Síndromes Alérgicas Flashcards

1
Q

O que é a rinossinusite alérgica (RA)?

A

É uma inflamação crônica da mucosa nasal e seios paranasais causada por reações mediadas por IgE específica para certos alérgenos.

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2
Q

Quais os FR e protetores para RA?

A

FR: HF de atopia, IgE > 100, introdução de alimentos/FI precocemente, tabagismo materno, alergia alimentar.

Protetores: exposição a gatos e cachorros.

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3
Q

Qual o QC da RA?

A

Espirros em salvas, prurido, obstrução nasal, rinorreia não purulenta associada a gotejamento pós-nasal, podendo estar associado a lacrimejamento ocular. Pode haver edema bipalpebral e coloração azul-acinzentada abaixo das pálpebras (“olheiras”), além da dupla prega palpebral (linha de Dennie Morgan).

É comuma saudação alérgica: hábito de passar a mão sobre o nariz levantando a ponta dele (pode deixar a prega nasal transversa).

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4
Q

Qual a classificação da RA?

A
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5
Q

Qual a epidemiologia da RA?

A

Cerca de 30% dos adolescentes apresentam.

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6
Q

Qual a etiopatogenia da RA?

A

Após a exposição inicial ao alérgeno, há a produção de IgEs específicas para ele que se localizam na MP de mastócitos. Com a reexposição, há a rápida degranulação (após minutos do contato) dos mastócitos, com liberação de substâncias que promovem vasodilatação, ativação dos nervos (prurido), produção de muco (agrava a rinorreia e obstrução). Ocorre, então, a fase tardia da resposta alérgica.

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7
Q

Quais dados da história devem ser investigados na suspeita de RA?

A

O início, duração e gravidade dos sintomas, se há prejuízo do sono, se há história familiar, tentar identificar alérgenos domiciliares e extradomiciliares, bem como agentes poluentes que são deflagradores das crises.

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8
Q

Quais os achados no EF do paciente com RA?

A

A rinoscopia anterior evidencia mucosa nasal pálida, rarefação ou ausência de pelos, hipertrofia dos cornetos, marca/vinco na linha média do nariz pelo prurido nasal. Pode haver a presença de pólipos nasais.

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9
Q

Como fazer o dx de RA?

A

Clínico. Pode-se solicitar citologia nasal, que irá evidenciar > 10% eosinófilos.

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10
Q

Quais condições se associam frequentemente com a RA?

A

Conjuntivite alérgica, respiração bucal, infecções recorrentes das VAS, asma e tosse.

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11
Q

Qual o tto inicial da RA?

A

Inicialmente, deve-se estimular a criança a evitar os possíveis desencadeadores e os pais a realizarem lavagem nasal com soro fisiológico (diminuem viscosidade do muco e permite batimento ciliar).

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12
Q

Qual o tto para pacientes com sintomas leves?

A

Anti-histamínicos tópicos nasais ou orais não sedativos (2a geração - ex: loratadina).

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13
Q

Dê exemplos de anti-histamínicos clássicos e não clássicos. Diga as idades permitidas do uso para os não clássicos.

A

Clássicos: hidroxizina, dimenidrinato, dexclorfeniramina. Não clássicos: fexofenadina (> 6 anos), loratadina (> 2 anos), cetirizina e desloratadina (> 6 meses).

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14
Q

Posso usar os descongestionantes orais ou tópicos no tto da RA?

A

São medicações que, apesar de promoverem melhora da obstrução nasal, devem ser evitadas pelo seu efeito vasoconstrictor com consequente hipertensão, tremores e palpitação nas crianças.

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15
Q

Qual o tratamento para a RA refratária aos anti-histamínicos ou moderada/grave?

A

Corticosteroides tópicos intranasais (1a escolha para a congestão nasal). Reduzem TODOS os sintomas da RA.

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16
Q

Quais os corticoides usados no tto da RA e a partir de qual idade cada um pode ser usado?

A

Beclometasona (6), flunisolida (6), budesonida (4 ou 6), propionato de fluticasona (4), furoato de fluticasona (2), mometasona (2) e ciclesonida (2).

17
Q

Qual a duração do tto com GC na RA?

A

Manter por 8 semanas para fazer a reavaliação clínica e avaliar redução da dose ou retirada dos GCs.

18
Q

Posso usar GCs EV ou VO para crianças para controle da RA?

A

Não devem ser realizados pelo grande número de efeitos colaterais promovidos por essas drogas nas crianças, mas podem ser feitos ciclos curtos de 5-7d em casos graves (prednisona, prednisolona, metilprednisolona).

19
Q

Qual droga pode ser usada, além das já comentadas, quando a RA está associada a asma?

A

Pode-se usar um antagonista dos leucotrienos, como o montelucaste.

20
Q

Quais os principais desencadeadores da RA?

A

Os ácaros.

21
Q

Quais as consequências da respiração bucal?

A

Elevação do lábio superior, eversão do lábio inferior, arqueamento do palato (palato em ogiva), mordida aberta e narinas estreitas, progredindo para a fácies adenoidiana.

22
Q

Quais as complicações da RA? Explique.

A

Sinusite crônica: eosinofilia, espessamento mucoso e polipose nasal.

OMA/OMS: hipertrofia de tonsila faríngea e obstrução da tuba de Eustáquio.

23
Q

Qual a patogenia da reação alérgica?

A

Após a primoexposição e produção de IgEs específicas para aquele alérgeno, uma nova exposição promove a reação em 3 fases:

1a) Aguda precoce: degranulação de mastócitos, havendo aumento da permeabilidade vascular com edema, prurido nasal, espirros, broncoespasmo e dor abdominal.
2a) Aguda tardia: infiltração de células no tecido: eritema e enduração cutânea, broncoespasmo e obstrução nasal.
3a) Crônica: remodelamento brônquico (asma) e cutâneo (atópicos).

24
Q

Quais os achados laboratoriais da reação alérgica?

A

Eosinofilia (> 450), aumento de IgE, testes cutâneos.

25
Q

O que é o lactente sibiliante?

A

É o lactente que apresenta 3 ou mais episódios de sibilância dentro de 1 ano nos 2 primeiros anos de vida.

26
Q

Qual a fisiopatologia do lactente sibilante?

A

Algumas condições anatômicas presentes nas VAS dos lactentes favorecem o desenvolvimento dessa condição, como o calibre estreito das VAS e inferiores (aumento da resistência ao fluxo aéreo), aumento da m. lisa das VAs (maior broncoconstrição em resposta a estímulos externos).

27
Q

Quais os FR para o lactente sibilante?

A

HF de asma, tabagismo materno, DHEG, prematuridade (< 33s), BPN, IVAS virais, introdução precoce às creches.

O AM é protetor.

28
Q

Como fazer o dx de lactente sibilante?

A

O 1° episódio de sibilância geralmente é uma BVA, porém a recorrência dessa sibilância em outras IVAS, exposição à fumaça do cigarro ou poeira sugere o dx.

O critério dx é ≥ 3 episódios em 1 ano nos 2 primeiros anos de vida.

29
Q

Quais os achados no EF do lactente sibilante?

A

Sinais de atopia: dupla prega palpebra (linha de Dennie-Morgan), protrusão do lábio superior (tubérculo de Kaminski) e rarefação do terço externo das sobrancelhas (sinal de Hertog).

Ausculta pulmonar: sibilos expiratórios (VAI) ou inspiratórios (VAS - mais raros).

30
Q

Qual a etiologia da sd do lactente sibilante?

A

Pode ser a expressão clínica de diversas condições: inflamação (asma, FC, DBP), infecções (vírus é o principal causador de sibilos no lactente), DRGE, malformações congênitas, compressão brônquica e traqueal (CE, linfonodos).