dermatoviroses Flashcards

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1
Q

quais são as principais doenças?

A
herpes vírus (tipos 1 ao 8)
• Outras dermatoviroses:
o Molusco contagioso
o Doença mão-pé-boca
o Herpangina
o Eritema infeccioso
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Q

quais são as apresentações clínicas do herpes?

A
  • Eczema herpético (erupção variceliforme de Kaposi);
  • Herpes cutâneo crônico;
  • Foliculite herpética;
  • Herpes ocular;
  • Encefalite herpética;
  • Herpes neonatal
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3
Q

qual o quadro clínico do eczema herpético?

A

disseminação na pele do vírus do herpes é favorecida por uma doença de base. O quadro pode ser grave, extenso, em até mesmo todo o corpo (internar e fazer antiviral IV)

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4
Q

qual o quadro clínico da herpes disseminada?

A

Disseminação sistêmica
• Nesse caso, ocorre viremia, o herpes atinge a circulação sanguínea, circula no sangue e as lesões surgem difusamente.
• Geralmente o paciente é imunossuprimido

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5
Q

qual o quadro clínico do herpes cutâneo crônico?

A

Típico de paciente imunossuprimido

• Lesões com dificuldade de cicratrização

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6
Q

como é realizado o diagnóstico de herpes?

A
  • Citologia de Tzanck;
  • Histopatologia;
  • Sorologia (permite diferenciar entre HSV1 e HSV2);
  • Cultura viral (pouco usado)
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7
Q

qual é o tratamento para herpes?

A

• Reduz duração das lesões, sintomatologia e transmissão;
• Terapia supressiva crônica: pacientes com > 6 episódios no ano
• Precisa saber a dose do herpes simples e do zoster.
o Há vários esquemas de tratamento:
§ Geralmente é o aciclovir do posto de 200 mg, 2 comprimidos 3x por dia (8/8h).
§ Se for primo-infecção, 7-10 dias
§ Se for recorrente, 5 dias
§ Se for genital, 10 dias.
§ Pode ser aciclovir 200 mg 5x por dia, o paciente tem que tomar de 4 em 4 horas, e a aderência cai muito, então faz 2 comprimidos de 8 em 8 horas.
• Se o paciente tem muitos episódios de herpes, caracteriza o quadro como herpes recorrente, se tem mais de 6 episódios por ano, tem indicação de terapia supressiva crônica, 400 mg 2x por dia (tratamento profilático)
• Se o paciente tem um episódio tomando isso, passa para 3x por dia. Explica ao paciente que assim que parar tem risco de voltar.

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8
Q

qual á o agente etiológico do varicela zóster?

A

• Causa: varicela (primo-infecção do HHV-3) e herpes zoster (reativação do HHV-3)

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9
Q

como é realizada a transmissão do virus varicela zóster?

A

• Transmissão:
o Via respiratória (aerossol - eliminação de minúsculas partículas por meio da tosse, respiração ou da
fala)
o Contato direto com as lesões cutâneas (vesículas)

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10
Q

qual é o quadro clínico da varicela?

A

• Pródromo de astenia, mialgia e febre (na fase prodrômica o paciente já transmite a lesão)
• Erupção cutânea com múltiplas máculas, pápulas;
• Inicia no couro cabeludo e na face e depois dissemina para o corpo;
• Evolução para vesículas e pústulas e depois formação de crostas;
• Polimorfismo das lesões – é uma marca da doença;
o Pápula, Pústula, vesícula e crosta (cada lesão pode estar em um estágio diferente)
• Distribuição centrípeta
o Começa nos membros e depois vai para o tronco

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11
Q

como pode ser o curso da varicela em adolescentes, adultos e imunossuprimidos?

A
  • Adolescentes e adultos: quadro mais grave;
  • Imunocomprometidos: quadro grave com lesões atípicas (hemorrágicas e purpúricas) e acometimento do SNC, pulmões e fígado (tem que internar o paciente)
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12
Q

quais podem ser as complicações da varicela?

A
  • Infecção bacteriana secundária das lesões (mais comum – a criança tem muita lesão e se coça muito, leva bactérias das unhas, causando impetigo na lesão da varicela)
  • Acometimento do SNC (ataxia cerebelar e encefalite) ® raro
  • Síndrome de Reye (encefalopatia aguda associada a esteatose hepática degenerativa) – associação com AAS;
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13
Q

qual é o tratamento de varicela?

A
  • Em crianças o quadro é autolimitado e benigno ® Fazer acompanhamento, hidratação e tratar sintomas
  • Deve-se solicitar isolamento com pressão negativa e de contato (risco de contaminação por aerossol)
  • Crianças imunocompetentes (apenas sintomáticos, evitar AAS), aciclovir e valaciclovir oral (reduzem duração e gravidade da varicela, aprovado pelo FDA para crianças > 2 anos)
  • Adolescentes, adultos e imunocomprometidos deve-se tratar SEMPRE
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14
Q

quais são os fatores de risco para a reativação do HHV-3?

A

• febre, estresse, radioterapia, imunossupressão;

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15
Q

qual é o quadro clínico da reativação de HHV-3?

A

• Pródromo: dor e/ou queimação na região;
• Lesões de pele: semelhantes a varicela, máculas e pápulas que evoluem para vesículas e pústulas e posteriormente crostas;
• O vírus fica latente no gânglio dorsal do nervo espinal, reativa, volta à região dos dermátomos (seguimentos corporais inervados pelos nervos espinhais);
• As lesões cutâneas transmitem o vírus (a diferença é que não transmite mais o vírus por aerossol,
Presença de pápulas, vesículas, pústulas, vesículas hemorrágicas agrupadas em base eritematosa respeitando a região do dermátomo.
• Geralmente o paciente tem pródromos, como dor e queimação no local (se for no tórax, o paciente chega no PS com dor torácica, e faz diagnóstico diferencial com IAM

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16
Q

quais são as formas específicas da ativação por HHV-3? explique-as

A

Herpes Zoster Oftálmico: acometimento do nervo oftálmico (divisão do nervo trigêmeo)
o Há sinal de Hutchinson, conjuntivite, episclerite, uveíte, neurite óptica, podendo levar à cegueira

Sinal de Hutchinson: pápulas e vesículas na
ponta nasal (mesmo que não tenha lesão
ocular, pode haver acometimento do ramo
nasociliar, ramo do oftálmico, então é
importante a avaliação oftalmológica)

• Síndrome Ramsay Hunt: acometimento do gânglio geniculado do nervo facial
o Lesões do meato auditivo externo, 2/3 anteriores da língua, e/ou palato duro
o Otalgia
o Paralisia do nervo facial (assimetria na mímica facial)
o Perda da gustação dos 2/3 anteriores da língua
o Acometimento do nervo vestibulococlear concomitante ® vertigem, tinido

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17
Q

qual o tratamento de HHV-3?

A

Tem que decorar as doses.
• Se tratar errado o paciente com HZ, aumentam as chances de ele ter nevralgia pós-herpética;
• Antivirais
o 800 mg 5x/dia (4 comprimidos de 4 em 4 hora)
o Quadruplicada em relação aos 200 mg do herpes simples
• Imunossuprimidos: tratamento EV;
• Sintomáticos para controle da dor

18
Q

qual é a principal complicação de HHV-3? e como trata?

A

• Neuralgia pós-herpética: persistência ou recorrência da dor após 30 dias do episódio do HZ, mas melhor caracterizada após 90 dias

antidepressivo tricíclico, gabapentina, pregabalina, etc

19
Q

como é a transmissão do EBV?

A

Transmissão: saliva (principal, por isso que é conhecido como doença do beijo), transfusão sanguínea, leite materno, genital;

20
Q

como é o quadro clínico de EBV?

A
• Tríade de faringite, febre e
linfadenopatia cervical (ocorre em 80%
dos pacientes)
• Esplenomegalia (50%)
• Exantema morbiliforme (rash)
generalizado: máculas eritematosas
disseminadas (não ocorre em todos os
indivíduos, < 10% dos casos)
21
Q

como diagnosticar EBV?

A

• Clínico
• Laboratorial:
o Leucocitose com linfócitos atípicos
o Anticorpos heterófilos (monoteste ou Paul Bunnel): aglutinação de hemácias de ovelhas (apenas
positiva após 1-2 semanas da doença)
o Pesquisa de anticorpos contra antígenos virais:
§ VCA (viral capsid antigen), EA (early antigen), EBNA (EBC nuclear antigen A)
• Infecção aguda: IgM anti-VCA
• Infecção latente: anti-EBNA IgG e anti-VCA-IgG

22
Q

qual é o tratamento de EBV?

A
  • apenas de suporte (não é específico);

* Curso da doença é benigno e autolimitado;

23
Q

qual é a complicação associada ao EBV?

A

• Ruptura esplênica (raríssima: 0,2%)

24
Q

qual é o quadro clínico do exantema súbito?

A

• Quadro clínico:
o Criança aparentemente saudável que apresenta quadro de febre alta
(38,9º-40ºC) durante 3-5 dias
o Após a febre, subitamente surge o rash: máculas eritematosas
disseminadas presentes em maior parte do tronco, parte proximal dos
membros
o Pode acometer mucosa oral (enantema – mancha de Nagayama)

25
Q

qual é a principal complicação do exantema súbito?

A

convulsão febril (10-15%);

26
Q

qual é o quadro clínico do sarcoma de kaposi?

A

Vírus associado ao Sarcoma de Kaposi (SK);
• Sarcoma de Kaposi: é um câncer que se origina do endotélio dos vasos
(linfáticos, principalmente);
• Lesões cutâneas caracterizadas por nódulos violáceos que confluem formando tumorações;
• Muito associado ao HIV (é uma doença definidora de SIDA)

27
Q

quais são os principais agente etiológicos da doença mão-pé-boca?

A

• Principais agentes (2): Coxsackie e enterovírus 71 (a maioria é Coxsackie);

28
Q

como é a transmissão da doença mão-pé-boca?

A

• Transmissão: altamente contagiosa. Vias oral (saliva) e fecal-oral;

29
Q

qual é o quadro clínico da doença mão-pé-boca?

A
  • Ulcerações aftoides na mucosa oral + pápulas/máculas/vesículas palmoplantares
  • Bem focal (não há lesões pelo corpo)
30
Q

qual é o quadro clínico da herpangina?

A

• Febre, astenia, disfagia, erosões e ulcerações dolorosas nas tonsilas, palato mole e úvula;
o Úlceras orais: pápulas e vesículas dolorosas que ulceram (a dor é característica)

31
Q

qual á o agente etiológico do herpangina?

A

• Causada por Coxsackie vírus;

32
Q

qual á o agente etiológico do eritema infeccioso?

A

Causada pelo Parvovírus B19;

33
Q

como é a transmissão do eritema infeccioso?

A

• Transmissão por aerossol;

34
Q

qual é o quadro clínico do eritema infeccioso?

A

1) Eritema e edema na região malar poupando o dorso nasal e a região periorbitária que dura 1-4 dias (“face
esbofeteada”);
2) Após, há aparecimento de um exantema maculopapular rendilhado (mais visível em membros);
3) Piora do exantema após exposição solar

35
Q

qual é o tratamento do eritema infeccioso?

A

sintomático (não há específico);

36
Q

qual são as complicações do eritema infeccioso?

A

o Artralgia/artrite
o Crise aplásica (pacientes com anemia falciforme ou outras anemias hemolíticas) ® o vírus tem um
tropismo por hemácias, pode causar anemia em pacientes que já tenham anemia hemolítica ou
falciforme ou crise aplástica dependendo da linhagem que acometer)
o Infecção fetal: hemólise, hidropisia fetal (gestante com contato com quem teve com esse vírus, tem
que investigar, não tem como prevenir

37
Q

qual á o agente etiológico do molusco contagioso?

A

Causada por um Poxvírus

38
Q

qual á a epidemiologia do molusco contagioso?

A

Acomete principalmente crianças

39
Q

como é a transmissão do molusco contagioso?

A

Transmissão: contato direto

40
Q

qual é o tratamento do molusco contagioso?

A

Crioterapia (congela a lesão com nitrogênio líquido, faz uma, a criança chora, e não faz mais nenhuma);
• Curetagem (raspa a lesão, ela sai fácil, em criança é mais difícil fazer)

41
Q

qual é o quadro clínico do molusco contagioso?

A
Pápula ou nódulo ® no
centro há depressão,
chamada de pápula
eritematosa com umbilicação
central