Diabetes Mellitus Flashcards
Paciente 31 anos de idade, portador de Diabetes Mellitus tipo 1 há 18 anos, vem em uso de insulina NPH (30 unidades pelam manhã e 20 unidades à noite) e insulina Regular pré-prandial, bem como levotiroxina (125 mcg/dia). Nos últimos 90 dias vem apresentando vários episódios de hipoglicemia sem sinais de alerta (p. ex. taquicardia, sudorese, cefaléia), incluindo dois episódios de ida ao pronto socorro por rebaixamento do nível de conciência. Nos seus últimos exames laboratoriais apresentou: Glicemia de jejum = 66 mg/dL, glicemia pós-prandial =96,0 mg/dL, HbA1c = 5,2 %, TSH = 0,5 (VR = 0,3- 5,0), T4 livre = 1,6 (VR = 0,9 - 1,7). Sobre as medidas a serem tomadas, neste caso, para reduzir os episódios de hipoglicemia assintomática ou protraída, deve-se: I. trocar insulina NPH pela insulina Detemir (duas vezes ao dia). II. trocar insulina NPH por insulina Glargina (uma vez ao dia). III. reduzir a dose total de insulina de modo a manter a glicemia e a HbA1c temporariamente em um patamar mais elevado. IV. diminuir a dose de levotiroxina para 100 mcg/dia. V. trocar a insulina Regular pelos análogos Lispro, Aspart ou Glulisina. Pq Somente o item IV está inadequado?
o tratamento do hipotireoidismo do paciente, de acordo com os exames laboratoriais, está adequado. Não há necessidade de alterar sua medicação.
Quais são os valores esperados de glicemia de jejum em um paciente em tratamento?
Glicemia em jejum em torno de 90-130 mg/dL,
Quais são os valores esperados de glicemia pós-prandial em um paciente em tratamento?
glicemia pós-prandial = <180 mg/dL,
Quais são os valores esperados de glicemia ao dormir em um paciente em tratamento?
ao dormir = 100-140 mg/dL
Quais são os valores esperados de Hb glicada em um paciente em tratamento?
HbA1c < 7% - 7,5%.
Mulher de 65 anos vai ao consultório de clínica médica para acompanhamento clínico. Está assintomática. É portadora de Diabetes Mellitus tipo 2, obesidade, insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, osteoporose e doença renal crônica. Teve um infarto do miocárdio 2 anos antes. Faz uso regular de metformina 850mg de 12/12h, sinvastatina 40mg 24/24h, carvedilol 12,5mg 12/12h, AAS 100mg 24/24h. O exame físico não apresenta anormalidades. Exames de laboratório: glicemia de jejum 198mg/dL, glico-hemoglobina 8,7%, creatinina 1,9mg/dL (clearance de creatinina 27mL/min/1,73m²). Considerando o caso descrito, Suspender a metformina e prescrever a insulina NPH seria a conduta adequada. pq?
Como já explicado, é necessário suspender a Metformina por causa da TFG < 30. Nesses casos, o mais seguro é manter o paciente apenas com Insulina até a melhora da função renal;
Qual a contraindicação da metformina?
A função renal do nosso paciente não vai permitir a metformina TFG<30;
Qual a contraindicação da empaglifozina?
A empaglifozina pode aumentar os casos de infecção urinária, causar hipotensão em pacientes mais idosos e não é indicada no paciente com TFG<30, justamente porque o mecanismo de ação dos SGLT2 causa glicosúria;
Qual a contraindicação da glitazona?
As glitazonas estão associadas a retenção hídrica (por isso, a insuficiência cardíaca N), e devem ser iniciadas com cuidado nos pacientes NYHA I e II. Elas também são contraindicadas no NYHA III-IV.
A metformina é uma biguanida que promove a diminuição da produção hepática de glicose, além de aumentar a ação periférica da insulina, o que torna a droga segura, podendo ser utilizada por pacientes que não tem diagnóstico de DM2, como em intolerantes à glicose, e portadores de síndrome de ovários policísticos. Pq a afirmação é correta?
a metformina é a única biguanida em uso clínico na atualidade, não produz hipoglicemia e ajuda na perda ponderal
A metformina é um antidiabético oral pertencente à classe das biguanidas. Atua por inibição da produção hepática de glicose (gliconeogênese), sensibilização dos tecidos periféricos à insulina e redução do turnover de glicose no leito esplâncnico. Como não aumenta a secreção de insulina, seu efeito é euglicemiante. Apresenta como efeito colateral intolerância gastrintestinal como desconforto gástrico, diarreia e aumento de flatulência. Por sua atuação como sensibilizador periférico, a insulina pode ser utilizada nos portadores de intolerância à glicose e síndrome de ovários policísticos.
qual a classe pertencente da glibenclamida?
A glibenclamida é um antidiabético oral pertencente à classe das sulfonilureias.
qual o efeito colateral da glibenclamida?
tem como principal efeito colateral a hipoglicemia.
como atua a glibenclamida?
Atua por estímulo à secreção basal de insulina pelas células beta pancreáticas.
O uso da metformina é permitido (provavelmente seguro) se a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) >=45 mL/min, a critério clínico (indeterminado) com TFG entre 30-44 mL/min/1,73 m2, e contraindicado se TFG < 30 mL/min. Pq a afirmação é correta?
o uso de metformina é permitido quando a TFG está acima de 45 mL/min, devendo ser feito de forma individualizada (a critério do médico assistente) quando a TFG está entre 30-44 mL/min, e contraindicado se a TFG estiver < 30 mL/min (alto risco de acidose lática).
A pioglitazona é a droga de escolha em pacientes com Doença Renal do Diabetes e Insuficiência Cardíaca, já que esta tiazolidinediona reduz a retenção hídrica. pq a afirmação é errada?
s tiazolidinedionas, incluindo a pioglitazona, aumentam a sensibilidade periférica à insulina e inibem a produção hepática de glicose via PPAR, com baixo risco de hipoglicemia, portanto devem ser evitadas na presença de insuficiência cardíaca, pois aumentam a retenção hídrica (efeito renal direto da medicação, que leva a uma maior reabsorção tubular de sódio e água) podendo descompensar a função cardíaca.
A glibenclamida é a sulfonilureia recomendada para uso em pacientes com DRD com TFG < 60 mL/min/1,73 m2, por não induzir hipoglicemia. pq a afirmação é errada?
glibenclamida é um secretagogo de insulina, podendo ocasionar hipoglicemia, assim como as sulfonilureias. Seu uso deve ser cauteloso em pacientes com disfunção renal, visto que há ligação forte com a albumina, o que dificulta a excreção da droga mesmo em pacientes em HD.
A insulina NPH, quando utilizada três ou quatro vezes ao dia, possibilita pior controle metabólico do que quando usada uma ou duas vezes. pq a afirmação é errada?
os estudos, além de demonstrarem o pior controle glicêmico com a insulina regular nos casos em que o paciente erroneamente aplica a insulina na hora da refeição, observaram que isso é melhorado com o uso da Lispro, uma insulina de ação ultrarrápida e que pode ser usada no momento da refeição. Além disso, foi visto que a insulina NPH, quando usada três ou quatro vezes ao dia, possibilita melhor controle metabólico do que quando usada uma ou duas vezes, sobretudo em adolescentes que possuem dificuldade de conseguir um bom controle.
Jovem de 22 anos, portador de Diabetes Mellitus tipo 1 desde os 11 anos de idade, sem complicações crônicas, em terapia insulínica basal/bolus desde o início do quadro. Atualmente, com insulina Degludeca como insulina basal, e Lispro como insulina para o bolus corretivo e alimentar antes das três principais refeições. Hoje, a glicemia capilar de jejum foi de 132 mg/dl, antes do almoço 142 mg/dl e antes do jantar 151 mg/dl, não precisando de bolus corretivo em nenhuma das refeições, somente bolus alimentar, ao qual fazia por contagem de carboidratos (CH). Ajude o paciente efetuando o cálculo de quanto ela irá aplicar de insulina Lispro ao ingerir 60 g de CH no café, 75 g no almoço e 45 g no jantar, utilizando a razão insulina/carboidrato de 1:15 no café e almoço, e 1:20 no jantar. 04 U; 05U e 02U é a dose de insulina a ser utilizada. Pq?
Jovem de 22 anos, portador de Diabetes Mellitus tipo 1 desde os 11 anos de idade, sem complicações crônicas, em terapia insulínica basal/bolus desde o início do quadro. Atualmente, com insulina Degludeca como insulina basal, e Lispro como insulina para o bolus corretivo e alimentar antes das três principais refeições. Hoje, a glicemia capilar de jejum foi de 132 mg/dl, antes do almoço 142 mg/dl e antes do jantar 151 mg/dl, não precisando de bolus corretivo em nenhuma das refeições, somente bolus alimentar, ao qual fazia por contagem de carboidratos (CH). Ajude o paciente efetuando o cálculo de quanto ela irá aplicar de insulina Lispro ao ingerir 60 g de CH no café, 75 g no almoço e 45 g no jantar, utilizando a razão insulina/carboidrato de 1:15 no café e almoço, e 1:20 no jantar.
As tiazolidinedionas podem ser mantidas em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva sem edema periférico. Pq a afirmativa é incorreta?
tiazolidinedionas aumentam o efeito periférico da insulina, porém promovem retenção hídrica. Dessa forma, são formalmente contraindicadas na insuficiência cardíaca graus III e IV. Também estão associadas ao ganho ponderal.