Associação com o início recente de tabagismo

Crônica: mulheres, não fumadoras, 45 anos com história de asma e alergias

70
Q

Qual a diferença na resposta aos corticoides da pneumonia eosinofilica aguda e crônica ?

A

Na aguda respondem muito bem e há um excelente prognóstico, com recuperação completa, sem sequelas

Na crônica são também responsivos aos corticoides, mas mais de metade apresenta recidiva

71
Q

Que doenças cursam com infiltrado pulmonar com eosinofilia?

A
Pneumonia eosinofilica aguda 
Pneumonia eosinofilica crônica 
Churg strauss - granulomatose eosinofilica com poliangeite
Síndromes hipereosinofilicos 
Aspergilose alergica
72
Q

Relativamente aos síndromes hipereosinofilicos, a V
1- no síndrome de churg strauss a eosinofilia periférica não costuma estar presente ao diagnóstico
2- nos síndromes hipereosinofilicos temos habitualmente 3 fases : fase prodromica, fase eosinofilica infiltrativa e fase de vasculite
3- nos síndromes hipereosinofilicos há uma grande resposta aos corticoides
4- a variante mieloproliferativa associada ao PDGFRalfa dos síndromes hipereosinofilicos responde ao imatinib
5- a síndrome de loffler é comum nos países desenvolvidos

A

Resposta 4. Os síndromes hipereosinofilicos tem duas variantes: linfocitica e mieloproliferativa.
1- a eosinofilia >10% costuma estar presente em >80% dos casos
2- essas fases sao no síndrome de churg strauss
3- menos de metade responde aos corticoides
5- acontece nos países em desenvolvimento. São infiltrados pulmonares com eosinofilia transitórios em resposta à passagem de larvas

73
Q

Relativamente às pneumonites de hipersensibilidade, a F:
1- implicam sensibilização a determinados antigenios, mas muitas pessoas sensibilizadas não tem doença
2- a suberose é especialmente frequente em Portugal e ocorre por sensibilização ao micobacterium avium
3- são doenças granulomatosas
4- há redução da incidência nos fumadores
5- é uma resposta alergica, mas o antigenio pode ser um micro-organismo

A

Resposta 2

E pelo penicilinum grabum - pó da cortiça

75
Q

Que % de eosinofilos existem no LBA de uma pneumonia eosinofilica ?

A

> 25%

76
Q

Relativamente às pneumonites de hipersensibilidade, a F:
1- a apresentação aguda aparece 4-8h após a exposição
2- a subaguda tem resolução em semanas a meses com a cessação da exposição
3- a crônica pode ter padrão em favo de mel, as outras podem ter padrão em vidro fosco
4- na subaguda os corticoides alteram a história natural da doença
5- os sintomas sistémicos aparecem mais na aguda

A

Resposta 4
Na aguda não estão indicados corticoides
Na subaguda podemos fazer só para alívio sintomático, não altera o prognóstico, porque acabava por desaparecer sozinho
Na crônica fazemos corticoides para resolver alguma inflamação que ainda haja, porque não resolve a fibrose

77
Q

Relativamente às pneumonites de hipersensibilidade, a V
1- o tabagismo resulta em percentagens maiores de linfocitos no LBA, por isso usamos um limiar mais alto no diagnóstico
2- no LBA temos razão CD4/CD8>1
3- as provas de função pulmonar não são úteis no diagnóstico
4- a TAC é sempre anormal nas formas agudas de PH
5- os granulomas são muito bem definidos

A

Resposta 3 - podem ter padrão restritivo e padrão obstrutivo
1- nos doentes fumadores temos de usar limiares mais baixos para estabelecer linfocitose porque o tabagismo resulta em percentagens menores de linfocitos
2- isso é na Sarcoidose! Aqui é <1
5- os granulomas são soltos e mal definidos, na Sarcoidose é que são bem definidos

77
Q

Na pneumonite de hipersensibilidade, no LBA temos muitos neutrofilos, eosinofilos ou linfocitos ?

A

Linfocitos, é uma alveolite linfocitica

78
Q

Em que doença pulmonar ambiental e ocupacional temos opacidades pequenas e arredondadas na TAC? E opacidades pequenas e lineares?

A

Lineares : asbestose

Arredondadas : silicose

79
Q

É na asbestose ou na silicose que o raio X subestima a gravidade da doença ?

A

Na silicose e na doença do carvão o raio X sobrevaloriza a gravidade da doença

Na asbestose o raio X subestima a gravidade da doença -

80
Q

Qual é o tumor mais frequentemente provocado por asbestose ?

A

A asbestose causa mais frequentemente cancro do pulmão

Mas o mesotelioma é mais característico. Ou seja, perante um doente com asbestose e mais provável que venha a ter um cancro do pulmão. Mas se virmos um mesotelioma, em 80% dos casos foi provocado por asbestose

81
Q

Quais são as manifestações no raio X da asbestose ? E da silicose ?

A

Asbestose : hipotransparencias lineares, inicialmente nos lobos inferiores. Placas pleurais são indicadoras de exposição, não de doença. Podem ter derrame pleural e padrão em vidro fosco

Silicose : na crônica temos hipotransparencias arredondadas nos lobos superiores, 20% tem calcificação dos gânglios hilares com padrão em casca de ovo

82
Q

O mesotelioma provocado por asbestose tem associação com o tabagismo?

A

Não! Ao contrário dos tumores do pulmão, esses tumores não parecem estar associados ao tabagismo

83
Q

Qual é o padrão das provas de função pulmonar na asbestose, na silicose e na pneumoconiose do mineiro de carvão ?

A

Na asbestose é um padrão restritivo que pode ter alguma obstrução leve
Na silicose pode mesmo haver um padrão obstrutivo
E a PMC pode mesmo haver DPOC

Ter em atenção que são poeiras inorgânicas, que habitualmente associamos a um padrão restritivo. Por isso é que é importante saber isto

84
Q

Quais são as 4 principais causas de tosse crônica com raio X normal ?

A

Asma variante com tosse
DRGE
Tosse dos IECAs
Drenagem nasofaringea

85
Q

Qual está associada a maior volume hemorrágico: hemorragia alveolar ou bronquica ? Porque ?

A

Hemorragia alveolar - é de capilares, com pouca pressão - pouco volume

Hemorragia bronquica - é mesmo das artérias bronquicas, que estão sujeitas maior pressão - maior volume

86
Q

Qual é a causa mais comum de hemoptises nos países desenvolvidos ? E no mundo em geral ?

A

A etiologia mais comum de hemoptises e a infecção das vias respiratórias de tamanho médio
No mundo, a causa mais frequente e a tuberculose

87
Q

Quando é que consideramos uma hemoptise maciça ?

A

Hemoptises de > 200-600mL em 24horas

Deve ser considerada uma emergência médica

88
Q

Perante uma hemoptise fazemos primeiro raio X ou TAC ?

A

Raio X, nem sempre é preciso fazer TAC

Se todos os estudos não forem reveladores podem fazer uma broncoscopia

89
Q

Nas hemoptises preferimos broncoscopia flexível ou rígida ?

A

É a única situação em que preferimos rígida - porque permite aspirar maior volume e é grande o suficiente para permitir ventilar o doente

90
Q

Que microrganismos multiresistentes estão associados à PACS? E quais são os seus factores de risco ?

A

MRSA, Pseudomonas, acinetobacter e Enteribacteriaceas

Internamento>48h, internamento por mais de 2 dias nos últimos 3 meses ou residência em unidade de cuidados continuados é FR para todos os agentes

MRSA: dialise crônica, tratamento de infusão domiciliar, cuidados domiciliares de feridas, famíliar com infecção com micro-organismo resistente. Atenção que antibióticos nos últimos 3 meses não é factor de risco para MRSA no contexto de PACS

Pseudomonas: antibióticos nos últimos 3 meses, atenção que ter um familiar com micro organismo resistente não e factor de risco

91
Q

Antibióticos nos últimos 3 meses é factor de risco, na PACS para infecção por MRSA?

A

Não!
Na PACS não - tabela página 803
Mas ter em atenção que se falarmos em PAV Por MRSA a toma de antibióticos prévios já vai ser o principal factor de risco

92
Q

As pneumonias são a principal causa de hemoptises. V ou F?

Nas pneumonias, que agentes estão mais associados a hemoptises ?

A

Falso!! A principal causa de hemoptises são as infecções das vias respiratórias de tamanho médio, as bronquites! A pneumonia e uma infecção do parenquima, não é das vias respiratórias.
As infecções com estafilococos aureus e com gram negativos causam mais infecções necrosantes e por isso estão muitas vezes associadas a hemoptises

93
Q

A pneumonia dá alcalose ou acidose respiratoria ?

A

Da alcalose respiratoria

Pode e dar acidose metabólica

94
Q

Relativamente às alterações patológicas na pneumonia, que células são predominantes nas fases de hepatizacao ? E na fase de resolução ?

A

Fase inicial : edema - presença de exsudado proteinaceo e bactérias nos alvéolos. É raro ver esta fase na clínica, é transitória.

Fase hepatizacao vermelha - há eritrocitos, mas as células mais importantes são os neutrofilos

Fase hepatizacao cinzenta - os eritrocitos já desapareceram, as bactérias também já desapareceram. As células mais importantes são os neutrofilos

Fase de resolução - as células mais importantes votam a ser os macrofagos, como são em situação basal. A resposta inflamatória já regrediu e as outras células inflamatórias despareceram

Ter em atenção que estes padrões se aplicam mais à pneumonia oneumococica lobar

95
Q

Sobre a PAC assinale a F,
1- em cerca de 10-15% dos casos de PAC polimicrobiana os agentes etiologicos incluem tipicos e atípicos
2- é possível existirem PAC por MRSA, apesar de ser incomum
3- em mais de metade dos casos não é possível determinar uma etiologia específica
4- os vírus são uma causa pouco frequente de PAC
5- os macrofagos têm propriedades antimicrobianas

A

Resposta 4 - os vírus podem ser responsáveis por grande proporção de casos de PAC que necessitam de hospitalização, mesmo em adultos
2- novas estirpes de MRSA podem infectar indivíduos saudáveis, na comunidade, mas é uma situação ainda incomum
3- não fazemos muito exames etiologicos, mas mesmo quando fazemos também não tem grande rentabilidade, por isso é que a antibioterapia e empírica

96
Q

Na pneumonia adquirida na comunidade que agentes consideramos tipicos ? E atípicos ? Quais são as características dos atípicos ?

A

TIPICOS

  • pneumococos
  • haemophilus
  • aureus
  • gram negativos, como klebsiella e Pseudomonas

ATÍPICOS (são agentes que não coram com gram, não podem se isolados por cultura convencional e são resistentes aos beta lactamicos)

  • vírus
  • mycoplasma
  • chlamydia
  • Legionella
97
Q

Factores de risco para PAC no geral ?

Factores de risco para pneumococos ?

A

PAC no geral: alcoolismo, idade >70 anos, asma, imunosupressao, institucionalização

Pneumococos : demência, disturbios convulsivos, insuficiência cardíaca, doença vascular encefálica, alcoolismo, tabagismo, DPOC e HIV

98
Q

Factores de risco para Legionella na PAC?

A
Diabetesw
Cancro 
Homem
Neoplasias malignas hematológicas
Doença renal grave
Infecção HIV
Tabagismo
Estadia em hotéis ou cruzeiros
99
Q

O raio X de tórax e frequentemente necessário para ajudar a distinguir PAC de outros distúrbios, e por vezes pode sugerir a etiologia. Pneumatoceles sugere que etiologia ? E cavitacoes nos lobos superiores ?

A

Pneumatoceles sugere estafilococos aureus

Cavitacoes nos lobos superiores sugere tuberculose

100
Q

Quais são as características de uma amostra de expectoração apropriada ?

A

Deve conter >25 neutrofilos e <10 células epiteliais escamosas

101
Q

Quais são os factores de risco para deterioração precoce na PAC?

A
Infiltrados multilobulares
Hipoxemia grave
Acidose grave
Confusão mental
Taquipneia grave
Hipoalbuminemia 
Neutropenia 
Trombocitopenia
Hiponatremia
Hipoglicemia 

Atenção que febre, leucocitose ou anemia não fazem parte destes critérios de deterioração precoce

102
Q

Quais são os factores contemplados no CURB 65?

A
Confusão
Ureia aumentada
Frequência respiratoria aumentada
Pressão arterial baixa
Idade mais de 65 anos 

CURB 2 e para internar

103
Q

A resistência do pneumococos as penicilinas está a aumentar, a manter-se ou a diminuir ? E a resistência aos macrolidos ?

A

A resistência às penicilinas está estável. Houve alterações nos limiares de susceptibilidade e algumas que eram consideradas resistentes passaram a ser consideradas sensíveis

A resistência aos macrolidos está a aumentar, é dada pelos genes mef e ermB

104
Q

Quais são os factores de risco para infecção por pneumococos resistente a penicilina ?

A
Tratamento antibiótico recente
Menos de 2 anos ou mais de 65 anos 
Frequência de creches
Internamento recente
Infecção HIV
105
Q

Qual é o tratamento empírico que usamos para a PAC em ambulatório em doentes saudáveis e em doentes que tenham feito AB nos últimos 3 meses ?

A

Saudáveis : macrolido ou doxicilina

AB <3meses : fluoroquinolona ou (beta lactamico + macrolido )

106
Q

Como é que tratamos a PAC num doente hospitalizado ? E se for em UCI?

A

Internado: fluoroquinolona ou (beta lactamico IV +macrolido IV )

Se for em UCI : beta lactamico IV + (macrolido ou fluoroquinolona )

107
Q

Relativamente à PAC assinale a F
1- os pacientes que demoram a responder ao tratamento devem ser reavaliados ao 3 dia
2- as complicações comuns da PAC grave incluem insuficiência respiratória, choque e falência de múltiplos órgãos, coagulopatis e exacerbação das comorbilidades existentes
3- normalemnte as anormalidades do exame físico regridem primeiro que a febre e a leucocitose
4- nos doentes hospitalizados recomenda-se um raio X de acompanhamento as 4-6 semanas
5- PAC com necessidade de internamento cursa com taxa de mortalidade global de 10%

A

Resposta 3
A febre e a leucocitose regridem em 2-4 dias, mas as alterações ao exame físico podem persistir durante mais tempo. O raio X pode precisar de 4-12 semanas para normalizar

108
Q

Qual das seguintes distingue a pneumonia adquirida no hospital (PAH) da pneumonia associada ao ventilador ?
1- na PAH a frequência de micro-organismo não multiresistentes é mais baixa
2- na PAH e mais fácil obter amostras adequadas para o exame cultural
3- na PAH, as hemoculturas são positivas em apenas 50% dos casos
4- o risco de falência terapeutica é maior na PAH do que na PAV
5- a taxa de mortalidade da PAH e mais baixa que a da PAV

A

Resposta 5
1- no ventilador claro que temos mais MDR, por isso é que a adquirida no hospital podemos tratar com monoterapia
2- nos doentes ventilados e mais fácil ter boas amostras, porque tem o tubo
3- as hemoculturas são positivas em 15% dos casos

109
Q

Em relação a pneumonia adquirida no hospital, a V:
1- em comparação com a pneumonia associada ao ventilador, a instituição de antibioterapia em monoterapia é possível numa menos proporção de doentes
2- os esquemas empíricos de antibioterapia instituídos a maioria dos doentes devem incluir antibióticos que cubram anaeróbios
3- o ceftriaxone em monoterapia pode ser um esquema empírico de antibioterapia adequado
4- na maioria dos casos é possível obter TSA que permita alterar o esquema de antibioterapia
5- o risco de macroaspiracao é menor em doentes não ventilados

A

Resposta 3
1- na PAH conseguimos dar monoterapia numa proporção maior de doentes
2- não é muito comum ser por anaeróbios, por isso empiricamente não os cobrimos
4- a colheita de amostras é difícil por isso na maioria dos casos não temos todo TSA
5- a entubacao aumenta a probabilidade de micro aspirações

110
Q

Os doentes institucionalizados tem sempre riscos elevados de infecção por micro-organismo multi resistentes, V ou F?

A

Falso. Desde que não tenham utilizado AB recentemente e sejam relativamente autônomos o risco de infecção por micro-organismo MDR é pequeno

111
Q

Relativamente à pneumonia associada ao ventilador, nos primeiros 5-7 dias temos mais agentes não MDR ou MDR ?
(MDR - multi resistentes )

A

Os micro organismos não MDR predominam nos primeiros 5-7 dias.

112
Q

A moraxella é um agente frequente nas pneumonias associadas ao ventilador. V ou F?

A

Falso

Nas pneumonias nunca aparece a moraxella nos agentes etiologicos. Só aparece na DPOC como causa de exacerbacoes

113
Q

Nas pneumonias associadas ao ventilador, a maioria dos pacientes sem factores de risco para infecção por microrganismos MDR pode ser tratada com monoterapia. V ou F?

A

V. Porque não temos frequentemente atípicos, so os outros agentes normais de uma PAC grave. É por esse motivo que podemos descalar terapeutica quando temos o TSA, porque não temos atípicos - na PAC isto era incerto pela presença frequente de atípicos

114
Q

Nos doentes com pneumonia associada ao ventilador e factores de risco para micro organismo MDR quantos antibióticos devemos fazer como tratamento empírico ? E depois do TSA podemos descalar ?

A

3 AB: 2 dirigidos para Pseudomonas e um para MRSA
Depois do diagnóstico etiologico podemos descalar terapeutica. Em 5O% ficam a fazer um único fármaco, 25% ficam a fazer dois farmacos e só uma minoria mantém a necessidade de 3 farmacos

115
Q

Que opcoes antibióticas temos para MRSA?

A

Vancomicina e linezolide

116
Q

A pneumonia causada por pneumococos é uma complicação bem conhecida da infecção pelo vírus influenza. V ou F ?

A

Falso! A infecção por aureus e que é complicação do influenza

117
Q

Numa PAC só pedimos hemoculturas em algumas situações, quais ?

A
Habitualmente não pedimos porque apenas 5-14% são positivas 
Pedimos quando :
- neutropenia
- doença hepática grave
- asplenia 
- deficiências do complemento
- PAC grave
118
Q

Qual o método diagnóstico gold standard para diagnóstico de derrame pleural ?

A

A Ecografia substituiu o raio X em decúbito lateral na avaliação da suspeita de derrame pleural e como guia para a toracocentese

119
Q

Quais são os critérios para derrame pleural exsudado ? E em que % esses critérios o classificam erradamente ?

A

Pelo menos um dos seguintes :

  • relação entre proteínas do líquido pleural/soro >0,5
  • relação entre LDH do líquido pleural/soro > 0,6
  • LDH líquido pleural >2/3 acima do limite superior do normal da LDH no soro

Estes critérios definem erroneamente cerca de 25% dos transudados como exsudado ps

120
Q

Quais são as principais causas de derrame pleural transudado? E exsudado?

A

Transudados - insuficiência cardíaca, cirrose

Exsudado - pneumonia bacteriana, neoplasias, infeções virais, embolia pulmonar

121
Q

Que características de um derrame pleural nos indicam necessidade provável de um procedimento mais invasivo ?

A
Líquido pleural loculado
pH do líquido <7,20
Glicose do líquido <60 
Gram ou cultura de líquido positivo 
Presença de pus macroscópico
122
Q

Que característica temos no líquido de um derrame pleural quiloso ? E em que situações acontece ?

A

Trigliceridos > 110

A causa mais comum é o trauma, também pode acontecer com tumores do mediastino e LAM(doença pulmonar intersticial)

123
Q

Febre com predomínio de polimorfonucleares no líquido pleural e ausência de outras anormalidades no parenquima pulmonar deve-nos fazer pensar em abcesso intra abdominal. V ou F?

A

Verdadeiro

124
Q

No derrame da ICC, em que situações está indicado fazer toracocentese ?

A

Derrame não bilateral, não simétrico
Febre
Dor pleuritica
Derrame persiste após terapeutica com diureticos

No fundo são as situações que nos fazem pensar que não seja só um derrame provocado pela Insuficincia cardiaca

125
Q

A recorrência é frequente no caso de pneumotorax espontâneo primário. Em que % recorre e que medidas se podem tomar ?

A

Recorre em 50% dos casos

A toracoscopia ou toracotomia com abrasão pleural consegue evitar recidivas em quase 100% dos casos

126
Q

Sobre disturbios do mediastino, assinale a F:
1- a mediastinite aguda tem uma taxa de mortalidade >20%
2- os doentes com mediastinite fibrosante são geralmente assintomaticos
3- o pneumomediastino da uma clínica exuberante mas habitualmente não é necessário qualquer tratamento
4- a TAC não permite o diagnóstico definitivo de massas mediastinicas, é necessário biópsia
5- a mediastinite aguda e provocada por perfuração esôfagica, seja espontânea ou após cirurgia

A

Resposta 2 - os doentes que tem mediastinite crônica granulomatosa e que são habitualmente assintomaticos, os doentes com mediastinite fibrosante habitualmente tem sinais de compressão das estruturas adjacentes

127
Q

Acerca de disturbios da ventilação a V:
1- todos os distúrbios da ventilação resultam de alterações nas medições de PaO2
2- hipertiroidismo significativo pode provocar hipoventilacao
3- a VNI e eficaz em todos os doentes, independentemente de terem ou ano hipercapnia diurna
4- na síndrome de hipoventilacao central os doentes têm mais hipercapnia durante o exercício e durante a fase REM do sono
5- causas de hipoventilacao são por exemplo: doença do parenquima pulmonar e caixa torácica, disturbios respiratórios do sono, doenças neuromusculares ou alterações do drive respiratório

A

Resposta 5
1- todos resultam de alterações nas medições de PaCO2! Não de O2, essas são habitualmente por mismatch V/Q ou shunt
2- hipotiroidismo significativo
3- evidência inconclusiva em doentes que demostram hipercapnia nocturna, mas não diurna
4- os doentes com síndrome de hipoventilacao central normalizam a PaCO2 durante o exercício e durante a fase REM do sono

128
Q

Na hipoventilação quando é que está indicado ventilação nocturna não invasiva com pressão positiva ?

A
Hipercapnia
SatO2 <88% por 5min consecutivos durante a noite 
Pressão inspiratoria máxima <60 
CVF < 50% do previsto
Sniff nasal pressure <40
129
Q

Na ausência de deplecao de volume, a elevação do bicarbonato plasmático sugere hipoventilacao. V ou F?

A

Verdadeiro

130
Q

A gasimetria arterial revelando aumento da PaCO2 com pH normal confirma o diagnóstico de hipoventilacao alveolar cronica. V ou F ?

A

V
O pH é normal exactamente por ser uma patologia crônica, há compensação - o bicarbonato está aumentado para compensar a acidose respiratoria

131
Q

Qual é o distúrbio do sono que mais frequentemente leva a hipoventilacao crônica ? SAOS ou sindrome obesidade hipoventilacao ?

A

Síndrome de obesidade hipoventilacao

132
Q

Como é que fazemos o diagnóstico de SAOS?

A

Sintomas nocturnos ou sonolência diurna ou fadiga
+
IAH maior ou igual que 5

Pode ser diagnosticado em doentes assintomaticos se IAH maior ou igual que 15

133
Q

Os episódios de SAOS são mais graves no sono REM ou não REM?

A

No sono REM, que é quando o output neuromuscular para músculos esqueléticos é particularmente baixo

134
Q

Quais são os factores de risco para SAOS?

A
Obesidade
Sexo masculino
História familiar de SAOS
Retrognatismo e micrognatia mandibular
Síndrome genéticos que diminuam a patencia da via aérea
Hipertrofia adenotonsilar
Menopausa
Acromegalia, hipotiroidismo
Insuficiência cardiaca 
Doencas neuromusculares e cerebrovasculares
135
Q

Relativamente ao SAOS, a F
1- 40-60% dos casos são atribuídos ao excesso de peso
2- a ausência de obesidade não exclui o diagnóstico de SAOS
3- é uma doença subdiagnosticada
4- uma polissonografia normal exclui SAOS
5- a prevalência de SAOS pode ser especialmente alta em doentes com HTA e DM

A

Resposta 4

Uma polissonografia normal exclui SAOS excepto se : sono REM insuficiente, sono na posição supina insuficiente

136
Q

Relativamente aos sintomas de SAOS,

Qual é o sintoma mais comum?
A dispneia e comum?
Os despertares nocturnos são mais frequentes em que sexo ?
Qual é o sintoma diurno mais frequente ?

A
  • ressonar e o sintoma mais comum, mas a sua ausência não exclui o diagnóstico
  • a dispneia é incomum
  • os despertares nocturnos são mais frequentes nas mulheres e nos idosos
  • a sonolência e o sintoma diurno mais frequente
137
Q

Quando é que avaliamos um doente quanto à possibilidade de SAOS?

A

Sintomas de SAOS e mais do que um factor de risco para SAOS
Ex: homem obeso com sonolência diurna

OU

Sintomas de SAOS e alto risco de morbilidades associadas ao SAOS, como HTA, DM, Doenças cardíacas

138
Q

Qual é a diferença entre Apneia, Hipopneia e RERAs?

A

Apneia - pode ser obstrutiva ou central, consoante haja ou não esforço respiratório. Corresponde a paragem de fluxo aéreo durante mais de 10 segundos

Hipopneia - redução do fluxo aéreo de pelo menos 30%, pelo menos 10 segundos acompanhada por mais de 3% de desaturacao ou pelo despertar

RERAs - no fundo é só o aumento do esforço respiratório, sem obstrução ao fluxo

139
Q

Como é que classificamos a gravidade do SAOS ?

A

IAH 5-14 eventos/hora – leve
IAH 15-29 eventos/hora – moderado
IAH maior que 30 eventos/hora – grave

140
Q

Quanto aos SAOS, a F
1- mais de metade dos doentes com SAOS moderado-grave tem sonolência diurna
2- confere risco aumentado de diabetes melittus ao aumentar a resistência à insulina
3- as taxas de adesão ao CPAP São superiores a 80%
4- a adesão aos dispositivos orais novos por vezes é superior à do CPAP, e estes dispositivos podem diminuir em 50% o IAH em 2/3 dos doentes com SAOS ligeira
5- o tratamento cirúrgico não é muito eficaz

A

Resposta 3 - as taxas de adesão ao CPAP são muito variáveis, mas são entre 50-80%, pois tem muitos efeitos secundários