Síndrome Nefrótica Patologia Flashcards

1
Q

Definição síndrome nefrótica

A

Edema
Hipoalbuminemia (<3,5g/dl)
Proteinúria (>3,5g/dia ou 50mg/kg/dia) → associada a lesão glomerular, sobretudo dos podócitos
Hiperlipoproteinemia (disipidemia)

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2
Q

Fisiopatologia da proteinúria da síndrome nefrótica

A

Barreiras para proteínas → físicas (membrana basal) ou por carga negativa (principal)
Doenças causam apagamento de pedicelos e da barreira de cargas negativas → proteinúria
Alvo das lesões → podocinas

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3
Q

Podocitopatias

A

Glomerulopatia de lesão mínima
Glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF)

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4
Q

Glomerulopatia de lesão mínima

A

Sem alterações laboratoriais → apenas na microscopia eletrônica é possível visualizar apagamento de pedicelos
Comum em crianças (>70% dos casos de síndrome nefrótica)
Sem hematúria, HAS ou perda de função renal
Terapia empírica (antes da biópsia) →boa resposta com corticoterapia
Daignóstico diferencial com GESF

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5
Q

Quando mudar o diagnóstico de glomerulopatia de lesão mínima

A

Se não responder à terapia empírica e obtiver outro diagnóstico por biópsia
Se não houver resposta aos corticoides
Se houver dependência de corticoides para manutenção da melhora

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6
Q

Hipóteses de causas a glomerulopatia de lesões mínimas

A

Mutações de proteínas do diafragma slit
Fatores circulantes → disfunção de linfócitos (CD80/B7-1)

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7
Q

Glomeruesclerose segmentar e focal (GESF)

A

<50% dos glomérulos atingidos com < de 50% do glomérulo lesionado
Fibrose do glomérulo (cicatrização) e ausência de alças em região de esclerose → irreversível
Comum em adolescentes e adultos
Microscopia eletrônica →apagamento de pedicelos

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8
Q

Hipóteses de causas de GESF

A

Primária ou idiopática → fator circulante suPAR atinge integrinas dos podócitos e causa desabamento dos podócitos por fala de ancoragem
Secundária (não iniciada no podócito)→ alterações genéticas das proteínas do diafragma slit, drogas (heroína, ciclosporina), adaptativa (rim único, obesidade, prematuridade, HAS) ou cicatriz de outras glomerulopatias

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9
Q

Fisiopatologia da esclerose na GESF

A

Lesão de podócitos → por hipertrofia glomerular por hiperfiltração ou genética ou fator circulante

Lesão de podócitos → aderência com a cápsula de Bowman + colágeno → esclerose com aumento de matriz extracelular → obliteração de alças

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10
Q

Quadro clínico da GESF

A

Síndrome nefrótica (80% dos casos)
Hematúria e HAS
Resposta variável a corticoterapia
Raras remissões espontâneas
Melhor prognóstico em crianças
Pode evoluir para DRC (se proteinúria persistente)

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11
Q

Nefropatia diabética

A

Desenvolvida em 30-40% dos diabéticos ( e até IRC terminal) por acometimento sistêmico de vasos
Microalbuminúria (30-300mg/dia)
Proteinúria não nefrótica por lesão ultra-estrutural vista apenas em microscopia eletrônica
Síndrome nefrótica

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12
Q

Fisiopatologia da nefropatia diabética

A

Membrana super espessa por colágeno IV
Hiperglicemia → gera glicosilação não enzimática → aumento do colágeno IV e fibronectina/redução de proteoglicanos (AGEs) e interferência nas associações (apagamento de pedicelos)

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13
Q

Nódulos de Kimmelstiel-Wilson na nefropatia diabética

A

Glomeruloesclerose nodular por aumento de colágeno → esclerose de alça
Glomerulopatia secundária

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14
Q

Alteração de vasos na nefropatia diabética

A

Hiperglicação de membrana e endotélio → modificação de proteínas → espessamento da íntima → diminuição do lúmen dos vasos →isquemia dos territórios irrigados pela arteríola acometida (ex: glomérulo)

Hialinose arteriolar ou arteríolo esclerose hialina
DD com HAS → na HAS, apenas a arteríola aferente sofre com hialinose

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15
Q

Glomerulopatia Membranosa

A

Irregularidades na membrana
Síndrome nefrótica + depósitos de imunocomplementos (IgG, C3)
Depósitos são vistos na imunofluorescência → subepitelial com afastamento dos podócitos da membrana basal
Interferência na fixação do podócito à membrana pelas integrinas → membrana basal é produzida pelos podócitos (no espaço afastado) e pelo endotélio

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16
Q

Visualização em prata do afastamento da membrana na glomerulopatia membranosa

A

Fase 2 → MB em forma de espículas ao redor de depósitos
Fase 3 → duplo contorno com membrana neoformada (trilho de trem ou contas de rosário)

17
Q

Epidemiologia e manifestações da glomrulopatia membranosa

A

Síndrome nefrótica em adultos 40-60 anos (sobretudo homens brancos) → pode haver proteinúria não nefrótica
Imunocomplexos IgG e C3 subepiteliais
HAS, hematúria, mas função renal normal (perda aparece após décadas)

18
Q

Glomerulopatia membranosa primária

A

Autoimune
70-90% dos casos
PLA 2-R (receptor de fosfolipase A2) → presente na membrana dos podócitos, faz a ligação com IgG e C3
Tromboespondina associada

19
Q

Glomerulopatia membranosa secundária

A

Neoplasias →melanoma, cólon, pulmão
Infecções → hepatites virais, sífilis, malária, esquistossomose
Drogas → heroína
Fármacos → captopril, AINEs, penicilamina
LES

20
Q

Amiloidose

A

Doença de depósito com proteinúria nefrótica → desequilíbrio entre produção e degradação
Proteína beta-amiloide → anômala (rotação patológica de proteínas) → vista no corante vermelho congo → produzida por doenças inflamatórias, monoclonais ou hereditárias

21
Q

Hematúria isolada

A

Mutações na cadeia alfa 5 do colágeno IV
Ligada ao X (mais comum em homens)
Doença da membrana fina → hematúria microscópica, assintomática
Síndrome de Alport → hereditária, sistêmica

22
Q

Glomerulonefrite Membranoproliferativa

A

Inflamatória e hematúria
Hipercelularidade endocapilar (fechamento de alças) e duplo contorno de membrana
Dificulta contato entre endotélio e MBG por depósito subendotelial de C3
Não é doença → apenas padrão morfológico

23
Q

Causas de glomerulonefrite membranoproliferativa

A

Primária → imunoglobulinas e C3 mesangial em alças capilares
Secundária → neoplasias, doenças infecciosas, doença reumatológica, doença genética

24
Q

Nefrite lúpica

A

Síndrome nefrótica, síndrome nefrítica, proteinúria isolada, hematúria isolada, IRa e DRC
Analisar imunofluorescência
Doença inflamatória crônica, autoimune, sistêmica
50% dos pacientes com LES desenvolvem
Imunocomplexos DNA-anticorpos anti-DNA e complemento

25
Q

Principais depósitos na nefrite lúpica

A

IgG e C1q
Outros: IgA, IgM, C3, kappa, lambda

26
Q

Biópsia renal na nefrite lúpica

A

Diagnóstico, classe, gravidade, índices de atividade e cronicidade (fins prognósticos e terapêuticos)

27
Q

Nefrite lúpica classe 1

A

NL mesangial mínima
Deposição de complexos imunes no tecido mesangial detectáveis por técnicas de IF
Semelhante a lesão mínima (mas com IF positiva → Padrão de galhos de árvore)
Depósitos full house (todos)

28
Q

Nefrite lúpica classe 2

A

NL proliferativa mesangial

Hipercelularidade mesangial por percepção da presença de depósitos
Sem fechamento de alças

29
Q

Nefrite lúpica classe 3

A

NL focal
Lesões ativas ou lesões inativas crônicas com cicatrizes glomerulares o mista
<50% dos glomérulos amostrais
Depósitos em mesângios e em alças com padrão subendotelial
Hipercelularidade endocapilar → fechamento de alças
Infiltrado de leucócitos e cariorrexe

30
Q

Nefrite lúpica classe 4

A

NL proliferativa difusa
Mais grave
Fechamento difuso de alças → Trombo hialino → imunocomplexos fecham a alça
É igual a classe 3 + difuso (>50% dos glomérulos amostrais)

31
Q

Nefrite lúpica classe 5

A

NL membranosa
Deposição imune subepitelial
Pode estar combinada com as classes3/4 e pode apresentar esclerose avançada

32
Q

Nefrite lúpica classe 6

A

NL esclerosante avançada
>90% glomérulos com esclerose global
Sem atividade residual
Crônico → sem tratamento → terminal

33
Q

Índice de atividade na nefrite lúpica

A

São analisados:
Depósitos hialinos subendoteliais
Proliferação celular
Infiltração neutrófilos/cariorrexe
Necrose fibrinoide
Crescentes celulares/fibrocelulares
Infiltrado leucocitário intersticial