Patologia Geral Tireoidiana Flashcards
Feedback Hormonal da Tireoide
Hipotálamo → produz TRH (hormônio liberador de tirotropina) → ação na hipófise → liberação de TSH → sensibilização da tireoide → produção de tiroxina e triiodotironina → aumento do metabolismo
*Tiroxina e triiodotironina → inibição do TRH e do TSH
Relação TSH e proteína G
Células tireotrofas da adenohipófise → TSH → liga-se ao receptor do epitélio folicular → ligação interna da Proteína G → libera AMPc → crescimento da tireoide e libração de hormônio T3 e T4
T4 inibe as células tireotrofas
Hipertireoidismo e tireotoxicose
Hiperatividade tireoidiana
Tireotoxicose → manifestações clínicas consequente à ação de altas concentrações de T3/T4
Outras fontes de hormônios tireoidianos → exógena, tecido ectópico
Manifestações de hipotireoidismo
Cretinismo
Mixedema
Bócio Difuso Tóxico (Doença de Graves)
Autoimune
Auto anticorpo anti-receptor do TSH → imunoglobulina estimuladora da tireoide → ativação do receptor → produção hormonal → hipertireoidismo
Manifestações da Doença de Graves
Hipertireoidismo (hipertrofia e hiperplasia)
Dermopatia infiltrativa localizada (mixedema pré-tibial)
Oftalmopatia infiltrativa (aumento do interstício retro-ocular, inflamação e exoftalmia)
Patogênese da Doença de Graves
Tendência familiar
Anticorpos anti-TSH
Mulheres 7:1, 20-40 anos
Características micro e macroscópicas da doença de Graves
Macroscopia → aumento difuso, sem nódulos
Microscopia → folículos pequenos com pouco coloide
Tipos de tireoidites
Infecciosas
Tireoidite de Hashimoto
Tireoidite subaguda/granulomatosa/Quervain
Tireoidite linfocítica subaguda (doença indolor)
Tireoidite de Reidel
Tireoidite Granulomatosa
Precedida por infecção viral → gripe, caxumba, adenovírus, vírus coxsackle, Influenza, sarampo
Autoimune e limitada
Mulheres 3:1, ~50 anos
Clínica da tireoidite granulomatosa
Reação sistêmica de fase aguda: febre, astenia, mialgia
Aumento glandular uni ou bilateral → bócio
Tireoide dolorida com aumento difuso (dor faríngea/odinofagia)
Hipertireoidismo/hipotireoidismo transitórios
Patogênese da tireoidite granulomatosa
Antígenos virais → ativação de linfócitos T citotóxicos contra células foliculares (limitada) → destruição do folículo → colóide no interstício → granulomas
Tireoidite de Hashimoto
Bócio difuso (nódulos são raros)
Mulheres 15:1, ~45-65 anos
Tendência familiar
Anticorpos anti-tireoide →anti tireoglobulina, anti peroxidase, anti receptor de TSH
Patogênese da tireoidite de Hashimoto
Quebra na autotolerância e indução de autoimunidade da tireoide → ativação de macrófagos e lesão ao tireócito/ citotoxicidade mediada por células T/ citotoxicidade mediada por células anticorpo-dependentes (Plasmócito/ anticorpos antitireoidianos)
Hipotireoidismo na tireoidite de Hashimoto
Anticorpos anti receptor TSH → bloqueio da ação do TSH no parênquima → hipotireoidismo
Clínica da tireoidite de Hashimoto
Aumento indolor e difuso
Hipotireoidismo
Tireotoxicose transitória (hashiotoxicose)
Tireoidite de Reidel
Rara
IgG4
Intensa fibrose da glândula e estruturas adjacentes
Diferencial com carcinoma
Características macroscópicas da tireoidite de Reidel
Macroscopia → tireoide reduzida, branca e dura; substituição do parênquima por tecido fibroso
Bócio difuso não tóxico simples
Bócio difuso e multinodular
Endêmico ou esporádico
Causas de bócio difuso e multinodular
Ingestão de “bociógenos”
Defeitos congênitos da síntese de T3 e T4 (Cretinismo)
Deficiência de iodo (bócio endêmico)
Sensibilidade excessiva ao TSH/Resposta variável ao TSH no epitélio tireoidiano
Anticorpos estimulantes anti-TSH
Lítio (uso de droga anti-depressiva)
Bociógenicos
Inibem a síntese hormonal
Excesso de cálcio na dieta
Mandioca, couve-flor, brócolis, couve, nabo, rabanete, farelo de soja, farelo de algodão, amendoim, gergelim
Complicação do bócio difuso não tóxico
Aumento excessivo do volume do pescoço
Hipertireoidismo → nódulo hiperfuncionante (Doença de Plummer)
Hipotireoidismo
Epidemiologia do bócio difuso não tóxico
Inicia difuso → torna-se multinodular
Raramente tireotóxico
Mulheres 3-5:1
Classificação → endêmico (>10% da população) ou esporádico (<10% da população)
Fases do bócio difuso não tóxico
Hiperplásica
Involução coloide
Sistema Bethesda para Citopatologia da Tireoide
Categorias diagnósticas pela PAAF:
Bethesda I → não diagnóstico
Bethesda II → benigno
Bethesda III → indeterminado
Bethesda IV → indeterminado
Bethesda V → suspeito de malignidade
Bethesda VI → maligno
Manejo habitual de Bethesda
Bethesda I → repetir a PAAF com USG
Bethesda II → acompanhamento clínico + USG
Bethesda III → repetir PAAF, teste molecular, lobectomia, vigilância ativa
Bethesda IV → teste molecular, lobectomia diagnóstica
Bethesda V → teste molecular, tireoidectomia, lobectomia
Bethesda VI → Tireoidectomia ou lobectomia
Teste molecular
Avalia se existe alguma característica molecular (“genética”) nas células deste nódulo que indique se ele é possivelmente maligno ou benigno