Doenças do Corpo Uterino Flashcards
Problematização da patologia endometrial
Fator de risco para câncer de endométrio
Relação de patologias benignas com câncer de endométrio
Investigação endometrial em quadros de sangramento anormal
Critérios de avalição do sangramento anormal
Volume
Regularidade
Frequência
Duração
Outras (intermenstrual, pré-menstrual, abrupto)
PALM COEIN
Analogia para causas de sangramento anormal
Significado de PALM
Doenças uterinas que causam sangramento anormal
Pólipo
Adenomiose
Leiomiomatose
Malignidade (endometrial e miometrial)
Significado de COEIN
Causas extra-uterinas que alteram o padrão de coagulação
Coagulopatia
Ovulação anormal
Endométrio
Iatrogenia
Não específico (outros)
Principais patologias endometriais
Pólipo endometrial
Hiperplasia endometrial
Câncer de endométrio
Incidência e sintomas nas patologias endometriais (geral)
Alta incidência na peri-menopausa
Sintomas: pré-menopausa → sangramento aumentado, prolongado ou intermenstrual
pós-menopausa → sangramento anormal
Diagnóstico diferencial das patologias endometriais
Câncer de endométrio
Pólipo endometrial
Acomete até 10% das mulheres
Incidência entre 29 a 59 anos (sobretudo após os 50 anos)
Altos índices em usuários de tamoxifeno
Tamanho varia e quantidade varia, mas predomina entre 1 e 2 (incomum pólipos múltiplos)
Caracterização dos pólipos endometriais
Macroscopicamente semelhantes ao endométrio adjacente
Congestos ou infartados (Sem circulação capilar verdadeira)
Microscopicamente esponjosos (fibrosos), associado a epitélio endometrial e canais vasculares alargados
Sintomas dos pólipos endometriais
Irregularidade menstrual
Sangramento aumentado, prolongado ou na pós-menopausa
Algia pélvica e sangramento → podem ocorrer em caso de infarto do pólipo
Pólipo endometrial e a histeroscopia
10% de chance de início do câncer no tecido do pólipo observado → menos grave devido à baixa vascularização → desenvolvimento lento, menor metastatização
Exames complementares para pólipos endometriais
USG transvaginal → Principal (se pré-coitarca: USG abdominal)
Histeroscopia → padrão ouro para diagnóstico e terapia
Terapêuticas nos pólipos endometriais
Dilatação e curetagem → baixa sensibilidade (fragmentos superficiais do pólipo são iguais ao endométrio normal)
Hormonioterapia com progestágenos → baixa eficácia, leve controle de sintomas
Casos de recidiva → histerectomia (Exceção)
Hiperplasia endometrial
Determinante importante →presença de atipias (risco oncológico com maior chance de transformação maligna)
Incidência: 40 a 50 anos
Principal diagnóstico a ser detectado → para diagnóstico precoce de precursores de Ca de endométrio (lesões pré-malignas são passíveis de tratamento)
Sintomas da hiperplasia endometrial
Sangramento menstrual aumentado, frequente e prolongado
Sangramento pós-menopausa
Fatores de risco para hiperplasia endometrial
Obesidade
Terapia hormonal sem progesterona
SOMP e anovulação crônica
Tamoxifeno
Relação da obesidade com a hiperplasia endometrial
Enzima aromatase →presente no tecido adiposo → converte precursores androgênicos em estrógeno → fonte extra-ovariana causa feedback negativo no eixo hipofisário → anovulação (Sem progesterona)
Diagnóstico de hiperplasia endometrial
USG → triagem fixa na pós-menopausa (5mm sem terapia hormonal e 10mm com terapia hormonal)
**USG seriado se fator de risco sem sintomas (avaliar espessura endometrial)
Histeroscopia → padrão ouro
Riscos de malignização da hiperplasia endometrial
Hiperplasia simples (cística) → 1a 3%
Hiperplasia complexa (adenomatosa) → 3 a 4%
Hiperplasia atípica → 23 a 25%
Critérios de definição de terapia da hiperplasia endometrial
Idade
Desejo reprodutivo/paridade
Presença de atipia
Terapia na hiperplasia endometrial
Com atipias → histerectomia ou terapias destrutivas (risco cirúrgico grande; destruição dos tecidos com atipias)
Sem atipias/desejo reprodutivo → uso de progestágenos e controle periódico (biópsia em 6 meses para analisar regressão da hiperplasia)
Fatores de risco para câncer de endométrio
Baixa paridade (mais ciclos, padrão de infertilidade)
Obesidade/DM/HAS
Exposição a hormônios
Hiperplasia endometrial
Rotina de investigação das patologias endometriais
Pré-menopausa: terapia direta se <40/45 anos; amostragem endometrial se <45 anos ou refratária a terapia
Pós-menopausa: USG de rastreamento se assintomática; investigar sempre sangramentos
Patologias miometriais
Adenomiose
Miomatose uterina
Leiomiossarcoma
Adenomiose
Presença de glândulas e estroma endometrial ao nível de miométrio (além da zona juncional)
Macroscopicamente → aumento difuso do miométrio, sem nodulações; áreas porosas com conteúdo hemático ou seroso
Microscopicamente→ ilhas de tecido endometrial no miométrio
Manifestações clínicas da adenomiose
Útero globoso, aumentado pela hipertrofia miometrial que acompanha a proliferação glandular
Relação com endometrite prévia ou trauma cirúrgico
Sintomas → sangramento menstrual aumentado, dismenorreia progressiva
Exames complementares na adenomiose
USG transvaginal → 92% sensível; padrão de triagem
RM → 90% sensível/93% específico; padrão ouro diagnóstico
Tratamento da adenomiose
Histerectomia → padrão
ACO → baixa resposta, podem piorar sintomas
Demais→ Análogos de GnRh, ablação endometrial, excisão local, ligadura da artéria uterina
Miomatose
Neoplasia benigna da parede muscular uterina→ leiomioma uterino
Prevalência em 25 a 50% das mulheres (maior em mulheres pretas)
Sensibilidade ao estímulo hormonal → evolução no menacme e involução pós-menopausa
Fatores de risco para miomatose
Idade (35 a 45 anos)
Hereditariedade
Baixa paridade
Menarca precoce
Obesidade
Consumo de cafeína, álcool e carne vermelha
HAS
Tabagismo REDUZ o risco
Localização dos miomas na miomatose
Submucosos (mais sintomas) → simples, pediculados (cavitários ou paridos)
Intra-murais
Subserosos (poucos sintomas)
Classificação FIGO na miomatose submucosa
Relevância para histeroscopia com enucleação e risco em gestação posterior de rutura uterina
T0 → ausência de invasão miometrial (pediculados) → sem relevância
T1 → invasão miometrial de até 50% do diâmetro do mioma → ressecção individualizada
T2 → invasão miometrial acima de 50% do diâmetro do mioma → alto risco
Alterações na miomatose
Degeneração
atrófica →pós-menopausa
hialina → miomas antigos
cística → hialinização acentuada
calcificada → infartos
séptica → necrose central com infecção
vermelha → trombose e congestão na gestação
mixomatosa →gordurosa, rara
Transformação maligna (0,1 a 0,5%)
Sintomas na miomatose
Sangramento uterino anormal → natureza endometrial, mudanças vasculares (congestão, conversão por aromatase, hiperplasia focal)
Dor → eventual; por degeneração, torção (pediculados submucosos e subserosos), parido
Peso e compressão de estruturas adjacentes
Infertilidade (40% em mulheres com múltiplos miomas)
Aborto na gestação, prematuridade
Exame físico na miomatose
Toque vaginal e palpação abdominal
Útero endurecido com nodulações na parede
Aumento volumétrico do útero de aspecto irregular
Exames complementares na miomatose
Anemia moderada a acentuada (eventual queda importante de ferro)
USG transvaginal e abdominal
Histerossonografia (quando submucoso)
RM → melhor quantificação e delimitação de miomas + avaliação de vias urinárias
Tratamento clínico miomatose
Análogos de GnRh → preservar fertilidade e preparo cirúrgico; efeitos colaterais e climatério, 50% redução no volume uterino
Progestágenos → controle sintomático (possibilidade de crescimento do mioma)
Conduta expectante em sintomas leves/ausentes ou perimenopausa
Tratamento cirúrgico miomatose
Histerectomia → vaginal (menor morbidade), abdominal (miomas maiores) ou laparoscópica
Miomectomia → histeroscopia e laparoscopia; risco de rutura uterina
Outras: ligadura de artéria uterina, ablação endometrial
Condutas na miomatose na pré e pós-menopausa
Pré-menopausa: expectante (sintomas leves); Análogos de GnRh + Miomectomia/Histerectomia (sintomas moderado ou severos)
Pós-menopausa: expectante (Estável ou regressão); histerectomia (aumento/novos miomas)
Leiomiossarcoma
Epidemiologia → idade avançada, uso de tamoxifeno, irradiação pélvica
Evolução após a menopausa
Crescimento explosivo na pré-menopausa
Diagnóstico leiomiossarcoma
Anatomopatológico → contagem de mitoses em campos de aumento sem componente epitelial
Nenhum: mioma
Até 4: mioma atípico (Raro)
5 a 10: mioma incerto
Acima de 10: leiomiosarcoma
Mitoses com atipia severa + necrose → leiomiossarcoma pleomórfico (mau prognóstico)
Tratamento leiomiossarcoma
Cirúrgico
Má resposta à quimio e radioterapia