Síndrome Nefrítica Pediatria Flashcards
Conceito
Edema (mais associado ao rim)
Hipertensão arterial
Hematúria
Pode ter proteinúria (níveis de síndrome nefrótica) e perda de função renal (níveis de IRA)
Glomerulopatias (todas as faixas etárias)
Hematúria
hemoglobina na urina
pode ser microscópica com urina clara
+5 hemácias/campo em 3 amostras consecutivas com intervalo de 1 semana
Se hipertensão + edema → basta 1 amostra
Diferenças entre hematúria extraglomerular(EG) e glomerular(G)
EG → urina vermelha ou rosa (se macroscópica), coágulos presentes, proteinúria ausente ou <2+, morfologia normal e cilindros hemáticos ausentes
G → urina vermelha ou marrom (coca-cola), coágulos ausentes, proteinúria presente >2+ ou ausente, dismórfica, cilindros hemáticos presentes ou ausentes
Causa
Agressão direta ao glomérulo por anticorpos ou imunocomplexos por estímulo do complemento
Fisiopatologia
Imunomediada → imunocomplexo circulante, formação de complexos in situ, anti-MBGr
Inflamação e proliferação celular
Quadro clínico
Edema
Hipertensão arterial
Hematúria
Proteinúria
Queda da TFG
Hemácias dismórficas
Cilindros hemáticos
Apresentação clínica
Na infância → glomerulonefrite agua pós-infecciosa
Subclínicas → DD de hematúria recorrente
Glomerulonefrite rapidamente progressiva → perda rápida e progressiva da função renal, evolui com IRC e diálise
Ação na criança
Amplo espectro de condições
GNDA isolada ao rim (síndrome nefrítica primária) ou componente de distúrbio sistêmico (síndrome nefrítica secundária)
Síndrome nefrítica clássica ou nefrótica ou mista
Exemplos de síndrome nefrítica primária
Diagnóstico → biópsia renal
Glomerulopatia do C3
Nefropatia por IgA
Doença antimembrana basal glomerular
Glomerulonefrite crescêntica idiopática
Glomerulopatia membranosa
Exemplos de síndrome nefrítica secundária
Glomerulonefrite pós-estreptocócica/ outras infecções
Púrpura de Henoch-Schonlein
Nefrite lúpiac
Poliangeíte granulomatosa (Wegener)
Síndrome de Churg-Strauss
Crioglobulinemia
Doença reumática
Síndrome de Sjogren
Neoplasias
Glomerulonefrite aguda pós-infecciosa
Inflamação e proliferação celular glomerular (sobretudo neutrofílica)
Agentes infecciosos → bactérias, vírus, fungos, protozoários, helmintos (Estreptocócica na infância é maioria)
Aspecto laboratorial das síndromes nefríticas
Início súbito → hematúria glomerular, edema, proteinúria, HA e azotemia
Manifestações extra-renais dependem de doenças de base ou associadas
Edema moderado a acentuado ou anasarca e estados graves de sobrecarga hídrica
TGF baixa mas pode normalizar
Complicações das síndromes nefríticas
Edema agudo pulmonar
IC
Crise hipertensiva
Emergência hipertensiva → cefaleia, convulsão, perda de acuidade visual, alterações de sensório, AVC
Glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica
Processo inflamatório glomerular difuso → infecção pregressa pelo S. pyogenes (beta-hemolítico do grupo A)
Cepas nefritogênicas (pele ou garganta) ou reumatogênicas (Garganta)
Diagnóstico → após 2-3 semanas da infecção com bases clínicas e sorológicas
Evidências de caráter imunológico da GNDA - PE
Antígenos estreptocócicos implicados → proteína M, estreptoquinase, endoestreptosina
Formação de imunocomplexos circulantes com deposição renal por reatividade cruzada → imunocomplexos in situ
Antígenos estreptocócicos nefritogênicos da GNDA- PE
Receptor de plasmina estrebptocócico associado à nefrite→ enzima glicolítica
Exotoxina B pirogênica (SpeB) e precursor (zSpeB)
Apresentação clínica da GNDA-PE
Assintomática
Oligossintomática
Quadros de GNRP/IRA
Alterações típicas de síndrome nefrítica → Edema periorbital, hematúria micro e macro, HAS
Cefaleia
Indisposição e inapetência
Lombalgia
Autolimitada
Indicações de biópsia na GNDA-PE
Hematúria macroscópica > 4 semanas
Complemento baixo > 8 semanas
Proteinúria significativa > 6 semanas ou nefrótica > 4 semanas
Hipertensão arterial > 4 semanas
Função renal alterada > 4 semanas
Tratamento da GNDA-PE
Suporte e repouso
Restrição hídrica
Dieta sem sal
Restrição de proteínas/potássio/fosfato (Casos graves)
ATB não altera curso da doença(apenas profilaxia para evitar disseminação do S. pyogenes)
Hipertensão moderada a grave ou IRA ou hipercalemia →internação
Diálise (clássica ou peritoneal) → criança em anúria, insuficiência cardíaca, hipercalemia grave, IRA com uremia e sobrecarga, emergência hipertensiva grave
Tratamento da hipertensão na GNDA-PE
PD>10 → risco de encefalopatia hipertensiva
Emergência hipertensiva → antihipertensivos IV em infusão e titulação contínua → evita risco de hipofluxo cerebral