Vulvovaginites e IST's Flashcards
Vagina normal
Flora bacteriana de relação simbiótica
Presença de ácido láctico e peróxido de hidrogênio
Secreção vaginal → inibidor de protease de leucócitos
pH 3,8 a 4,2
Epitélio escamoso estratificado
Alcalinização do pH vaginal
pH > 4,2
Aumenta a chance de proliferação de microrganismos
Mecanismos de defesa da vagina
Ácido undecilênico → fungicida
Lábios menores → oclusão
Pequenos lábios na pós-menopausa
Apagamento dos pequenos lábios → maior propensão a vulvovaginites
Mecanismos de defesa do colo uterino
Fechamento funcional
Muco cervical → mais espesso com o uso de anticoncepcional → menores chances de doença inflamatória pélvica
Causas do aumento das vulvovaginites
Retirada frequente de pelos
Roupas íntimas com tecido sintético
Grupos de risco para vulvovaginites
Crianças
Idosos
Menstruação
Puerpério (sangramento e alteração do pH vaginal)
Principais vulvovaginites infecciosas
Protozoários →Tricomonas vaginalis
Fungos → Candida albicans
Bactéria → Gardnerella vaginalis
Vaginite infecciosa por C. albicans (risco e conduta)
Proliferação pós-umidade/ abafamento da vagina ou uso de ATB (beta-lactâmicos diminuem lactobacilos)
Outros grupos de risco: regiões quentes, obesas, gestantes, imunossuprimidas, diabéticas
Comensal → não tratar na ausência de sintomas
Após 3 a 4 no ano → tratar parceiro
Vaginite infecciosa por C. albicans (quadro clínico)
Prurido intenso, dor, edema, microfissuras vaginais, disúria, dispareunia de penetração, placas aderentes e corrimento brancacento
Vaginite infecciosa por C. albicans (diagnóstico)
Identificação do fungo → solução salina e KOH a 10% (sem cultura)
Vaginite infecciosa por C. albicans (tratamento)
Cremes vaginais → fenticonazol
Itraconazol oral (não usar na gestação)
Gestação → nistatina
Vaginose bacteriana (causas, agentes e classificação)
Desequilíbrio da flora bacteriana por supercrescimento de anaeróbios
G. vaginalis, U. urealyticum, M. mycoplasma
Não é IST, mas se recorrente pode ser
Vaginose bacteriana (sintomas e diagnóstico)
Corrimento branco-acinzentado fétido
Reação com KOH a 10%
Sem irritação vaginal
pH > 4,5
Clue cells → células epiteliais vaginais com bactérias aderidas
Doenças associadas a vaginose bacteriana
Vaginite
Endometrite/ pós abortamento
Doença inflamatória pélvica → associação com N. gonorrhoeae ou Chlamydia
Vaginose bacteriana (tratamento)
Anaerobicidas (idazois)
Metronidazol via oral e creme vaginal
Clindamicina creme vaginal
Se recorrente → secnidazol
Tricomoníase (agente, transmissão)
T. vaginalis → protozoário flagelado e anaeróbio (não viral mais prevalente)
IST → pH >5
Transmissão vertical
Homens assintomáticos mas com protozoário no TGU
Tricomoníase (quadro clínico e local de infecção)
Incubação de 3 dias a 4 semanas
Corrimento amarelo-esverdeado
Acometimento de vagina, uretra, endocérvice, bexiga → Predileção pelo epitélio escamoso vaginal
Disúria, dispareunia, prurido vulvar e dor
Vulva edemaciada, eritematosa e escoriada
Tricomoníase (diagnóstico)
Exame físico e papanicolau
Não fazer cultura
Avaliar outras IST (hepatite, clamídia)
Tricomoníase (tratamento)
Anaerobicidas
Metronidazol, tinidazol e cremes de metronidazol
Tratar parceiro
Herpes genital (classificação e agente)
Não é vulvovaginite →úlcera genital dolorosa
Infecção crônica por HSV-2 (em 26% das mulheres > 12 anos)
Herpes genital (quadro clínico)
Incubação de 1 semana após ativação do vírus
Queimação e dores após lesões vesiculares
Febre baixa, mal estar e cefaleia (viremia)
Morte celular de células epidérmicas infectadas
Vesícula → úlcera → crosta
Herpes genital (diagnóstico)
Clínico
Cultura tecidual
PCR
Herpes genital (tratamento)
Resolução espontânea
AINE’s, abstinência sexual durante lesões
Aciclovir ou Famciclovir
Sem cura → apenas abreviação do tempo de lesão