Lesões Focais Renais Radiologia Flashcards
Classificação de Bosniak
Avaliar massas renais císticas
Critérios exclusivos por TC (USG não pode ser caracterizada sozinha e RM utilizada quando há contraindicação de TC)
Categorias da Classificação de Bosniak
Classe I e II → benignos
Classe IIF →provavelmente benigno, com acompanhamento com imagens
Classe III → ~50% maligno
Classe IV → maligno
Classe I de Bosniak
Cisto homogêneo, com densidade de água
Não calcificado, margem lisa
Sem componente de melhoria
Benigno
Classe II de Bosniak
Cisto com septo fino <1mm
Calcificação fina <1mm
Conteúdo hiperdenso
Benigno
Classe IIF de Bosniak
Maior número de septos e espessamento discreto do cisto
Cisto hemorrágico
Provavelmente benigno, acompanhado por imagens
Classe III de Bosniak
Septo grosso
Calcificação grossa
Parede grossa
Multilocular +/- valorização
~50% maligno → Fazer biópsia ou excisão
Classe IV de Bosniak
Critérios da categoria III
Massa sólida de parede ou septos
Maligno → fazer biópsia ou excisão
Cistos simples
Bosniak 1
Critérios ultrassonográficos →anecoico, parede lisa bem definida, reforço acústico posterior
Se cumprir todos os critérios do USG → dispensa acompanhamento
Cisto de leite de cálcio
Cristais de cálcio calcificados e decantados
Cisto renal com material ecogênico gravidade-dependente
Móvel no exame em tempo real
Cisto renal minimamente complicado
Bosniak 2
Septação fina
Artefato de reverberação de septo
Cisto renal complexo
Não cumpre requisitos de cisto simples
5-10% são tumores
Critérios → espessamento de parede, septações e nodulações, calcificação, alta atenuação (>20UH na TC), sinal não típico de água na RNM, reforço pelo meio de contraste
Bosniak 2F → 1 ou vários critérios
Cisto renal complicado
Bosniak 3
Cisto com nódulo mural (vegetação) → lesão expansiva exofítica
Lesão renal cística complexa
Septações nodulares grossas
Massa cística com componente sólido
Reforço de componentes dentro do cisto
Padrões de crescimento cístico de carcinoma de células renais
Vegetação → cisto → crescimento com vascularização insuficiente → necrose no interior
Origem na parede de cisto simples, necrose cística, unilocular ou multilocular
Nefroma cístico multilocular complicado
Neoplasia cística benigna não hereditária
Tumor benigno →pode similar malignidade se muito cístico
Degeneração maligna em 10% dos casos
Ao USG → massa contendo múltiplos cistos ou septações internas; não é possível diferenciar carcinoma de células renais multiloculado
Nefroma cístico multilocular
USG → Múltiplas septações internas (continua benigno)
TC com contraste → bem delimitado
Bosniak 3
Cisto do seio renal
Descrição genérica para qualquer cisto no seio renal
Parapélvico → cisto único no seio e parênquima
Peripélvico → múltiplos cistos confluentes no seio renal
Origem linfática ou a partir de restos embriológicos
Sem comunicação com o sistema coletor
Manifestações do cisto de seio renal
Assintomático (maioria)
Infecção
Hemorragia
Simula hidronefrose
Cisto peripélvico
Sensação de hidronefrose → diferenciar com contraste e RNM (não retém contraste no interior, ao contrário da hidronefrose)
Exemplos de cistos renais múltiplos
Doença renal policística
Doença von Hippel-Lindau (VHL)
Esclerose tuberosa
Doença renal cística adquirida em diálise
Rim displásico multicístico
Doença renal policística autossômica do adulto
Recessiva em crianças e dominante em adultos
Vários cistos + nefromegalia + insuficiência renal
Cistos de tamanho variável em rins aumentados bilateralmente
Compressão do seio renal
Nefrolitíase (20-35% dos pacientes)
Cistos em outras localizações →fígado, pâncreas, ovário, baço, aracnoide
Diferenciação cistos corticais simples da doença policística renal do adulto
DPRA→ Cistos múltiplos (2 em cada rim <30 anos, aumento do volume renal, contiguidade), histórico familiar, coexistência de cistos em outros órgãos, marcadores genéticos
Complicações da DPRA
Sangramento → cisto ecogênico (claro)
Infecção → cisto ecogênico e paciente febril
Neoplasia → massa renal sólida, carcinoma de células renais
Doença policística renal recessiva
Diferentes graus de insuficiência renal e hipertensão portal
Forma precoce e tardia
Rins ecogênicos e aumentados em recém-nascido → nefromegálicos e microcísticos
Forma precoce da DPRR
Forma precoce → predomínio de doença renal, período pós-natal, USG neonatal pode ver rins aumentados bilateralmente; oligohidramnios, complicações pulmonares e faces de Potter’s
Forma tardia da DPRR
Insuficiência renal e complicações por fibrose hepática congênita
USG → rins mantém a forma, aumentados e ecogênicos
Doença de von Hippel-Lindau
Doença hereditária com lesão de pele → facomatose
Autossômica dominante
Variedade de tumores benignos e malignos
Manifestações clínicas amplas (ex: angioma no olho + cistos renais)
Critérios diagnósticos → mais de um hemangioblastoma SNC, 1 hemangioblastoma SNC + manifestações viscerais, qualquer manifestação e história familiar de doença de VHL
Manifestações da doença de VHL
40 diferentes lesões em 14 diferentes órgãos
Cisto pancreático
Hemangioblastoma cerebelar
Hemangioblastoma de retina
Angioma de retina na doença de VHL
Imagem de fundo de olho → massa vermelho-alaranjada bem definida, artéria nutridora proeminente, veia de drenagem proeminente
Angiograma → angioma de retina com hiperfluorescência
Cistos renais na doença de VHL
Cistos renais acontecem em 60% dos casos
Cisto renal simples → conteúdo anecoico, parede lisa bem definida, reforço acústico
Cisto renal complexo → paredes grossas, septo, nódulos murais
Pode cursar com neoplasia renal secundária → cistos precursores de carcinoma
Carcinoma de células renais na doença de VHL
Carcinoma de células renais em 25-45% dos casos
Ao USG → lesões múltiplas de ecotextura mista, carcinoma de células renais
Ao TC → cisto simples, aumento de lesões sólidas
Esclerose tuberosa / Doença de Bourneville
Facomatose sem angioma de retina
Autossômica dominante
Tríade clínica → retardo mental + convulsões + adenoma sebáceo facial (angiofibroma)
Manifestações de SNC da esclerose tuberosa
Múltiplos hamartomas subependimários
Em 80% dos casos → hamartoma subependimário e astrocitoma de células gigantes
Manifestações renais da esclerose tuberosa
Com lesão em 50% dos casos → angiomiolipomas (AMLs), cistos renais, carcinoma de células renais
Por imagem não é possível diferenciar de VHL
Angiomiolipoma na esclerose tuberosa
Densidade de gordura → se intratumoral na TC sugere diagnóstico de angiomiolipoma
Massa hiperecogênica bem definida
Sombra acústica posterior
Atenuação de gordura em tumores renais
Tumores benignos e malignos com densidade de gordura:
Carcinoma de células renais
Lipoma e lipossarcoma
Miolipoma
Oncocitoma
Tumor de Wilms
Doença cística adquirida
Potencial para malignidade
Pacientes em diálise por longo prazo
Sugerido rastreamento dos rins primitivos → mesmo após transplante renal
Múltiplos cistos atróficos
Rim displásico multicístico
Vários cistos de tamanhos variáveis → geralmente unilateral
Cistos não se comunicam
Ausência de parênquima cortical identificável
Ausência de estruturas nos seios centrais
Condição do recém-nascido por obstrução do rim (displásico): obstrução no feto → hidronefrose → displasia (cistos ao invés de parênquima renal)
Punção e biópsias dos cistos
Para cistos infectados ou abscessos
Raro em massas císticas para tomada de decisão
Biópsia negativa não exclui malignidade
Complicações → propagação do tumor ao longo da rilha da agulha, ruptura, sangramento, infecção