anemia hemolítica Flashcards
explique sobre a hemólise imune
hemólise imune
destruição precoce das hemácias
por ação da resposta imunológica
leva a anemia se a resposta medular não for compenstória
qual o mecanismo de destruição em uma anemia hemolítica autoimune?
mecanismo de destruição
fixação de imunoglobulinas ou complemento na superfície da membrana das hemácias
explique sobre a hemólise intravascular?
Destruição das hemácias dentro do espaço vascular;
• Hb é liberada na circulação (hemoglobinemia) e eventualmente perdida na urina (hemoglobinúria);
• Hb reage com haptoglobina (complexo catabolizado pelo fígado), o que reduz a haptoglobina sérica;
• Excedida a saturação da haptoglobina, Hb livre é filtrada/eliminada pelos rins (hemoglobinúria);
o Hemoglobinúria ® Paciente apresenta uma urina mais escura, avermelhada
qual o mecanismo da hemólise extravascular?
• Eritrócitos captados pelos macrófagos (baço, fígado, MO);
• São destruídos intracelularmente e digeridos;
• Sendo assim, a destruição das hemácias senescentes ou anormais ocorre no interior dos macrófagos, no baço, no fígado e na MO;
• A anatomia do baço o torna mais sensível para detectar alterações mínimas nos eritrócitos e removê-los (diferentemente dos demais locais);
• Hemólise (destruição do eritrócito): membrana e Hb
o Membrana ® digestão dos fosfolípides e proteínas
qual a fisiopatologia da anemia hemolíticaw
Redução da sobrevida de hemácias;
• Rápido catabolismo do heme (macrófagos), com produção de pigmentos biliares e CO;
• O ferro é reaproveitado;
• Protoporfirina é convertida em biliverdina e esta é reduzida a bilirrubina, que circula ligada à albumina.
• No fígado, a bilirrubina é conjugada com ácido glicurônico (glicuroniltransferase), formando a “bilirrubina
conjugada” (bilirrubina-diglicuronato), excretada nas fezes (bile)/urina (reabsorção);
• Bilirrubina (ou pigmentos biliares) na urina é sinal de excreção de bilirrubina conjugada (ou direta);
• Bilirrubina não-conjugada (indireta) não é excretada na urina
• No intestino, a bilirrubina é reduzida a uma série de compostos incolores (urobilinogênios);
• Os urobilinogênios podem gerar compostos coloridos (urobilinas) ou fazer a recirculação entero-hepática;
• A grande quantidade de urobilinogênio excretado leva a formação de CÁLCULOS BILIARES, inclusive com
icterícia obstrutiva (aumento da BD e colúria);
• A elevação de bilirrubina indireta no plasma se manifesta como icterícia acolúrica (já que a BI não é
excretada na urina);
• A hiperatividade fagocitária pode gerar esplenomegalia e hepatomegalia;
• A MO também será hiperplásica, com aumento da eritropoese (até 6-7x o normal);
• Quando a sobrevida eritrocitária é menor que 20 dias, a MO não consegue mais compensar as perdas, e
surge a anemia;
• Refletindo a hiperatividade da MO, há aumento de reticulócitos no sangue (reticulocitose);
quais são as consequência da hemólise na anemia hemolítica?
- Aumento do catabolismo da Hb: aumento da bilirrubina indireta, icterícia, esplenomegalia, hepatomegalia, litíase biliar;
- Hiperplasia da MO: aumento dos reticulócitos, células imaturas eritroides (eritroblastos), alterações esqueléticas
como são os exames laboratoriais de uma anemia hemolítica?
- Plasma ictérico
- Policromasia
- Reticulocitose
- Aumento da bilirrubina indireta
- Aumento do DHL (desidrogenase láctica)
- Anemia (normo/macro/micro)
- Hemoglobinúria (hemólise intravascular)
- Haptoglobina diminuída ou indetectável
quais são as principais causas de anemia hemolítica?
o Anormalidades da membrana das hemácias (serão vistas nessa aula);
o Anormalidades da hemoglobina;
o Anormalidades das enzimas eritrocitárias;
o Fatores externos às hemácias
cite os grupos em que as anemias hemolíticas podem ser divididos e de exemplos
1) Alterações da membrana (defeitos no citoesqueleto)
a. Esferocitose hereditária (extravascular);
b. Eliptocitose hereditária (extravascular)
2) Defeitos enzimáticos
a. Deficiência de G6PD (intravascular);
b. Deficiências de piruvato quinase (extravascular)
3) Hemoglobinopatias
a. Talassemias (extravascular);
b. Anemia falciforme e variantes (extravascular)
qual a fisiopatologia da esferocitose hereditária?
- Perda do ancoramento da espectrina no citoesqueleto ® perda de pequenos fragmentos da camada lipídica da membrana ® Alteração da forma para esferócito ® mais tempo exposto ao macrófago ® microesferócitos;
- Baço: destruição de parte de esferócitos e microesferócitos ® HEMÓLISE CRÔNICA
qual a clínica da esferocitose hereditária?
• Grau variado de anemia, icterícia discreta, esplenomegalia;
como realizar o o diagnóstico da esferocitose hereditária?
• Anemia hemolítica, normocítica e hipercrômica, com microesferócitos no sangue periférico, Coombs direto negativo, DHL elevado, BI elevada
qual a fisiopatologia da Deficiência de G6PD?
• A G6PD protege a membrana e a Hb da ação de substâncias oxidantes (radicais livres derivados do oxigênio);
• Na mutação ® há perda do mecanismo protetor;
Estresses oxidantes: infecções, acidose, algumas drogas e toxinas ® causam precipitação da Hb e hemólise
intravascular
• Hb desnaturada ® corpúsculos de Heinz ® lesam a membrana ® retirada precoce pelo baço
qual a clínica da Deficiência de G6PD?
Hemólise intravascular aguda associada à febre, lombalgia, palidez e icterícia ® precipitada por INFECÇÃO ou USO DE ALGUMAS DROGAS (AAS, dapsona, sulfas, acetaminofen, dipirona, vitamina K, primaquina, ácido
nalidíxico etc);
• Hemoglobinúria pode lesar túbulos renais, necrose tubular aguda
qual o tratamento da Deficiência de G6PD?
• Profilático e suporte clínico