INTERNATO - Escroto Agudo Flashcards

1
Q

Imagem anatomia do escroto.

A

.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

O que compõe a sd do escroto agudo?

A

Edema escrotal, dor, sudorese, náuseas/vômitos e, às vezes, febre.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais as principais causas do EA?

A

Torção testicular (TT - p após os 12a), torção do apêndice testicular (p entre 2-10a), epididimite, hidroceles, PHS.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

O que é a TT?

A

É quando o testículo e o cordão espermático sofrem um ou mais giros no eixo vertical, resultando em edema progressivo, obstrução venosa e comprometimento da perfusão arterial.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Quais as principais complicações da TT?

A

Isquemia e infarto testicular.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual a epidemiologia da TT?

A

Crianças maiores e adolescentes (pico com 14a).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual o fator predisponente para TT?

A

Alguma anomalia na fixação da túnica vaginal no cordão (geralmente túnica vaginal redundante).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Qual o QC da TT?

A

Dor testicular súbita unilateral (pode estar associada a dor abdominal inferior ou inguinal), sem queixas urinárias ou febre (maioria). É comum náusea e vômito associado. EF: aumento no volume, muito doloroso, posição mais elevada e horizontalizado, reflexo cremastérico reduzido/abolido, sinal de Prehn negativo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

O que é o reflexo cremastérico? E o sinal de Prehn?

A

Cremastérico: elevação do testículo após estimulação da face interna da coxa. Sinal de Prehn: elevação do testículo acometido pelo examinador. É negativo quando não há melhora da dor.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual a diferença da TT para a orquiepididimite?

A

Geralmente há febre e manifestações urinárias na orquiepididimite, além do sinal de Prehn positivo (melhora da dor com elevação do testículo acometido).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Como fazer a confirmação dx da TT?

A

USG Doppler da bolsa escrotal, evidenciando ausência de fluxo no cordão espermático acometido.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual a conduta na TT?

A

Correção cirúrgica em caráter de EMERGÊNCIA.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Por que a TT deve ser corrigida o mais rápido possível?

A

Pois a viabilidade do testículo é dependente do tempo de torção (90% estão viáveis com 6h da torção, 20-60% após 12h).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Como é a correção cirúrgica da TT?

A

Abertura na rafe mediana do escroto, destorcer o testículo e avaliar sua viabilidade. Realiza-se, então, a orquidopexia de AMBOS os testículos caso não houve perda testicular. Caso perda, realizar orquiectomia do acometido e orquidopexia do contralateral.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Por que é feita a orquidopexia do testículo não acometido?

A

Pois a TT ocorre por um defeito de fixação do testículo, fazendo com que o testículo não acometido possa torcer eventualmente no futuro.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Em um paciente com TT e comprovadamente perda do testículo, devo realizar cirurgia?

A

SIM, para orquidopexia do testículo contralateral, pois, apesar de o testículo necrosado não infectar ou causar nenhum problema (é reabsorvido), eu devo corrigir o defeito que predispos à TT no testículo viável para evitar a perda de outro.

17
Q

Explique a destorção manual.

A

Pode ser tentada em caso de documentação de TT na USG se a cx não estiver disponível prontamente. 2/3 dos testículos apresentam torção medial, portanto, após sedação e analgesia, tenta-se realizar a rotação medial->lateral. Deu certo quando há alívio imediato da dor, posição inferior do testículo e retorno do fluxo na USG.

18
Q

O que é o apêndice testicular?

A

É uma estrutura vestigial ântero-superior do testículo (remanescente embriológico dos ducsos de Muller). Pode ter também no epidídimo.

19
Q

Qual o QC da torção do apêndice testicular ou do epidídimo?

A

Dor de início súbito, testículo NÃO dolorido, massa palpável e sensível (apêndice torcido). EF: sinal do ponto azul (infarto e necrose do apêndice). Pode haver reflexo cremastérico presente e hidrocele reativa. USG: fluxo sanguíneo normal ou aumentado para o testículo.

20
Q

Como fazer o dx e qual a conduta na torção de apêndice testicular ou do epidídimo?

A

Clínico ou por USG Doppler caso dúvida se é ou não TT. O USG Doppler evidencia fluxo normal/aumentado e o apêndice torcido (baixa ecogenicidade). A conduta é de suporte (analgésicos, repouso e suporte escrotal). A dor tende a desaparecer em 5-10d. Cx apenas se dor persistente. Não preciso explocar o hemiescroto contralateral.

21
Q

O que é a epididimite? Qual a epidemiologia?

A

É a inflamação do epidídimo, ocorrendo mais frequentemente em adolescentes tardios (mas também em meninos mais velhos).

22
Q

O que aumenta o risco de epididimite?

A

Atividade sexual, esforço físico intenso e trauma direto. *Epididimite bacteriana pré-púbere está associada a anomalias no trato urinário.

23
Q

Qual a etiologia da epididimite?

A

Infecção bacteriana por clamídia (p), gonococo, E. coli ou vírus.

24
Q

Qual o QC da epididimite?

A

Dor aguda ou subaguda e edema testicular associados a alterações urinárias (polaciúria, disúria, corrimento uretral) e febre. EF: posição vertical normal, pode estar eritematoso, edema, reflexo cremastérico normal, sinal de Prehn positivo.

25
Q

Quais exames devem ser solicitados na suspeita de epididimite?

A

EAS e urocultura, avaliação de ISTs. O EAS pode conter piúria ou ser normal. A urocultura é negativa na maioria dos casos.

26
Q

Como pode ser feito o dx de epididimite?

A

QC + USG Doppler (caso dúvida) com aumento do fluxo para o epidídimo acometido.

27
Q

Qual a conduta na epididimite?

A

Depende da gravidade do caso e da etiologia suspeita: -Crianças: se piúria ou urocultura positiva = ATB; se ausência de piúria e urocultura negativa = ATB e avaliação extensiva não necessários. -Adolescentes sexualmente ativos: ATB empírico.

28
Q

Qual ATB usar na epididimite dos sexualmente ativos? E nas crianças?

A

Ceftriaxona 500 mg IM dose única + doxiciclina 100 mg VO 12/12h por 10 dias = cobre clamídia e gonococo. Não usar quinolona se suspeita de gonococo pela resistência. Crianças: bactrim, cefalexina.

29
Q

Quais outras causas de escroto agudo?

A

Trauma, hérnia inguinal indireta encarcerada, púrpura de Henoch-Schonlein, orquite (caxumba e outros vírus), dor referida.

30
Q

Tabela ddx escroto agudo.

A
31
Q

O que é a hidrocele?

A

É o acúmulo não doloroso de líquido na túnica vaginal, sendo, na maioria das vezes, não comunicante.

32
Q

Qual achado no EF e QC sugere hidrocele?

A

Um escroto macio, não doloroso e é observado acúmulo de líquido à transimulinação.

33
Q

Qual a evolução natural da hidrocele?

A

Quando não comunicante, tende a se resolver até 1 ano de vida. Porém quando persiste por mais de 12-18m, pode ser comunicante e deve haver exploração cirúrgica da região.